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SALMOS – LVIII – A VINGANÇA DE DEUS

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diciembre 3, 2021 by Bortolato

Salmo 58

Deus seria vingativo? Absolutamente não no sentido revanchista. Acontece porém que os Seus atributos divinos são muitos, os quais se acumulam, e compõem um perfil muito insólito e misterioso para nós, seres humanos. Ninguém há neste mundo que possa visualizar, explicar, e descrever exaustivamente tudo quanto diga respeito à personalidade divina.

Sua bondade é infinita, jamais cessa e Ele não muda. Dentro dos Seus planos para com este mundo, há um arcabouço repleto de intenções benfazejas, que despertam brados de louvor a Ele, da parte daqueles que são sensíveis às obras que o Senhor faz. Seus atos, os quais colocam em prática Seus benditos planos, então, provocam os mais profundos sentimentos de gratidão e alegria nos corações dos que são esclarecidos e alcançados por Sua graça e amor.

Falar sobre o que Deus pensa e faz neste mundo é de despertar um profundo respeito e amor a Ele, e são muitos e muitos os exemplos que estão expressos pela História Sagrada, tanto pela Bíblia, como pelos testemunhos dos nossos contemporâneos. Atos e atos salvadores que revelaram o Seu cuidado e carinho que desprende o Seu poder muitas vezes, mostrando de forma inequívoca que ninguém mais neste mundo e em toda a Criação detém tanto poder salvador. Os salmistas são concordes em exaltar o Seu amor e o Seu poder.

Ele é capaz de, através de uma simples palavra ou um simples toque de Sua mão, alterar o curso dos maiores astros deste Universo Sideral. Por outro lado também é de atemorizar sabermos que um simples buraco negro (que também faz parte de Sua Criação) pode engolir e destruir galáxias inteiras, como um bueiro engole as águas de uma enxurrada.

Ele fez mudar os movimentos da luz incidente entre o Sol e a Terra, conforme vemos no relato de Josué, capítulo 10 (de que maneira isso aconteceu?- O Universo parou de repente? É o que muitos entendem…), fez parar o curso das águas de um rio (Josué 6) para abrir passagem a seco o Seu povo, bem como o fez com o Mar Vermelho (Êxodo 14). Curou enfermidades graves de inúmeras pessoas, ressuscitou mortos (há exemplos bíblicos e extrabíblicos disso, da antiguidade e da atualidade), enviou Seus anjos para cumprirem os Seus propósitos (idem, idem), o que suscitou espanto e admiração nos corações de muitas pessoas.

É incontestável que a Sua grandeza é incomensurável, tanto que nem cabe totalmente dentro do nosso entendimento. Não temos capacidade para conter e compreender plenamente esta infinitude de poder, de ciência, de abrangência de extensão do Seu ser, mormente dentro de nossas resumidas limitações. Ele é demais para o nosso caminhãozinho.

Hemos que falar também sobre o Seu cetro de Justiça. Mal compreendendo este aspecto de Sua divindade, muitos, nas suas precipitações, frustrados pela falta de capacidade de avaliar os juízos de Deus, desistiram de crer, e alguns até negam que Ele existe, raciocinando mal, e expelem suas conclusões falando coisas que dentro de algum tempo terão que reconhecer que erraram.

Assim, temos nesta Terra muitos juízes que fazem mau uso dos seus pequenos cetros de justiça, para se corromperem, torcendo o direito, para favorecer a quem não teria o justo condão na causa julgada, em detrimento de outros que ficaram injustamente prejudicados. Tais juízes, porém, embora não ponderem devidamente sobre isto, um dia terão que ceder o seu cetro para serem julgados pelo Rei da Justiça, pois que todos, sem exceção, um dia terão que comparecer perante o Tribunal Supremo do Céu para serem julgados. Nessa ocasião uns serão condenados, e outros, absolvidos pelo martelo da Justiça Divina.

No Salmo 58 temos uma expressão do autor, o rei Davi, que conseguiu visualizar a atuação dos maus juízes desta Terra, e nos comunica sentenças que espantosamente são como verdadeiros desastres prestes a acontecer com esses maus julgadores.

Esta descrição remonta o perfil dos mesmos desde a sua concepção. (verso 3)

A análise continua, mencionando a contumácia dos mesmos, que usam de suas palavras como se fossem veneno de serpentes peçonhentas que não se deixam domar por encantadores (conf. Versos 4 e 5).

Neste ponto vemos que o salmista sai da sua lamentação e entra em uma oração deprecatória. O anseio por uma plena justiça o faz desejar ardentemente e pedir por uma intervenção divina que caia do Céu de forma a atropelar àqueles que pelejaram e andaram na contramão dos caminhos da retidão. Seu desejo é realmente de uma vingança terrível. Ele quer que a atrocidade venha a colher tais juízes injustos de forma cabal e radical.

Esse desejo por reta justiça, embora às vezes nos Salmos desponte de forma surpreendentemente radical quando fala de uma vingança sobre os maus, o mesmo no entanto foi aparado, contornado e estancado pelos ensinos do nosso Mestre e Senhor, Jesus, o Cristo, no Seu sermão do Monte (Mateus 5:38 a 48). Assim, hoje somos incitados a amar, perdoar, orar por inimigos, e ainda abençoá-los.

Apesar disso, temos que considerar, por outro lado, que a vingança a Deus pertence, e embora a nós caiba a função de tolerar, orar pelos maus, para que estes não venham a cair em desgraça, o Juízo Final descrito no Livro de Apocalipse nos faz crer que haverá, sim, um duro castigo e sentenças proferidas que culminarão com um escabroso futuro para os que forem condenados por suas obras (Veja-se em Apocalipse 20, mormente nos versos 11 a 15).

