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JOSUÉ – V – O PASSO-A-PASSO DE DEUS

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marzo 20, 2015 by Bortolato

 

V. quer Deus em sua vida? Então prepare o seu coração. Todo relacionamento entre pessoas tem suas nuances, seus pré-requisitos  e exige atenção, tempo com qualidade, de ambas as partes.   De outra forma, a relação já não terá condições de prosseguir, e, seguindo essa rota, fatalmente irá redundar em nada.

Como um jovem que se sente atraído por uma donzela irá aproximar-se desta para declarar-lhe os seus sentimentos?   Antes de tudo, será necessário uma boa apresentação, uma conversa agradável, para ambas as partes, e depois, uma série de aproximações progressivas e sucessivas, cultivadas com muito agrado e muito carinho.   Com o desenvolver da relação, esse carinho deverá ser recíproco, bom para ambas as partes.   Ambos deverão sentir-se confortáveis para encetar um compromisso de namoro pelos dias que se seguirão.

Alguns gestos de gentileza são um início para se começar a andar nesse caminho, mas isso deve ser mantido com muita sinceridade e amor, e constantemente, caso contrário quaisquer promessas não cumpridas estarão armando um estelionato sentimental, da parte de quem porventura se descuidar desse detalhe.

O amor precisa partir de ambas as partes, e manifestar-se com atitudes, palavras e em espírito.   Não deve ser interesseiro.   Imagine-se o caso de algum filho ou parente, ou mesmo amigos, que sempre estão se aproveitando do vínculo de parentesco e/ou de amizade com o propósito de levar alguma vantagem – dinheiro, ou algum favor.   Por amor aos tais, pode-se continuar por algum tempo levando essa amizade avante, mas em dado momento, haverá um “basta” para tantos favores sem retorno à altura.

Não nos podemos esquecer:  Deus é alguém, e portanto, Ele também tem sentimentos.   Ele, como um Pai que é, com toda certeza também espera ser correspondido ao grande amor que demonstra a cada ser que criou.   Ele espera que Seus filhos se interessem por Ele, e não poupa esforços para conseguir conquistá-los.   Ele quer que tenhamos firmada dentro de nossos espíritos a vontade persistente de nos tornarmos semelhantes à Sua imagem  – que Seus filhos sejam parecidos com o Pai – e a sua imagem é perfeita.   Ele anela por ver nossos corações bem dispostos no sentido de sermos aperfeiçoados por meio de Sua graça.

Ele quer nos ver semelhantes a Ele, cada vez mais.   Ele é puro e bom, e trouxe aos filhos de Abraão um sinal de pureza física que refletisse a sua pureza inigualável:   A circuncisão – uma pequena e simples cirurgia dermatológica que faz expurgar certa quantidade de pele nos homens.   Tal pele, devido às limitações de quantidade de água e de condições perfeitas de higiene naquela região do Oriente Médio, tornara-se um reduto, e às vezes um foco para bactérias que, com o tempo, poderiam infectar e causar moléstias graves aos homens, e, por extensão, às mulheres que tivessem relações íntimas com esses homens.

A circuncisão foi também um sinal de aliança que Deus fez com Abraão, Isaque e Jacó, e que devia perpetuar-se pelos filhos de Jacó.

Seu significado é o de extirpação, retirada das impurezas dos homens, de prevenção contra ameaças à saúde, e de situações incômodas e inconvenientes.   Por este motivo é que foi dado esse nome ao lugar:  GILGAL.   Em hebraico, o termo soa como  galgal, isto é,  “remover”, “remoção”.   O Senhor lhes disse, naquela oportunidade, que estava lhes removendo a humilhação da escravidão do Egito.

Aconteceu que todos os guerreiros de Israel, que haviam saído do Egito, os quais estavam circuncidados, morreram no deserto.   A nova geração não o havia sido, ainda, talvez por descuido, ou mesmo por falta de compromisso de fato com o Deus de Israel.   Eles precisariam remover de seus corações aquele espírito de escravos, o qual levara seus pais a se negarem a entrar na Terra em que agora estavam, e tencionaram regressar ao Egito, 38 anos antes.   Era um espírito de conformismo com a escravidão, que se dispôs até a voltarem à condição perversa da escravatura, a fim de não terem de enfrentar as guerras pela ocupação da Terra de Canaã.   Era um espírito escravo, sem dúvida. Deus lhes impôs a condição de serem circuncidados, para que tivessem em seus corpos uma marca:  a marca do Deus que os libertou com forte mão, poderosa.

