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JOSUÉ – IV – O DEUS QUE COMANDA ÀS ÁGUAS

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marzo 18, 2015 by Bortolato

Rio Jordão - 2

Água, ventos e fogo são elementos que podem nos causar problemas, mas estão sob o controle das mãos de Deus, e Ele pode até alterar as leis naturais para mudar os seus cursos.  O mesmo podemos dizer sobre todo elemento material deste universo.

No versículo sexto de Gênesis, no capítulo primeiro, Deus fez separação entre águas e águas, dando-nos uma firme impressão de que os astros do universo tiveram algum teor de água em suas estruturas ainda em formação.    Hoje mesmo os astrônomos são concordes em afirmar que as caudas dos cometas são compostas de vapor de água e de poeira cósmica.

Na Terra, os oceanos estão fixados cada qual em seu lugar e a terra seca lhes foi colocada como barreira para os avanços marítimos.   As ondas que se deslocam de forma impetuosa se chocam junto às rochas, mas não conseguem ir além destas.    Marés cheias sobem um pouco esses limites, mas logo chegam as marés baixas e o mar se retrai para dentro de sua imensa massa do elemento que chamamos de H2O.   Até mesmo tsunamis, depois que fazem uma invasão devassadora, logo se retraem e o mar volta ao seu nível de normalidade.

Assim foi que Deus o fez.   Ele criou este mundo, e fez as águas para cumprirem o Seu propósito de dar condições de vida ao planeta.

Um dia, que os judeus o chamam de 14º do mês de Nisã, os israelitas saíram do Egito.  Eles foram dirigidos pela mão de Deus para uma praia junto ao Mar Vermelho, perto de Pi-Hairote, defronte de Baal-Zefom (Êxodo 14:9), e o Grande Criador das grandes águas  fez com que estas, ainda que em estado líquido, se empilhassem de um lado e do outro de uma passagem, como se fossem muros de gelatina, de encomenda para o povo de Deus atravessá-las a pé enxuto.

Aquele foi um ato muito notório.   Inédito.   Povos se impressionaram com isso:  Egípcios, filisteus, edomitas, moabitas e também os cananeus (Êxodo 15:14-16).   Nunca antes  se deu tal coisa neste mundo.   E para fazer diferença entre hebreu e não hebreu, quando os egípcios quiseram “desfrutar” do mesmo privilégio divino, de passar por aquele mesmo caminho aberto entre as águas, no intuito de atacar àquele povo recém saído de suas garras, foram afogados ali mesmo, naquele mar.   Mas isso já estava previsto dentro dos planejamentos de Deus, pois foi assim que Israel pôde ver-se livre de vez para sempre da escravidão egípcia.   Depois disso, os egípcios não ousaram mais levantar-se para os levar cativos novamente.

Depois de uma peregrinação de quarenta anos pelo deserto,  chegou então o dia em que Israel teve que atravessar o rio Jordão, para ir de encontro com a tomada de posse da Terra Prometida.

O mar Vermelho tinha sido aberto quarenta anos antes, durante e através do ministério profético do servo de Deus, Moisés.    Era chegada a oportunidade da conquista da terra, mas já Moisés estava morto.   Um outro líder espiritual foi colocado em seu lugar:  Josué.

Foi Deus mesmo quem escolhera o novo servo intermediador.  Josué fora treinado durante o Êxodo, e falara com este profeta sucessor do tão afamado e bem sucedido Moisés.

Não seria preciso abrir águas novamente, apenas bastaria que Josué fosse obediente, juntamente com o povo, e guerreasse prudentemente –ainda assim eles poderiam receber de Deus os dons das vitórias, umas após outras, e a anelada Terra da Promessa seria conquistada, malgrado todos os desafios dessa missão impossível para homens.  Deus, no entanto, tinha um plano diferente para levantar a fé nos corações de Seu povo.

Fosse como fosse, eram muitas as cidades a serem abordadas, cercadas e combatidas, e cada uma delas tinha um rei, e cada rei o seu exército defensor, pronto para guerrear.   Os homens de Israel somavam pouco mais que seiscentos mil soldados voluntários (não eram profissionais, nem militares mercenários, e não tinham muita experiência de batalhas em seus currículos) na idade própria para irem à guerra.   Esses hebreus só poderiam eliminar os exércitos de Canaã, uns após outros, se fossem vencendo a todos, se não houvesse baixas significativas de seu lado, vez após vez, batalha após batalha.   Não poderiam vencer a todos de uma só vez.   Teriam que se empenhar, cansar-se e desgastar-se a cada desafio, a cada cidade a ser conquistada.   Considerando-se as estruturas daquelas cidades, que na verdade eram verdadeiras fortalezas eretas nos cumes dos montes, e também os tipos humanos que desenhavam perfis de homens de grande estatura, de meter medo só pela sua aparência, as perspectivas não eram nada boas, falando-se humanamente.

