II CRÔNICAS – XVI – COMO DAR VIRADAS NA VIDA
Comentarios desactivados en II CRÔNICAS – XVI – COMO DAR VIRADAS NA VIDAdiciembre 16, 2019 by Bortolato
II Crônicas capítulo 33
Viradas são as manobras mais cobiçadas quando sentimos que estamos por baixo, e queremos inverter esse quadro. É o que acontece quando um time esportivo está em desvantagem, e luta para desfazer o prejuízo, e prossegue no match pelejando para que antes do final da partida chegue a lograr ficar por cima, em vantagem no placar.
Você não está satisfeito com a vida que leva? Quer ver sua vida dar um giro de 180 graus, para sair do rumo que tomou até aqui? Desfazer aquilo que você acha que não está bom, e passar para um outro nível, uma outra trajetória, com outras coisas totalmente diferentes?
Às vezes isto é realmente necessário, devido a uma série de fatores que envolvem nossos dias, pois quem é que não passou por caminhos difíceis em seu viver? Somente os que não tiveram tempo suficiente para ter de enfrentar barreiras, espinhos, tempestades e pedras à sua frente, pois a grande maioria sabe do que estamos tratando.
Por vezes nos vemos passando por um período de provas e tribulações, e ficamos a pensar até quando esse tempo pleno de acidentes indesejáveis durará. Pensamos bem, meditamos, e procuramos algum meio que nos possibilite achar uma saída honrosa.
A quem nos recorrermos? Quem nos ajudará? Ou, o que devemos fazer para melhorarmos a nossa situação? Estas são as perguntas que fazemos com frequência.
Esta circunstância é delicada, e é mister que saibamos que existem muitas ofertas que, quando nos vemos em apertos, se nos oferecem sem revelar-nos o preço final do quantum que nos será cobrado. Assim sendo, convém que sejamos muito criteriosos com relação ao novo caminho a ser tomado.
Existem boas ofertas, que nos mostram um meio de salvação, mas existem também as más ofertas, que mostram apenas uma fachada atraente, ocultando aquilo que vem por detrás das aparências.
Em outras palavras, podemos assumir caminhos que nos darão uma virada excelente, que mudará tudo, da água para o vinho, de modo a nos beneficiar extremamente, assim como há outros que, embora pareçam lindos, e exerçam certa força de atração inicial, em vez de melhorar o nosso viver, irá complicá-lo cada vez mais.
Assim é a vida. Cautela e caldo de galinha nunca fazem mal a ninguém.
Escolhemos, como exemplo daquilo a que estamos nos referindo, um trecho bíblico que nos mostra pelo menos três viradas que aconteceram no reino de Judá, entre 696 e 640 a.C.
Em II Crônicas, capítulo 33, temos uma narrativa que elucida com mais detalhes essas viradas.
Começamos por 697 A.C., quando ainda estava no trono o rei Ezequias, o qual foi extremamente fiel ao Senhor Yaweh, mas sentia que tinha pouco tempo de vida à sua frente. Uma profecia seguida de dois milagres, um no céu, e outro no seu corpo, que sarou de enfermidade letal em três dias, dissera, na ocasião, que ele teria apenas quinze anos de vida dali para diante.
Assim, em 696 A.C., Ezequias decidiu colocar seu filho Manassés como co-regente do reino, e este contava, na ocasião, com apenas doze anos de idade.
O país estava ainda em fase de regeneração diante de Deus. Ezequias havia ordenado a destruição de altares dedicados a deuses estranhos, a fim de que todo o povo se unisse para adorar somente ao Senhor Yaweh. O povo, por si só, não era lá tão fiel quanto o seu rei, mas em geral, seguiam aquilo que este lhes ordenava, e com isto, cresceu no período do reinado de Ezequias uma geração mista de homens e mulheres fieis ao único Deus, mas acompanhada de longe por um grupo de idólatras que esperavam apenas uma oportunidade para mostrarem sua saga.
Manassés tinha por mãe Hefzibah, e não sabemos detalhes a respeito de sua educação, mas a verdade é que, embora bem influenciado por seu pai, ele não firmou crenças sobre a Torah de modo decisivo.
