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II CRÔNICAS – XVII – CAIXA DE SURPRESAS

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diciembre 21, 2019 by Bortolato

II Crônicas capítulos 34 e 35

Esta é a visão de futuro que temos a nossa frente. O que será no amanhã? Nunca sabemos, apesar das previsões que se arriscam sem oferecer certeza alguma sobre o porvir.

Às vezes os parentes e amigos olham para crianças, e podem observar que desde o início algumas delas já nos primeiros anos de vida mostram ser inteligentes, ativas, com facilidade para aprender coisas, ou são ágeis nos movimentos, prometendo certa projeção nos esportes, etc., etc. Assim se presumem coisas para esses pequeninos. – “Ele, ou ela, será brilhante; será um ás; será um expoente; será um intelectual; será…” será? Só Deus é quem sabe.

Pois bem, a janela profética de Deus ainda está aberta, e ainda hoje cremos que há pessoas que podem ser usadas como instrumentos divinos para os fins que lhe foram destinados desde o ventre materno. Sem dúvida. As profecias a respeito de Davi, Gideão, Baraque, Sansão, Isaías, Jeremias, João Batista, Jesus Cristo e outros não falharam. Deus cumpriu o que prometera, através dos Seus ungidos, mas sempre contando com a boa mente e cooperação destes, e assim eles fizeram parte da História.

Em II Crôncas capítulos 34 e 35 localizamos a história de um rei chamado Josias. Era ele rei sobre a nação de Judá, mas que também exerceu forte influência sobre também o território do então extinto reino de Israel Norte.

Ele reinou sobre sua gente desde 639 até 609 A.C., em um período de grandes e graves expectativas no cenário político de sua região. Basta dizer que em 722 houve a queda de Samaria nas mãos dos assírios, nação que passou a dominar Israel Norte como bem o quis.

Houve três momentos cruciantes deste novo reinado em Judá que trouxeram profundas mudanças no reino.

Antes de tudo, Josias foi elevado ao trono devido ao assassinato de seu pai, o rei Amon, o qual era extremamente idólatra, ao redor do qual intrigas palacianas devem ter provocado a sua morte. Isto se deu quando Josias contava com apenas oito anos de idade.

Naquele tempo, Judá pagava altos tributos para o reino da Assíria, desde os tempos de seu avô, Manassés, e Josias certamente que sofria pressões para prestar honras aos deuses assírios, coisa que, quando chegou aos seus dezesseis anos de idade, e oito de governo, isto é, por cerca de 631 A.C., este rei judeu decidiu romper com aquela má influência que desafiava os princípios dados por Yaweh, que afinal ainda era o único e legítimo Deus de Israel, muito embora desprezado por grande parte do Seu povo.

Mais ou menos por essa mesma época, possivelmente um ano antes, foi que falecera Assurbanípal, o último grande rei da Assíria. Este fator foi paralelamente importante, porque em parte explica a intrepidez do jovem rei de Judá, que ousou romper com o império que extorquia o povo judeu com altos impostos e como que em tom de protesto, rompeu com todo tipo de idolatria, dando um basta radical a esta infeliz atitude até então abraçada por muitos de Israel e Judá.

Josias não poupou esforços para aniquilar a todo e qualquer ícone religioso que não fosse em louvor a Yaweh. Ele estava até um tanto obcecado, com uma ideia fixa de eliminar a causa das desgraças que atingiram o reino de Israel. Altares idólatras foram todos destruídos e profanados em Jerusalém, e o povo, de um modo geral, o observava – alguns ficaram admirados, e outros pasmados – e assobiava espantado com o seu rei, cheio de expectativas sobre o que ainda estaria por vir, ou o que viria depois disso…

A princípio, apenas os personagens da nobreza entenderam aquilo que Josias estava fazendo, e o seguiram, mas quatro anos mais tarde uma Reforma se estendeu de Jerusalém para fora de seus limites, sempre da mesma maneira ostensiva, arrojada e destemida.

