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JOSUÉ – XII – UMA ROTA DIGNA DE NOTA

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mayo 28, 2015 by Bortolato

Mapa das 12 tribos

Qual é o segredo de obter-se vitórias constantes na vida?   Preparo psicológico?   Preparo físico?   Intelectual?  Manutenção constante?   Instrutores poderosos?   Muito trabalho?   Recursos excepcionais?   Ou simplesmente a sorte?

O fato é que somente alguns poucos, ou melhor, pouquíssimos, poderiam chegar ao final de suas carreiras, e dizerem, satisfeitos, que percorreram um caminho cheio de glórias, e que se sentem completamente realizados…

V. poderia apresentar seu “curriculum vitae” assim, e dizer que tem a narrar uma vida toda vitoriosa, marcada por uma série de vitórias, por onde quer que tenha passado? Se sua resposta é “sim”, então V. tem algum segredo para nos contar.

Josué, em seu capítulo doze, traz-nos o relato curricular de um homem que levou uma nação toda, com milhões de pessoas, para estarem debaixo das mãos de Deus, como seu alvo principal.   Deus abençoou sua vida com muito poder e o fez prosperar em todo o seu trajeto.   Ele era um homem temente a Yaweh, e que tinha íntima comunhão com seu Deus.   Seu Deus, por sinal, é o único Deus verdadeiro.   As nações desbancadas por Ele, na verdade, tiveram desbancados os seus deuses, os quais não passaram de falsos deuses.

Qual o segredo que Josué poderia nos revelar a nós, mais de vinte e cinco séculos após?   Qual, afinal, foi a fonte de tamanho sucesso em alcançar o seu alvo neste mundo?

É bom deixar muito claro que os hebreus sob a liderança de Josué tinham um alvo bem definido:   eles queriam possuir uma terra para poderem assentar-se.   Até certo ponto, nada contra almejar algo assim.   Afinal, todos desejam possuir condições de vida com qualidade.  Quem não o quer?

Josué, porém, tinha um alvo maior, mais alto, mais sublime.   Claro, ele também queria entregar a Terra Prometida por Deus a seu povo, mas este seria um alvo secundário.  Havia, para ele, uma coisa que era mais importante.    O que seria mais importante do que ter uma vida bem estabelecida, tranquila, com todas as condições de equilíbrio, aparada por uma economia promissora e bem estruturada?   Como não se desejar isso para nossas famílias? Isto seria, ao final, amar aos nossos familiares. Mas o que, então,  estaria fazendo os olhos de Josué se voltarem como o sumo bem, a sua maior aspiração?

Se esta pergunta fosse feita a V., o que V. responderia?   Aonde V. estaria colocando o trono de seu coração?   Em sua família?   Em seu povo?  Em sua nação?   Em alguma outra coisa?   Ou em V. mesmo?

Josué aprendeu que a vida não é vida, se não houver um contato  bem próximo Àquele que nos dá a vida.   Não se trata vivermos próximos de nossos pais terrenos.   Ele aprendeu com Moisés que em tudo quanto se deva fazer, não há  nada melhor do que em primeiro lugar manter comunhão de amor com o Grande  Eu Sou, Aquele que vive eternamente, em Quem se pode encontrar a pureza para nossas almas, em Quem podemos ser purificados dia após dia, em Quem há força e energia suficientes para vencermos cada batalha, seguindo o plano estratégico do Supremo detentor de toda a sabedoria.

É extasiante ter encontros com Deus.   Nossas almas ficam embevecidas, e parece que o resto do que existe neste mundo não representa nada mais, nenhum valor.    O tempo parece ser curto e escasso, quando bisamos estar frente a frente com o Grande Deus, o Excelso Pai de Amor.   Queríamos fazer tudo parar, e só lamentamos que os minutos correm, e aquilo que tanto nos faz bem à alma, aos poucos, vai deixando apenas um “gosto de quero mais”, enquanto voltamos à carga desta vida terrena.

É misterioso sentir-se arrebatado deste mundo para uma dimensão extremamente superior, sublime, que nos demonstra claramente que esse é o tempo mais feliz de nossa existência.   O mundo e seus  desafios irão passar, mas esse tempo de extrema profundidade  com o Altíssimo mostra ser da maior importância, que em algum momento irá se perpetuar, e é aquilo que nossas almas sempre desejaram alcançar.   Não existe nada melhor, mais gratificante e esses momentos preciosos são apenas uma pequena, ínfima amostra do que é a eternidade com Deus, como um pequeno raio de luz que vai rasgando a tenebrosidade deste mundo, trazendo o calor que vem de cima, do céu.