A nova geração estaria apta, assim, aos olhos de Deus, para entrar na Terra Prometida, e já estavam com seus pés sobre esta, mas ANTES de qualquer ação ali, antes de mais nada, o Senhor ordenou-lhes que se circuncidassem.   Eles o fizeram assim, e ali, em um canto separado para isso, depositaram um a um os prepúcios que removeram, todos aqueles 600.000, de modo a perfazerem uma montanha daquela pele morta, e por isso chamaram o lugar de Gibeate-Haalarote, que é traduzido por “montanha de prepúcios” (Josué 5:3).

Vejam como Deus trata com Seus servos.   Os israelitas iriam à luta dentro de poucos dias.   Antes, porém, o Senhor quis lhes dizer que eles não eram mais aqueles homens oprimidos por povos inimigos, e esta condição privilegiada se devia à sua aliança com Ele.   Por causa dessa aliança, eles O teriam como seu defensor e general de suas tropas – tropas agora de homens livres, de espírito livre, ligados apenas com o Senhor, individualmente, um a um, todos, todos.

Nossa relação com Ele também é espiritual e individual.   Não somos apenas uma massa de crentes, mas a soma de cada crente fiel perfaz uma grande massa de um povo ligado a Deus através de Sua Aliança, e a nossa Aliança com Ele é marcada por meio do sangue, do sangue de Seu Filho Jesus Cristo, que nos purifica de todas impurezas dos pecados e do espírito de escravidão deste mundo.

Em Josué 5:1-12 vemos como Deus fez para operar a alteração do modo como supria as necessidades de alimento para Seu povo.   Houve, ali em Gilgal, uma outra mudança, dessa vez, uma mudança do modo de provisão e abastecimento de víveres.

Enquanto ainda os israelitas estavam sarando dos cortes que a circuncisão lhes impôs, chegou-lhes o dia 14 do mês de Nisã, ou Abibe.   Era a data de celebrarem a Páscoa.

Os homens ainda estavam alojados em barracas de campanha militar, mas isso não impediu de celebrarem o grande livramento da escravidão que Deus lhes proporcionara lá no Egito.   Era ocasião solene, e prevista na Lei, na Torah.   Não deveria jamais ser olvidada.   Alguns diriam que por coincidência esta seria a primeira Páscoa celebrada em solo cananita.   Isto já era motivo de muito júbilo e de fazer-se daquela celebração uma ocasião muito especial.   Os homens, já então circuncidados, estavam começando a sentir o gosto de serem livres, e os legítimos mordomos de Deus, na terra que Yaweh lhes deu, e começaram cumprindo o mandamento de perpetuamente comemorarem a Páscoa.   Logo, estariam também comemorando outras festas previstas na Lei.

Logo após a data cerimonial, os israelitas recebem orientação para colherem os cereais que estavam maduros, ali mesmo, nas searas da Terra Prometida, e já puderam fazer pães e se alimentarem dos frutos da terra.   Passo seguinte, o maná deixou de ser trazido do céu, pois na nova fase de suas vidas, eles já não teriam mais necessidade daquele pão que vinha com o orvalho das noites.    Eles já estavam comendo da terra que o Senhor lhes deu.   Afinal, Deus nos dá a Sua provisão, conforme as nossas necessidades.    Dado o acesso às searas maduras, o maná se tornara desnecessário.   Tudo dentro do tempo devido, do tempo de Deus.

Josué 5:13-15 nos mostra como o Senhor se fez presente para aqueles momentos precedentes à batalha que os levaria à conquista da cidade de Jericó.   Os israelitas sentiam-se otimistas, antes de um combate para o qual se sentiam motivados, e muito bem dispostos.

