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II SAMUEL – XXII – FÉ, GARRA , CORAGEM E A BÊNÇÃO

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noviembre 18, 2016 by Bortolato

Há momentos em que não temos outra opção senão lutar com muita garra. Tudo depende da causa que nos move a isso.    Como ou por quais motivos somos assim movidos?   Seja o que for, será algo que toma conta de nossos corações – mas a vitória nos será concedida com certeza, se for desprendida das mãos de Deus.

Muitas são as histórias em que o impossível se tornou possível.   Algo até mesmo estranho.   Quem pôde testemunhar isso, também estranhou, e quem o ouviu, ficou boquiaberto.

A Bíblia está repleta dessas histórias.   Algumas delas são tão fantásticas, que muitos, na sua incredulidade, acabam duvidando de que foi verdade.   Quem quiser duvidar, que duvide, mas existem até provas e indícios de veracidade dos fatos relatados.   A abertura do Mar Vermelho, por exemplo, deixou suas marcas seculares no fundo de sua plataforma.   A arqueologia reforça a realidade deste acontecimento, bem como o de muitos outros narrados nas Escrituras Sagradas.   A melhor posição para esses casos, no final das contas, é crer.  Crer e temer.  Temer e amar ao Deus que tantas coisas faz para os que O aceitam e recebem-nO com alegria em seus corações.

Não podemos ignorar também que os feitos das guerras helênicas contra Troia nos contam feitos fantásticos.   A história de Helena, e a do cavalo de Troia é tão febricitante que até hoje não se sabe se ocorreram de fato, ou se foi uma poesia que exagerou tudo e contou o ocorrido de maneira fantasiosa, mas sabemos que os gregos existiram de fato, tanto quanto os troianos, e que aquela cidade era mui extensa, situava-se imponente no alto de uma colina a dezesseis quilômetros de Trôade, e que dominava a navegação comercial da região.  Suas ruínas lá se encontram até hoje, e isto não dá ensejo para se contestar.  A conquista de Troia foi um fato real, e estas nos falam que houve, sim, uma invasão misteriosa que culminou com sua destruição, e depois disso os gregos alcançaram grandes feitos na área da filosofia, da política e das conquistas militares.   Mas isto foi apenas por certo tempo, e a efêmera glória de Alexandre, o grande, não durou mais que oito anos.

As constantes vitórias extraordinárias do rei Davi, em contraste, o levaram a conduzir um reino que durou quarenta anos sem ter de amargar uma derrota sequer, diante dos mais numerosos e poderosos inimigos que ousaram ameaçá-lo.

O poderoso exército filisteu, de nação proveniente da ilha de Caftor, que trazia em si um esquema bem organizado de dispor-se em suas estratégias militares, foi vencendo e invadindo a Eretz Israel, impondo sua força e fazendo-se a ameaça local mais insistente e avassaladora desde os idos tempos de Jefté (cerca de 1.161 A.C.).   Já na época de Isaque (c. de 1800 A.C.) tal nação já estava como um embrião previamente instalada na terra de Canaã, em Gerar, mas outras migrações e o crescimento daquele povo se fez estabelecer ao sudoeste da Palestina, em uma política que dividia o poder entre cinco cidades.   O próprio Josué não entrou em choque com os mesmos na época da conquista (c. 1451 A.C.), quando estes já estavam na faixa litorânea de Gaza.   Saul conseguiu obter algumas vitórias importantes contra esse povo, quando os mesmos estavam visando a avançar para o interior da terra, mas a duras penas, até que aquele primeiro rei de Israel sacrificou-se e foi morto pelos tais filisteus em batalha.

Veio então um novo tempo.   Deus tinha novas coisas a realizar com Seu povo.

Uma determinada unção do profeta Samuel sobre a cabeça de Davi em c. 1.063 A.C. fez com que o Espírito do Senhor pousasse sobre ele, e  passasse a usá-lo poderosamente nos combates contra filisteus e outras nações inimigas.

As guerras de Davi contra nações que se ergueram para enfrentá-lo, pois, teve um background bem mais fantástico, onde se percebe indiretamente a mão de Yaweh.

Depois da abertura do Mar Vermelho e da do rio Jordão, uma série infinda de atos sobrenaturais atestaram o poder do Deus de Abraão, Isaque e Jacó da forma mais impressionante que já se viu na face da Terra, de forma a criar uma expectativa do sobrenatural manifestar-se em momentos de angústia para os filhos de Jacó.

Nas guerras davídicas contra os filisteus, amonitas, moabitas, amalequitas, edomitas e outros povos, no entanto, o Senhor não usou de atos tão dramaticamente  supernaturais do Seu poder.  Ele decidiu usar a fé e a disposição de um rapaz intrépido que não temia gigantes, mas os enfrentava em o nome do Senhor Yaweh.   E este Nome tem poder, pois é do Todo Poderoso, que não dá a Sua glória a outrem.

Davi derrubou ao gigante Golias com uma pedrinha lisa do ribeiro, mas outros quatro desses homens de semelhante estatura foram mortos em combates, por seus comandados.

