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SALMOS – XXXIV – PARA COLHERMOS FELICIDADE

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marzo 2, 2021 by Bortolato

Salmo 32

É preciso, antes de tudo, plantá-la. E depois de plantá-la, cuidar bem do que foi plantado. Isso demanda um contínuo esforço, que vale a pena ser empreendido.

Este assunto interessa a todos quantos desejam ser felizes. Por isso a nossa próxima colocação é mostrar como fazê-lo. Na verdade a fórmula é simples, mas as múltiplas preocupações e inversões de valores que nos aparentam como importantes a faz parecer complicada, mas não é.

Vamos nos valer do exemplo das aves de arribação. O que fazem elas? Voam quilômetros e quilômetros infindos até chegarem a um lugar para pouso que lhes inspire a confiança de encontrarem aquelas condições propícias para suas vidas continuarem, onde poderão respirar um novo ar, dentro de um outro clima, que lhes seja mais favorável e promissor.

Graças à natureza que Deus lhes deu, elas conseguem transpor longas distâncias, enfrentando às vezes ventos contrários, aos quais estrategicamente tentam contornar. E se lhes sobrevêm chuvas, as gotas de água fazem com que suas asas fiquem mais pesadas – e então elas têm que fazer de improviso um pouso intermediário para descansarem, secar suas penas, para depois continuarem a sua longa jornada.

Para nós isso parece um tanto complicado, mas para elas tudo faz parte dos desafios a que se propuseram a enfrentar. Elas têm um alvo, e as dificuldades não as demoverão disso. Quando elas chegarem ao lugar desejado, dispersarão pela região, e ali se acomodarão temporariamente, sentir-se-ão realizadas, até chegar o tempo de arribar novamente. Elas plantam um ideal, e perseguem-no até o alcançarem. São perseverantes naquilo que desejam realizar, e assim regam aquilo que plantaram, para o colherem na estação própria.

No Salmo 1º podemos contemplar uma árvore ditosa, que encontrou o seu lugar junto às águas que a alimentam e fazem com que suas folhas sempre sejam verdes e não caiam. Esta é uma bem-aventurança conquistada. É o caso dos que já alcançaram o seu alvo, ali se plantaram, ali permaneceram e ali ficaram felizes. É a condição daqueles que encontraram a verdadeira felicidade.

Já o Salmo 32, porém, nos faz um retrato da árvore sendo plantada. Nós somos como árvores, mas nós mesmos é quem decidiremos aonde iremos nos assentar e ficar, como bem plantados. Aí é que está o segredo da felicidade, da bem-aventurança.

Se lermos bem o teor deste último Salmo que mencionamos, veremos que o mesmo está tratando de casos que ainda estão em processo de desenvolvimento. Ou seja, de pessoas que estão em fase de rega, adubação, e controle de pragas. E como existem tantas pragas daninhas neste mundo! Temos que ficar atentos para não deixarmos que estas acabem com as árvores que plantamos.

Certa vez, plantei em uma chácara um pé de abacate. Fiz uma pequena cova, e ali coloquei um bebê recém-nascido de uma árvore de abacates, uma muda que começava a despontar as suas primeiras folhas. Reguei-a, em um dia, e propus-me a regá-la novamente no dia seguinte, mas… ao ali retornar, o que encontrei foi apenas um toco daquilo que havia plantado. As saúvas deram conta de devorar aquele pequeno bebê de uma grande árvore…

Então resolvi que deveria, antes de fazer nova tentativa, combater tenazmente aqueles insetos vorazes, o quanto antes pudesse fazê-lo, e da forma mais eficaz que fosse possível.

O salmista nos ajuda neste sentido, ao escrever, para nossa apreciação, este Salmo 32, e o apóstolo Paulo o corrobora, reeditando a promessa que lemos nos seus primeiros versículos, transcrevendo-os em Romanos 4:7-8:

Bem-aventurado aquele cuja iniquidade é perdoada, cujo pecado é coberto.

Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não atribui iniquidade”

É corrente que certa vez perguntaram a Martinho Lutero:

  • Qual dos Salmos é o melhor?”

Ao que ele laconicamente respondeu: – “os Salmos Paulinos”

Esta resposta tão rápida e simples não satisfez aos que lhe perguntaram, os quais depois tornaram a indagar: – “Qual?”

Então lhes disse Lutero: – “O 32, o 51, o 130 e o 143, que nos ensinam que o perdão dos nossos pecados vem sem a Lei e sem as obras ao homem que crê, e por isso os chamo de “Salmos Paulinos”.

