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AS PRIMEIRAS DORES ANTES DO FIM (II)

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junio 26, 2012 by Bortolato

ESCATOLOGIA- II – O PRINCÍPIO DE DORES
Em Mat. 24:3 vemos que os discípulos de Jesus nos trazem à tona um assunto e fazem duas perguntas que dirigem a Ele: –
1 – Quando acontecerão estas coisas?
2 – Que sinal haverá da tua vinda no fim dos tempos?
Em primeiro lugar, Jesus lhes adverte quanto a este assunto, falando-lhes que algumas coisas acontecerão, mas estas mesmas, muito embora pareçam sê-lo, elas não são sinais do fim, e da Sua santa vinda.
Vejamos quais são estes “sinais” que não são sinais do fim:
• Mat. 24:4-5 – “Muitos virão em meu nome, dizendo: – Eu sou o Cristo (já não viram algo assim até pela TV?) e enganarão a muitos. Hoje, vemos alguns poucos como o Henry Christo, mas esses falsos cristos estão se multiplicando, ultimamente”.
• Mat. 24:6-7 – “guerras e rumores de guerras”.   Quanto a isto, Jesus diz ainda:
“Cuidado… não vos alarmeis… tais coisas devem acontecer, mas ainda não é o fim. Levantar-se-á nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes, pestes e terremotos em vários lugares. Todas essas coisas, porém…”
  24:8 – “Todas essas coisas, porém, são o princípio das dores”.
Reparem bem nesta expressão: princípio de dores.   Se Jesus falou que são apenas o início das dores, que idéia nos dá, senão a de que essas dores aumentarão em muito?
Note que Jesus não falou de início de uma série de sofrimentos, mas Ele se refere a isto como a “princípio de dores”.   Dores!   Dores são sensações desconfortáveis, que nos desequilibram, que nos impelem a buscar avidamente pelo alívio, que podem até nos fazer chegar às raias da loucura.
Em outras palavras, Jesus está se referindo ao início de um processo de parto.    Quando está para acontecer um parto, não se inicia tudo com dores oriundas de contrações que vão se intensificando cada vez mais?   Quando isto estiver para acontecer, espera-se o nascimento de uma criança.
É a hora do mundo sofrer as primeiras dores.   Mas estas se vão intensificando à medida que o tempo vai-se escoando.
MEDITE: – Quantas guerras já não aconteceram depois que Jesus foi assunto ao céu?  – Pensemos nas Guerras das Cruzadas.   Depois destas, quantas outras?
– A guerra russo-japonesa (1904-1905)
– As guerras balcânicas (1912-1913)
– A guerra civil espanhola (1937-1939)
– A guerra civil colombiana (1948-1953)
– Depois, guerras civis nos EUA (a guerra de Secessão), no Brasil (lembramos as revoltas de Canudos, na Bahia, a Sabinada, as lutas contra os franceses no Rio de Janeiro, contra os Holandeses em Pernambuco, a revolução constitucionalista de 1932 em São Paulo e Mato Grosso), etc.
– As revoluções dos países comunistas, tais como Rússia, Romênia, Hungria, etc.
– Houve, então, a 1a. Grande Guerra (1914-1918), em que morreram 10 milhões de pessoas.
– Cerca de 20 anos depois, veio a Segunda G.G (1939-1945), em que morreram c. de 51 milhões.
– A revolução interna de China, em que o comunismo assumiu o poder.
– A guerra da Coréia (1950-1953)
– A guerra do Camboja
– A guerra do Vietnam (1963-1973)
– A guerra da Iugoslávia, que fracionou o país em vários outros pequenos países.
– A guerra entre Iraque e Iran
– A guerra entre o Iraque e o Qwait.
– A guerra do Afeganistão.
– A guerra entre Iraque e os EUA+ Inglaterra, a qual, cremos, teve origem aos 11/09/2001, com uma série de ataques que culminaram com a queda das duas torres gêmeas dos maiores edifícios já construídos nos EUA, em Nova Iorque.
– Durante todo esse tempo, os judeus só se viram perseguidos, quer seja de um lado, quer de outro.
