CHAMANDO MISSIONÁRIOS
Comentarios desactivados en CHAMANDO MISSIONÁRIOSjunio 22, 2012 by Bortolato
Disse Jesus, certa vez, a alguns homens:
“Vinde após mim, e vos farei pescadores de homens.”
Há muitas maneiras, formas de Deus chamar alguém para a Sua Obra missionária e há muitos tipos de pessoas que Ele chama. Veremos alguns deles. Na verdade, Deus chama a todos os seus servos para servi-Lo.(Jô.15:1).
Como era a condição dessas pessoas, quando foram chamadas? O que faziam? Quem eram eles, afinal?
1) Moisés – era um homem com espírito de defensor do seu povo sofrido e oprimido pela escravatura (Ex. 2:11; 32:32). Matou um egípcio quando ainda era um príncipe no Egito. E quando o povo pecou no deserto por causa do bezerro de ouro, logo pôs-se em sua defesa diante de Deus, para pedir que o povo não fosse consumido pela ira do Senhor. E Deus o atendeu.
2) Gideão: – Deus o chamou de “varão valoroso”, ou seja, corajoso. Sabemos que Deus não se agrada de covardes. Espírito arrojado, intrépido, ousado. Sua ocupação era a de agricultor, pois plantava trigo, mas o Senhor o chamou para ser guerreiro, um juiz libertador, e ele o aceitou. Loucura? Digamos que sim. Deus usou as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias. Você, com um grupo de 300 pessoas, iria ao encontro de um exército de milhares e milhares? Estrategistas de guerra diriam que isto seria um suicídio, mas foi o que Gideão fez, porque Deus lhe mandou fazer assim. Não é que deu certo, mesmo? Quando Deus lhe pedir alguma coisa, faça-a! Por incrível e absurda que lhe pareça, se V. tem plena certeza que é Deus quem falou, pode faze-la! Vai dar certo, e V. ficará admirado.
3) Deus chama pessoas que trabalham, ocupados na vida secular: –
• Lucas era médico.
• Priscila e Áquila eram fabricantes de tendas.
• Pedro, André, Tiago e João eram pescadores.
• Amós era boiadeiro
• Abraão, Isaque e Jacó eram criadores de gado.
• Lídia era uma vendedora.
• Davi era pastor de ovelhas
• Jessé fabricava queijos
• Mateus e Zaqueu eram publicanos
• José de Arimatéia era senador
• Neemias era o ministro da confiança do rei
• Daniel, José do Egito e Mardoqueu eram primeiros ministros
• Simão, o zelote, era um terrorista.
• Éster era rainha
• Jesus e seu pai terreno eram carpinteiros.
Não importa qual seja a sua profissão, Deus lhe chama, também!
O que importa é que Deus chama pessoas de coração simples, humilde, e que facilmente se quebrantam (Vd. Neemias 1:1-6).
Se V. anda chateado por causa do sofrimento de um certo povo que vive fazendo coisas erradas, contrárias à vontade de Deus? É você mesmo que Deus quer usar no meio deles. Não fuja.
4) Deus chama pessoas, mesmo as mais imperfeitas (Is.6). Isaías confessou que ele era um homem de lábios impuros, e que vivia no meio de gente com essa mesma marca.
5) Deus chamou a Paulo, um fariseu “roxo”, para antes de tudo ser alguém que caiu do seu orgulho, para amar a Cristo, mais do que a sua própria vida. Chamou-o para abandonar a sua religião , para lhe dar uma ocupação das mais gloriosas – ser apóstolo, e sofrer por causa de Cristo!
Deus nos chama para abandonarmos ideologias e causas falidas, “barcos furados”, para sermos dele, conhecermos o que de fato é o Amor, e participarmos da Sua Santa Causa.
Elucidando este ponto, mencionamos o missionário, Herold Sigmond, da Igreja Luterana da Arábia Saudita. Sua atividade era treinar homens-bomba para causarem estragos, principalmente entre os Judeus. Quando pensava em largar uma bomba numa igreja Batista em Richmond, EUA, Algo o deixou sorrindo ao ali entrar, quando nunca sorria, desde criança. Decidiu serguir a Jesus, sofreu o deprezo de sua própria mãe, foi preso pela polícia, torturado várias vezes, para negar a Jesus, mas continua firme no Senhor. Apesar de ter sua cabeça a prêmio, continua a trabalhar no meio de um povo fanático, tal e qual um Talibã.