Em 687 faleceu Ezequias, e então Manassés passou a ser o único regente sobre o reino de Judá. Era ele então um rei bem jovem, que, apesar dos bons exemplos de seu pai Ezequias, chegou a quase de imediato empreender uma grande virada na história dos judeus.
Ezequias estava em fase de tentar reerguer a economia e a fé genuína no Senhor Yaweh durante o tempo em que Manassés crescia em Jerusalém. Seu tempo, pois, era pouco dedicado à educação do menino. Influências malévolas circundavam aquela criança durante sua formação, de um modo que não foram tratadas devidamente, e assim Manassés passou a receber duas diretrizes opostas uma à outra: a de fidelidade a Yaweh, de um lado, e a de seguir palavras de corruptores idólatras, de outro.
Até o dia final em que seu pai Ezequias governou, os servos de Yaweh puderam gozar de um período de lutas com vitórias, sentindo a mão de Deus os amparar, defender e fazê-los prosperar. Mas isto não permaneceu assim quando houve mudança de direção em Judá.
Manassés deu ouvidos aos idólatras do reino e quis dar uma virada no quadro religioso do páis. Ele buscou uma inserção da idolatria dentro do seu povo, assim que passou a assumir sozinho o governo de sua nação. Foi um desastre espiritual, moral e que afetou também a política.
A Bíblia nos diz que Manassés começou a reconstruir os altares que seu pai havia destruído, e não apenas tolerou a idolatria, como também foi ativamente um de seus expoentes em sua nação. Foi altamente supersticioso: usou de adivinhações, de agouros, de feitiçarias, bem como consultou adivinhos e encantadores.
Não parou por aí. Ele, filho de um rei muito fiel a Deus Yaweh, entregou seus filhos para serem queimados ao fogo no vale dos filhos de Hinom, o que é simplesmente detestável aos olhos do Senhor.
Mais do que isso, Manassés ainda colocou uma imagem esculpida dentro do Templo do Senhor Yaweh, o que consiste em séria provocação contra o único Deus que havia colocado o Seu santo nome ali, para abençoar o Seu povo.
As abominações que aconteciam em Jerusalém naquele tempo eram de arrepiar. Crimes sendo cometidos sem que houvesse justiça para coibir ou punir. Esse tempo foi o mais sórdido em toda a História de Israel, pois que o que na Terra Prometida do Senhor se praticavam atos piores do que os que se faziam entre os gentios. Segundo o relato de Flávio Josefo, não se passava um dia sequer sem que homens de bem e até mesmo os profetas de Yaweh fossem mortos, manchando de sangue a cidade e o reino. A tradição judaica aponta Manassés como o rei que ordenou para que Isaías fosse amarrado em um tronco, onde então passaram um serra, colocando um ponto final na vida do valoroso profeta de Deus.
Os profetas do Senhor deram avisos ao rei e ao povo, mas parecia eu todos seus esforços neste sentido foram em vão.
Essa apostasia e decadência espiritual então chegou ao Céu, e o Senhor permitiu que os assírios atacassem Jerusalém, capturassem a Manassés, o qual foi cercado de espinhos, preso em algemas, e deportado para Babilônia, onde foi lançado em uma prisão. Tudo isso aconteceu, e parecia que havia chegado ao fim a história do rei Manassés, filho de Ezequias, mas este foi apenas o ponto crítico que estancou a sangria da iniquidade.
Ali, preso, sem esperanças de voltar a sua cidade, Manassés então pôde parar com tudo quanto ele fazia de mau, meditar, medir as consequências de seus atos, colocando o devido peso a cada causa e a cada efeito. Movido pelo Espírito de Deus, passaram por sua mente cada situação, gesto e até as suas motivações, nas quais ele reconheceu que errou redondamente. Aquele ponto de convergência o fez ver que tudo poderia ter sido diferente, se ele tivesse sido fiel ao Senhor Yaweh, como foi o seu pai. Ah, se ele tivesse dados ouvidos ao que lhe dizia Isaías, e os outros profetas a quem ele mesmo ordenou que fossem mortos…
Humanamente falando, não havia mais chances para Manassés. Ele errou, semeou a semente do mal, e chegara a hora de colher o seu fruto. Realmente, assim é a lei da semeadura e colheita.
