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DEUTERONÔMIO – XVI – BÊNÇÃOS A PAIS, FILHOS E GERAÇÕES

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enero 31, 2015 by Bortolato

Um coração abençoador se alinha com o coração de Deus.    O Senhor é muito amoroso, está pronto a deitar bênçãos a Seus filhos, e a cada dia prepara um show de graça e favores.

Em Deuteronômio, capítulo 33, é assim que lemos no versículo 3º:

“Na verdade, Ele ama o povo.  Todos os teus santos estão em Tua mão.   Estarão postos entre os Teus pés, e cada um receberá das Tuas palavras”

Uma última palavra vinda de Deus para os filhos e a descendência de homens fiéis que acharam graça perante Ele, o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, estava para ser desprendida através do ministério de Moisés, o Seu servo.

Antes, porém, o velho profeta recebe, por fim, a ordem de subir ao monte Nebo, na terra de Moabe, defronte de Jericó, para observar a terra de Canaã, a qual seria dali para diante possuída por seu povo, e em seguida ali deitar o seu corpo, pois seria o seu momento final nesta vida terrena.   Ele morreria lá, a sós com Deus.   Seria recolhido ao povo que vive, não mais aqui nesta Terra, mas na presença do Altíssimo.   Conforme diz o autor de Eclesiastes, o corpo volta ao pó, de onde veio, e o espírito vai a Deus, que o fez (Eclesiastes 12:7).

Ele olha para cima, para a subida do monte, para o caminho a percorrer, escolhendo a melhor trajetória para um ancião de 120 anos, calculando bem a demanda de forças que terá de empreender até conseguir subir ao topo daquela montanha.    Apesar do cansaço da idade, o povo percebe que ele ainda pode ser considerado um velho forte, isto é, capaz de planejar e desenvolver aquela escalada.    Seu olhos ainda o auxiliam normalmente, pois não chegaram a ser embaçados por nenhuma mácula ou névoa.  Admiravelmente, ele não foi acometido de nenhuma catarata, e isso o ajudava muito.   Ele enxerga bem todo o caminho, com bastante clareza.   Levaria o seu bordão, e o caminho escarpado não lhe causaria quaisquer espécie de barreira.

Algo então parece lhe injetar ânimo em sua alma.   Três coisas, três motivos então o entusiasmaram: (1) ver a terra prometida, da qual tanto ouvira falar da boca do próprio Deus; e (2) finalmente poderia ver a face do Todo Poderoso El Shadday, privilégio pelo qual tanto ele ansiava (Êxodo 33: 18-20); e com Ele, (3) poder encontrar os seus ancestrais santos.    Poderia dar-lhes, no ensejo, um mui saudoso e prolongado abraço?    Desfrutar disso seria muito bom!   Reencontrar a Anrão, seu pai, e Joquebede, sua mãe…   Miriam e Aarão também…   é fascinante, muito embora tenha que sofrer a pena da morte, que o pecado original lhe obrigaria a suportar…  Isso o emociona e o envolve de uma maneira inicialmente suave, mas crescente, chegando a quase empurrá-lo com força, coisa a que ele não poderia recusar-se.

Repentinamente, antes de pôr-se a caminho de seu destino eterno, porém, sobrevém-lhe um sopro tal do Espírito de Deus sobre seu espírito, que o torna mais forte que de costume, e ele se esquece de qualquer tipo de limitação física, ou mesmo as dores decorrentes da senilidade – e então lhe é facultado a obedecer, com muita vontade e prazer, àquele sublime impulso.   É o espírito de profecia, que ele bem conhecia; então ele deixa-se levar com alegria, submissão, e as palavras lhe veem à boca com inequívoca segurança, em um ritmo firme, sem hesitação.

Era-lhe dada a chance de deitar uma última palavra de bênção pastoral sobre o povo de Deus, que estava perante sua presença naquela oportunidade.  Em dado momento, começa a falar para cada tribo de Israel, sentindo estar brotando palavras de um linguajar movido pelo céu.

Ruben seria abençoado com muitos descendentes. Esta tribo resolveu estabelecer-se a leste do rio Jordão, nas terras que antes pertenceram aos amorreus, chefiados por Ogue, rei de Basã.   Sua terra era fértil e onde o seu gado poderia pastar e tornar-se muito forte (Salmo 22:12).    Esta bênção lhe seria tão abundante, que aquele que deu o seu nome e sua herança genética para aquela tribo, bem como a sua descendência, jamais se importariam em haver perdido a posição de primogenitura perante seu pai Jacó.