Hoje, enquanto estudamos estas lições, a guerra do Oriente Médio “esquentou” mais uma vez.    Israel, que antes, prudentemente se defendia e cedia territórios em troca de paz, agora se colocou no ataque aos países que abrigaram as facções do Hamaz e do Hesbolah.   E mais guerras estão previstas até o fim…
    As dores de parto vão-se intensificando…
Mat. 24:9-10 – “Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e vos matarão.   Sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome.   Nesse tempo, muitos se escandalizarão, trair-se-ão mutuamente, e se odiarão uns aos outros.
v. 11 – Surgirão muitos falsos profetas e enganarão a muitos.
vv.12,13 – E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de quase todos se esfriará, mas aquele que perseverar até o fim será salvo!”“.
(Notar os grifos revelando o fator intensificação)
Quando uma criança está para nascer, as dores vão aumentando gradualmente, até chegar a hora do nascimento.
Mat. 24:14 – E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações.  Então virá o fim.
O acontecimento que determinará, pois, a chegada do grande dia, em que tudo estiver pronto para se abrirem os sete selos do livro selado, os sete toques de trombetas, etc. (Apoc. 5)…      acontecimento este que fará com que o cenário esteja plenamente preparado, é a evangelização do mundo…    e então virá o fim!
Deus, pois, espera que todos ouçam, todos tenham a oportunidade de ouvir sobre a Graça de Cristo.
Ao se completar a tarefa da evangelização do mundo, porém, a igreja terá completado boa parte do seu ministério aqui na Terra.   Será, então, qual o seu destino?   Completada a principal tarefa da igreja sobre a Terra, é fácil imaginar – Deus amará tê-la mais perto.   A dispensação da Graça, a era da igreja terá chegado ao fim.    A igreja sempre se envolveu em mistérios, e não será diferente dessa vez.   Para onde irá a igreja do Senhor?
O passo seguinte, continuando a montar-se um mapa mundi do fim, será dado numa determinada nação do globo terrestre: em Israel.
Mat. 24:15 – “quando virdes a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo (quem lê entenda…)”.
24:16 – “Então os que estiverem na Judéia, fujam para os montes…”.
TERREMOTOS:
Estes também não são uma característica somente dos nossos tempos, mas, bem como podemos observar acerca das guerras, assim também os terremotos estão aumentando muito, quanto mais se observa nestes últimos tempos.  Só para compararmos, no século XIV houve registro de apenas 137 terremotos.  No século XX, já foram milhares e incontáveis ocorrências.
FOMES:
Parece que quanto mais a população se desenvolve, mais vai se alastrando o problema da fome.   Cada vez mais o Concílio Mundial de Alimentação está concluindo que há mais pessoas passando fome no mundo do que antes.   E o Brasil não é exceção.   Estamos muito longe de uma erradicação deste problema, apesar de que o seu governo faça programas da chamada “Fome Zero”.       Biafra, Índia, e muitos outros países revelam que a fome ainda é um fantasma que assusta.
PESTES:
As mudanças de clima, a divergência nos métodos agriculturais e a proibição de certos inseticidas por rações ambientais estão montando um cenário propício à formação de aumento da população de insetos nocivos à lavoura e à saúde de cidadãos em geral.
Experiências químico-biológicas em animais (e em alguns casos, ouve-se que há utilização até mesmo de tais monstruosidades em seres humanos) deixa um sério desafio e uma séria ameaça velada e abafada aos olhos de muitos.
Hoje, sabemos que a peste bubônica, e a cólera estão ainda em condições de apavorar o mundo, basta um ligeiro descuido.
O vírus Ebola é um tipo de peste que pode matar uma cidade toda em pouco tempo.   Ouve-se falar que este está controlado no globo, mas há laboratórios que ainda guardam amostras destes, “para fins de testes”.   Se um vírus desses escapar… misericórdia divina nos socorra!
A atual “gripe dos frangos”, ou “gripe aviária”, é apenas uma variação da antiga gripe espanhola, que matou muitas e muitas pessoas no passado.   Essa gripe está matando muitos frangos criados em granjas, e mata também quem venha a ingerir a carne contaminada.
Muito embora na época de Jesus a lepra fosse a grande ameaça, hoje ainda não superamos o espectro assustador de mortes por incidência do câncer, AIDS, e doenças cardíacas.
Tais pestes podem matar tanto quanto ou mais ainda que as vítimas fatais de uma guerra.
ANGÚSTIA ENTRE AS NAÇÕES EM PERPLEXIDADE POR CAUSA DO BRAMIDO DO MAR E DAS ONDAS.