Fato é que é permitido por Deus que o mal manifeste-se neste mundo, a fim de que todos, justos e injustos, tenham a percepção de que a longanimidade divina suporta o pecado somente até certo ponto. Na exaustão, quando há uma ruptura na corda, tudo muda a partir de então.

Até mesmo nos filmes produzidos para o cinema, onde os produtores destes tencionam retratar as lutas do bem contra o mal, geralmente mostram-nos em seus ápices que de tanto se refinarem e prosperarem os maus em seus pecados, os mais justos suspirarão de alívio quando puderem ver que a encarnação do mal tem um fim trágico à sua espera.

Essa questão acerca da presença do mal na Terra é de um longo caminho percorrido, e quem procura encontrar a razão disto acaba por debater-se dentro de um labirinto onde não é fácil achar a saída, mas vamos aqui tentar esboçar a nossa abordagem, em rápidas palavras, visando a esclarecermos alguns pontos básicos.

O ateísmo afirma a realidade do mal, e nega a realidade de Deus, enquanto que o panteísmo afirma a realidade de Deus, mas nega a realidade do mal. Ambas estas posições filosóficas pecam quando lançam essas premissas falhas desde suas bases.

Já o teísmo preconiza que Deus e o mal, ambos são reais, mas o mal não é um princípio eternamente concorrente com a bondade divina, pois este já tem o seu fim preparado para o dia do Juízo Final.

Afinal, ao criar Deus seres providos de livre arbítrio, já previa que alguns destes escolheriam o mal, e se aprofundariam em suas práticas abomináveis. Sim, Ele deseja que usemos do dom da liberdade para escolhermos o bem, mas a liberdade, se forçada, por princípio passa a ser uma contradição, pois deixaria de ser liberdade – e sem liberdade, homens não seriam sequer uma versão melhorada de simples robôs. Talvez como androides, na melhor das hipóteses.

Assim, Deus não seria totalmente bom se aniquilasse a liberdade. E dentro deste escopo sobrou um inevitável subproduto da Criação, muito embora este se nos apresente como detestável: a possibilidade da escolha do mal por Suas criaturas.

O ódio nos parece detestável, mas se o ódio não fosse possível, o amor também não o seria, para nós humanos (cremos que até o anjos também têm que lidar com estes sentimentos). Se nenhuma criatura pudesse blasfemar, por outro lado também nenhuma delas poderia adorar. Logo, se Deus impedisse desde o início todo o mal, o bem seria não somente uma riqueza ignorada, mas até desprezada, e destituída de força. Não é nas lutas que se destacam as forças? E como poderemos enaltecer o bem devidamente, senão quando contemplarmos a sua vitória sobre o mal?

Concluímos que o mal é uma degenerescência do bem, que anjos e homens podem experimentá-lo por sua própria conta e risco; mas também que Deus luta e anseia pela vitória do bem sobre o mal, e quem se empenha em posicionar-se engrossando as fileiras de Deus, terá ampla recompensa, enquanto que os contrários terão que sofrer amplo castigo.

Hoje ainda o Juízo Final está no aguardo do tempo em que entrará em plena ação, mas de um modo

moderado, como um ensaio prévio, já apresenta a sua amostra grátis nos Salmos imprecatórios para anunciar sua iminente vinda, que pode parecer demorada, mas não falhará. Não é o que vemos nos terremotos, vulcões, tsunames, aluviões, pestes, e coisas do gênero? Quando essas coisas têm acontecido, felizes são aqueles que conseguem escapar com vida. Quando porém chegarem os tempos apocalípticos, felizes serão os que sofrerem a morte rapidamente, isto é, sem sofrer muito tempo antes de morrerem.

É tremendamente maravilhoso vermos que as palavras do Salmo 58 deixa transparecer toda esta problemática suscintamente, pois profetiza que no tempo do fim a justiça divina prevalecerá por completo, motivo de grande alegria e prazer nos corações dos justos, para aperfeiçoamento do mais alto e puro louvor ao Deus que tudo criou, e tudo fez para que homens e anjos exultem com expressões da mais perfeita adoração.

No Novo Testamento temos várias passagens que esclarecem e enfatizam esse tempo difícil mas jubiloso, lançando maior luz à vitória cabal do bondoso e amoroso, único, sublime, e terrível Deus cheio de glória e poder.

Que possamos todos ser participantes dessa festa que será o ponto alto, apoteótico, naquele dia prometido, quando o Cristo haverá de vir para julgar a todos os que tiverem sido habitantes desta Terra, e para dar aquela grande recompensa que Ele prometeu aos que nEle crerem.

… Os justos resplandecerão como o Sol no reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, ouça.” (Mat.13:43)

Hoje temos uma porta aberta que (Mateus 7:13, 14) pode parecer a princípio sem grandes luzes e atrações, pois que temos que enfrentar os males deste mundo, mas muito embora o seu caminho seja estreito e apertado, redundará em plena glória na revelação de Jesus Cristo, que em breve voltará a esta Terra para aqui estabelecer o Reino de Deus.

O prezado leitor gostaria de ser participante deste Reino que está por vir em breve? Quer mesmo? Então venha a Jesus, arrependido de seus pecados, e confesse-os, e peça-Lhe perdão; então siga o Mestre até o fim. Ele nos deu a seguinte promessa aos que nEle crerem, através das palavras do apóstolo S. João:

O sangue de Jesus nos purifica de todo pecado (I João 1:7)

Todos os que crerem e seguirem a Jesus haverão de encontrar-se com Ele naquele dia, e desfrutarão das bodas do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, para a maior ventura jamais desfrutada antes.

Sejamos individual e/ou coletivamente, em definitivo, posicionados ao Seu lado, e seremos eternamente felizes com Ele, que será então o nosso eterno correligionário.


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