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DEUTERONÔMIO – XXII – UMA PROFECIA QUE SE CUMPRIU NOS MÍNIMOS DETALHES

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enero 5, 2015 by Bortolato

Ano 70 DC, pela invasão dos romanos a Jerusaalém

Ano 70 DC, pela invasão dos romanos a Jerusaalém

“Ah, se conselhos fossem bons, não seriam dados de graça, seriam pagos.”   V. já ouviu alguma vez estas palavras?   Este tipo de conversa é comum quando se ouve o que dizem os homens dentro de botequins.   Preste bastante atenção à vida dessas pessoas que assim afirmam, e ao futuro que lhes é reservado.   Olhe bem para eles hoje, e olhe bem para eles amanhã.   Quem preza a sua vida, jamais desejará ser como um deles.

Muitas empresas chegam à bancarrota porque deixaram de obedecer às recomendações e aos alertas que uma Consultoria lhes teria feito após auditarem seus demonstrativos financeiros.   Certamente que estas lhes teriam dito: “não excedam nos gastos, não façam negócios arriscados, não ultrapassem os limites da prudência, não comprometam muito o seu patrimônio, porque senão…”   Depois de pecarem nestas coisas, as consequências serão inevitáveis e muitas vezes não haverá tempo e nem condições para se consertar aquilo que se arruinou.

Para isso é que se aplica a sabedoria – para avisar-nos onde estão os perigos que estão por vir à nossa frente.   Os sábios ouvirão tais avisos, mas quem não se der por avisado…  para isto há sentenças de bênçãos para os fieis e maldições para quem quiser ser infiel.

É este o espírito que encontramos muitas vezes no livro de Deuteronômio, mais especificamente neste capítulo 28.

Um tremendo contraste de situações é proposto como avisos, como conselhos.   O lado bom destes é que houve israelitas que os ouviram e foram bem sucedidos e felizes por muitos e longos anos.    O lado terrível desta passagem bíblica é o que percebemos ter acontecido aos não lhe deram a devida importância.   Os acontecimentos que se seguiram cumpriram em tal dimensão e com tal precisão aquilo que ficou registrado e foi falado naquele discurso de Moisés, que nos fazem entender que aquilo não se tratava apenas de uma simples preocupação, e muito menos de um exagero literário.   Foram palavras proféticas, que se cumpriram na íntegra – felizmente para uns e infelizmente para outros.

O caro leitor deseja ser feliz?   Então ouça o que Deus diz.   Sim, porque o primeiro passo para a felicidade é ouvir, e ouvir o que Deus falou.   Como escrito está em Apocalipse 1:3:

“Bem-aventurados aqueles que leem e aqueles que ouvem as palavras da profecia, e guardam as coisas nela escritas, pois o temo está próximo”.

E:

“Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas…” (Apocalipse 2:7, 1, 17, 29 e 3:6, 13, e 22)

É possível que alguns ficariam chateados por perceberem que o Senhor gastou tanto tempo com muitas palavras, usando de toda a Sua autoridade para profetizar um futuro tão deprimente, tão terrível e tão infeliz.   Negativismo divino?   Não, mas sim, ciência de todos os acontecimentos do futuro.   Sobre este aspecto, pensemos bem sobre o amor de Deus:  Ele não Se permitiria deixar que as gerações sucessivas de Seu povo fossem colhidas de maneira tão trágica por acontecimentos que poderiam ser evitados por um arrependimento sincero e por uma vigilância mais acurada, que manteria as pessoas na rota de escape do juízo, da condenação e de um destino totalmente indesejável.

Bendito… é a expressão usada para significar uma felicidade que só quem a perde é que saberia lhe dar o devido valor.   A palavra hebraica empregada aqui é Baruch, o mesmo verbete usado por Deus para abençoar profundamente, conforme Gênesis 12:3, quando o Senhor abençoou a Abrão.   A extensão e a profundidade deste significado são imensas, e não há possibilidade de se mensurar tal felicidade.   É para se comemorar, batendo palmas e saltando de alegria!   Como o Senhor bem disse que é o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, e Ele é Deus de vivos e não de mortos (Lucas 20:37-38), as Suas ternas misericórdias e Seu amor começam a ser-nos estendidos começando aqui, e potencializando para a eternidade.

Deuteronômio 28:3: “Bendito serás tu na cidade… e… no campo”, isto é, em qualquer que seja a localidade.

Verso 4 e 11 – bênçãos sobre a fertilidade física e extensiva até aos animais dos adoradores fieis a Deus.

Verso 5 – bênçãos sobre a mesa dos fieis, onde se colocam cestos e amassadeiras.  É o pão abençoado, quando temos o Senhor como o nosso Pastor.   Quantos não têm comido o pão que o diabo amassou?   Na mesa do Senhor, é diferente…

Verso 6 – bênçãos sobre a locomoção, o ir e vir dos fieis, o que inclui o sair para a guerra, quando necessário, e voltar vitoriosos.   Isso nos dá para encher os pulmões de fé, coragem e energia para enfrentarmos quaisquer lutas desta vida.   Não temos medo de sair, mas pelo contrário, desejamos ir às lutas, para as vencermos e retornarmos com a vitória nas mãos.

Versos 8, 11 e 12 – bênçãos sobre as colheitas e propriedades.   Naquilo que depender do Pai do céu, as chuvas serão enviadas a seu tempo, sem causar transtornos, mas apenas para limpar o ar, umedecer a terra, encher os rios e reservatórios, e provarmos que Ele é o Deus de toda provisão.