Lucas 21:25.   O medo tem açoitado as pessoas deste século, por diversos motivos.   Ondas de criminalidade é um deles.  Violência.  Hoje, no Brasil, vemos que estamos às voltas com o levante do PCC, comando oculto entre criminosos de dentro e de fora dos presídios, os quais estão se organizando a ponto de fazerem um governo paralelo, acobertados dentro de favelas, para lançar todo tipo de atentados contra a população, e para medir forças contra o governo oficial.
Um outro medo, porém, que começou a fazer furor no século XXI é o das chamadas Tsunamis.   Ondas do mar da altura de grandes edifícios, que procedem de erupções vulcânicas do fundo dos oceanos.   A Índia tem sido atingida, bem como outros países adjacentes.   Já apareceram duas destas só neste início de século, que causaram pânico e muitas mortes.
FALSOS CRISTOS:
Quem não se lembra do caso de Jim Jones, na Guiana, que levou mais de 900 pessoas ao suicídio em massa, em 1978?
Mencionamos também o Padre Divino Charles Manson, e com ele, houve, já, inúmeros que atraíram para si bom número de pessoas sob a alegação de que estes eram Ungidos (Cristos), que estavam aqui para dar início a uma nova época na terra.
E o Reverendo Sun Myung Moon, o chamado “Messias” da Coréia, que nos meados dos anos 70 apareceu afirmando ser ele mesmo, o Salvador que veio para completar a tarefa “que Jesus não conseguiu concluir aqui, na sua 1a. vinda, porque morreu precocemente?” A sua absurda pretensão de ser “aperfeiçoador” da obra de Cristo, apesar do disparate, ainda conseguiu iludir a muitas pessoas, inclusive na América do Sul.
No Brasil, citamos o Henry Christo, personagem que afirma categoricamente que é, sem dúvida, a reencarnação de Jesus Cristo, vivendo aqui por estes dias, em Curitiba.
Neste ponto, convém que voltemos à profecia do livro de Daniel, para que possamos nos fixar melhor sobre este assunto, focalizando, acima de tudo, a Bíblia.
A PROFECIA DE DANIEL
O profeta Daniel se viu muito ligado com o fim dos tempos.   Para ele, sua “transferência” forçada de Jerusalém para a Babilônia em 606 AC. já foi o início de um período difícil.       Foi o fim de seu status de “sangue nobre” de sua linhagem israelita.    Viajou como um escravo do rei de Babilônia, e assim teria que passar os seus dias até o final.   Para ele, submeter-se aos ditames de um tirano idólatra, comprometido com magia, astrologia, e outras coisas que eram comuns naquela terra de exílio, era algo que, de quando em quando lhe traria ameaças contra a vida de seus amigos, do seu povo, e de si mesmo.     Ele sabia o que era ter que manter a fidelidade ao Senhor, enquanto estava vivendo debaixo de ordens de reis, conselheiros e corte envolvidas com seitas idólatras.    Sua preocupação maior era a de não desagradar ao Grande Deus, o seu Grande Rei, e por causa disso ele sabia e experimentara muito bem que, em determinados momentos, teria que colocar o seu pescoço em risco.
Dependendo da condução da política governamental que tinha poder sobre o seu povo, todos os israelitas poderiam ser dizimados repentinamente.   Isto quase chegou a ocorrer sob o governo persa de Assuero, em 473 AC. (vd. livro de Ester).    Se o intento maléfico de Hamã fosse levado até o fim, necessário seria que Deus levantasse Sua mão para interceder por Israel, e não haveria salvador humano que o pudesse salvar.
Não foi o que aconteceu naquela ocasião, mas esta preocupação certamente agitava os pensamentos de Daniel.   Deus, no Seu infinito amor para com os seus, quis revelar-lhe que o seu povo seria de fato perseguido, especialmente em um determinado período da história que Jeremias denominou de “tempo de angústia para Jacó” (Jr.30:7), mas que, por outro lado, a Sua poderosa mão haveria de julgar os reis e povos que intentassem levantar-se contra os seus.   Aprouve a Deus, então, mostrar a Daniel que alguns homens haveriam de executar terrível perseguição contra o seu povo, mas todos aqueles que assim o fizessem, levantar-se-iam para cair debaixo das mãos do Todo-Poderoso.