Este foi o espírito da palavra que Jesus disse certa vez aos seus discípulos:  – “Tenho uma comida para comer que vós não conheceis … “ (João 4: 32).   Não sem motivo, Ele também um dia lhes disse:  – “ Acompanhai-me a um lugar deserto, e descansai um pouco…” (Marcos 6:31).

Em Mateus, capítulo 17, lemos que Jesus levou três de seus discípulos a um alto e sublime monte, e ali aqueles três puderam degustar alguns minutos da glória divina revelada em alto estilo aos seus olhos e aos seus corações.   Jesus mostrou Quem Ele era, na Sua aparência gloriosa: seu rosto resplandeceu como o sol, e suas roupas tornaram-se brancas como a neve.   Moisés e Elias se fizeram também presentes ali, para tratar de conversarem sobre um assunto muito terrível e importante: a crucificação.

Não podemos deixar de considerara isto: se temos o privilégio de subirmos ao monte da Transfiguração, logo a seguir teremos de descer, e enfrentar as hostes do inferno que dominam este mundo.

Bom seria podermos, como sugeriu Pedro, armar três tendas no monte do Senhor e habitar ali para sempre, vivendo a mais alta recompensa desta vida – a de estarmos face a face, lado a lado com o Senhor Deus de todo o Universo – quanto a isto, não há a menor dúvida!   Esta seria uma alegria eterna, mas haverá um tempo  para isso no nosso futuro, se permanecermos nEle aqui na Terra, todavia não ainda enquanto vivermos em carne neste mundo.   Essa perpetuação venturosa não pode escancarar-se por ora, neste tabernáculo, mas em breve, sim, e hemos de usufruí-la.

Urge, porém, que tenhamos que descer ao vale para enfrentarmos as lutas que nos aguardam.  Cada qual tem a sua, mas quem nos poderá vencer, se estamos preenchidos nas nossas almas com a Presença do Emmanuel dentro de nós?   Ele nos alegrou, nos falou, nos preencheu com Seu Espírito, e com amor…   Ele nos realizou o sonho de conhecê-Lo, e de tê-lo como o nosso Deus Excelso!…   E Ele vem conosco pelos vales e promete nunca nos abandonar!  (Mateus 28:20)

Vamos, sim, à luta, mas não confiados em nossas forças, e nem armados com armas carnais.   Isto seria um prenuncio de derrota.   Vamos com nossas almas lavadas, leves, com o triunfo dentro de nossos peitos, cheios de coragem, destemor, havendo recebido dEle as instruções necessárias para alcançarmos a vitória cabal.   O desafio que nos espera nos vales deste mundo pode ser cruel ou até ser mortal, mas olhemos para as promessas do Senhor.  Elas são como uma luz no fim do túnel – mas que vai aumentando de intensidade cada dia mais…

“A vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando cada vez mais, até se tornar em dia perfeito”  (Provérbios 4:18)

Vale lembrar: a grande glória que envolveu o nome do herói grego Aquiles não lhe foi dada enquanto ele, lutando bravamente, ia matando os seus oponentes, mas esta lhe foi conferida quando ele morreu lutando no campo de batalha.   E embora pareça isto um paradoxo, o grande sonho de um guerreiro era dar a sua contribuição máxima, lutando com vigor contagiante, até doar o seu próprio sangue, para  fazer parte da história de um exército que lutou e que se saiu vitorioso.   Grande honra lhe é atribuída por seus correligionários, que o terão eternamente na mais alta conta.   Por este motivo foi que o rei Davi honrou a Saul, a Jônatas, e a Abner, dignificando seus nomes, escritos para sempre no Livro Sagrado.  (II Samuel 1:17-27; 3:31-39).

Esta é a glória que alguns não entenderam em Jesus.   Não puderam compreender como o poderoso e glorioso Filho de Deus pôde dignar-se a nascer humilde e morrer em uma cruz, nas mãos de Seus inimigos.    Como poderia Deus permitir que algo assim  sucedesse com o Seu próprio Filho?    Acontece que devemos dar maior importância àquilo que realmente tem maior importância.    Jesus rejeitou a glória deste mundo, porque a glória deste mundo nada é além de uma grande ilusão, porque o mundo passa, assim como a sua concupiscência – mas a glória de Deus está sendo preparada para aqueles que não amaram as suas próprias vidas, antes, como bravos guerreiros do céu, deram-na para engrandecer ao Deus que nos deu o Seu próprio Filho.   Estes serão glorificados sem medida.

 “Os justos resplandecerão  como o sol, no Reino de seu Pai”  (Mateus 13:43)


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