DEUTERONÔMIO – XXII – UMA PROFECIA QUE SE CUMPRIU NOS MÍNIMOS DETALHES
Comentarios desactivados en DEUTERONÔMIO – XXII – UMA PROFECIA QUE SE CUMPRIU NOS MÍNIMOS DETALHESenero 5, 2015 by Bortolato
“Ah, se conselhos fossem bons, não seriam dados de graça, seriam pagos.” V. já ouviu alguma vez estas palavras? Este tipo de conversa é comum quando se ouve o que dizem os homens dentro de botequins. Preste bastante atenção à vida dessas pessoas que assim afirmam, e ao futuro que lhes é reservado. Olhe bem para eles hoje, e olhe bem para eles amanhã. Quem preza a sua vida, jamais desejará ser como um deles.
Muitas empresas chegam à bancarrota porque deixaram de obedecer às recomendações e aos alertas que uma Consultoria lhes teria feito após auditarem seus demonstrativos financeiros. Certamente que estas lhes teriam dito: “não excedam nos gastos, não façam negócios arriscados, não ultrapassem os limites da prudência, não comprometam muito o seu patrimônio, porque senão…” Depois de pecarem nestas coisas, as consequências serão inevitáveis e muitas vezes não haverá tempo e nem condições para se consertar aquilo que se arruinou.
Para isso é que se aplica a sabedoria – para avisar-nos onde estão os perigos que estão por vir à nossa frente. Os sábios ouvirão tais avisos, mas quem não se der por avisado… para isto há sentenças de bênçãos para os fieis e maldições para quem quiser ser infiel.
É este o espírito que encontramos muitas vezes no livro de Deuteronômio, mais especificamente neste capítulo 28.
Um tremendo contraste de situações é proposto como avisos, como conselhos. O lado bom destes é que houve israelitas que os ouviram e foram bem sucedidos e felizes por muitos e longos anos. O lado terrível desta passagem bíblica é o que percebemos ter acontecido aos não lhe deram a devida importância. Os acontecimentos que se seguiram cumpriram em tal dimensão e com tal precisão aquilo que ficou registrado e foi falado naquele discurso de Moisés, que nos fazem entender que aquilo não se tratava apenas de uma simples preocupação, e muito menos de um exagero literário. Foram palavras proféticas, que se cumpriram na íntegra – felizmente para uns e infelizmente para outros.
O caro leitor deseja ser feliz? Então ouça o que Deus diz. Sim, porque o primeiro passo para a felicidade é ouvir, e ouvir o que Deus falou. Como escrito está em Apocalipse 1:3:
“Bem-aventurados aqueles que leem e aqueles que ouvem as palavras da profecia, e guardam as coisas nela escritas, pois o temo está próximo”.
E:
“Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas…” (Apocalipse 2:7, 1, 17, 29 e 3:6, 13, e 22)
É possível que alguns ficariam chateados por perceberem que o Senhor gastou tanto tempo com muitas palavras, usando de toda a Sua autoridade para profetizar um futuro tão deprimente, tão terrível e tão infeliz. Negativismo divino? Não, mas sim, ciência de todos os acontecimentos do futuro. Sobre este aspecto, pensemos bem sobre o amor de Deus: Ele não Se permitiria deixar que as gerações sucessivas de Seu povo fossem colhidas de maneira tão trágica por acontecimentos que poderiam ser evitados por um arrependimento sincero e por uma vigilância mais acurada, que manteria as pessoas na rota de escape do juízo, da condenação e de um destino totalmente indesejável.
Bendito… é a expressão usada para significar uma felicidade que só quem a perde é que saberia lhe dar o devido valor. A palavra hebraica empregada aqui é Baruch, o mesmo verbete usado por Deus para abençoar profundamente, conforme Gênesis 12:3, quando o Senhor abençoou a Abrão. A extensão e a profundidade deste significado são imensas, e não há possibilidade de se mensurar tal felicidade. É para se comemorar, batendo palmas e saltando de alegria! Como o Senhor bem disse que é o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, e Ele é Deus de vivos e não de mortos (Lucas 20:37-38), as Suas ternas misericórdias e Seu amor começam a ser-nos estendidos começando aqui, e potencializando para a eternidade.
Deuteronômio 28:3: – “Bendito serás tu na cidade… e… no campo”, isto é, em qualquer que seja a localidade.
Verso 4 e 11 – bênçãos sobre a fertilidade física e extensiva até aos animais dos adoradores fieis a Deus.
Verso 5 – bênçãos sobre a mesa dos fieis, onde se colocam cestos e amassadeiras. É o pão abençoado, quando temos o Senhor como o nosso Pastor. Quantos não têm comido o pão que o diabo amassou? Na mesa do Senhor, é diferente…
Verso 6 – bênçãos sobre a locomoção, o ir e vir dos fieis, o que inclui o sair para a guerra, quando necessário, e voltar vitoriosos. Isso nos dá para encher os pulmões de fé, coragem e energia para enfrentarmos quaisquer lutas desta vida. Não temos medo de sair, mas pelo contrário, desejamos ir às lutas, para as vencermos e retornarmos com a vitória nas mãos.
Versos 8, 11 e 12 – bênçãos sobre as colheitas e propriedades. Naquilo que depender do Pai do céu, as chuvas serão enviadas a seu tempo, sem causar transtornos, mas apenas para limpar o ar, umedecer a terra, encher os rios e reservatórios, e provarmos que Ele é o Deus de toda provisão.