Não poderíamos deixar de analisar as mensagens contundentes que tem a profecia de Daniel, bem como a de outros escritores bíblicos, pois que esta possui palavras certeiras, de peso, e algumas delas terríveis, uma vez que certo é que o fim vem sobre toda a terra.
Caberiam muito bem aqui as palavras do profeta Malaquias:
“Pois eis que vem aquele dia ardendo como fornalha; todos os soberbos, e todos os que cometem impiedade, serão como o restolho; e o dia que está para vir os abrasará, diz o Senhor dos exércitos, de sorte que não lhes deixará nem raiz, nem ramo”.(Ml. 4:1).
A destruição deste mundo virá com toda certeza.   Assim o Senhor disse, e passará céus e terra, mas as Suas palavras não hão de passar.
Basta notar como a mão de Deus foi pesada para destruir povos no passado, para se dissipar toda dúvida a respeito.   Todo pecado será visitado, e o pecador impenitente terá que arcar com toda a sua maldade.
Assim o mundo foi destruído pelo Dilúvio.  O Senhor Jesus tomou aquela geração como espelho para mostrar que a última geração desta terra também será visitada de forma semelhante.
Assim foi com Sodoma e Gomorra.    Gênesis 18 nos mostra que houve uma profecia sobre a sua destruição.    Em Gn. 19 lemos sobre o seu cumprimento.
Assim Deus falou a respeito das sete nações cananitas, e assim foi que sucedeu, com a invasão israelita em lugares impenetráveis, com muralhas indestrutíveis.
Assim foi dito sobre Tiro (Ezequiel 26:4-5), e assim aconteceu.   Hoje o sítio arqueológico de Tiro possui um istmo que se tornou em “praia de pescadores”, e nada mais.
Assim se profetizou contra a Babilônia, e assim se deu.   A profecia de Daniel é clara.   Tal qual foi profetizado, e tal aconteceu com o primeiro grande império.
A escrita do livro de Daniel se deu após o decreto do rei Ciro, autorizando o retorno dos judeus que quisessem voltar a Jerusalém.     Esse decreto foi assinado em 536 AC.
A escrita do livro teria acontecido de 536 a 530 AC.     Daniel viveu até 530 AC.
A ESTÁTUA DO SONHO DE NABUCODONOZOR:
(Daniel, cap.2º)
Em Daniel, capítulo 2, temos o sonho de Nabucodonozor revelado por Deus a Daniel, bem como a sua interpretação.     Ao desvendar o segredo por trás da visão do rei, a revelação mostrou que haveria uma sucessão de reinados, de verdadeiros Impérios intercontinentais, os quais cederiam espaço uns aos outros até a chegada de um Rei diferente, celestial.
Primeiro Grande Império Intercontinental:
Este foi o de Babilônia.   Na estátua que Nabucodonozor viu em sonho, esta possuía cabeça de ouro, o que era símbolo de riqueza e de poder econômico.   Este império seria composto de muitos reinos conquistados.   Os jardins suspensos mostravam a sua opulência.   Seria o mais rico e poderoso de sua época, não foi superado por nenhum outro em esplendor, mas teria que ceder esse domínio para um outro que o seguiria.   Nabucodonozor reinou de 604 a 562 A.C. Seus sucessores caíram em declínio, e em 130 A.C. a cidade foi destruída pelos partos.
Segundo Grande Império Intercontinental:
Simbolizado pelo peito e braços de prata da estátua da visão.   Este era o reinado Medo-Persa, que entrou para a história de forma genial.    Uma manobra estratégica militar de Dario, o medo, executou um plano “sui-generis” de desviar o curso do rio Eufrates, o qual passava pelo meio da cidade.   Isto deixou um espaço para que todo um exército penetrasse pelo vão que passava abaixo do muro.    Desta maneira foi que as forças Medo-Persas puderam por ali invadir a cidade, entrando de par em par de cavaleiros, cumprindo na íntegra a profecia de Isaías 21:7-9.   Isto teria ocorrido em 538 A.C.
Terceiro Grande Império Intercontinental:
Este seria representado pelo ventre e pelas coxas da estátua, que na visão eram feitos de bronze.   Este foi o Império Grego.
