SALMOS – XXXVII – GUERRA É GUERRA
Comentarios desactivados en SALMOS – XXXVII – GUERRA É GUERRAmarzo 19, 2021 by Bortolato
Salmo 35
Quem nasce no meio do fogo das guerras tem duas opções: ou fica tremendo atemorizado, busca esquivar-se, ou responde ao fogo com fogo.
Que opções mais teria um soldado lançado ao front de batalhas, senão ficar nas trincheiras, ou em um abrigo de proteção, a fim de evitar ser atingido pelos inimigos – ou partir para o ataque quando surgir um momento mais propício?
O que Vc faria se fosse empurrado de dentro de um avião e tivesse que descer de paraquedas para cair dentro do território inimigo? Certamente que isso não ocorreria sem antes haver sido preparado para tomar as providências possíveis para sobreviver e defender-se, ou atacar, conforme o caso. Isso faz parte de uma guerra…
Soldados colocados dentro de um navio anfíbio, repleto de companheiros, são lançados na seguinte situação, quando chegam à orla do seu alvo: ir em frente (porque não tem mais para onde ir). Voltar para o oceano, jamais! Isto seria pedir para morrer afogado; ficar parado dentro daquele enorme veículo que o transportou até a praia, seria impossível, pois os companheiros de farda empurrariam o vacilante com força para fora, quer este quisesse assim ou não. E se alguém decidir desertar, ainda assume o risco de ser capturado, submetido a uma Corte Marcial, e certamente receberia a pena máxima em seu julgamento.
Ao ser lançado para dentro de um campo de guerra, contrariando-se as filosofias altruístas, e para a decepção dos pacifistas, as alternativas são matar ou morrer. Infelizmente, estas é que são as as opções ao alcance. Melhor seria que ninguém tivesse tomado a decisão de iniciar uma coisa dessas, quando um grupo ou nação resolve partir para o combate com pólvora, mas quando acontece, aconteceu, e chora menos quem pode mais, esta é que é a verdade. Quando a peleja aperta, não restam outras alternativas.
O salmista Davi, no seu Salmo 35, nos conta como foram tratados os medos e dúvidas que o assaltaram durante um certo período de sua vida, no qual ele fora lançado em situações terrivelmente perigosas.
Esta Salmo todo é uma oração a Deus. Oração para tempos de perseguição, de riscos fatais, de angústias tais que transformaram a sua vida em peregrinação no meio de uma tempestade que abalou a sua alma.
Sua caminhada de então foi muito difícil. Tudo indica que isso aconteceu nos tempos em que bajuladores de um rei atormentado por demônios caluniavam-no constantemente. Destarte, pois, Davi teve de assumir a postura de renegado, a fim de colocar sua vida a salvo.
Temos de dar um desconto ao salmista devido à sua irritação contra a contumácia dos seus inimigos, pois a Revelação divina ainda estava submetida aos preceitos da Lei, e a Lei do Talião lhe permitia então orar, pedindo a destruição e a desgraça dos seu algozes, nessas circunstâncias.
Apesar que na sua oração ele ansiasse pelo infortúnio de seus inimigos, ele jamais traiu ao rei Saul, e ainda poupou-lhe a vida por duas vezes, nas quais teve todas as condições favoráveis para traspassá-lo com a sua espada, e com a maior facilidade.
O leitor decerto nunca passou por situações semelhantes, e vai perguntar-se por que homens tão piedosos são acusados com tantas calúnias por trás dos bastidores?
O fato é que não devemos contestar a Deus, sob alegação de que Ele poderia deter tais arroubos da injustiça. Certamente que o Senhor bem poderia calar a boca dos arrogantes, a fim de impedi-los de falar mal dos Seus filhos, mas na Sua suprema sabedoria, alguns propósitos são alcançados nessas lutas e inconveniências:
1 – Deus permite que assim façamos uma auto avaliação, a fim de descobrirmos se está de fato em ordem na nossa vida espiritual.
2 – Além disso, eis aí uma excelente oportunidade para que os fiéis sejam mais persistentes nas orações, suplicando por suas vidas, e pedindo para que suas inocências sejam patenteadas aos olhos de todos.
3 – Há também um mecanismo de vacinação contra os males dos quais os fiéis são acusados. Haverá um repúdio sistemático, dentro de seu interior, muito maior contra os pecados cerca dos quais são levantadas acusações levianas.
4 – Por fim, os falsamente acusados aprendem bem como não julgar uma causa, levantada por falsas testemunhas; antes, procurarão perquirir sobre os fatos apontados, a fim de conhecerem a exatidão sobre quaisquer coisas, e rejeitarão as mentiras e hipóteses não comprovadas. Assim saberão dar valor aos inocentes e inocentarão aos que sofrem perseguição.
A oração de Davi feita neste Salmo é de um coração aflito, de uma pessoa serviçal que procurou ser útil a Deus, e ao próximo.
No sua angústia, ele clama para ver-se livre de seus adversários, e chega a pedir que estes sejam destruídos. No Novo Testamento, porém, Jesus nos incita a amar aos nossos inimigos, bendizer aos que nos maldizem, por tratar deste assunto dentro da perspectiva de uma nova Aliança com Deus, em uma nova Dispensação.
Como é importante agirmos de forma a agradar ao Senhor! Nos tempos de guerra e de angústias, podemos orar a Ele, com grandes esperanças de alcançarmos a Sua graça, ainda que um exército esteja em estado de alerta, voltados à nossa captura!
A promessa de Deus no Salmo 91 é a de que mil cairão ao nosso lado, e dez mil à nossa direita, mas não seremos atingidos. O Salmo 27:3 corrobora nesta promessa.