Porém a fé nas vitórias, a boa disposição para guerrearem, aliados às forças físicas, à organização tática e às armas disponíveis, estes elementos  todos carregavam e equipavam o mínimo necessário aos homens de Israel para lutarem com bravura.   Tudo isso, no entanto, não seria o suficiente para uma tão longa campanha militar à sua espera.    Eles chegariam ao fim dessa tarefa vitoriosos?    Não foi bem assim o que aconteceu com as Cruzadas.   Lembramos também que os exércitos de Napoleão e de Hitler contavam com tudo isso, mas perderam tudo, em um dado momento, malogrando os seus sonhos de conquistas.   Seria preciso muito mais do que isso – é preciso contar-se com a força dos exércitos do céu – a força do Deus de Jacó, o Senhor dos Exércitos.

O ponto principal dessa questão é: se o Senhor Yaweh estiver com o Seu povo, acontecerão coisas que comprovarão que Ele é quem Ele diz ser: o único Deus, absoluto, acima de quaisquer circunstâncias, mais forte que milhões de exércitos, que guerreia fazendo até a natureza cooperar com os Seus propósitos, e cuja bandeira jamais conheceu uma derrota sequer.

Assim como Ele abriu o mar Vermelho, Ele pode fazer o mesmo com oceanos, com um simples estender de um de Seus dedos.   Basta apenas Ele querer!

Embora não parecesse totalmente necessário, Ele quis outra vez abrir as águas.   Foi uma prova de que Ele estava marchando à frente de Seu povo, e o rio Jordão, que estava em sua fase de cheia, enchido até as ribanceiras, de repente, contrariando as leis da gravidade e da energia cinética, começa a sofrer uma revolução em suas águas.

Os sacerdotes foram pisando sobre suas bordas, pela fé na Palavra de Yaweh, à frente daqueles 600.000 homens à distância de cerca de 900 metros e a mão de Deus fendeu o curso do rio em duas partes: águas do norte voltaram atrás, fazendo um montão, e as que desciam para o sul se retiraram completamente, oferecendo um espaço de terra nua para todo aquele exército passar a pé enxuto.

Um novo caminho se abriu para o povo de Deus.   Os corações daqueles soldados não somente viram isso, como puderam passar pelo leito aberto, ali deixado como um “tapete vermelho” pela mão do Todo-Poderoso.

Os sacerdotes que levavam a Arca do Concerto pararam ali, no meio daquele novo caminho, ainda dentro do caminho das águas, enquanto o povo todo passava ao seu lado.    Era um verdadeiro milagre de Deus.   Não havia e não há outra maneira de explicar tal fenômeno.

 Alguns comentaristas modernos quiseram tergiversar sobre a abertura do Mar Vermelho, dizendo que o vento foi que abriu as águas, e que estas se tornaram rasas à altura em que o povo de Israel pôde passar.   O que estes não explicam é como tal fenômeno pôde ser aproveitado pelos israelitas.   Se um vento tão impetuoso consegue deter centenas e centenas de toneladas de água, como então um povo, com velhos, crianças, bebês, mulheres, e pessoas fragilizadas poderiam por ali caminhar, levando seus pertences e enfrentando a fúria de um furacão tão forte?  Então vêm com o argumento de que o lugar por onde passaram era raso por natureza…    Ora, é aí que fica mais complicado explicar como é que um exército, com carros e cavalos do Faraó morreu, então, afogado em águas rasas…

Concluímos que não adianta querer-se explicar o inexplicável.  Perdem seu tempo os que assim intentam fazer, e a cada tentativa, mais se embaralham em seus raciocínios esdrúxulos.

Enquanto aqueles homens passavam por aquela fenda no rio Jordão, fazendo aquela travessia, Deus ia trabalhando em seus espíritos, adicionando-lhes mais fé – ingrediente do qual eles precisariam em grande quantidade, para poderem dispor-se a vencer a cada obstáculo que teriam de enfrentar na nova fase de suas vidas que se lhes abria, com aquela abertura das águas do rio.

Josué foi assim também fortalecido moral e espiritualmente, e, além disso, foi honrado com a operação de uma tremenda maravilha que Deus fez, cumprindo aquilo que lhes prometera antes de fazê-la.   Ele já não era mais aquele jovem “ajudante de um grande profeta”, pois passara a ser outro grande profeta.   Todos que viveram essa experiência passaram a olhá-lo com muito mais respeito, reverência e admiração.

ALGUNS LEMBRETES “SUI GENERIS”

Às vezes precisamos de alguns bilhetes para os colarmos junto à porta da geladeira, ou  de um barbante amarrado em algum de nossos dedos, como recurso mnemônico, a fim de não nos esquecermos de alguma coisa importante.

Bilhetes de papel são depois inutilizados, ou lançados ao lixo.   O mesmo acontece com os pequenos pedaços de barbante, e depois desses lembretes cumprirem a sua finalidade, o episódio acaba caindo no esquecimento.   Tarefa cumprida.  Nada mais a ser lembrado sobre aquele assunto.

O Senhor, conhecedor que é da natureza humana, sabia que não valeriam bilhetes e nem barbantes para que o povo lembrasse dessa maravilha que Ele operou, deixando homens boquiabertos.

