SALMOS – XXXV – ALEGRIAS QUE PERMANECEM
Comentarios desactivados en SALMOS – XXXV – ALEGRIAS QUE PERMANECEMmarzo 11, 2021 by Bortolato
Salmo 33
Alegria é o que todos desejam ter, e procuram-na de diversas maneiras, em diversas fontes.
Ter um coração alegre é algo que faz as pessoas terrem um semblante simpático. Dá para se constatar que estas ficam mais bonitas ao sorrirem? Claro que sim.
Uma linda jovem que deixa transparecer sentimentos de tristeza, ódio, rancor, desilusão ou dureza de coração, certamente que fica a dever para uma outra que, ainda que não tão bem apanhada fisicamente, mas vive sorrindo, deixando transparecer seu coração feliz.
Até mesmo os bebês são mais simpáticos quando sorriem, do que quando estão chorando.
Isto é lógico. É intuitivo. Não nos atrai alguém que estampa no rosto e vive expressando seu negativismo. Naturalmente nos aproximamos de quem tem alegres expressões, assim como nos agradam cheiros suaves, aromas de gosto refinado, e evitamos odores muito fortes, deteriorados e agressivos.
Haveria, pois, alguma forma de alegria que não cesse? Pois queremos ser alegres o tempo todo, e então a questão que resta é: onde encontraremos alegrias que não passam? Melhor dizendo, aonde encontraríamos essa fonte inesgotável de alegrias?
Eis aí o problema: neste mundo temos visto que há momentos alegres que vêm, e tal e qual uma onda do mar, quebram-se e morrem na praia ou junto às rochas.
Aonde iremos nós buscar alegrias perenes?
Alguns até duvidam que isso possa existir – Será? – é a pergunta que fazem.
Vejamos alguns casos em que as alegrias se foram embora, a fim de que fique bem claro onde não acharemos alegrias duradouras.
Drogas e bebidas, por exemplo, são casos classicamente passageiros, atraem e prometem tanto, para depois que passam deixarem um sentimento de vazio, que faz seus usuários muito insatisfeitos. Só tornarão a se sentirem melhor, depois que tomarem uma outra dose… e essa próxima dose nunca será a última, umas após outras. Não trazem alegrias com naturalidade. São provocadas e produzem espíritos cheios de altos e baixos. Não são recomendáveis à sensatez e à vida saudável e equilibrada. Não caem bem à vista de grande parte das pessoas, porque podem chegar a extremos perigosos. Podem até levar à morte.
Há alegrias mais duradouras, tais como as de um casamento feliz. Mas como se saber se de fato será feliz até o fim, se Cartórios do Registro Civil têm registrado muitos desses que pouco duraram; e alguns até que foram bem sucedidos por um tempo, mas depois… veio a separação.
E quanto a ter filhos? Isso não oferece grandes alegrias? Sim, mas quanto à duração destas, depende. Depende de como as crianças são educadas e de como estas aceitarão uma boa educação. Quando pequenas, elas são uma graça, mas depois que crescem, como saberemos o tipo de fruto que hão de dar? Serão elas felizes, ou não? Dar-nos-ão alegrias, ou não? Jean Jacques Rousseau (1712-1778), filósofo genebrino iluminista, deixou que os impulsos naturais se encarregassem da formação de seus filhos, mas ao cabo de algum tempo, concluiu que “a natureza forma, mas também deforma”…
Sob o ponto de vista do interior do homem, a alegria é um fruto que desponta naturalmente dos corações. Não podemos forçá-la, pois se forçada deixará de ser espontânea, e deixará de ser alegria real. Não existe disfarce para as genuínas alegrias. Estas são o que são e ponto. Estas têm o poder de partir do fundo da alma, abrem as portas para o nosso exterior, arrancam sorrisos e se deixam transparecer com clareza perceptível a todos que a presenciam.
