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SALMOS – XXXIX – ESSA DUALIDADE NO MUNDO…

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marzo 28, 2021 by Bortolato

Salmo 37

A cada instante vemos esse número DOIS à nossa frente.

O globo terrestre tem dois polos: norte e sul; e há dois extremos à direita e à esquerda: o oriente e o ocidente.

Temos dois braços e duas pernas; a perfeita genética nos preparou para os termos assim.

Quando somos gerados, fomos feitos pela união genética de um pai e de uma mãe. Os inventores dos bebês de proveta quiseram que não fosse mais assim, mas nunca puderam fabricar um espécime sequer sem lançarem mão da união entre os óvulos e os espermatozoides. Em que pese tal limitação, eles não se cansam de gloriarem-se a si mesmos, como se fossem deuses providos do poder de criarem algo originário de matéria não existente, mas até hoje, negativo, nada consta…

Deus criou o homem e os homens puderam criar no máximo os robots.

Nos caminhos da vida, com frequência nos deparamos com duas opções, e então temos que dizer “sim” ou “não” para cada uma delas, sabendo que ao acatarmos uma, estaremos excluindo a outra. Estudar ou deixar de estudar; lançar-se ao trabalho ou dar-se ao ócio; casar-se ou não; obedecer às leis ou ignorá-las e transgredi-las. Sempre teremos duas veredas dispostas à nossa escolha.

De alguma forma, sempre nos depararemos com dois pratos à nossa frente, mas só poderemos ingerir a comida de um deles de cada vez. Duas opções, onde qualquer delas nos satisfarão, mas teremos condições de aceitar uma, forçosamente deixando a outra para trás.

Algumas vezes teremos que lutar por esta ou aquela escolha da nossa preferência, e rejeitar outras que não nos agradam. Este problema está ligado também a dois caminhos: um é bom e o outro, mau. Um nos promete dar coisas atraentes de imediato, mas não faz promessas para o futuro, escondendo o terror e as trevas que lhe virão à frente. O outro não tem pressa agora; demanda paciência, cautela, estuda bem os rumos a serem tomados, mas oferece o melhor a longo prazo, prometendo um futuro muito glorioso, que vale a pena.

Nessas tomadas de decisão, vê-se neste mundo que aqueles que assumem o mau caminho, vivem gozando a vida às custas e em prejuízo dos bons, fazendo coisas que atingem aos outros de forma truculenta, egoísta, perdulária e irresponsável. Tudo porque optaram pelo prazer de hoje, aqui e agora, sem ponderar melhor, pensar no próximo e no futuro.

Essa dicotomia de caminhos às vezes nos deixa uma aparência de que os malfeitores estão alcançando os seus alvos, vencendo com facilidade, deixando para trás os que caminham dentro dos bons princípios. Chegam até a zombar dos que fazem o bem.

Davi, o salmista de Israel, aquele que desde jovem dispôs-se a cumprir a vontade do Senhor, o vencedor sobre gigantes; o renegado que, depois de dura perseguição, logrou receber a coroa real sobre a sua cabeça; o líder de Israel que lutou bravamente contra muitas nações que sonhavam com o dia em que pudessem ver a sua cabeça rolar chão abaixo, e, para frustração de todos os seu inimigos, a todos estes ele venceu.

Davi, o autor de muitos Salmos da Bíblia, depois de meditar acerca dessa aparente vantagem dos maus sobre os bons, recebeu de Deus a revelação que nos esclarece e nos faz discernir com profundidade a melhor maneira de vermos essa dicotomia da vida.

O Salmo 37 nos lança um tratado sobre este assunto, colocando na balança os dois tipos de viajores deste mundo, e começa assim:

Não te indignes por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos que praticam a iniquidade.

Pois eles em breve definharão como a relva e murcharão como a erva verde”.

Nestes dois versículos está declarado como será definido o futuro dos que assumiram viver sem Deus, sem atender aos princípios que a Sua Lei legou a todos quantos tenham interesse em aplicá-los, obedecendo-os, para coroar vitoriosamente os propósitos de Deus em sua vida.

Nos três versos seguintes é declarado o futuro dos que são fiéis a Deus:

Agrada-te do Senhor, e Ele satisfará os desejos do teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nEle e Ele tudo fará.

Fará sobressair a tua justiça como a luz e o teu direito como o meio-dia.”

Poderá acontecer que em algum momento, devido à ação predatória dos maus, o nosso coração se aborreça, e seja tentado a ceder à ira – o que Davi logo nos leva a crer que é melhor descartarmos essa alternativa, reprovando-a terminantemente, e taxando-a de perniciosa.

Ao vermos a prosperidade dos que levam a cabo seus maus desígnios, não nos deixemos impressionar com isso. Estes podem parecer estar com tudo em suas mãos, mas o decorrer dos dias nos mostrará quem levou a melhor. (verso 9)

Neste Salmo há uma promessa de que os mansos e justos herdarão a terra, terão paz, e terão nela uma habitação que durará para sempre (versos 11 e 29), com segurança e paz.

Na sua vasta experiência como servo de Deus, Davi nos deixa uma palavra que revela a justiça divina que não permitirá que os ímpios sejam bem sucedidos quando atentarem contra a vida dos justos. Os versos 12 e 32 atestam que assim é.

Realmente neste mundo onde abunda o pecado e o caminho largo do qual Jesus falou é o mais procurado, seria difícil não havermos tomado ciência de que os perversos, em suas ações maléficas, estarão constantemente atacando de uma forma ou de outra a quem quer que lhes pareça ser mais uma vítima, aos quais pejorativamente rotulam de “os otários”.