Preso, humilhado, destronado, longe dos seus, já totalmente refeito das bebedices, glutonarias, longe também dos feiticeiros e encantadores que o iludiam completamente, ele viu o quanto havia tomado o caminho da condenação e vergonha – e pôde então lembrar-se bem do que os profetas lhe falaram em nome do Senhor Yaweh. Ele então flagrou-se a si mesmo, caiu em si, que o caminho tomado era pura ilusão, e o atoleiro de lama em que se encontrava o testificara disso.
Uma nova luz raiou naquela prisão quando então Manassés pensou, tal e qual o filho pródigo da parábola de Jesus, que ele ainda poderia tentar buscar ao Senhor Yaweh, com firme propósito de obter-Lhe o perdão, e começar uma nova vida, junto ao Deus de seu pai…
Manassés então orou, e pediu humildemente que o Senhor o livrasse daquela cela, e ele pudesse voltar a Jerusalém, a cidade escolhida por Deus para colocar ali o Seu Nome.
Qual seria a probabilidade de um mau rei ser reconduzido ao seu trono, depois de ter-se dado mal em um confronto com outro reino?
Se V. fosse Deus, daria uma chance a um filho tão ingrato, rebelde, criminoso, idólatra, e extremamente mau, nas mesmas condições em que se encontrava Manassés?
Milagres acontecem, e Deus ouviu a sua oração na prisão. Incrivelmente, Manassés foi liberto, e reconduzido ao trono de Jerusalém, para então dar uma virada no panorama religioso do seu país. Esta nova oportunidade que lhe foi dada é uma das manifestações mais abundantes da graça do Senhor.
Esta nova oportunidade dada a Manassés foi então bem aproveitada. Ele veio de volta aos seus, à sua cidade, ao seu trono, e começou uma nova reforma, tal como aquela que seu pai havia conduzido no passado.
Manassés reconheceu a partir daí que o Senhor Yaweh era o único verdadeiro Deus. Ele tirou da Casa do Senhor os deuses estranhos e o ídolo, como também todos os altares que havia construído no monte do santo Templo de Jerusalém, e os lançou fora da cidade.
Além disso, também reparou o altar do Senhor, onde passou a oferecer ofertas de paz com Deus e de louvor, e ainda ordenou que todo o Judá servisse somente ao Senhor Deus de Israel.
Essas atitudes o fez virar o jogo, e a vantagem novamente foi dada aos servos de Yaweh.
Um dia, porém, no ano 642 A.C., Manassés faleceu, aos seus 77 anos de idade, depois de reinar por 55 anos sobre o reino de Judá, e então seu filho Amon o sucedeu no trono.
Amon, por sua vez, com a idade de vinte e cinco anos, sofreu as mesmas influências que seu pai sofrera, e sucumbiu à idolatria como o fizera outrora o rei Manassés, e aí começou uma nova virada, outra vez para o mal. O reino de Judá voltou a ser terra de criminosos e idólatras, e o sangue voltou a escorrer manchando as cidades, e fazendo muitos clamores subirem novamente até o Céu, perante o Trono de Deus.
Ora, desta vez o Senhor decidiu não esperar mais como exercera a Sua longa paciência nos dias de Manassés, e como Amon não se arrependia de suas maldades, houve então um rompimento entre Deus e o trono de Judá. Os padrões de Yaweh não eram mais obedecidos, e Ele então decidiu retirar a sua cerca de proteção da qual o rei Amon era alvo dado pela graciosa Providência.
Quando Deus Se afasta, as consequências são muito graves. Isto é pior do que quando Ele faz pesar a Sua mão. O resultado disso veio dois anos depois de iniciado o reinado de Amon. No ano 640 A.C. os seus empregados o mataram dentro de sua própria casa, e assim essa virada para mal caiu sobre a cabeça do líder do povo, que havia feito a escolha errada.
Bem, podemos agora concluir: para qual o tipo de virada devemos empunhar a bandeira? Não podemos ser ignorantes ou ingênuos, pois existem, sim dois tipos de atitudes que se pode adotar, com o propósito de mudarmos diametralmente o curso das nossas vidas – uma delas possui um layout bonito, atraente, promissor de muitas alegrias, mas que traz muita tristeza, angústias e dores depois de certo tempo trilhado em sua caminhada.