Jericó estava aparentemente quieta, mas uma inquietude sem controle se lhes apossara; os seus cidadãos estavam muito atemorizados, pois a presença de Israel a pouco menos de três quilômetros de seus portões era algo que os intimidava.    Só o armar de tendas de soldados  ali perto já era uma implícita declaração de guerra iminente.

Josué, como um líder prudente, tentando sondar melhor a Jericó, achegando-se a um recanto mais próximo aos muros da cidade, de repente olhou para cima e viu um homem em pé, empunhando uma espada.

Depois das vitórias obtidas na terra de Gileade, agora estava diante de um outro desafio, o qual não poderia deixar de encarar.   Seus homens estavam em dias de recuperação da cirurgia que cortara-lhes os seus respectivos prepúcios.   Estavam em repouso, descansando para se irem preparando para a próxima etapa.

Diante daquele repentino encontro frente a frente, o nível de adrenalina se eleva em seu sangue.   Quem seria aquele que lhe aparece próximo à cidade, em um lugar alto, em pé, com uma espada nua em sua mão?   Seria algum israelita que se aventurou a dar uma escapadela do arraial para sondar o ambiente, tal como Josué o estava fazendo?   Ou, devido à proximidade, não seria algum oficial graduado de Jericó, que também resolveu sair de sua cidade para espionar o acampamento israelita ou os arredores?

Poderia até ser de algum outro povo, um terceiro, mas o importante era saber como reagir diante do até então desconhecido.

O fato é que , a seu ver, poderia haver uma luta precocemente ali, uma preliminar, quem sabe, da permissão ou parte dos planos do Senhor…

Seguindo ao seu instinto de defesa, Josué o interpela, com a finalidade de definir qual a atitude que deveria tomar naquele lance imprevisto.

Josué, lembramos, juntamente com Calebe, eram os únicos daquele acampamento em Gilgal que não precisaram ser ali circuncidados, pois já haviam sido marcados por esta condição.  Não estava, pois, necessitando de recuperação, e era disposto, sentia plena liberdade de lutar a qualquer momento.

Foram alguns segundos, um pequeno momento de tensão.   Para sua surpresa, alívio e alegria, o varão mantém um diálogo com ele, identificando-se de modo a tranquilizá-lo.

Josué queria saber se aquele homem era a favor ou contra o seu povo.   A resposta foi melhor do que ele esperava, que lhe trouxe um grande auxílio à sua fé em Yaweh:

– “Nem uma coisa e nem outra.

    Venho na qualidade de comandante do exército do Senhor” (Josué 5:14, Nova Versão Internacional).

Josué então caiu em si que estava diante de Deus.   Ajoelhou-se, colocando seu rosto em terra, e perguntou:

– “Que diz o meu senhor ao seu servo?” – Reconhecido na condição de submisso e subserviente ao Deus Yaweh,  o Senhor dos Exércitos,  Josué se coloca na posição de servo, que estava ali para servir.   Certamente foi uma teofania, através da qual o Senhor Jesus apareceu por várias vezes a alguns do povo de Israel nos tempos do Velho Testamento.

  Aquele homem aceitou a adoração de Josué, e, tal e qual Moisés diante da sarça ardente, o Senhor lhe fala para descalçar as sandálias de seus pés, porque o lugar onde estava “é santo”.  Já temos comentado que os anjos do céu não aceitam adoração, conforme Apocalipse 1:8-9, mas aquele varão aceitou, e ainda prescreveu um ritual semelhante ao imposto a Moisés, quarenta anos antes.

Era a visitação, a força, a bênção e tudo o mais que Josué precisava, para sentir-se envolvido na atmosfera do céu baixando sobre a Terra.    Se o Senhor estava com Sua espada desembainhada, isto quer dizer muitas coisas, entre as quais, que Ele guerrearia por Seu povo, o Seu povo seria vitorioso, maravilhosamente.   O que mais poderia acontecer?    No capítulo sexto do livro, estaremos viajando no tempo para revivenciar o que Deus fez.

Que Deus faça com que o Seu santo nome seja glorificado, levante o Seu arco, despache suas flechas, e todos vejam a Sua glória, em todo o tempo, em todas as épocas!   Sejamos Suas testemunhas de Seus atos poderosos!


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