O apóstolo Paulo admitiu sem constrangimento ser o maior dos pecadores, e isso passou a ser ouvido de sua boca somente depois que teve seu encontro com Jesus, no caminho de Damasco. Sua vida antes disso vinha tendo um longo e truculento percurso, no qual seus pecados faziam suas asas pesarem, fazendo-o cansado e fatigado até de si mesmo, pois sua alma ainda não havia achado o seu lugar de repouso.

Assim também foi com o rei Davi, o escritor do Salmo 32 – e assim também deverá ser o nosso percurso.

Vamos explicar melhor este assunto, neste ponto em que chegamos.

O pecado é como uma chuva ácida, que causa muito desconforto a quem a recebe em seus lombos. A princípio, parece que não fará mal ao viandante, mas conforme passa o tempo, sua acidez, e seu peso que adiciona, provocam muitas sensações indesejáveis, inconvenientes ao ponto de fazer irritar a quem a apanhou.

Homens chegam a gemer e até a gritar de desconforto interior, tão incomodadas que ficam as suas almas. Davi disse: – “… envelheceram os meus ossos… “ (verso 3 da versão de Almeida). A Bíblia Viva interpreta este sentimento por: “Eu tentei por algum tempo esconder os meus pecados. Mas fiquei muito fraco, gemendo de dor e aflição, o dia inteiro”. E a Bíblia na Linguagem de Hoje interpreta este versículo por: “Enquanto não confessei o meu pecado, eu chorava o dia todo, até cansar”.

Quando isso acontece, é a hora de procurarmos um pouso, um lugar de descanso, onde se possa tratar de limpar e desfazer-se daquele peso incômodo, que impede de chegarmos ao nosso destino feliz.

Isso acontece quando pecadores chegam a um momento em que sentirão esgotadas as forças, vencidos por uma amargura seca tal em seus paladares, que parecerá que eles estão viajando por um deserto sem fim, que os queima por dentro e por fora, no calor de sua aridez de estio.

O homem assim sente que isso precisa ser mudado, pois caso contrário, ele morrerá, como morrem os seres que vagueiam sem rumo por horas e dias sob o sol ardente, até caírem, ali ficarem, e não mais se levantarem.

Sentindo-se esgotado, o homem é impelido a fazer a mesma oração que Davi fez:

  • Confessei-te o meu pecado, e a minha iniquidade não mais ocultei. Disse: confessarei ao Senhor (Yaweh) as minhas transgressões, e Tu perdoaste a minha iniquidade”. (verso 5)

A Bíblia aponta duas ocasiões em que os pecados de Davi lhe trouxeram consequências dolorosas: quando adulterou com Bate-Seba, e armou uma armadilha para Urias morrer pela espada dos amonitas, e também quando decidiu contar o contigente de guerra no povo de Israel, sem a aprovação de Deus. Este Salmo 32 mostra-se em harmonia mui coerente com o de número 51, como se fosse seu adendo.

Então vejam como foi simples: – “Confessei-Te”… “E Tu perdoaste!”

Sabe o que complica a vida dos peregrinos nesta Terra? A soberba, que sempre quer fugir da humilhação de reconhecer os próprios pecados, e admitir diante de Deus que se chegou a um ponto em que tudo está irremediavelmente perdido, fracassado e arruinado. E não adianta lutar mais, pois será em vão!

Não gostamos de nos humilhar, o que nos faz sentirmos no chão – mas é ali o lugar onde ninguém precisa ter medo de cair.

Ainda que nos pareça difícil, duro de aceitar, esta é a resposta, não há outra solução; e só depois de fazê-lo é que sentiremos que estaremos livres de um peso terrível. Assim é que as andorinhas se sentem depois de descansarem no pouso que Deus lhes providenciou, e então prosseguirem o seu trajeto.

É a felicidade do prisioneiro que acaba de sair da prisão. É o alívio que uma fonte de águas doces e potáveis oferece ao sedento no meio de um deserto abrasador.

Todos sofremos por causa de nossos pecados. Podemos até tentar, mas não adianta esconder essa dor; será como tomar um analgésico sem tratarmos a causa daquilo que faz doer.

O pecado atrai a ira de Deus, e quanto mais o homem procura cancelar, suspender ou postergar um encontro com Ele, temendo pelo ajuste de contas, maior será o sofrimento acumulado para si mesmo. E quem não se arrepender em esta vida, e não buscar o perdão de Deus, terá que, no tempo do fim, sofrer o mais duro castigo na vida eterna.

Como todos pecaram, e ninguém passará por inocente diante do Santíssimo, esse quadro nos parece pouco promissor. Realmente não é nada entusiasmador termos que encarar os nossos erros diante do Supremo Juiz do Universo.

Mas não se desespere. Existe uma saída honrosa para os humildes.