A outra opção não promete muita folga, facilidades, e belezas no início de sua jornada, aliás, nos mostra com muito realismo que será preciso lutar bastante em orações, de joelhos, com muita humildade, lançando sempre muitas súplicas perante o Trono do Todo Poderoso. Não parece ser muito atrativo, mas… Há um porém que nos enche de esperanças: este é o caminho de Deus, do Senhor, que não poupou o Seu próprio Filho por tanto amar a cada uma das Suas criaturas que vivem neste mundo.
Pois é isto: Deus tanto amou a V. e a mim, que Jesus veio a este mundo para nos revelar a Sua vontade, morrer em nosso lugar, e nos dar uma chance de podermos virar o jogo e o jugo do pecado, para uma nova vida, uma nova oportunidade de podermos usufruir de Seu amor.
Sua liberdade será total? Sim, mas somente dentro dos limites da Sua vontade, que está expressa longamente nas páginas da Bíblia. Com Jesus somos livres do pecado, do poder do mal, e da condenação eterna, mas não nos é permitido nos darmos ao pecado, isto é, agirmos contra os princípios divinos. Com Ele, tudo nos é dado através da fé, mas sem Ele, nada poderemos fazer, e ficaremos sem podermos fruir plenamente da Sua imensa graça. O Seu socorro nos tempos de angústia nos é dado quando clamamos sinceramente a Ele, de todo o nosso coração. Assim foi atendido Manassés, e assim podemos nós também ser atendidos, conforme a Sua boa vontade.
Agora chegamos ao seguinte ponto: se todos pecaram, e não há neste mundo nenhum justo sequer que esteja em condições de alegar total inocência perante Deus, pois todos pecaram, e estão longe dos padrões perfeitos e gloriosos de Deus, o que podemos fazer? Pois Deus sabe de tudo, e de todas as nossas falhas, imperfeições, erros e maldades estão todas escritas no Seu livro…
A verdade é esta: aos olhos de Deus estamos por baixo, nesta altura do jogo da vida. Todos nós. Falta-nos aquele padrão de santidade, tal como aquele que Ele tem e deseja que o tenhamos.
Precisamos muito, urgente, de uma virada nesse jogo, mas pelo andar das coisas, não vemos em nós as forças suficientes para alcançarmos tal virtude. Sozinhos, estaremos condenados.
Como Manassés alcançou essa maravilha, se ele era terrivelmente pecador, muito mais do que grande parte das pessoas deste mundo?
Manassés errou muito, mas por fim lembrou-se dos princípios da Palavra de Deus, que ele havia conhecido quando ainda menino. Ele pôde receber a luz do Céu quando arrependido voltou-se para Quem o podia salvar.
Então o primeiro passo é o arrependimento dos pecados. Já se arrependeu de todos eles? Pode citá-los um por um ao Senhor, porque Ele é o Pai Celeste, que recebe os filhos pródigos de braços abertos.
Lembre-se: (palavras do apóstolo Paulo aos Romanos 5:8-10:
“Mas Deus prova o Seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.
Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo Seu sangue, seremos por Ele salvos da ira.
Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de Seu Filho, muito mais estando reconciliados seremos salvos pela Sua vida.”
Oremos, pois, assim pedindo:
Pai de amor, nosso querido Deus, graças te dou por me ouvires nesta oração.
Sou um pecador, mas tenho em meu coração o arrependimento de meus pecados, e um desejo muito forte de conhecer-Te melhor.
Peço o Teu perdão, e que me aceites para uma nova caminhada ao Teu lado, privilégio que não mereço, mas a Tua bondade me encoraja a assim lançar esta petição.
Receba-me, por Teu amor, lavando minha alma de todo pecado, e ajuda-me a ser uma nova criatura, que Te honra e cumpre o Teu querer.
Em nome de Jesus, seja assim, e a Tua glória se faça presente em minha vida doravante, para sempre.
Amém.
Category 2º LIVRO DE CRÔNICAS, BÍBLIA, LIVROS HISTÓRICOS DO AT | Tags: aflições, Amon, arrependimento, ciclo do pecadoendimento, conversão, Ezequias, idolatria, Manassés, Queda
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