Tão extrema foi a reação de Josias contra a idolatria que ele chegou a derribar altares de Baal, cortou as imagens do sol, quebrou as imagens de fundição, reduziu-as a pó e o aspergiu sobre as sepulturas dos que haviam sacrificado a esses deuses. Onde quer que fosse, dentro da Terra Prometida de Israel, Josias não deixou de levar até lá a sua marca revolucionária.

Ao queimar os ossos dos sacerdotes idólatras sobre os seus próprios altares, veio a cumprir a profecia que fora dada ao então rei Jeroboão, em Betel, por cerca de 925 A.C., junto àquele altar, no lugar onde outrora era cultuado o bezerro de ouro (I Reis 13:1-6).

O zelo de Josias não ficou apenas em Jerusalém, pois ele foi estendendo suas ações de profanação a altares e templos idólatras em Judá, nas cidades de Manassés, Efraim, Simeão, Benjamin, até Naftali, na região da Galileia. O seu zelo neste sentido foi fantástico.

Por esse tempo, por cerca de 621 A.C., também despontou o chamado do profeta Jeremias, conforme podemos ler no livro deste (Jr. 1:2), o que entendemos que fora uma das providências de Deus para atrair e tentar conduzir a nação para os caminhos do Senhor.

Foi também por esse tempo que Josias havia promovido uma reforma no Templo, a exemplo daquela que seu bisavô Ezequias promoveu em seus dias de reinado. Através dessa reforma física, surgiu um fato que deu um novo impulso no direcionamento da vida e do reinado desse rei, para aprofundar mais ainda a sua ênfase por uma Reforma espiritual.

Então poderemos notar uma nova fase na vida de Josias, pois que uma cópia do Livro da Lei de Deus, a Torah, havia sido descoberta, e alguns supõem que teria sido do Livro de Deuteronômio, onde estão escritas terríveis ameaças contra o povo de Deus que se deixasse levar aos pecados da idolatria e as suas consequentes injustiças sociais, conforme podemos ler nos capítulos 28 e 29 daquele livro da Lei – palavras que deixaram a alma do rei Josias extremamente aflita.

É fácil imaginar como isto assolou a alma desse rei que fez tudo quanto pôde para desarraigar a idolatria e implantar a justiça e a Lei do Senhor nas terras ao alcance de seus domínios.

O escrivão Safã leu todo o Livro da Lei encontrado no Templo para o rei , que o ouviu atentamente. Ao que tudo indica, aquela era uma das últimas escassas cópias que jaziam ocultas entre os escombros dos vestiários sacerdotais, uma vez que Manassés e Amon, seus antecessores no trono, desprezaram até mesmo a Casa do Senhor, não temendo as consequências de seus atos acintosos contra o Rei dos Céus e da Terra.

O Livro da Lei é de autoria mosaica, fato aceito de modo geral pelos judeus, e Josias ficou consternado ao saber de tudo quanto havia sido praticado contra a vontade de Yaweh principalmente nos tempos de Manassés, provocando-O a zelos. A cada maldição profetizada no Livro da Lei contra Israel, Josias se desesperava, via-se mal, pois ia identificando cada delito, e contabilizando-os a débito em sua conta (antes de Ezequiel havia um dito popular no qual os filhos tinham de pagar pelos pecados dos pais), de forma que ele se sentiu como um réu perante o Tribunal do Céu, prestes a receber uma sentença condenatória juntamente com o seu povo.

O rei, com o coração pleno de constrangimento, chorou e rasgou suas vestes, ao tomar conhecimento de todas as maldições que estavam prestes a desabar sobre a sua casa, e sobre toda a nação. Em seu estado de indignação, já sentia como que de luto por tudo que estava por vir, não lhe cabia em si aceitar o que poderia lhe acontecer, naquele momento tão crítico em que o povo de Deus coxeava de Yaweh para a idolatria e vice-versa, como que indeciso sobre o que fazer da vida.

