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SALMOS – CIII – ESPERANÇA AOS QUE ERRARAM

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noviembre 16, 2022 by Bortolato

Salmo 103

Aos que reconheceram seus erros e se arrependeram.

Todos nós erramos. Errar é um vício que contaminou toda a raça humana, e por mais que nos esforcemos para pensar, raciocinar, medir os nossos passos, e agirmos de conformidade com aquilo que julgamos ser o melhor que havíamos de fazer, erros ainda persistem, e são detectados.

Afinal, somos muitas vezes enganados por aparências, por circunstâncias, por argumentos e até mesmo por sofismas.

Teorias elaboradas cuidadosamente nos levam a pensar e a aceitar coisas até mesmo absurdas. Vejamos Zenão de Eleia(489-430 AC.), por exemplo, que construiu uma dialética filosófica em que não seria possível haver o movimento, de modo que um coelho jamais lograria alcançar uma tartaruga em uma corrida; e tampouco uma flecha chegaria a alcançar o seu alvo em pleno voo. Ele alegava que o espaço poderia ser dividido pela metade sucessivas e infinitas vezes, de modo a negar qualquer tipo de movimentação. Estranho ponto de vista, não? Segundo Zenão, não seria possível a um corpo, movendo-se de um ponto a outro, alcançar o ponto que estabeleceu como meta. Antes de alcançá-lo, o corpo precisa percorrer a metade do caminho que deve percorrer e, antes, a metade da metade e, assim, sucessivamente. O que o argumento quer explicitar é que a metade da metade da metade nunca será equivalente a zero, ou seja, ao contrário do que nos diz a experiência, a razão mostra que o movimento não existe: daí o que percebemos seria uma… ilusão!

Zenão parece perder-se no espaço e no tempo, quando o contrapomos à realidade física.

Digamos que ele estivesse certo. Então os filósofos que o contrariaram estariam errados, e vice-versa. De qualquer modo, alguém estaria errando, de um lado ou de outro.

Como dizem alguns, “errar é humano”. Com efeito, lastimavelmente isto é uma verdade. Há, porém, que se cogitar se podemos ou não corrigir nossos erros, em que pese o fato de que, depois de alguns destes erros terem sido cometidos, não haveria como evitarem-se prejuízos e consequências decorrentes dos tais.

A Bíblia é clara em nos mostrar que o primeiro homem errou, e com isto abriu na sua natureza essa tendência que propende dentro de nós para o erro, o que passou a ser uma constante, uma herança má que passa de geração a geração, por séculos e milênios, e chegou até nós nos dias de hoje.

Gênesis 3: 1-3 e Romanos 5:12 nos atestam que a própria morte é uma decorrência desses erros que cometemos.

Daí vem a questão mais pertinente que muito nos incomoda: – não haverá perdão para os que erram?

Sim, haverá, mas isto não é automático. Sim, para os que erraram e se arrependeram de forma tal que reconheceram que os seus caminhos errantes começaram a desviá-los da bendita senda de Deus, e suspiram, desejosos de poderem voltar atrás, e poderem fazer tudo diferente do que fizeram.

Neste caminho, pois, há um obstáculo: a Lei. A Lei de Deus, que se propôs no Antigo Testamento como um bom caminho a ser seguido, advertindo quanto aos erros que se nos interpõem. Acontece que o perfeccionismo que esta Lei exige já é um indicativo de que seria praticamente impossível viver sem transgredir-se em algum ponto.

É nesta altura que se enaltece o caráter bondoso de Deus.

O salmista que escreveu a letra do Salmo 103 rompe com a força fantasmagórica que o pecado criou, acrescido de a sua justa punição, os quais são vencidos por um fator que levou o escritor a extravasar do fundo de seu coração uma profunda gratidão ao Senhor, que nos abriu a rota do escape.

