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SALMOS – LIX – AMIGOS DENTRE INIMIGOS E VICE-VERSA

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diciembre 17, 2021 by Bortolato

Salmo 59

É fato, sim. Enquanto se levantam inimigos no meio de nossos amigos, Deus desperta amigos dentre os nossos inimigos.

Isto até parece um non sense, uma maluquice, mas por paradoxal que pareça, é uma verdade, e já ocorreu inúmeras vezes na História Universal.

Enquanto é de nossos conhecimento que houve casos e casos em que falsos amigos surgiram para atentarem contra a vida dos que neles confiaram, o reverso da medalha também é verdadeiro.

1*

Durante a Inconfidência Mineira a elite intelectual (poetas e ilustres nomes brasileiros) se reunia, buscando achar um meio de acabarem com a opressão da coroa portuguesa no Brasil pelo ano de 1789, foi quando o Marquês de Barbacena, o governador da Capitania de Minas Gerais colocado pela coroa portuguesa, recebeu seis denúncias de que estaria havendo uma conjuração, sendo a principal delas a de Joaquim Silvério dos Reis. Este homem, que dantes era um participante do movimento, mas depois, por interesses pessoais de ordem econômica, resolveu trair os participantes da conjuração. Este veio a delatar os seus correligionários, o que redundou em em sentenças de prisão, exílio e até morte para alguns dos participantes. Tiradentes foi enforcado em 21 de abril de 1792.

A Inconfidência murchou, mas muitos simpatizaram com suas ideias, até que em 1822, isto é, trinta anos depois, o próprio filho do rei de Portugal proclamou a independência do Brasil.

2*

Na Segunda Grande Guerra, que estourou no século XX, o general Erwin Rommel, um dos melhores cotados dentre o nazismo, em dado momento juntou-se a um grupo de miliares que decidiram que preciso seria haver um ato radical para evitar tantas mortes, e liderados pelo coronel Claus Von Stauffonberg, armaram uma cilada para causarem a morte do Füher. Por bem pouco que não o conseguiram, pois, por uma peça pregada pelo destino, este intento falhou. Rommel acabou sendo morto por causa de sua participação junto ao grupo, mas no final a guerra foi vencida pelas tropas de Aliados de vários países. Os russos, que no início da guerra estavam ao lado de Hitler, depois tornaram-se participantes da Tríplice Aliança juntamente com a Inglaterra e Estados Unidos da América.

3*

Dalila foi a mulher filisteia que se aliou aos seus patrícios para lograrem destruir a força de Sansão. Era a mulher dos seus amores, mas devido à sua traição, o homem de Deus perdeu a visão dos seus dois olhos, e tornou-se tipicamente um animal de carga, movendo a moinha. Quando em uma ocasião solene no templo do deus dos seus inimigos, Sansão foi levado até lá para servir de alvo de chacota. Ocorreu, porém, que um jovem que o conduzia pela mão atendeu ao seu pedido para recostar-se nas colunas em que se apoiava aquele edifício, e, mais uma vez foi usado por Deus, pois recebeu a força necessária para matar mais algozes do que em toda a sua vida de juiz sobre Israel, ao mover aqueles sustentáculos daquele templo.

4*

Jacó foi extremamente logrado e passado para trás por seu sogro Labão, mas ele pôde contar com a mão de Deus, e a fidelidade das filhas deste, de modo que sempre via que circunstâncias eram modificadas em seu favor por cerca de dez vezes.

5*

A história de Davi foi recheada de exemplos de aliados que se lhe solidarizaram em meio a situações praticamente perdidas no decorrer de sua vida, senão vejamos:

A – Quando Saul começou a ficar enciumado contra seu fiel aliado, Jônatas, mesmo sendo um dos filhos do rei, dedicou tamanha amizade a Davi, vindo a ser um intercessor que logrou aplacar a fúria de seu pai por várias vezes.

B – Quando, porém, Saul resolveu definitivamente matar a Davi, Mical, mesmo sendo filha do rei irado, a contragosto de seu pai, providenciou para que o jovem belemita fosse poupado, forjando uma situação em que pudesse haver uma fuga espetacular, que permitiu ao filho de Jessé evadir-se de sua casa e furar o cerco a salvo.

C – Aitofel e Absalão levantaram um motim muito bem armado contra Davi, que então era o rei de Israel, mas Deus colocou Husai como um dos conselheiros de Absalão, para dar sua opinião, e avisar as tropas reais que se puseram em fuga de Jerusalém, a fim de que estas pudessem escapar e se recomporem para a batalha que estava prestes a acontecer.

