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NÚMEROS – XVI –PRELÚDIOS DA GRANDE CONQUISTA

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mayo 22, 2014 by Bortolato

Masada

Antes de pisarmos em nossa terra da conquista, existem algumas providências  que devemos tomar.   São os últimos preparativos que se faz para trilharmos uma estrada de vitórias.   Ajustes internos, coisas pequeninas e grandes que ficam para a última hora, mas têm que ser providenciadas.    Assim foi com o povo de Deus em Israel.  Eles tinham de adentrar à Terra Prometida, mas isto não poderia ser de qualquer jeito.   Eles tinham que ir acompanhados de um exército de anjos, com uma coluna de nuvem e um Anjo à sua frente para os guiar pelo caminho, pois sem o Deus de Abraão e de Moisés, nada feito.   E Deus não iria à sua frente, se esse povo não estivesse em plena comunhão com Ele.   É questão de poder ou não poder, ou é ou não é, ou tudo ou nada, porque o Senhor Javé não é Deus de meias medidas.

Uma, duas, três, quatro, cinco nações, estavam no seu caminho, ainda do lado leste do rio Jordão.  Os amalequitas, os cananeus, os edomitas, os moabitas, e os amorreus.   Eles teriam que passar por perto de todos esses; alguns desses apenas os acompanhariam de longe, e outros os atacariam sem piedade; nenhum deles os permitiria sequer o aproximarem-se de suas fronteiras, mas Israel teria que passar por perto daqueles territórios para poder posicionar-se de forma a cruzar o rio Jordão, pois este era o seu alvo.

Os primeiros a serem contatados foram os edomitas, descendentes de Esaú, irmão de Jacó, que se instalaram nos montes de Seir.   O Senhor falou a Moisés que evitassem guerrear com esse povo irmão de Israel, pois não lhes daria nem um palmo das suas terras.

Moisés envia-lhes um pedido de permissão para transitar temporariamente por seus campos, nada lhes requerendo, e até pagando-lhes pelo possível fornecimento de água.  A resposta foi um solene “não”, e os edomitas ainda tomaram posição de defesa, colocando-se em peso ao longo de sua fronteira.   Era hora de manter a calma, ter paciência, não se desesperar, para não precipitarem uma situação difícil desnecessariamente.   Muitas e muitas vezes os servos de Deus são chamados a fazer esse exercício – quando não se pode avançar em frente, galgar ou derrubar altos montes, temos que contorná-los.   Nessas horas, a paciência é uma grande virtude.

Israel então toma um caminho alternativo para não ter que se defrontar com seus irmãos edomitas, e foram para o monte Hor.  Ali o Senhor falou então que era hora de Eleazar suceder a seu pai Aarão no sacerdócio.   Subiram, então, os três: Moisés, Aarão e Eleazar ao monte Hor.   Aarão despe-se de suas vestes, e estas são colocadas em Eleazar, num gesto que significou a passagem do ministério do pai para o filho.   Impressionante é notar que, conforme a palavra dita pelo Senhor, acabada a transferência das vestes sacerdotais para Eleazar, Aarão morre ali, e ali mesmo é enterrado.   E onde subiram três, o povo observa que desceram apenas dois, e assim todos ficaram sabendo que Aarão deixara este mundo para se unir a seus antepassados e a Deus.    Aquele funeral tão simples, desacompanhado de tantos quantos o conheceram foi algo premeditado por Deus, afim de que ninguém começasse a fazer de seu túmulo um local de idolatria.   Medida de precaução – prevenir é melhor que remediar.

Grande Aarão! O povo sente-se tolhido, desfalcado de um grande homem, peça-chave muito usada pelo Altíssimo, em parceria com Moisés, para falar ao Faraó que deixasse o povo ir-se para adorar a Javé, e caminhasse livre, liberto, pois assim cessaria a escravidão.   Grande interlocutor, porta-voz daquilo que Moisés recebia de Deus.   Creu piamente em todas as palavras que Moisés falava, e usou de toda sua capacidade para se dirigir aos egípcios, bem como ao povo de Israel.  Teve suas falhas, sim, mas agora, que importa isso?   Nos valores celestiais é assim:  Não importa como alguém levou a sua vida, mas sim, como a terminara – fiel ao Deus Verdadeiro, o Deus de sua vida, e os erros são apagados pelo poder miraculoso do sangue do Cordeiro.

Dali em diante, Eleazar certamente faria de tudo para que seu tio, o profeta Moisés, não tivesse que esforçar-se, aos seus 120 anos de idade, para tentar desembaraçar sua fala, e ter de gritar ao povo, para que outros arautos o fossem retransmitindo a cada área de som audível, de espaço em espaço entre eles, até que os mais distantes do povo ajuntado pudessem ouvi-lo.   Aquela voz de tanta fluência, dicção, clareza verbal que sempre estava ali, ao lado de Moisés, esta já não mais estava junto a si.