Ser missionário é ouvir o chamado de Deus e obedece-lo.
Existem basicamente e apenas 2 tipos de chamados de Deus:
1º) Chamado como o de Abraão, ou de Jonas:
– Sai da tua terra, da tua parentela, da casa do teu pai, para a terra que Eu te mostrarei.
Como Abraão foi, pois o 1o. missionário em missões transculturais:]
– Abandonou o conforto de uma casa muito rica.
– Abandonou sua terra Natal.
– Foi morar em tendas, numa terra seca, árida, vagante, sem destino certo, acampando aqui e ali, como um nômade.
– Este é o tipo de chamado que, graças a Deus, ainda hoje existe. Parece ser uma loucura, uma besteira, um “non-sense” que se passa pela cabeça das pessoas.
– Alguns dirão: “ o que V. tem na cabeça?” V. pensa que vai ser fácil?” V. não pensa em sua família? V. não tem amor pelos seus? V. não tem medo de morrer ali para onde deseja ir?
A resposta do missionário é: –
– Eu vou, porque Deus me amou…
– Eu vou, porque Deus me salvou…
– Eu vou, porque Deus me chamou…
Bem aventurados os que ouviram esse chamado e o obedeceram.
Muitos se tornaram heróis dessa fé.
O povo de Deus não pode se esquecer desses heróis.
Homens e mulheres que enfrentaram barreiras para que hoje fôssemos conhecedores da Palavra.
Pessoas que pagaram alto preço para que a verdade do Evangelho fosse preservada e sua propagação garantida, e, embora pressionados, às vezes julgados por tribunais, juízes, caluniados, cerceados em sua liberdade, peresos, e muitos mortos de forma cruel, até em fogueiras.
Somos herdeiros desses heróis. Somos fruto de sua coragem, ousadia, dedicação, orações, sua fidelidade à Bíblia, e a Cristo
Se procurarmos conhecer bem as raízes da nossa fé, ficaremos admirados e seremos admiradores desses vultos do passado:
Hudson Taylor, o primeiro missionário enviado à China.
David Livingstone, na África, como o Senhor assim o quis.
David Brainerd, entre os indígenas Norte-Americanos.
Não vamos estender muito esta lista, para não nos tornarmos prolixos.
Vamos, entretanto, relembrar as palavras de D. Livingstone, a respeito da missão que ele mesmo e outros abraçaram:
NÃO UM SACRIFÍCIO
Quando David Livingstone visitou a Universidade de Cambridge em 4 de dezembro de 1857, ele fez este apelo, deixando-nos um legado de fé e amor:
“De minha parte, jamais deixei de me regozijar que Deus tenha me designado para um tal trabalho. As pessoas falam do sacrifício que eu fiz gastando tanto de minha vida na África. Posso chamar de sacrifício o que é simplesmente retribuir uma pequena parte de um grande débito para com o nosso Deus, o qual nunca poderemos pagar? Será que é um sacrifício, se traz suas próprias benditas recompensas em atividade sadia, a consciência de fazer o bem, e a paz de espírito e uma bendita esperança de um glorioso destino na vida vindoura? Vamos acabar com essa palavra e com tal pensamento! Com todas as forças digo que não é sacrifício! Digamos antes que é um privilégio. A ansiedade, a doença, o sofrimento ou o perigo, de vez em quando, com a ausência das pequenas comodidades e coisas boas da vida, podem nos levar a fazer uma pausa e levar nosso espírito a fraquejar e a alma se abater; mas isto é só por um momento. Tudo isto é nada quando comparado com a glória que será futuramente revelada em nós e por nós. Eu nunca fiz sacrifício.
Quero chamar a atenção de vocês para a África. Sei que em poucos anos eu morrerei naquela terra, que agora está aberta. Não permitam que ela se feche de novo! Eu volto para a África para tentar abrir um caminho desimpedido para o comércio e o cristianismo. Continuem a obra que comecei. Eu a deixo para vocês.
2°) Outro tipo de chamado é aquele que vemos na vida de Noé.
Ele ouviu a voz de Deus , mas o seu chamado era para ficar ali onde ele já vivia. Só teria que permanecer ali, pregando a palavra de Deus, e construindo um grande monumento à fé nessa mesma palavra que ele pregava.