Judá seria uma forte tribo, guerreira, muitas vezes vitoriosa nas batalhas.   Moisés estava prevendo que muitas guerras cercariam essa tribo, mas eles seriam fortalecidos e suas mãos se adestrariam de maneira fenomenal, de forma a tornar-se muito honrado, mesmo diante de seus próprios inimigos.   Esta tribo seria invencível, enquanto fosse fiel a Javé.

Levi era a tribo à qual Moisés pertencia, e sobre a mesma repousava a responsabilidade de ensinar ao povo e de prolatar sentenças oriundas de seus julgamentos, auxiliado pela sabedoria que Deus lhe daria.    Eles contavam com as “luzes e as revelações”  do Urim e Tumin.   Sua tarefa seria altruísta, mas de grande valor perante Deus; que não fosse jamais impedido de exercer sua função intercessora em favor do povo.   Se alguém a quisesse enfrentar, este teria de receber uma dura lição – aprender que não se deve levantar contra os ministros de Deus, pois é o Senhor quem os defende.

Benjamin era o filho mais novo de Jacó, e o seu próprio nome já lhe endereça a bênção de ser o filho amado.   Mas nesta profecia ele, representando toda sua descendência, é chamado de amado pelo Senhor.   A expressão “o Senhor o protegerá e ele morará entre Seus ombros” (versículo 12) com certeza está associada à cidade de Jerusalém, a escolhida de Deus para erigir ali o Seu templo, que se situava em na região fronteiriça das terras que possuiria.   Muito embora a tribo de Benjamin quase tenha sido extinta por causa de suas transgressões na época dos juízes (Juízes, capítulos 19 a 21), o Senhor foi muito bondoso para com ela, mantendo ali o Seu local de adoração e muito amor, dentro do território benjamita.

José, que na verdade, foi o patriarca que representa as tribos de Manassés e Efraim, recebe de Deus uma bênção muito grande, pois essas duas tribos receberiam cada qual a sua porção da terra.  Em se falando de herança material, este filho de Jacó recebeu, sem dúvida, a “porção dobrada”, o direito à primogenitura, costume que, no mínimo, dobrava o quinhão do escolhido para esta bênção.   Pelas leis que regiam as cidades da Mesopotâmia e de Canaã, o filho que deveria recebê-la seria Ruben, mas o próprio Jacó transferiu a porção dobrada a José (Gênesis 49: 3-4 e 22-26).    Esta transferência reflete o poder que Deus tem de recompensar aos que Lhe são fiéis.

Zebulom e Issacar seriam as tribos que se localizariam, na Terra Prometida, próximas ao mar Mediterrâneo,  loca onde poderiam desfrutar das riquezas marinhas, além das terrestres.

Gade foi uma das tribos que se assentou a leste do Jordão, mas que lutou como um leão (Josué 22:1-6) para ajudar as demais tribos a conquistarem as suas respectivas posses.   Não teve grande porção de terra em relação a outras tribos irmãs – e por isso teria sido chamado de “leãozinho”, mas com sua escolha recaindo na Transjordânia, pôde evitar muitos conflitos diretos com os filisteus, nação que trouxe muitos problemas e sofrimentos a Israel.

é outra tribo que leva o título e o espírito de “leãozinho”, por seu ataque fulminante com que conquistou, mais tarde, o seu território, comparável ao ataque de um leão, quando este aprendeu a caçar a sua presa.

Naftali gozaria das bênçãos abundantes da terra banhada pelo lago de Quinerete (Galiléia), a oeste e ao sul deste.

Aser: sua riqueza seria tanta, que “banhe em azeite o seu pé” é a expressão usada, para revelar a exuberância de sua possessão.   Aliada à que diz “seus calçados de ferro e metal”, mostra-nos uma situação privilegiada, tanto econômica como em relação à segurança de suas fortalezas.

Simeão foi absorvido pela tribo de Judá, e talvez por este motivo não foi mencionado, no relato, por Moisés, mas esta absorção lhe trouxera as mesmas bênçãos que Judá recebera; portanto, embora omitido, não foi esquecido por Deus, que o inseriu no meio da tribo mais vitoriosa dentre o Seu povo.

 


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