Mudanças estavam acontecendo, e o povo teria que se adaptar, ajustando-se às mesmas.

O mais importante é que o Senhor estava continuando a  fazer a Sua obra entre eles; na prática, houve apenas uma mudança no posto de sumo sacerdote, mas o mesmo Deus continuava a mostrar a Sua nuvem sobre o Seu Tabernáculo, e continuava a dirigir a vida e a trajetória de Seu povo nos mesmos moldes morais e cerimoniais de antes.

O que depreendemos disso é que conquanto que o Senhor Deus continue a nos falar, a nos dirigir e a nos repreender quando necessário, não importa que seja o homem ou o líder que Ele usará.   Somos chamados, antes de tudo, para segui-Lo e servi-Lo.   Mudem os sacerdotes, substituam-se os profetas, mas pela mão de Deus, e continuaremos a caminhar no Seu seguro caminho.

Nosso lar não é aqui, mas em dado momento nele haveremos de estar, ali nos veremos; o céu é a nossa Terra da Promessa.   Não podemos vê-lo agora, mas mais tarde, sim.  Não podemos ver a face de Deus agora, mas mais tarde O veremos, para nossa alegria.  Crer,  confiar nEle, segui-Lo, eis nossa grande opção desta vida de aqui e agora, pois amanhã será o dia de despertarmos na nossa Canaã Celeste.

Números, capítulo 21 – Chamados para Vencer

Não devemos nos deixar abater quando inimigos nos atacam, e levam alguma vitória parcial.  Os adversários podem desferir algum ataque e tomar-nos de surpresa, mas compete-nos erguer as nossas cabeças, contabilizar os prejuízos, planejar uma retomada, e partir para cima deles, debaixo da orientação, e unção do Senhor, pois que a guerra ainda não terminara, esta é a verdade.

Israel foi atacado pelo rei Harade, cananeu que habitava na banda do sul de Canaã.   O povo de Israel mal acabara de chorar a morte de Aarão por trinta dias, e lá vieram os cananitas, novamente.   Trinta e oito anos se passaram, e da primeira feita estes já haviam derrotado aos israelitas, e acharam que novamente o fariam da mesma forma.

Assim, vieram num ataque de surpresa e levaram a alguns do povo por prisioneiros.  Escravidão novamente?   Aquilo não poderia estar acontecendo.

Ah, mas a reação do povo de Israel desta vez não foi chorar o leite derramado.   Sem murmurações, assumiram a postura correta.  Resolveram buscar a Deus e repentinamente se notou que lhes foi dado um espírito forte, de guerreiros dispostos a guerrear, ávidos pela vitória.   O povo foi despertado como que por um despertador.

Não se tratava de “tirar a limpo”, lavar a honra, ou espírito de revanchismo, que não leva desaforo para casa, mas sim, não permitir serem intimidados, ameaçados e feitos de escravos novamente.   Sim, porque essas incursões militares do tipo relâmpago poderiam voltar a acontecer.    Iriam eles, do povo de Deus, então deixar que vez após vez isso voltasse a ocorrer, e aos poucos fossem totalmente destruídos?   Afinal, eles tinham sonhos, e sonhos de conquistas, sonhos que Deus lhes inspirou, dando-lhes a esperança de realizá-los.

Eles aprenderam a lição de obediência à risca quando o Senhor Deus lhes desse ordens e orientações, e ousaram fazer algo que ainda não tinham feito:  um voto a Deus.

Eles sabiam que o Senhor não estava nem um pouco satisfeito com aqueles povos que estavam enchendo a medida da paciência divina, com suas práticas detestáveis.   Quem sabe o Senhor Se agradaria se os seus inimigos e ofensores fossem completamente dizimados!  Assim, prometeram a Deus que fariam isto com a aprovação divina e, passo seguinte, puseram-se à luta.   Conseguiram eliminá-los em Hormá, e assim começou uma caminhada repleta de vitórias do povo de Deus.

Quem caminha com Deus pode encontrar inimigos à frente, mas a vitória pertence ao Todo-Poderoso.   Estar com Ele, em comunhão perfeita, é a condição mais segura do mundo – as empresas de seguro nos perdoem por esta observação, mas “… se o Senhor não guardar a casa, em vão vigiam as sentinelas.  Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comero pão que penosamente granjeastes; aos Seus amados ele o dá enquanto dormem” (Salmo 127:1-2).

O Senhor, então, vendo a situação, resolveu que a partir dali, começaria a levantar o moral de Seu povo.   Estava chegando a hora de fazê-los não somente cheios de fé, mas também de alimentar-lhes a coragem e a saga pelas vitórias e conquistas.


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