Mas… como acharmos esta alegria genuína e extravasá-la com tanta naturalidade? Este mundo é tão enganoso e problemático, que às vezes as pessoas têm até medo de sorrir…
Ocorre aí um detalhe importante: o pecado gera frutos maus nos corações dos homens; mas a graça de Deus faz abundar frutos bons naqueles que O têm guardado dentro de si, como se guarda um tesouro valiosíssimo.
Ora, se alguém tem verdadeiro amor pelo Senhor e O guarda dentro de seu coração, logo fará com que os seus bons frutos se despontem, assim como uma árvore frutífera dá os seus frutos com toda naturalidade – e não será preciso pedir-lhes que sorriam.
Como são graciosos os frutos da justiça, do Espírito Santo…. quando vemos uma árvore frutificando tantas lichias, certas frutas de verão, ao ponto de envergarem os seus galhos até o chão, vemos como Deus quer nos ver… assim, dando frutos lindos abundantemente.
Cheios de paz, amor, esperança, transbordando dos frutos do Espírito, em louvores ao Senhor que tanto fez, faz e fará por Seu povo.
Isto ressoa tão bem quanto é bom vermos uma árvore dadivosa apresentando seus frutos, cumprindo a finalidade para a qual ela existe. É gratificante vê-lo, e muito mais o é, quando podemos ser desses mesmos, que frutificam com exuberância na alegria de louvar a Deus.
Onde encontraremos motivos para entoarmos esse louvor de gratidão a Deus?
Motivos? Estes são muitos, mas o mais importante é a fidelidade do Senhor, não deixando que nenhuma de Suas palavras de promessas caiam por terra.
Aliás, a Terra está sempre testificando acerca da bondade do Senhor (verso 5). Se prestarmos bem atenção, veremos que somos alvo da bondade divina nas mínimas coisas.
O céu, o firmamento pontilhado de milhões e milhões de astros, dão-nos mostra de que tudo se resume na obra criadora que foi realizada, ao apenas abrir-se um soprar da Sua boca (verso 6), dizendo: – “Faça-se!”
Os oceanos nos dão uma pequena mostra da grandeza divina. Quem os contempla, sabe que não há razões bastantes para ignorá-lo. Quem poderia criticar a beleza do mundo azul das águas imensas que cobrem os abismos terrestres?
Olhemos então para as nações. Qual delas seria aquela que gozou do maior privilégio de seu Seu povo particular?
“Feliz é a nação cujo Deus é Yaweh, e o povo que Ele escolheu para Sua herança” (verso 12)
Não há ninguém que se salve sozinho. Nem os mais poderosos líderes de nações deste mundo podem garantir seus futuros, se estiverem confiados em seus armamentos, seu poderio bélico, ou em seus veículos de guerra. Inimigos também os têm, e isto não traz garantias de paz e segurança a ninguém.
Por outro lado, os olhos de Deus estão sempre velando sobe os que O temem, e esperam na Sua misericórdia. Isto já é motivo para nos alegrarmos constantemente.
Nossas almas, como boas árvores, esperam por serem sustentadas pelos cuidados Paternos e pelas chuvas de bênçãos, e estas não nos faltarão.
Podemos esperar nEle como nosso auxílio e escudo, nas horas difíceis.
Então, como uma árvore frutífera precisa ser cuidada, Ele cuida de nós, e assim nos fez para a Sua glória.
A coisa mais linda, natural e espontânea que podemos fazer é louvá-lo, enquanto esperamos confiantes pela Sua misericórdia (verso 22).
Ele é o grande médico que, perdoando os nossos pecados, ainda sara as nossas enfermidades (Salmo 103). Isto também é digno de muito louvor ao Seu nome. Alguma vez já louvou a Deus por haver sarado de algum mal?
Ele é que tem criado recursos para que nada nos falte (conf. Salmo 23). Aqui se acrescenta mais um motivo para louvá-LO.
Ele é que nos tem prestado serviço de segurança, de tal modo que hoje restamos salvos e ilesos, graças à Sua misericórdia para conosco. Já louvou a Deus por sua integridade física?
Já louvou a Deus por ter nascido com vida?
Já louvou a Deus por ter Ele criado o Sol, que nos aquece e dá vida à natureza?