Versos 9 e13 – a maior das bênçãos, porém, não se trata de nenhuma das anteriores, mas sim, o ser chamado pelo nome do Senhor, ser parte integrante do Seu povo santo, que herdará não somente uma Terra Prometida, mas as moradas celestes, e a presença eterna junto ao Deus do céu, e com Ele, todo o clima de amor que reina em Seu bendito Reino.
MAS E AS MALDIÇÕES?
A Lei foi dada para que as pessoas pudessem saber que o Senhor Deus Javé é o grande legislador, e assim como segui-Lo é sinônimo de ser abençoado, deixá-Lo é ser amaldiçoado. Convém esclarecer: deixá-lo não acarretará de imediato em passar a ser perseguido por Deus, mas sim, pelo mundo e pelo diabo, pois ambos têm ganas de matar e desgraçar a vida daqueles que um dia lhes despertaram ira e inveja. O diabo, porque não suporta ver que foi expulso da presença e das moradas do Altíssimo, enquanto outros ocuparam o seu lugar de adorador no céu; e o mundo porque tem inveja daqueles que um dia contrastaram, iluminando as trevas deste, através de tantos privilégios divinos que ele não tem, visto que jaz no maligno, onde resta a dor e a falta de paz nesta terra amaldiçoada (Gênesis 3:17).
Noutras palavras, deixar da presença do Senhor é abandonar a maior bênção, e ir para locais onde imperam maldições.
Os avisos solenes deixados neste capítulo de Deuteronômio são para que o povo de Deus jamais se sinta sequer com curiosidade de querer saber como é o lado de fora dos lindes abençoadores de Sua bondade e Seu amor. Não são ameaças de pura pressão e nem blefes, mas são, antes, situações reais que, se alguém quiser ter condições e sabedoria para pesar cada lado, cada área, cada território, cada bênção e cada maldição, que o saiba, lendo-as e trazendo bom proveito para sua própria vida, e nunca jamais venham a sabê-lo por meio de amargas experiências.
As maldições são exata e precisamente o contrário do que adviria em bênçãos: infelicidade sem fim, em quaisquer lugares (verso 16 e 19), nas mesas de refeição (v. 17); destruição em vez de edificação (v. 21,22); ausência de chuvas com longas estiagens (v. 23, 24); derrotas no lugar das vitórias sobre os inimigos (v. 25); morte em vez de vida (v. 26); fracasso no lugar do sucesso (v. 29); infelicidade no seio da família com relação a esposa e filhos (v.30, 32); frustrações quando das colheitas (v.33); até fazer o homem desvairar e, ao contemplar o que lhe tiver acontecido, sua estrutura psíquica não o suportará e será acometido pelas raias da loucura (v. 34).
No verso 49 lemos uma profecia que se cumpriu nas minúcias, surpreendentemente: uma nação viria contra Israel em uma velocidade tal que lembraria a figura de uma águia. Isto aconteceu quando Roma (cujo emblema era uma águia de metal) invadiu a terra que Deus lhes dera.
Os versos 52 a 58 falam de cercos às cidades de Israel, os quais trariam amaríssimas condições de escassez e desgraças que lhes despertariam os mais escusos instintos de crueldade, até que os mais delicados dos homens devorariam seus próprios filhos e as mais mimosas mulheres comeriam seus bebês recém-nascidos.
Essa tragédia, semelhante à moda grega, porém, não foi um conto ou uma ode, mas sim, uma realidade chocante, violenta e atroz, que a história nos narra. Essas palavras se cumpriram quando das invasões babilônica (Lamentações 2:20; 4:10), em c. 588 A.C.; síria (II Reis 6:24-31) em cerca de 892 AC., e romana, no ano 70 D.C. – isto é, por mais de uma vez na história do povo hebreu.
A estas profecias, ainda se somam a da diáspora, em que o povo israelita foi espalhado por todas as nações da Terra (conf. verso 64), e a do holocausto da Segunda Grande Guerra (versos 63, 65, 66 e 67). É impressionante como o caráter profético da Palavra de Deus se cumpre na íntegra, com tamanha precisão de detalhes e infalibilidade, o que não vemos nas palavras dos prognosticadores, videntes e sensitivos que hoje tentam projetar-se na mídia.
Como infelizmente as advertências tiveram de ser todas cumpridas em tom de castigos ao que fora um dia chamado de povo de Javé, este capítulo 28 de Deuteronômio narrou antecipadamente a história de Israel. Foi uma demonstração da precisão com que a Palavra de Deus se faz cumprir (Jeremias 1:11-12).
Não poderíamos deixar de concluir estas palavras senão com um bom conselho. É, de fato, um conselho gratuito, contudo, se não lhe for dada a atenção, o preço a ser pago é muito alto, muito mais do que poderíamos arcar. Façamos este bem às nossas próprias almas: ouçamos com avidez e espírito de obediência o que Deus nos fala e sejamos aqueles que aprenderam com os erros de Israel no passado: façamos a Sua bendita e plena vontade, sem nos cansarmos e nem nos desviarmos, nem para a direita e nem para a esquerda. Este será um caminho cheio de bem-aventuranças!
“Baruch ata hashem Adonai” – Bendito seja o nome do Senhor! E felizes os que O bendizem, e louvam-nO com todo o coração.
Category BÍBLIA, DEUTERONÔMIO, PENTATEUCO | Tags: bênçãos contrastadas, Conselhos bons, desprezados, detalhes, íintegra, minúcias, muitas desgraças evitadas, ouvir e praticar, parcimônia
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