É a alegria de ser salvo de uma condenação terrível, como a alegria de um prisioneiro ser chamado para fora da sua prisão perpétua, livrando-o perpetuamente da pena que seus pecados o teriam levado àquela situação depressiva.

É como nascer de novo. Novas esperanças de mudança para melhor. É um renascer para uma nova vida, totalmente diferente daquela que nos teria levado até ali.

Ele olha, e vê as portas de sua prisão abertas, e com um Advogado ao lado a acompanhar aqueles seus primeiros passos para aquela tão anelada liberdade. Fora da prisão, ele respira um novo ar, um ar puro, que vem do céu que, depois de tanto tempo, passou a estar aberto, claro, azul e cheio de nuvens brancas, fora daquela lúgubre cela, onde sua alma morria a cada dia…

Isso não tem preço. É de um valor inestimável.

O ex-condenado então olha para o seu Advogado, que o retirou dali com o seu poder único, e começa a dirigir-Lhe palavras de admiração, gratidão e alegria.

Sim, a Lei de Deus é perfeita, mas como todo homem é imperfeito, esse impasse ante a incapacidade de poder defender-se das acusações proferidas por aquela, como foi que o homem pôde ser então liberto?

Bem, isto já um detalhe que descreveremos adiante.

Naquele momento de festa, o que vale é que o pecador foi indultado, e agora tem passe livre para poder viver a sua vida, agora de maneira que vale a pena, que dê gosto em vivê-la.

Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim, bendiga o Seu santo nome.

Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios.”

É Ele que perdoa todas as tuas iniquidades, e sara todas as enfermidades. Quem redime a tua vida da perdição, e te coroa de benignidade e de misericórdia”. (Salmo 103:1-3)

A seguir, o salmista diz sentir-se como uma águia quando esta percebe que o seu bico cresceu demais, e encurvou-se de forma a impedi-la de poder ingerir alimentos, sentenciando-a a morrer de inanição, se este seu estado assim continuar por mais tempo. Daí ela faz o inusitado. Quem a visse, pensaria que a águia ficou louca. Ela voa com força e velociade ao encontro de uma rocha. Choca-se ali naquela pedra, seu bico se quebra, e ela cai dali para baixo, tentando refazer-se do choque. Eis aí, entretanto, a chave que explica esta ação inusitada. É a partir de então que o bico perdido passa a ser substituído lentamente por um outro, novo, que crescerá e lhe permitirá novamente poder caçar e ingerir o produto de sua caça. Incrível, não?

O salmista vai continuando a exaltar os feito do Senhor, mas principalmente o Seu caráter de bondade e misericórdia.

Não repreenderá perpetuamente, nem para sempre conservará a sua ira. Não nos tratou segundo os nosso pecados, nem nos retribuiu segundo as nossas iniquidades” (versos 9 e 10)

Ele vê o Senhor como um Pai que ama os seus filhos. Ele percebe que Deus perdoa de fato todas as nossas iniquidades. Ele não as aceita, e nem as tolera, porque estas O enojam como uma fumaça ardente em Suas narinas… mas o Seu coração cheio de amor não deixa de dar inúmeras oportunidades para os filhos que erraram, a fim de que estes sintam que, uma vez livres do erro, nem se mencionarão mais os seus (e portanto também os nossos) pecados.

Pois Ele conhece a nossa estrutura; lembra-se de que somos pó.” (verso 14)

Passamos a viver um clima de boas expectativas, com um coração renovado e cheio do amor de Deus. Passamos a admirá-Lo mais do que antes, e conhecê-Lo um tanto mais. A cada dia que passa, poderemos descobrir que Ele é muito mais além daquilo que a gente podia saber a Seu respeito… cada dia é coisa nova. Tudo novo, mesmo.

Como não amá-Lo diante de tantas provas de Seu amor para conosco?

É por este motivo, pois, que o salmista não cessa de bendizê-Lo, e passa a desejar e até a incitar que também os anjos santos do Senhor, bem como os Seus ministros, que executam a Sua santa e bendita vontade, louvem-nO com todo o prazer de suas almas.