Quarto Grande Império Intercontinental:
A parte inferior da estátua, segundo viu o próprio Nabucodonozor, teria pernas de ferro e pés parcialmente de ferro, e em parte de barro.    Este seria o Império Romano.
Ao observar aquela estátua tão gigantesca, esplêndida, e de aparência terrível, o rei de Babilônia viu que uma pedra foi tirada (Ed.Revista e Corrigida=cortada) sem o auxílio de mãos humanas, e atingiu a estátua nos pés e os esmigalhou.   Com isto, então, tanto o ferro, como o barro, o bronze, a prata e o ouro foram desintegrados até se transformarem em pó, que o vento levou, sem deixar sequer vestígio daquela estátua.
A pedra que atingiu a estátua tornou-se em uma montanha e encheu toda a terra.
Aquela pedra tirada sem mãos, foi cortada da terra (símbolo da morte, conf. Isaías 53:8), mas, demonstrando vida, movimentou-se de modo chocar-se contra aquela imagem que representava os grandes reinos deste mundo, e desfaze-los completamente para tomar o lugar destes em todo o globo (Apoc. 11:15).
O SONHO DE DANIEL: OS QUATRO ANIMAIS
(Daniel, cap. 7º)
Talvez intentando confirmar essa profecia, Deus ainda revelou a Daniel, com outros símbolos, a mesma coisa, no capítulo 7, sobre aqueles mesmos quatro impérios que se sucederam:
a) Um leão com asas de águia – este era Nabucodonozor (7:4).
b) Um urso com um dos lados maior que o outro (a Pérsia, maior que a Média, que juntas reinaram), conf. Dn 7:5.   Tinha na boca três costelas – os três reis que Babilônia manteve em sucessão: (1) Nabucodonozor;  (2) Nabonido, seu filho; (3) Belsazar.
c) Um leopardo com quatro asas e 4 cabeças (7:6).   Alexandre, o grande, conquistou todo o seu império em 8 anos, mas morreu precocemente, sem deixar herdeiro para o trono.   Seus quatro generais dividiram o império em quatro partes: Lisímaco e Cassandro dividiram entre si o ocidente, e Ptolomeu e Seleuco, o oriente.   Estes quatro generais foram, certamente, as quatro cabeças do leopardo.
d) Um animal de aparência diferente dos demais, terrível, assustador e muito poderoso (7:7), com grandes dentes de ferro.    Este pré-figurava Roma.   Até aqui, a profecia se refere à Roma antiga.
Por um detalhe importante, vemos que no tempo em que Daniel estava observando esses quatro animais, ele viu, então, tronos sendo colocados, e um Ancião se assentou.   Sua veste era branca como a neve; seu cabelo como a branca lã, e seu trono envolto em fogo.    Milhares e milhares O serviam; milhões e milhões estavam diante dele.
A cena parece mostrar que aqueles tronos foram ali colocados como que para um Tribunal, o qual, ao abrir sua sessão, livros foram abertos. Então começa a se desenhar o cenário para o julgamento final.
Ainda sobre o quarto animal, este possuía um pequeno chifre, o qual derrubou a outros três chifres, dos 10 que o mesmo possuía, e aquele pequeno chifre tinha olhos e uma boca que falava com arrogância. (7:8) Este animal tinha dentes de ferro, garras de bronze (7:19) e despedaçava suas vítimas e pisava tudo o que sobrava.   Seria um reino cruel, destruidor e que possuía o poder de guerrear contra os santos e os vencia.   Os santos serão entregues nas mãos dele por três tempos e ½ (7:25).    O Supremo Tribunal dos céus, porém, o julgará, o seu poder lhe será tirado, e totalmente destruído, para sempre.   O seu corpo foi morto, destruído e atirado no fogo.
Interessante notar que, dos outros animais, foi retirada a autoridade, mas eles tiveram permissão para viver por um período de tempo.   Foi o que aconteceu com Babilônia (Iraque), Pérsia e Grécia.
Quanto ao Império Romano, este será totalmente destruído.   Sua chaga mortal fora curada uma vez, mas ele não sobreviverá ao fogo destruidor que sai do Trono do Supremo Tribunal Celestial.
O mais importante, porém, com relação à profecia de Dan. Cap. 7 não é a queda do Antigo, bem como do Novo Império Romano, mas sim, a chegada de um Novo Reino.