Josias então, muito preocupado, enviou vários homens importantes de sua corte para ir até a profetiza Hulda, buscando conhecer o que Deus estaria por fazer naqueles seus dias. Hulda era então a mulher de um levita, provavelmente um dos sacerdotes que cuidava da guarda das vestimentas sacerdotais, no Templo do Senhor.

A profetiza os recebeu, e confirmou as palavras da Lei, dizendo que realmente estavam por vir dias muito difíceis, cheios de tragédias sobre Israel e especificamente sobre a nação judaica – mas que Deus viu que o coração do rei Josias se quebrantou, e que ele estava pronto para a realização de um movimento de retorno aos princípios da Torah, fato o Senhor pesou na balança, o que propiciou a um adiamento para a chegada daquele dia de juízo, de tal forma que Josias não veria o mal que haveria de cair sobre a sua descendência e a nação.

Notoriamente inaugurando uma nova etapa da vida religiosa do povo de Judá, Josias convocou todo o povo, desde o maior até ao menor, à frente da Casa do Senhor, para fazê-los ouvir as palavras da Lei que o fizeram compreender os graves erros que haviam cometido perante Deus.

Após essa leitura, ele pôs-se em pé e clamando, fez um solene pronunciamento firmando o propósito de andar fielmente perante o Senhor, e cumprir os seus mandamentos com todo o coração e toda a alma. Fez também com que todos ficassem em pé, para compactuarem um concerto coletivo muito sério com Deus.

Um detalhe importante, porém, ocorreu nesse desenlace de acontecimentos. Josias obrigou ao povo para que lançassem fora todas as abominações de todas as terras que eram dos filhos de Israel, e que servissem ao seu Deus, ao que muitos do povo atenderam, aparentemente, isto é, para salvar as aparências.

Naquele mesmo décimo oitavo ano do seu reinado, Josias celebrou a Páscoa do Senhor de uma maneira tão especial, com santificação, com o toque de trombetas, muitos músicos a entoar seus instrumentos, com cânticos, durante sete dias, como não se via em Israel desde os tempos de Samuel, com todos os rituais chegando a superar as expectativas, e até mesmo à Páscoa que seu bisavô Ezequias havia celebrado anos antes.

Tudo isso foi brilhante da parte de um menino que chegara a ser coroado aos seus oito anos de idade, e que procurou dar toda força para que a adoração a Yaweh fosse restaurada.

Josias chegou até a dominar sobre o vale do Esdrelom, outrora domínio do reino de Israel Norte, e com isso, tudo fazia crerem que ele estava nadando nas bênçãos de Deus, e que os tempos de bonança ainda durariam por muitos anos, mas…

Chegou então um novo tempo para o reino de Judá. Novidades nada alvissareiras começaram a acontecer, como por exemplo, um levante do Egito contra o reino da Assíria, e por conta disso, o faraó Neco estava insolentemente, sem autorização, passando pelas terras de Judá e Israel para ir-se defrontar com os assírios em Carquemis, cidade próxima ao alto do rio Eufrates.

Ao que consta, Neco não estava pensando em enfrentar Josias naquele dia, mas aquela atitude desdenhosa da passagem forçada pelas terras de Israel já dizia muitas coisas, como por exemplo, quem passaria a ser o novo dominador de Israel dali para a frente. Josias não aceitou aquela invasão, e foi corajosamente com seu exército ao encontro das forças egípcias, para o tudo ou nada.

Seria de esperar-se que o rei judeu se saísse vitorioso, uma vez que ele estava convicto de estar fazendo a coisa certa, mas acontece que havia uma maldição prestes a recair sobre o seu povo, os dias maus estavam chegando, e Deus usa de linhas tortas para escrever as coisas retas.

Josias foi gravemente ferido por flechas naquela batalha, e, retirado dali, foi levado a Jerusalém, onde morreu. Morreu como um valente, e de acordo com a promessa de Deus, ele foi levado deste mundo para não ver o mal que aconteceria com a nação judaica dali em diante. Cumpriram com seu corpo presente um funeral digno de um rei, e o sepultaram no sepulcro de seus pais. Como ele tinha sido um fiel servo de Yaweh, cremos que ele foi encontrar-se com o seu Rei dos Céus e da Terra, a quem ele tanto amou nesta vida, para uma vida eterna em doce ventura.

