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SALMOS – III – PLANTANDO FELICIDADE

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septiembre 20, 2020 by Bortolato

Salmos capítulo 1º

Se quiser ser feliz, bem feliz mesmo… pois quem não o quer?

A felicidade é um prêmio um tanto cobiçado por todos indistintamente; buscam-na como faz um praticante de corrida em uma Maratona – faz voltas e mais voltas através da pista de atletismo.

Acontece, porém, que em busca da felicidade muitos se perdem ou caem no trajeto dessa corrida, e não chegam ao fim almejado. Por que motivos se desviam e se desgastam, perdendo o seu foco principal? Como que isso ocorre? E como evitar chegar a esse desengano?

Alguns pretendentes em dado momento pensam que já a encontraram no meio da trajetória, tal como viajores perdidos em um deserto sofrem de ilusória visão de um oásis, o que só existe na sua imaginação aficionada por água e sombra. Vislumbram algo parecido com o que queriam achar, mas a fragilidade e a volatilidade do seu achado logo faz sua alegria desaparecer, e o atleta corredor então percebe que foi enganado por uma ilusão de ótica. Mesmo assim, como continua vivo, continua a sua corrida em busca do seu troféu.

Com essa perda de tempo e devido ao desvio da pista verdadeira, ele se vê com o seu coração apertado, quer correr afobado mas já sem tantas forças para continuar… Não sabe se o tempo que lhe resta ainda lhe permitirá chegar ao seu alvo, mas prossegue a sua busca, porque tenciona achar algo que lhe é muito importante, e não aceita desistir.

Felicidade é coisa muito forte, que apela aos nossos corações, e por isso é que a sua busca se torna tão prioritária aos candidatos que a desejam.

Há, porém, uma grande diferença entre os vários métodos e caminhos que são usados com vistas a alcançá-la.

Pensam alguns que esta tal felicidade poderá surgir do acaso, em uma mera questão de sorte, de modo que estes até creem antecipadamente que há grande probabilidade de haver fracassos nessa dita corrida. É como se fosse buscar ser contemplado com um prêmio de loterias. Como participantes de um jogo de pouquíssimos ganhadores, cuja aposta os fizessem sonhar… e investir recursos nisso, mesmo sabendo que, ter este sonho todo, tem o perfil de uma visão de um deserto…

Este caminho é escorregadio, pois quem o segue pode viciar-se como em um jogo de azar, onde as chances de ser o feliz sorteado são reduzidíssimas… é o caso de pensar-se melhor…

Onde, então, ou como achar o caminho da felicidade? Um caminho de verdade que não ilude, que não termina no deserto da vida? Será que podemos encontrá-lo a despeito de tantos frustrados se desiludirem nesta saga?

A Bíblia tem uma receita em que podemos confiar. Está escrita no seu primeiro capítulo do livro de Salmos. Trata-se de uma produção feita como resultado da observância de homens que tiveram doces experiências através de um íntimo relacionamento com Deus.

Isso nos leva à questão da fé. Sem fé é impossível agradar a Deus, e com fé, paciência e perseverança há uma promessa escrita na Palavra do Senhor. Vamos a ela.

O Salmo 1º começa com uma declaração, ou melhor, uma proclamação de fé que se inspira e se inicia com esta palavra de bênção:

Bem-aventurado…” – expressão que na língua original hebraica significa: – “Oh, que felicidade!”. Só esta exclamação já nos faz ficar curiosos e cheios de expectativas.

Não se trata de um sentimento oriundo de algum sucesso obtido em uma carreira profissional, na área financeira, ou mesmo na vida sentimental. É uma plena certeza que se alicerça sobre alguns pré-requisitos, como seguem:

Verso 1 – “Bem-aventurados os que NÃO andam segundo o conselho dos ímpios, NÃO se detém no caminho dos pecadores, e NEM se assenta na roda dos escarnecedores.”

Então estas primeiras proposições indicam-nos o que NÃO FAZER, para alcançarmos a bênção de sermos felizes.

Não andar segundo o conselho dos ímpios é um preventivo para nos separarmos de pessoas que podem influenciar-nos de maneira a enredar-nos e levar-nos a práticas inapropriadas.

Diz um velho adágio: – “Diga-me com quem andas, e te direi quem és”.

Em outras palavras, com quem estamos nos aconselhando no tocante às coisas da vida; que tipo de filosofias que esses conselheiros apregoam? Suas palavras são benéficas ou maléficas? São louváveis ou torpes? São justas ou injustas? São prazerosas à alma ou nojentas e detestáveis? São movidas por ideais nobres ou indignos? Usam de boas práticas e boas intenções para com o próximo, ou não? Usam de enganos, ou são honestos e verdadeiros naquilo que fazem?

Não se detém no caminho dos pecadores, isto é, não se deixa atrair por recompensas sujas, que não valorizam a honestidade, e o amor ao próximo. Não permite que malfeitores o arrastem para as sendas da criminalidade, da infâmia, da falta de respeito para com outras pessoas, do vandalismo e da covardia… e por aí vai.

Nem se assenta na roda dos escarnecedores. É preciso termos cuidado, pois nessas rodas existem bebidas em abundância, drogas, e borrachices ali não faltam. Muitas palavras de baixo calão, frequentes sugestões vis a respeito de outrem, calúnias sem limites, troças desrespeitosas, enfim, séries de palavras entoadas de forma a lançar lama e sujar o nome de pessoas que não merecem tais comentários indecentes. Não deveriam tratar os outros como se fossem dejetos humanos, mas… Quem pára para ouvi-los pode ser usado em ardis que escondem interesses escusos e mal intencionados. É bom manter distância destes, pois quem não tem respeito para com o semelhante também não o terá para com quem os ouve.