Prossegue Daniel olhando aquela visão, e ele diz ter visto (7:13-14): –
“Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha, nas nuvens do céu, um como o Filho do Homem – e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele”.
E foi-lhe dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem: o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino o único que não será destruído ““.
[Parêntese]:
[O termo “Filho do Homem”, em Cristologia, é um conceito que surgiu também na literatura apócrifa dos livros de Enoque, 4º Esdras e outros, segundo a qual, no fim dos tempos viria um ser celestial sobrenatural, um soberano celestial, e não um rei deste mundo.    O Filho do Homem seria, pois, um Ser celestial, cuja identidade permanecia oculta aos judeus, da época de Jesus, mas que também apareceria no final dos tempos para julgar o mundo e realizar os sonhos do povo santo.
Jesus parecia gostar de aplicar esse título a Si mesmo, durante o seu ministério terreno, pois enquanto assim fazia, revelava tácita e veladamente que Ele é o Messias, o Rei que haverá de julgar a Terra e sobre esta governar.]
Daniel Capítulo 11:
Este capítulo se inicia narrando detalhes sobre a vinda do reinado do império Grego, com um tipo que pré-figura a chegada de um anticristo no futuro.
Alexandre, o Grande, foi um exímio conquistador, mas como veio a falecer repentinamente e no auge de sua juventude, deixou o seu trono para ser dividido por seus quatro generais.
O oriente foi dividido entre Ptolomeu (sul) e Seleuco (norte).   Ptolomeu se estabeleceu no Egito, e Seleuco na Síria.   Seus descendentes lutaram muito entre si, disputando maior abrangência de seus reinos.  Isto fez com que, tais lutas, às vezes adicionadas de manobras políticas, fizessem com que a terra santa alternasse, passando ora ao domínio dos selêucidas (norte), e ora aos ptolomeus (sul).
Daniel cap. 11, pois, fala de situações que se assemelhariam, num futuro mais próximo, com respeito à dominação seleucida, com as do tempo do fim (cf. 11:40).
Daniel 11:36, pois, fala desse período, o qual, à época de Daniel ainda era um mistério a ser cumprido no futuro.   Os versos 25 a 35 descrevem as atrocidades de Antíoco IV, também chamado de Epifânio, o qual reinou de 175 a 164 A.C., como um rei selêucida que quis instituir a adoração a Zeus dentro do Templo de Jerusalám, profanando a adoração ao Senhor.    Matatias, um dos sacerdotes naquela época, revolvou-se  juntamente com os seus filhos, e então se deu a revolta dos Macabeus (para maiores detalhes sobre esta guerra macabéia, apenas a título de informação, como se consultaria um livro de história, pode-se consultar os livros apócrifos dos Macabeus).
No verso 31 do cap. 11 de Daniel, porém, existe uma referência que mais tarde Jesus tomou-a como exemplo para alertar-nos (e principalmente aos judeus), pois este fato, de uma forma idêntica, viria a acontecer antes de sua 2a. vinda.
Senão vejamos Daniel 7:31:
“E sairão dele(ou: a ele) uns braços que profanarão o santuário e a fortaleza, e tirarão o contínuo sacrifício, estabelecendo a abominação desoladora” (comparar com Mateus 24:15).
Antíoco Epifânio quis obrigar os sacerdotes a sacrificar para Zeus uma oferta: um porco (animal tido como imundo, segundo as Escrituras do A.T.).
Jesus nos adverte que este fato da abominação desoladora será um marco inicial dos  “tempos de angústia de Jacó”, e quando algo assim se colocar, almejando a conspurcar a adoração verdadeira a Deus, isso desencadeará uma terrível explosão de perseguições contra o povo escolhido de Deus.
No mesmo capítulo 11, versos 36 a 45, já temos uma profecia contra o governo selêucida, projetando, ao mesmo tempo, palavras contra o governo do anticristo.
No capítulo 12, Daniel diz que essas coisas ocorrerão dentro de um tempo, mais dois tempos, adicionado de mais meio tempo (v. 7).
Daniel 12:11 mostra 1290 dias de abominação desoladora.  Os que a suportarem se darão por felizes.   Isto significa que os que a superarem até 1335 dias serão benditos vitoriosos sobre o poder da Besta.
Quando aconteceriam, pois, as 70 semanas de Daniel?