Sempre é bom lembrar o que Deus fez, pois isso nos dá uma mostra do que Ele pode fazer por nós em nossos dias.

Gerações se seguiriam, as quais não presenciaram este sinal maravilhoso, que, diriam alguns, era impossível ter acontecido.   Os próprios filhos daqueles israelitas que ficaram com suas mães no acampamento, na Transjordânia, não viram aquele prodígio da mão de Deus.  As mulheres também não o puderam ver, pois não participaram daquela travessia.   Como iriam lembrar-se de uma coisa, da qual não foram testemunhas oculares?

Para suprir esta lacuna, Josué se encarregaria mais tarde de mandar que se escrevesse num livro aquele feito poderoso, que aos homens não é facultado operar.   Mas isso iria ser feito depois, viria a demorar muito, e nem todos teriam acesso ao referido livro para poderem lê-lo, e tomar ciência do que aconteceu.

Em Josué, capítulo 4º, versos de 1 a 3, lemos que o Senhor mesmo pensou sobre isso, e falou a Josué para que doze homens escolhidos de todas as tribos da nação israelita tomassem doze pedras do mesmo lugar onde os sacerdotes estavam, no meio do leito do rio que estava seco naquele momento, e as levassem para o acampamento, onde haviam de passar a noite, em Gilgal.   Aquelas pedras seriam amontoadas ali, para servirem de memorial.   Para que todos os filhos de Israel pudessem vê-las e fossem lembrados do milagre que Deus lhes fez ali no rio Jordão, naquele dia.

Além destas, Josué ainda levantou mais outras doze pedras ali onde estavam os sacerdotes, no meio do leito do rio (Josué 4:9).

Josué escolheu para essa tarefa de transporte dessas pedras pesadas, doze homens fortíssimos, a fim de montarem aquele recurso mnemônico.   Doze pedras tiveram de ser empilhadas no meio do rio, e doze outras seriam retiradas daquele leito, para serem ajuntadas em Gilgal, no local do acampamento que seria montado.

Quantos quilos esses doze homens poderiam carregar?   Cada um deveria trazer a sua pedra escolhida.   Não diremos que eles as trouxeram em seus ombros, pois com o auxílio de uma carriola improvisada, talvez do tipo de uma padiola  cuja extremidade inferior era arrastada pelo chão, o fariam com muito mais facilidade.

Não sabemos quanto essas pedras pesavam, mas deveriam ter um bom peso, pois nesse tipo de maca, até homens pesados eram carregados sem dificuldade.  Diremos, contudo, que deviam ser muito grandes, pois ao formarem sua pilha, esta poderia ser visualizada quando o rio estivesse mais raso, na sua estação mais seca, despontando do meio das águas como um lembrete “sui generis”.

As crianças das gerações seguintes puderam ver essas pedras, tanto as depositadas em Gilgal, como aquelas do meio do rio Jordão, e perguntar qual o seu significado.   Qual a razão de terem sido postas ali, daquela forma?   E o que quereriam dizer, afinal?

Então os seus pais ou mesmo seus tios, ou tutores, ou algum próximo, teria a resposta na ponta de suas línguas.   É um lembrete de Deus.   Foi ali que Deus lhes abriu o caminho no meio das águas.   Um marco de fé e de poder para a conquista que se seguiria.

Assim movidos pelo Espírito de Deus, eles estavam certos de que iriam lograr consegui-lo, sendo vencedores, e aquelas pedras foram o marco inicial da tomada de posse da terra, pois não foi um homem quem fez o rio Jordão voltar suas águas para trás.

Aquele marco também diria as mesmas palavras que escreveu o Apóstolo Paulo, cerca de 1.500 anos mais tarde:

“Se Deus é por nós, quem será contra nós?”

Os israelitas enfim pousaram seus pés na terra de seus sonhos, a chamada “Terra Santa”.   Atravessado o rio Jordão, eis que se acamparam em Gilgal, localidade que se situa a cerca de dois a três quilômetros de Jericó, isto é, estavam a essa pequena distância de poderem efetuar sua próxima grande conquista, e esta já em terreno a leste do Jordão.

Os cidadãos de Jericó tremeram ao saberem disso.   Logo, as muralhas também tremeriam e sucumbiriam, mas não sem antes os homens de Deus poderem preparar-se espiritual e psicologicamente para o embate.   Os entusiasmos devem ser controlados, a fim de não se precipitarem situações não amparadas pela direção do Senhor.   Agir pela força da carne traria apenas a desilusão e o fracasso.   Quando vermos que Deus está agindo em nosso favor, inclinemo-nos a procurar saber qual o próximo passo a ser dado debaixo de Sua bênção.

O milagre de abrir as águas, Deus acabara de realizá-lo, mas Ele pede sempre algo de nós, antes de prosseguirmos na nossa caminhada.

Estejamos atentos ao que Deus, o Senhor, disser e fizer.   Ouçamos o que a Sua Palavra nos diz, mesmo através de um memorial escrito – a Bíblia!   Este livro sagrado será um veículo poderoso para nos embevecer com o espírito de suas profecias!


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