Hoje em dia ouve-se com frequência que o tempo do fim está vindo célere ao nosso encontro, e que vários fatores que compõem um mix de sintomas já se fazem notar, como por exemplo, o crescente número de terremotos, vulcões, furacões, tsunamis; o assustador declínio moral do povo, as nações se unindo para formarem um pool comercial para enfrentar outras nações; a necessidade de líderes carismáticos para governar melhor seus países, e outros dessa natureza.

É de fato chegado esse tal tempo dos dias finais?

O que podemos dizer é que o fim do mundo ainda não chegou, mas podemos sentir os prelúdios dessa melodia que nos assusta como o faziam antigamente os arautos de desgraças.

A vida do rei Josias, porém, nos deixa uma esperança de que os que forem fieis a Deus e ao Senhor Jesus Cristo poderão até ser poupados, mas somente até certo ponto; depois disso, quando chegados os dias da Grande Tribulação o mundo irá ter de enfrentá-los de forma heroica, para uma ventura eterna, ou de forma corrupta, para a vergonha eterna.

Ainda hoje podemos afirmar que ninguém passa por esta vida sem ter de enfrentar dias ruins, entre outros dias não tão ruins, e alguns dias bons. Essa gangorra de altos e baixos parece que não pára de propender de um lado para o outro. Isto faz parte da vida, quer queiramos entender assim ou não.

Dias felizes são um bálsamo para as nossas almas, mas os dias maus nos deixam temerosos, e procuramos evitá-los ao máximo. E a questão ainda persiste, não quer calar: o que será do nosso futuro?

Não podemos predizer como será o caminho de cada cidadão desta Terra. São muitas as pessoas, e muitos são os seus destinos.

Podemos, sim, seguir as diretrizes da Palavra de Deus, e termos certeza de algumas coisas, como seguem:

  • Todos os seres humanos pecaram, pecam, e por conseguinte têm que arcar com os seus erros. Ninguém é justo perante Deus, nenhum só, tese confirmada em Salmos 14 e 53, bem como pelo Apóstolo Paulo em Romanos 3:23.

  • O pecado gera a morte, e portanto todos os humanos estão condenados a morrerem um dia. (Ezequiel 18:20)

  • O pecado gera condenação diante de Deus, que não o tolera, e não poupará nem o melhor dos seres humanos que ousarem dizer que estariam isentos de culpas, ainda que estes estejam enganados por quaisquer circunstâncias.

  • A consequente condenação que o pecado produz traz separação eterna da presença de Deus e de Sua habitação celeste.

  • Apesar desse quadro tão desastroso, há uma esperança de podermos atravessar o vale da morte para irmos ao encontro das bem-aventuranças divinas, no Céu. Existe um caminho para isto.

  • Esta esperança reside na pessoa de Jesus, o Cristo. Somente Ele, Jesus, é quem pode tomar as nossas culpas e lavá-las com o Seu precioso sangue, fazendo-nos purificados de todo pecado.

  • Deus nos deixou a possibilidade de orarmos a Ele, pedindo-Lhe que nos salve, que salve as nossas almas dessa atroz condenação, e sermos adotados por Ele para uma nova vida, como que nascida de novo.

  • Quem nos poderá servir de guia para que escapemos desse terrível destino, e possamos ser agraciados com essa nova vida em Cristo? A Igreja que Cristo deixou nesta Terra, serve como um ponto de contato e aprendizado da Sua Palavra, mas o caminho já está bem delineado nas palavras da Bíblia: quem crer e for batizado, será salvo, mas quem não crer, já está condenado. É crer em Jesus como nosso Salvador e Senhor. (Atos 16: 31)

  • Buscai a Deus a tempo de poder encontrá-Lo. Buscai a Deus e ao Seu poder. Felizes os que O colocarem como seu Senhor absoluto em suas vidas.

  • Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor.


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