D – Depois da morte de Saul, seu filho Isbosete negou-se a reconhecer que a ocasião estava mais propícia para Davi, que então fora coroado rei de Judá. Houve confrontos militares entre as duas forças, mas repentinamente, dando uma virada fenomenal, Abner, o que fora general de Saul, resolveu que passaria para as fileiras de Davi, e assim o fez, facilitando para que o reino de Israel passasse totalmente à coroa real do filho de Jessé.

No Salmo 59 contextualiza-se historicamente no momento em que os homens de Saul estavam executando ordens para matar a Davi. O salmista teve que sair às pressas de sua própria casa, estando desarmado, sem eira e nem beira, agradecendo as boas intenções de Mical, sua esposa, e enfrentando o cerco da cidade com muita cautela e paciência, contando com a Providência divina para ajudá-lo a sair daquela situação sem ser notado.

O texto deste Salmo certamente foi produzido no coração e na mente de Davi durante o percurso de sua fuga. O coração do salmista estava vivendo fortes emoções, e uma oração naquela hora teve uma força toda especial diante de Deus.

Trata-se de uma oração de súplicas por um livramento.

Neste mundo não faltam os maus, que tramam fazer com que os justos sejam apanhados, transformados em objeto de escárnio e de maldades. Logo, o texto nos sugere que mesmo sendo justos e não ímpios, não estaremos isentos de perseguições, mas quem tem íntima comunhão com Deus, não ficará desamparado.

Não faltam aqueles que menosprezam nossas vidas e armam ciladas contras nossas almas (versos 2 e 3).

Enquanto Davi, no meio da noite, procurava sorrateiramente escapar do grupo de soldados de Saul, ele ouvia os gritos destes em volta da cidade, tornando dramática aquela fuga (verso 6). Felizmente, com a ajuda do Senhor, ele o conseguiu.

Conhecendo o modus operandi dos exércitos de Saul, Davi foi-se aproveitando das sombras da noite, aqui e ali, para passar entre um e outro sentinela, e o Senhor ouviu a sua oração que dizia:

  • Em Ti, força minha, esperei, pois Deus é o meu alto refúgio…” (v. 9)

  • Meu Deus virá ao meu encontro com a Sua benignidade”. (v. 10)

Se estamos sendo objeto de observação de perseguidores, não nos desesperemos. Temos o recurso da oração para nos amparar.

A fé é um fruto do Espírito Santo (Gálatas 5:22) que nos é dado com muito prazer das mãos de Deus. Esta não é apenas um otimismo que nutrimos dentro de nós. É um presente com o qual o Senhor nos contempla para o usarmos em todo o tempo, que se torna mais precioso nos tempos difíceis. Quem deseja que Deus o abençoe, esteja atento, pois esta dádiva se manifestará muito útil nas horas das necessidades .

É dEle que procede a Providência para a nossa vitória, a qual nos chega, mesmo em tempos de graves perigos, e a fé, que vem dos Altos Céus, nos levará às maiores alturas, onde Jesus está, e é assim alcançamos as chaves da nossa vitória.

Mesmo estando com o coração muito aflito, Davi não deixou de acreditar que o Senhor jamais o abandonaria, e demonstrou uma fé viva e eficaz tomando conta de seu coração, o que não permitiu que tristezas ou sentimentos outros tais como autopiedade, depressão ou mesmo aquele sofrer carrasco que vem com força, querendo assaltar-nos, atrapalhassem a visão da presença de Deus ali, a confortar e a consolar.

Eu porém cantarei a Tua força; pela manhã, louvarei com alegria a Tua misericórdia” (verso 16)

Então surgiu, no meio da noite ameaçadora, este hino de louvores a Deus. Angústias, incertezas, dores, fraquezas foram suprimidas pela excelência da voz da fé:

A Ti, força minha, cantarei louvores, porque Deus é meu alto refúgio, é o Deus da minha misericórdia”.

Neste ponto queremos nos reportar ao descendente de Davi, que a exemplo deste, um dia teve de enfrentar uma súcia de malfeitores, perto do ano 29 D.C. Este conseguiu fazer discípulos, e tinha o poder de reunir exércitos de anjos de Deus ao seu redor, mas não fez uso deste recurso, no momento mais crucial de sua vida terrena.

Ele poderia ter escapado daqueles representantes dos poderes corrompidos deste mundo, mas como olhou para cima, orou insistentemente a Deus a fim de que pudesse dar a passada acertada, colocou de lado seus medos e decidiu não fugir da luta, como Davi teria feito em seu lugar.