Versos 9 e13 – a maior das bênçãos, porém, não se trata de nenhuma das anteriores, mas sim, o ser chamado pelo nome do Senhor, ser parte integrante do Seu povo santo, que herdará não somente uma Terra Prometida, mas as moradas celestes, e a presença eterna junto ao Deus do céu, e com Ele, todo o clima de amor que reina em Seu bendito Reino.

MAS E AS MALDIÇÕES?

A Lei foi dada para que as pessoas pudessem saber que o Senhor Deus Javé é o grande legislador, e assim como segui-Lo é sinônimo de ser abençoado, deixá-Lo é ser amaldiçoado.   Convém esclarecer: deixá-lo não acarretará de imediato em passar a ser perseguido por Deus, mas sim, pelo mundo e pelo diabo, pois ambos têm ganas de matar e desgraçar a vida daqueles que um dia lhes despertaram ira e inveja.   O diabo, porque não suporta ver que foi expulso da presença e das moradas do Altíssimo, enquanto outros ocuparam o seu lugar de adorador no céu; e o mundo porque tem inveja daqueles que um dia contrastaram, iluminando as trevas deste, através de tantos privilégios divinos que ele não tem, visto que jaz no maligno, onde resta a dor e a falta de paz nesta terra amaldiçoada (Gênesis 3:17).

Noutras palavras, deixar da presença do Senhor é abandonar a maior bênção, e ir para locais onde imperam maldições.

Os avisos solenes deixados neste capítulo de Deuteronômio são para que o povo de Deus jamais se sinta sequer com curiosidade de querer saber como é o lado de fora dos lindes abençoadores de Sua bondade e Seu amor.   Não são ameaças de pura pressão e nem blefes, mas são, antes, situações reais que, se alguém quiser ter condições e sabedoria para pesar cada lado, cada área, cada território, cada bênção e cada maldição, que o saiba, lendo-as e trazendo bom proveito para sua própria vida, e nunca jamais venham a sabê-lo por meio de amargas experiências.

As maldições são exata e precisamente o contrário do que adviria em bênçãos:  infelicidade sem fim, em quaisquer lugares (verso 16 e 19), nas mesas de refeição (v. 17); destruição em vez de edificação (v. 21,22); ausência de chuvas com longas estiagens (v. 23, 24); derrotas no lugar das vitórias sobre os inimigos (v. 25); morte em vez de vida (v. 26); fracasso no lugar do sucesso (v. 29); infelicidade no seio da família com relação a esposa e filhos (v.30, 32);  frustrações quando das colheitas (v.33); até fazer o homem desvairar e, ao contemplar o que lhe tiver acontecido, sua estrutura psíquica não o suportará e será acometido pelas raias da loucura (v. 34).

No verso 49 lemos uma profecia que se cumpriu nas minúcias, surpreendentemente: uma nação viria contra Israel em uma velocidade tal que lembraria a figura de uma águia.   Isto aconteceu quando Roma (cujo emblema era uma águia de metal) invadiu a terra que Deus lhes dera.

Os versos 52 a 58 falam de cercos às cidades de Israel, os quais trariam amaríssimas condições de escassez e desgraças que lhes despertariam os mais escusos instintos de crueldade, até que os mais delicados dos homens devorariam seus próprios filhos e as mais mimosas mulheres comeriam seus bebês recém-nascidos.

Essa tragédia, semelhante à moda grega, porém, não foi um conto ou uma ode, mas sim, uma realidade chocante, violenta e atroz, que a história nos narra.   Essas palavras se cumpriram quando das invasões babilônica (Lamentações 2:20; 4:10), em c.  588 A.C.; síria (II Reis 6:24-31) em cerca de 892 AC., e romana, no ano 70 D.C. – isto é, por mais de uma vez na história do povo hebreu.

A estas profecias, ainda se somam a da diáspora, em que o povo israelita foi espalhado por todas as nações da Terra (conf. verso 64), e a do holocausto da Segunda Grande Guerra (versos 63, 65, 66 e 67).   É impressionante como o caráter profético da Palavra de Deus se cumpre na íntegra, com tamanha precisão de detalhes e infalibilidade, o que não vemos nas palavras dos prognosticadores, videntes e sensitivos que hoje tentam projetar-se na mídia.

Como infelizmente as advertências tiveram de ser todas cumpridas em tom de castigos ao que fora um dia chamado de povo de Javé, este capítulo 28 de Deuteronômio narrou antecipadamente a história de Israel.   Foi uma demonstração da precisão com que a Palavra de Deus se faz cumprir (Jeremias 1:11-12).

Não poderíamos deixar de concluir estas palavras senão com um bom conselho.   É, de fato, um conselho gratuito, contudo, se não lhe for dada a atenção, o preço a ser pago é muito alto, muito mais do que poderíamos arcar. Façamos este bem às nossas próprias almas:  ouçamos com avidez e espírito de obediência o que Deus nos fala e sejamos aqueles que aprenderam com os erros de Israel no passado:  façamos a Sua bendita e plena vontade, sem nos cansarmos e nem nos desviarmos, nem para a direita e nem para a esquerda.   Este será um caminho cheio de bem-aventuranças!

“Baruch ata hashem Adonai” – Bendito seja o nome do Senhor!  E felizes os que O bendizem, e louvam-nO com todo o coração.


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