Quando falamos de humildes, podemos deixar transparecer a ideia de que somente os pobres e miseráveis poderão encontrar uma rota de escape para a ira divina. Isto não é verdade. Se olharmos bem, Deus se agradou muito de Abraão, Isaque, Jacó, e o salmista Davi foi um rei riquíssimo, em termos materiais. Ser humilde diante do Altíssimo não é questão de status financeiro ou econômico, mas de estado de espírito.

Bem-aventurados os humildes (ou:pobres) de espírito, porque deles é o Reino do Céu.” (Mateus 5: 3)

A melhor notícia é que o salmista encontrou a fonte da vida que vale a pena ser vivida, pois ele até cantou alegremente por isso. Sim, repentinamente Davi sai de uma autoanálise desencorajadora do seu estado de pecador, e parece ter recebido uma explosão provocada pelo amor de Deus dentro de sua alma. Muito embora o perdão de Deus nos pareça algo dado na forma de uma sentença judicial, este elemento formal fica ofuscado pelo brilho que brota dentro do pecador perdoado. Isto é um dom de Deus. Dom gracioso. Receber a simpatia, e o amor do Senhor do Universo na forma de um perdão, e ficar livre de uma condenação terrível.

Pois que, da condição de pecador, merecedor de penas eternas, a pessoa perdoada passa de condenado a um novo ser, alguém que recebeu nova vida. Só quem tem consciência do abismo enorme que é transposto nesta passagem, é que pode sentir sua alma vibrar com uma alegria incontida. Ela passou da morte para a vida, do sofrimento para o gozo, da agonia para o alívio, de uma perspectiva horrenda para uma esperança maravilhosa. Isto é motivo para muita alegria e gratidão a Quem lhe julgou e anistiou assim.

Essa alegria é abundante, e extravasa-se com uma facilidade muito natural, de forma que não poderia ser retida só para si. O salmista, pois assim expressa-se, chegando a exortar aos seus ouvintes e nós, os seus leitores, a fim buscarmos o perdão de Deus e também para que não venhamos a nos comportar com teimosia e estrita rigidez de entendimento, como fazem cavalos e mulas. Esta comparação pode parecer engraçada, mas não é, à medida do sofrimento que está preparado para os impenitentes.

E, à medida em que vai gozando de perfeita paz e alegria, o salmista não se detém, transborda de amor e dá a receita de sua felicidade para todos quantos queiram abraçá-la:

… mas o que confia no Senhor, a misericórdia o cercará.” (verso 10)

Ah, as misericórdias abundantes e incessantes do Senhor! Quem deixaria de querer desfrutá-las?

Pois essas misericórdias de Deus estão mui constantemente registradas na Bíblia, a Palavra escrita de Deus, a carta de amor que Ele dedicou a todos nós, pecadores que a leem, se arrependem, renunciam a si mesmos e voltam-se para Ele.

Agora chegamos ao ponto em que temos que exaltar o ápice das misericórdias de Deus manifesto nesta Terra. Quando foi isto?

Quando Jesus Cristo veio a este mundo para buscar e salvar os que se haviam perdido dos caminhos de Deus. Mas a obra do Filho de Deus não ficou apenas naqueles poucos anos em que Ele andou por este mundo fazendo maravilhosas boas obras. Naqueles dias, cegos viram, coxos andaram, leprosos foram purificados, doenças as mais terríveis foram eliminadas, demônios foram expulsos, e… o melhor de tudo isso: pecadores voltaram-se para Deus, e foram salvos para uma vida eterna, sem mais condenação. As almas manchadas de pecados, dos que se entregam ao Senhor, são lavadas pelo precioso sabão poderoso que se acha no sangue de Jesus.

Hoje Deus ainda está fazendo obras maravilhosas, mas a maior obra, mais poderosa e fantástica que Jesus fez nesta Terra foi quando Ele deixou ser sacrificado em uma cruz, a fim de que o Seu sacrifício pudesse nos substituir quanto a receber a pena merecida, e redimir-nos das nossas culpas do pecar.

Hoje ficou mais claro do que nunca que em Jesus temos a maior oportunidade que Deus dá para sermos salvos de uma condenação de efeitos eternos. Esta chance nos está sendo disponibilizada a todos quantos recebemos Jesus, o Cristo, para ser o Supervisor, Orientador e Psicólogo de suas almas. Na verdade, Jesus deseja muito ser o nosso grande Amigo de todas as horas. Amoroso como é, esta Sua oferta é irrecusável.

Vamos a Ele, confessemos nossos pecados e confiemos que Ele nos perdoará e nos direcionará para assumirmos posições nesta vida, e nos levará para uma vida eterna, junto a Ele.

Vamos a Jesus para sermos felizes com Ele eternamente!


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