Examinando-se o texto Daniel 9:20-27, vemos os seguintes fatos:
a) Daniel estava orando.   A sua oração é bem exposta como uma confissão de “meã culpa”.   Ele se dispôs a orar e jejuar vestido de pano de saco, e coberto de cinzas. (Dn. 9:1-19).   Realmente, Israel tinha-se corrompido com o pecado, e Daniel se colocava como um intercessor, um verdadeiro representante de toda a raça de israelitas.
b) Enquanto assim fazia, foi visitado por Gabriel, anjo (Lucas 1:19) que assiste diante de Deus, para que lhe fosse revelado (9:23) o que seria do povo judeu no tempo do fim.
c) 70 semanas de anos estão decretadas, determinadas sobre o povo de Daniel (Israel), para acabar a transgressão, etc.
• Ponto de partida para as 70 semanas:  a promulgação da ordem que autorizou e mandou a restauração e reconstrução de Jerusalém e de seu Templo(Dn. 9:1).   Neemias, por cerca do ano 445 AC. (Ne. 2:1-9), pôde sair com o salvo conduto assinado pelo Rei Artaxerxes.
• 1º período: 7 semanas, i.e., 49 anos.   Isto cai no ano de 396 AC., i.e., perto do ano em que se consolidaram as Escrituras do AT. Com a profecia de Malaquias.   Esta profecia termina prometendo-nos ser enviada Elias, para que anteceda, e prepare o caminho do Senhor. ( Ml. 3:1-5 e 4:1-6).
• O 2º período apontado seria de mais 62 semanas – que iriam desde 396 AC. Até mais 434 (62×7) anos, o que aponta para o ano 33 D.C., ano da nossa era, no que  é profetizado pelo anjo  Gabriel que o Ungido será morto (Dn.9:25-26).     Depois disso, são profetizados:  (a)  a destruição de Jerusalém, o que aconteceu no ano 70 DC., sob as ordens de Tito, que era então um general romano, mas que também deverá ocorrer pelo anticristo.  (b) – guerras e desolações até o fim.
Observação:
1º período:  7 semanas de anos.  7 X 7 =    49 anos.
2º período: 62 semanas de anos. 62 X 7 = 434 anos.
SOMA:      69       “       “     “                = 483 anos.
Ano da saída de Neemias para Jerusalém= 445 AC.
Profecia da morte do Ungido (Dn 9:26) =   38 DC.
(Leve-se em consideração que o calendário lançado por Dionísio Exíguo, monge que, a pedido do imperador Justiniano, no ano 526 DC., computou o tempo a partir do nascimento de Cristo, em substituição ao calendário romano, usado até então.   Muito tempo depois que o calendário cristão substituíra o romano, foi verificado que Dionísio tinha cometido um erro, ao colocar o nascimento de Cristo no ano 753 da fundação de Roma.   Deveria ter sido tomado o ano 749, ou ainda, até 2 anos antes.  Há, pois, uma margem de erro entre 4 a 6 anos na base tomada para o calendário que hoje usamos.
• Ao anunciar o “Governante que virá”, isto já no tempo do fim, então se menciona também a última semana das 70 que foram profetizadas.   Esta semana de anos será um acordo que o Anticristo fará com os judeus por esse período.    No meio desta semana, i.e., depois de 3 ½ anos, quebrará o sacrifício e a oferta.  Numa ala do Templo ele colocará o “abominável da desolação”, ou seja, um sacrilégio terrível.    Cremos que este sacrilégio será uma imagem – cópia da imagem da Besta (Apoc. 13: 14-15) no Templo dedicado ao Senhor, a exemplo do que pretendeu Antíoco Epifânio, conf. Dan. 11:31.
• Depois do cativeiro babilônico de 70 anos, o povo judeu aprendeu uma dura lição  – a de deixar de ser idólatra, e uma transgressão como esta logo será reconhecida pelos judeus de todo o mundo.   Este sacrilégio repercutirá em uma revolta da parte dos judeus, certamente, e, em espírito de vingança, virá a perseguição (Mt. 24:15-22).
• Logo, assim que os judeus o rejeitarem, a deflagração de terrível perseguição aos mesmos acontecerá.   Eis a razão porque “os que estiverem na Judéia fujam para os montes”, e depressa, porque a destruição logo acontecerá.   Deus salvará o seu povo judeu, sim, mas não antes de haver terrível perseguição!

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