Quando no Jardim do Getsêmani estava sendo preso, logo se identificou, e, olhando para os Seus inimigos que vieram para capturá-Lo, disse-Lhes:

  • A quem buscais?”…

Eles Lhe responderam:

  • A Jesus, o Nazareno”.

Seus inimigos caíram por terra ao ouvirem a Sua voz.

Ele então torna a lhes perguntar:

  • A quem buscais?”

Novamente Lhe respondem:

  • A Jesus, o Nazareno”.

A resposta de Jesus por fim denota o Seu espírito de submissão a Deus, não fugindo do sacrifício da própria vida em favor dos Seus discípulos:

  • Já vos disse que Sou Eu; se é a mim que procurais, deixai estes ir embora”. (João 18:1-9)

A partir desse momento Ele passou a madrugada sofrendo muita pressão em vários inquéritos, em um julgamento tendencioso no qual distorciam suas palavras e os fatos, no qual Seus inimigos demonstraram avidez por vê-Lo morto. Com incrível determinação, Ele fez-se como uma ovelha muda perante Seus tosquiadores, colocando acima de tudo o querer do Pai, e pensando muito no futuro de cada um de nós, membros desta nossa raça decaída no pecado.

Ele resolveu ficar nas mãos de seus algozes, ser preso, injuriado, julgado, condenado, crucificado e morto em Jerusalém naquele dia – tudo isso a fim de tomar o lugar de réu que cabia a cada um de nós, os pecadores que tantas vezes desagradamos a Deus.

Não quis contar com anjos naquela hora, e ninguém pôde ajudá-lo, destarte foi empurrado para caminhar ao monte Calvário, e ser crucificado naquela cruz.

Os Seus discípulos que ali estavam com Ele nos representaram naquele momento. Desejaram muito poderem empunhar armas para repelir o grupo de inimigos que lhe projetava o mal, mas não tiveram força e nem coragem para tanto. Por aqueles é que Jesus orou, por eles pensou, dedicou-Se muito, colocando-Se a ser réu de morte, a fim de salvar até aos que Lhe foram contrários, como um escudo protetor posto por Deus, a fim de que não viéssemos a sofrer duras penas eternas.

Louvado seja Deus! Ele salva aos Seus dos inimigos, e nos dá ainda um Advogado, Jesus, para que fôssemos salvos dos nossos pecados, remindo-nos com o Seu precioso sangue que derramou desde a Fortaleza Antonia até o Monte Calvário.

Precisamos pensar bem sobre este fato. Deus enviou o Seu próprio Filho a este mundo, incluindo em Seu propósito a morte de Jesus, a fim de que pudéssemos ser favorecidos quando tivermos que comparecer perante o Tribunal de Cristo, que um dia há de surgir em nosso caminho a seguir, após nos despedirmos de nossos corpos neste mundo.

Seria um grave menosprezo ignorarmos ou subestimarmos o valor do sangue de Jesus em nossas vidas, pois não há outro meio de sermos salvos, para podermos desfrutar de uma eternidade debaixo das mais felizes bênçãos divinas.

Não importa o quanto e nem o quilate do que tenhamos para apresentar a Deus naquele dia, seja bem ou mal. Sem o sangue de Jesus para nos dar salvo conduto, pereceremos eternamente – mas Jesus está ainda de mãos estendidas em nossa direção, com intenção de nos abençoar, e nos livrar de um grave perigo, decorrente de uma grande condenação.

Enquanto na cruz, Ele não teve outra opção senão sofrer, mas em Seu Espírito ele Se alegrava por saber que seus esforços não seriam em vão. Sorrir pregado em uma cruz, enquanto se sente dores excruciantes, é muito difícil, mas hoje Jesus está de mãos estendidas, esperando por nossa decisão de irmos ao Seu encontro com determinação de segui-Lo, e em Seu rosto é estampado um franco sorriso, que espera pelo momento de abraçar-nos alegremente.

Vamos lá, não O deixemos esperando tanto… esta é a mais importante decisão que temos de tomar em toda a nossa vida. O ensejo é este. Não deixemos para depois, porque nada deverá se interpor ou atrapalhar este mover de nossos espíritos na direção de Deus.

A bênção que nos espera é muito grande, maior do que o Universo, e a riqueza que nos está destinada é mais rica do que todo o ouro deste mundo. Creia, é preciso crer, para recebê-lo.

Seja rico e feliz por toda a eternidade, com Jesus.


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