Já louvou a Deus pelas chuvas que caem sobre o solo, fertilizando-o e oferecendo condições para que tenhamos frutas, verduras e umidade relativa no ar?
Já louvou a Deus pelos pássaros que cantam, mostrando-nos sua espontânea alegria de viverem e serem sustentados pela Sua poderosa mão?
Já louvou a Deus pelos pais naturais ou adotivos, vivos ou não, amigos, companheiros estimados de vida, que também fruem do dom da vida?
Pelo ar, pela água, pelo alimento diário, e o fogo que os prepara para serem ingeridos?
Também pelas oportunidades que você já recebeu na vida?
Pelo teto que lhe abriga, pelas roupas e sapatos que usa?
Realmente os justos sempre O louvarão por muitos motivos, e até quando acham que não têm motivos suficientes, não falta o louvor a Deus em seus lábios, em consonância com as suas atitudes, e por tudo, enfim.
Os rebeldes não dão valor ao Deus que os criou, mas os retos, sim, estes sempre terão muitas alegrias que os moverão a louvá-Lo – e isto lhes cai muito bem ao fazê-lo, com toda naturalidade e espontaneidade. Dá-nos gosto só ao vê-los assim.
Os pecadores, porém, têm o mais alto motivo para louvar a Deus, porque Ele deu o Seu próprio Filho, para morrer em uma cruz, tomando-lhes o seu lugar. Ele morreu no lugar de pessoas que não reúnem méritos para serem salvas e abençoadas, que não merecem o Seu favor. Ele, Jesus, o Deus Filho, abriu os Seus braços no monte Calvário para nos abençoar, e hoje também os abre para nos convidar. Ele convida a todos quantos nEle crerem para virem ao Seu encontro, e nEle achar a paz que tanto querem ter.
Ele faz brotar em nós a alegria de sermos salvos, livres de uma eterna condenação, e ainda nos enviou o Seu Espírito para nos confortar e consolar dos reveses da vida.
A quantos Ele já salvou, arrancando-os de uma vida de trevas, falsidade, sentimentos vis, sofrimentos e dores, e aclarou-lhes os seus dias? Não há conta exata deste número. Lavou-lhes os seus corações de suas culpas e prometeu a vida eterna aos que perseverarem em nEle crer.
Para ficar bem definida a infinitude do amor de Deus, vamos a Jesus, o Cristo.
O homem pode ter muitos amigos, mas qual deles teria o desprendimento altruísta capaz de dar a vida por alguém?
Já notamos na história o caso de alguns que tiveram que depor da própria vida por uma causa, mas já viu alguém dar-se assim, in totum, pela vida dos mais vis malfeitores?
Pois Jesus, o Cristo, sendo o único Filho de Deus que compartilha da mesma essência divina com o Pai Celeste e o Espírito Santo, sendo glorioso em sua forma inigualável, resolveu ser Aquele que tomou na cruz os nossos pecados, a fim de que fôssemos liberados de uma eterna punição para nossas almas.
Jesus provou ser o nosso melhor amigo, o melhor Pastor, que dá a própria vida por amor dos Seus, das ovelhas Suas, aqueles que creem nEle.
Todos precisamos de Jesus, mas somente os que O buscam em espírito e de verdade é que poderão alcançar a graça de serem chamados filhos de Deus, e poderem fazer parte da família celeste, por uma adoção misteriosa e maravilhosa – os que creem no Seu nome.
Não pode crer assim? Mas pode experimentar, dando o primeiro passo, orando a Ele, abrindo por completo a sua alma, e… pode esperar pela resposta. Experimente-o, e verá que esta fé estará ao seu alcance, para sua ventura eterna. Seja um dos felizardos que O louvam com muita alegria.
Category BÍBLIA, LIVROS POÉTICOS, SALMOS | Tags: alegrias perenes., bebidas, drogas, gozo, Jesus, o Cristo, ódio, passageiras, paz, tristeza
Comentarios desactivados en SALMOS – XXXV – ALEGRIAS QUE PERMANECEM
Sorry, comments are closed.