E não foi somente isso.  Davi pôde contar com outros homens que fizeram coisas memoráveis nesses enfrentamentos.   Alguns deles poderiam ter sido incluídos no livro dos recordes.  Na época, não havia literatura com este fim específico, mas o II Livro de Samuel, no seu capítulo 23, narra esses prodígios tão espantosos.

Davi começa o capítulo profetizando que, muito embora ele mesmo o admita humildemente (23:25) que sua casa, sua linhagem, ainda não era como o reino do “Justo”, o do Messias, havia um concerto celeste com ele de preservar-lhe o trono, e que, em um determinado momento futuro, Ele, o Senhor, haverá de brotar, isto é, de levantar-se com muita luz.

Enquanto o Senhor ainda não veio, então, Ele cuidou de esforçar os valentes de Davi – homens que absorveram aquela unção como que por osmose.   Tiveram grande ousadia, coragem e denodo, obtendo deslumbrantes resultados.

Vale notar.  Quem, na história universal, poderia contas tais façanhas?   Nem os trezentos homens de Leônidas o puderam, mas os próprios valentes de Davi até se admiraram ao tê-lo bisado alcançar.

A lista desses valentes e de suas proezas seria incontável, mas II Samuel menciona apenas trinta e sete nomes dos mais notáveis.   Deter-nos-emos em comentar apenas alguns.

Os três mais destacados foram Josebe Bassebete, Eleazar, filho de Dodô, e Samé, filho de Agé.

1 – Josebe Bassebete, filho de Taquemoni , também chamado de Jasobeão, filho de Zabdiel (I Crônicas 11:11 e 27:2), o principal dos capitães.   A narrativa de I Crônicas conta que ele brandiu sua lança contra trezentos e os matou.  II Samuel 23 diz que ele se opusera certa feita contra oitocentos e os feriu de uma só feita.  Não podemos precisar claramente os motivos dessa aparente discordância entre os dois textos, até porque as letras hebraicas podem confundir os copistas e estes errarem números, além do que o autor de um livro poder referir-se a alguma ocasião diferente da citada por outro. Como o prodígio feito com sua lança superaria ao de Abisai, filho de Zeruia (que também matou seus trezentos), e Jasobeão se destacou acima deste último, conclui-se que ele chegou, de fato, a matar seus oitocentos de uma vez, e por este motivo foi colocado no topo da galeria dos heróis de Davi.  Foi uma sumidade incrível, um feito sem precedentes.

2 – Em segundo lugar, é mencionado Eleazar, filho de Dodô.   Ficou sozinho em certa área para enfrentar uma horda de filisteus com sua espada à mão.   Difícil é imaginar tanta destreza e agilidade.   Ele sabia muito bem dominar essa arte de duelar com espada, mas além disso tinha uma visão incomum de uma movimentação dentro de longos e curtíssimos espaço e tempo.   Sua mão e sua espada se uniram como se fossem um todo indivisível, de forma que pôde combater a centenas e centenas de filisteus – estes morreram, um por um, e aos poucos foram caindo, até desistirem de enfrentá-lo, e grande foi o despojo que o povo pôde tomar dos seus inimigos, todos derrubados por ele.    Sua performance tem um significado importante.  Paulo nos fala para nos vestirmos de toda a armadura de Deus, e da espada do Espírito, que é a Palavra de Deus.

Se nos apegarmos à Sua Palavra e dela não abrirmos mão, teremos uma arma poderosa de vitória, temível somente para o inimigo.

3 – Sama, filho de Agé, defendeu certa vez um campo de lentilhas, quando o povo fugia diante dos filisteus.   Ele tomou posição no meio daquele campo e o defendeu;  sua performance foi tão maravilhosa, que o autor sacro acrescenta: –

“… e feriu os filisteus, e o Senhor operou um grande livramento. “ (23:12)

  Isto nos incentiva a lutar, mesmo quando tudo parece estar perdido.   Tomar coragem, fincar o pé, encher o peito de fé e lutar debaixo da unção e proteção do Senhor.   Essa vitória só é dada a valentes.

4 – À moda de Davi, Benaia, filho de Joiada, enfrentou leões fortes em Moabe.  No tempo da neve, procurando abrigar-se da nevasca, entrou em uma cova onde lá estava um leão.   Que azar – do leão!  Morreu para dar lugar a um do povo de Deus.   A exemplo de Davi, possivelmente até inspirado pelo salmista, foi sem armas convencionais, apenas munido de um cajado, e feriu a um egípcio armado com uma lança.   O detalhe importante é que esse tal egípcio era um homem temido, e tinha cinco côvados de altura, ou, em outra medida, cerca de 2,5 metros.   Benaia tomou-lhe a lança, e matou-a com a mesma.

Deixa-nos a lição de não temermos gigantes ameaçadores, ainda que estes sejam bravos guerreiros e bem armados.   Em nome do Senhor, superaremos os maiores inimigos de nossas almas.


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