A grande pedida de Davi foi feita ao Senhor e está no verso 22:
-
“Senhor, Tu os viste; não Te cales. Senhor, não Te ausentes de mim…”
Este é o pedido de maior preciosidade que alguém possa fazer: exprimir o anseio de que Deus esteja sempre bem perto, ao lado, ao alcance das nossas orações, transitando em nosso meio, e também nos renovando as esperanças, dando-nos o Espírito de adoção de filhos Seus.
Sim, pois que se o grande EU SOU coloca-Se do nosso lado, não haverá guerra ou inimigo que nos possa fazer o mal. Se Cristo é o nosso Companheiro de lutas, Ele não somente nos protegerá, como também nos dará paz no meio das tempestades da vida. E que paz!
Certa vez estava dentro de uma Casa de Recuperação para drogados, e sofremos uma ameaça de sermos invadidos por alguém que estava ávido para entrar ali e sequestrar uma pessoa que se havia colocado lá com o intuito de recuperar-se dos seus vícios e problemas decorrentes.
Não estávamos cientes da proximidade dos pretensos invasores que já se achavam à porta da casa, e nos colocamos de joelhos para orarmos um pouco ao Senhor, cumprindo um procedimento rotineiro do programa de recuperação.
Foi uma reunião de oração com a aquiescência e presença de Deus. Um dos nossos participantes de repente introduziu um cântico espiritual entre uma oração e outra, o qual encheu a casa com o seu som em bem alto volume. Nós nos espantamos pela maneira como o que entoou aquele canto surpreendentemente angariou tantas forças para produzir algo daquele tipo. Era um cântico de guerra. Causou-nos forte impressão. Foi um impacto. De qualquer forma, ficamos satisfeitos e felizes com a manifestação do Espírito de Deus ali conosco, mesmo nada sabendo até então a respeito da ameaça que nos rondava.
Ao terminarmos nossa reunião, tudo estava em paz. Depois que tudo isso haver-se passado, ficamos sabendo que, os que desejavam invadir a casa para procederem o sequestro, nada puderam fazer e nada fizeram, porque viram anjos que estavam guardando a frente do imóvel. Não tiveram outra atitude: retiraram-se frustrados. Eles se referiram aos anjos como se fossem “capangas” que montavam guarda à vista deles.
“O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que O temem, e os livra” . (Salmo 34:7)
Se alguém se acha dentro de uma guerra, é tempo de orar a Deus. É tempo de buscá-Lo, cantar o Seu cântico de guerra, clamar pela vitória e alcançá-la.
O inimigo aperta o cerco, querendo nos derrotar, mas é ele quem será derrotado.
É tempo de levantarmos as mãos e pedirmos que o Senhor do Alto nos atenda, e seja conosco! Ele é o Senhor dos Exércitos, e tem milhares de milhares, e milhões de milhões de anjos que O servem dia após dia, dia e noite.
Podemos fazer uma oração semelhante à que fez Davi, clamando pela atuação divina em nosso favor. Não haverá limites e nem previsões sobre o que Deus irá fazer em resposta ao que Lhe pedirmos. Tudo será possível. Pode ser entretanto que não será da maneira que esperamos. Davi teve de esperar por vários anos, pedindo a Deus que lhe removesse a mão de Saul dos seus caminhos. Demorou muito, mas o dia esperado chegou. Chegou, tendo Saul caído derrotado diante das tropas dos filisteus, e morrendo juntamente com três de seus filhos, dentre os quais também Jônatas, um grande amigo e fiel companheiro de Davi.
Quem contestará aquilo que Deus faz? Quem poderá deter-Lhe a Sua mão para impedi-Lo? Ele é Soberano, tem plena autoridade para fazer o que bem Lhe apraz, e não há ninguém que seja capaz de interpor-se em Seus atos de poder.
A grande causa divina atém-se sobre a questão do pecado. A ira de Deus levanta-se contra toda impiedade e injustiça – mas age apenas quando aquilata ser a hora aprazível, e não há quem O conheça tanto que saiba com antecedência como Ele Se haverá no próximo ato.
Basta dizer a maneira como Ele resolveu o problema daqueles que pecaram contra a Sua Lei. No Velho Testamento, sacrifícios de animais eram oferecidos com vistas a obter-se o favor e o perdão de Deus. No Novo Testamento, Ele impôs-nos um novo plano, arrojado, no qual somente o sangue, o sangue de Seu próprio Filho, Jesus, é que nos pode lavar e purificar-nos da presença, do poder e da condenação do pecado.
Temos, pois, um caminho, tinto de sangue, do sangue do Filho de Deus, que nos aponta para as paragens celestiais, além da morte. Quem crer e aceitar esse plano divino para si, estará aceitando, a tiracolo, a sua própria salvação e definindo o seu futuro, para a vida eterna.
Ele disse: – “É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto, ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que Eu vos tenho mandado; e eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos…” (Mateus 28:18-20)
Não há como alguém se esquivar, ao receber tais promessas. E todos os que crerem em Jesus, receberão o poder de serem feitos filhos de Deus, por adoção, através de Jesus o Cristo.
Vc pode crer e aceitar isto? Então oremos agora:
– “Senhor Jesus, abro o meu coração para o Senhor entrar em minha vida de agora em diante. Sê Tu o meu Salvador e Senhor. Ensina-me como trilhar o Teu caminho conforme a Tua vontade, por onde o Senhor deseja que eu venha a caminhar. Ajuda-me neste Teu plano, para que eu seja perseverante até o fim. Em Teu nome, amém.
Category BÍBLIA, LIVROS POÉTICOS, SALMOS | Tags: ataque, batalha, combate, Jesus, matar, morrer, Salvador, soldados
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