As promessas de Deus para os justos porém, são claras e não falham. Nem sempre estes terão abundância de riquezas – e é preferível não alimentarem, mesmo, esta expectativa – mas com certeza poderão sentir que o Senhor os susterá com o Seu braço poderoso, sempre pronto a salvar os bons das maldades dos ímpios.

O perverso espreita o justo e procura tirar-lhe a vida, mas o Senhor não o deixará nas suas mãos”. (versos 32, 33).

O salmista considera com sabedoria a trajetória dos ímpios e não deixa de comentar que os mesmos parecem crescer imponentes como o cedro do Líbano (v. 35). Realmente, quem rouba, furta, assalta, pratica estelionatos e lesa ao próximo, poderá aparecer em algum momento como alguém bem sucedido, que leva altas vantagens, uma potência dentre as mediocridades, mas… a realidade dos fatos não deixam de mostrar que essas aparências enganam.

Uma pessoa de nossa família certa vez obteve um emprego de vendedor, dentro de uma empresa que fazia o marketing de certa fábrica de tratores, no Estado do Paraná, Brasil. Entusiasmado com a promissora oferta de gordas comissões sobre suas vendas, ele trabalhou arduamente, conseguindo concretizar vendas em muitos negócios, ampliando muito a carteira de clientes, fazendo chegar as máquinas em várias cidades da região Sul do Brasil, não poupando esforços, e viajando bastante, sempre indo mais além.

Quando, porém, pensava que iria receber aquela comissão que acertaram em seu trato inicial, os responsáveis pela empresa simplesmente lhe aplicaram o calote, e disseram-lhe que perdesse as esperanças de recebê-la. Zombaram da sua ingênua pretensão.

Aquilo transtornou a mente do homem honesto que se viu extremamente prejudicado. Ele assim ia sentindo-se, como se fosse um tolo, de quem tiraram muito proveito, pois que ainda lhe lançaram em rosto que aquela sua ilusão era causa perdida. Não queriam saber como ele se daria diante de tanto tempo, dinheiro e esforços dispendidos, pois não lhes interessava…

Era difícil aceitar calado aquele menosprezo cheio de desonestidade…

Ele teve de conviver com aquele tremendo prejuízo. Quis vingar-se, para soltar para fora o nó que sentia dentro de seu peito, mas Deus lhe enviou um sábio conselheiro em seu caminho, o qual lhe fez mostrar uma maneira mais sensata, a quem ele deu ouvidos, e então procurou esquecer-se daquele episódio infeliz.

Não demorou muito, e um dia ele veio a saber que os seus extorsionários foram mortos, assassinados por causa de seus envolvimentos com pessoas de baixa reputação.

A vida do justo continuou com amplas oportunidades de prosperar, enquanto os ímpios pereceram. Assim Deus trata com ambos os lados dessa dicotomia que há neste mundo, dos justos e dos ímpios.

Vi um ímpio prepotente a expandir-se qual cedro do Líbano. Passei e eis que desaparecera; procurei-o e já não foi encontrado.” ( versos 35 e 36)

Quanto aos transgressores, serão à uma destruídos; a descendência dos ímpios será exterminada.” (verso 38).

Davi assim mostra ser um sábio observador das ocorrências que se dão nesta vida, e um conselheiro eficaz para quem teve ouvidos para ouvir a voz de Deus, a qual muitas vezes é proferida pela boca de pessoas que a absorveram. Salomão o atestou mais tarde, que foi muito bem instruído pelo seu pai (Provérbios 4:3 e versos seguintes).

A prosperidade dos justos pode ser lenta – aliás é a maneira mais usual pela qual esta se lhe dá.

A destruição dos ímpios, a propósito, também pode ser tardia, mas não se espante com isto. Esta o alcançará, ainda nesta vida, mas sem dúvida alguma, apenas como uma amostra grátis do castigo exaustivo e cabalmente que está prestes a apanhá-lo no tempo do fim.

E este tempo final não se dará sem que antes se manifeste o homem da iniquidade. (II Tes. 2:1-6)

Este Salmo 37 mais se parece com a literatura do livro de Provérbios, por ser de instrução didática de um velho pai para seu filho, mas contém também versos proféticos. A promessas dos mansos que hão de herdar a Terra é messiânica, o que acontecerá no Milênio do Reinado de Cristo (Mateus 5:5). Os seus versículos 22, 29 4 34 o ratificam. Quando isso acontecer, os ímpios ficarão amargurados por estarem de fora das bênçãos desse tempo bendito.

Não poderíamos deixar de trazer ao leitores a palavra-chave deste Salmo: – Aquiete-se! Aquiete-se na presença de Deus! E espere nEle, pois a Seu tempo Ele satisfará o desejo do coração dos que Lhe fore fiéis..

Este mundo mau atormenta as mentes daqueles que prestam muita atenção aos seus clamores, seus maus tratos e suas maldições, e os valorizam.

É necessário nos afastarmos da selvageria dos gritos, e das sutis filosofias que apelam aos nossos sentimentos e que tentam abafar a voz de Deus em nossos corações. Se permanecermos entre estes, não alcançaremos o descanso e a paz para os nossos espíritos.

Não sejamos como esses tagarelas, que se invejam e se devoram mutuamente, que não têm tempo para buscar a face do Senhor Deus, o Criador, Aquele que deu o Seu próprio Filho para nos salvar e nos abençoar. Seus alaridos desdenhosos são desprovidos de conteúdo sólido, e um simples vento os dissipará.

A porta está aberta para a adentrarmos, e desfrutarmos de uma doce paz, em comunhão com o Deus Altíssimo, que tanto ama as nossas almas.

Disse Jesus: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” (João 14:6).

Venhamos, e desfrutemos da riqueza que Ele tem, capaz de dar brilho, alegria e paz eterna para as nossas almas.

Vamos lá, pois Jesus nos espera.


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