Isso parece que soa mais leve, soa bem aos ouvidos do mundo que vê com maus olhos a idéia de partir para algum lugar desconhecido e distante, mas se analisarmos bem, a vida de Noé, veremos que a sua missão tinha também os seus espinhos.
Deus lhe mandou praticar com constância e determinação um procedimento que parecia uma tremenda loucura: – construir um tremendo barco, um grande navio, na verdade enorme, e isto sobre a terra.
Se fosse num local escondido, vá lá, mas não era. Todos os seus contemporâneos viram a sua loucura – parentes, amigos, reis, príncipes, juízes, homens, mulheres, velhos, moços e crianças. Todos quantos passassem, mesmo ao longe, veriam bem grande e vistosa a chamada “loucura de Noé”.
Aquilo era uma agressão contra a lógica deste mundo.
Aquilo parecia bater de frente contra todos os costumes e cultura dos seus contemporâneos.
Aquilo, por fim, contrariava a todos os prognósticos de previsão meteorológica daquela época, pois afinal, o mundo nem conhecia o que viria a ser uma chuva.
A Bíblia diz que Noé pregou por 120 anos (I Pedro 3::20; Gên. 6:3), e a arca que ele construiu não foi uma construção que demorou pouco. Hoje, nos nossos modernos estaleiros, um grande navio nunca fica pronto antes de 36 meses de construção, com todos os recursos modernos de transportes, guindastes, robots, e centenas de pessoas que se mobilizam para atender à demanda de serviço.
Quanta chacota ele ouviu. Zombarias de todo o tipo, termos pejorativos, depreciando a sanidade mental do homem que decidiu ouvir e obedecer a Deus. Parentes, amigos, pessoas importantes, quem sabe até mesmo reis e rainhas se riram a valer da grande “besteira de Noé”. O mundo todo olhava para Noé e sua família e os desprezava, mas ele continuava a obra que Deus lhe mandou fazer! Ainda bem que naquela época havia muitos recursos naturais na floresta, senão é possível que algum Ibama lhe viesse entregar alguma notificação de multa por ter usado tanta madeira – e inutilmente, ao que pensavam.
Graças a Deus, a sua família lhe era solidária!
Todos quantos queiram viver piamente serão perseguidos…
Quer saiamos pelo mundo, quer fiquemos onde estamos, teremos pessoas que nos ouvirão, e outras que não nos quererão ouvir.
Se o nosso desejo é falar de Cristo, podemos começar aqui ou ali onde estivermos.
Há pessoas que levam a Bíblia aonde vão, e ali num ônibus, num táxi, num avião, ali estão lendo a Palavra de Deus, e se têm uma chance, logo falam de Cristo.
Um amigo nosso estava falando em São Paulo do evangelho para um desconhecido, e ambos pararam numa das ruas do centro. Logo chegou mais um interessado, logo chegou mais outro, e logo estava feita uma roda de pessoas ouvindo – tudo isso aconteceu sem que ele tivesse a pretensão de fazer um culto ao ar livre.
Um taxista de Campinas disse que ele, sempre que leva alguém em seu carro, vai escutando hinos evangélicos, e sempre, antes da viagem, dedica um livreto evangelístico à pessoa que com ele vai. Já viu pessoas chorando sobre o livreto, debulhado-se em lágrimas. Muitos já foram muito abençoados dentro daquele veículo.
Muitos de nós pensamos: eu não tenho dom para falar.
Cremos que não devemos olhar para dons que não temos.
Moisés já dizia isso mesmo, quando foi chamado. Dizia que sua boca era difícil, alguns dizem até que ele era gago. Mas Deus o enviou mesmo assim.
Creiam-me, Ele que fez a boca, Ele dará capacidade para cada um de nós para exercermos a sua digna comissão:
Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda a criatura. Quem crer e for batizado será salvo! Esta foi a sua ordenança. Cabe a nós crermos que ela é verdadeira, poderosa, eficaz, e que trará o seu fruto na ocasião própria.
Quem obedece à palavra de Cristo será como aquele que construiu a casa sobre a rocha, e sobre a qual açoitaram ventos, saraiva, tempestades, e ela permaneceu em pé.
Permaneçamos em pé, pois, obedecendo ao seu “Ide”.
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