Que os céus, as estrelas, a terra, o mar, e portanto todas as Sua obras estejam louvando-O, porque Ele é único, inigualável, maravilhoso, querido e amado Deus, que nos perdoa, nos cura e nos salva para podermos desfrutar de Seu amor por toda a eternidade, sempre e sempre…

Mas voltando ao assunto, sabe como é que Deus operou para trazer-nos o perdão que nos salva da morte, do mundo e do mal?

Como a Lei nos foi dada, através dela ficamos sabendo o que é certo e o que é errado, com muitos detalhes. A Lei teve o objetivo de nos informar como deve ser o nosso proceder nesta vida. Logo, ela é imprescindível para nos orientar, e nos dar ideia daquilo que Deus espera de nós.

Desta forma, a Lei não pode e nem deve ser revogada, porque ela é justa. Ignorá-la seria desprezar os Seus mandamentos, de forma que toda a humanidade poderia novamente perder-se, como fazia antes de conhecer melhor o impressionante perfil moral e espiritual do Senhor.

Logo, a Lei tem que ser cumprida, e não a podemos desprezar, isto seria uma temeridade.

Pois quando Jesus, o Messias, veio a este mundo, Ele afirmou claramente que não veio para revogar a Lei, e sim, cumpri-la.

Ele viveu uma vida limpa, pura, santa, abençoadíssima, sempre, infalivelmente fazendo o bem, trazendo muitas e muitas provas do amor de Deus para todos quantos puderam desfrutar da Sua doce companhia, e ouvir as Suas palavras. Não se achou nEle nenhum só pecado. Ele veio trazendo a pura imagem espiritual de Deus em Seu ser.

Muitas coisas Ele fez: curou enfermos, cegos, coxos, paralíticos, expeliu demônios, ressuscitou mortos, acalmou a tempestade, andou sobre as águas do mar, arrancou a tristeza dos corações, pregou-nos o Seu Evangelho, a boa nova de Deus.

A maior e mais forte expressão de poder que Ele manifestou, porém, foi quando, de boa mente, entregou-Se a Si mesmo para ser seviciado, humilhado, crucificado e morto, com o único propósito de nos substituir, recebendo em Seu corpo toda a carga de ira que a Lei impunha sobre os nossos pecados.

Pois é assim que Deus resolveu o impasse da nossa condenação mediante a nossa absolvição, sem romper com a força que a Lei tem. Ele cumpriu toda a Lei, recebendo sobre Si as maldições que o texto legal cominava sobre nós individualmente, para que pudéssemos receber todas as bênçãos que ali estão prometidas aos que creem.

Jesus, o Filho de Deus, é o Deus Criador que Se fez nosso Salvador, estigma da bondade e misericórdia divinas. Ele não deve ser menosprezado, ou ignorado, isto seria desprezar o amor de Deus para a nossa própria desdita eterna.

Amor com amor se paga, portanto que elevemos a Ele todo o louvor, de todos os nossos corações, com muita alegria e devoção. Não há como responder de outra maneira a Quem não poupou sacrifício algum a fim de que pudéssemos escapar de um sofrimento eterno e ser abençoados de vez para sempre.

Yuhu!

Jesus nos convida a segui-Lo. Não tema. Não se deixe iludir pelas fantasias deste mundo, que são nada, e irão passar como um vento. O caminho de Jesus é às vezes difícil, mas muito mais leve do que as consequências ardilosas que este mundo nos traz em oculto, a fim de nos enganar.

O caminho de Jesus é lindo. É único. É inigualável, e Ele pede que confiemos em Seu amor. Seu amor compensa, vale a pena.

Vamos a Ele, com alegria em nossos corações, e louvando-O em todo o tempo.

Não há vida melhor.

Vamos lá, sem mais demora. É a nossa oportunidade; não perca a sua. É para já.


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