Para escaparmos desses inconvenientes, precisamos ter ideias de onde acharmos alternativas melhores e mais sadias. Para onde iremos nós? Esta foi a pergunta de Pedro para Jesus, no evangelho de João, capítulo 6, verso 68.

O segundo verso deste Salmo 1º propõe uma saída nobre e entusiasmadora. O salmista diz que esse bem-aventurado tem prazer em algo, isto é, está atraído e encantado com algo digno, que o detém a qualquer hora, quer de dia, quer de noite: A Lei do Senhor.

Sabemos que o fim da Lei é Cristo, mas o escritor não tinha ainda esta revelação de Deus. Mas o que será então que ele viu nessa Lei? Na verdade ela consistia na Palavra de Deus, que foi confiada a Moisés, o qual providenciou para que a mesma fosse escrita e repassada a todo o seu povo.

Embora este salmo surja na Bíblia sem autor claramente identificador, crê-se que todos estes que foram inseridos no Livro I, como é o caso, são de autoria davídica, e portanto escritos por cerca do ano 1.000 A.C.

Por aquela época o cânon sagrado consistia no Pentateuco, isto é, nos cinco primeiros livros da Bíblia. Os livros de Josué, Juízes e Rute talvez estivessem sendo submetidos a um processo de canonização; I e II Samuel provavelmente ainda estavam sendo produzidos aos poucos pelos autores.

O salmista, porém, diz que “na Sua Lei medita de dia e de noite”.

Que entender desta afirmação? Que o salmista investia muito tempo, tentando encontrar o verdadeiro sentido das palavras da Lei de Moisés, e ficava exultante quando descobria o espírito que subliminarmente se esconde por trás de cada frase, como alguém que fica maravilhado ao encontrar um tesouro de grande valor… e essa exultação enchia o seu coração de alegria, de forma que ele não se permitia viver sem se recorrer àquela porção da Escritura Sagrada.

Como assim? Davi era um rei, e como tal tinha muitas preocupações, e o seu tempo era muito disputado. Como poderia ele dedicar tantas horas assim, para pensar naquilo que certas palavras da Lei dizia? Pois Josué tembém era mui ocupado, e o Senhor o advertiu da importância primordial que a Palavra de Deus deveria ocupar em sua vida (Josué 1:7-8).

Recorremos agora à própria Lei, no livro de Deuteronômio:

Porque este mandamento que hoje te ordeno não te é encoberto, e tão pouco está longe de ti. Não está nos céus para dizeres: Quem subirá pór nós aos céus, que no-lo traga e no-lo faça ouvir para que o ouçamos?……..

Porque esta palavra está mui perto de ti, na tua boca e no teu coração, para a fazeres.” (Dt.31:11,14)

Estas palavras… inculcarás aos teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te e ao levantar-te. Também a atarás como sinal na tua mão e te serão por frontal entre os olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas portas…” (Dt.6: 6)

É desta forma que o salmista tinha colocado porções da Palavra de Deus aqui e ali, de modo que, para onde quer que passasse por dentro de sua casa, havia motivos para lembrar-se daquilo que Deus disse.

A promessa então para quem assim se portasse diante de Deus se ilustra por meio de uma comparação. Tal pessoa será (ou: é) como árvore plantada junto à corrente de águas…(1:3)

Quem não viu uma árvore assim plantada? Seu viço, o verdejar de suas folhas sempre estão presentes; suas flores, seus frutos, não faltam na hora esperada.

Notar bem que essa árvore foi plantada. Não nasceu e cresceu ali por obra do acaso. Para sermos como árvores abençoadas por Deus, temos que plantar a semente dessa palavra; cultivá-la e cuidar para que suas raízes cresçam, e se firmem muito bem, em uma profundidade tal que possa receber a umidade da terra, beber sua água, e responder com pujança, mostrando seu brilho, exuberância, sendo sempre viçosa e frutífera na estação própria.

Promete a Palavra de Deus que quem faz assim terá a feicidade também de, em tudo quanto fizer, ser bem sucedido. Notar bem que a promessa não é de que tal homem se tornará rico materialmente, mas sim, de que ele sempre poderá fruir do prazer de ver que as coisas que ele faz lhe dão bons frutos; e mostrarão que a bênção de Deus está por trás de seu caminho feliz.

Quando ele chegar ao final de sua jornada terrena, poderá olhar para trás de si e ver como o Senhor o abençoou, nos pequenos nuances e nas coisas importantes da vida. Seu progresso se terá mostrado constante, porque o Senhor observa o seu caminho e tudo o que ele procura realizar.

Um comentário à parte o salmista dedica para falar acerca dos ímpios. Quem são estes? O seu nome é sugestivo. Ímpio é a pessoa que não é piedosa. Ímpio = não pio. Não é alguém de Deus, que não faz questão de ter um negócio sério com o Senhor. Não se sujeita à autoridade da Lei outorgada no Sinai, e portanto segue incontinenti o seu próprio caminho. Não reconhece que todos somos dependentes das graças e da bondade de Deus; e por isso mesmo ignora as propostas divinas nos padrões morais e espirituais. Por conseguinte nem cogita em agradecer as bênçãos que o Senhor livremente lhe deu: a vida, a saúde, a paz, as alegrias, o pão diário, a água, o ar, a moradia, tudo enfim.

O ímpio é como aquele que se esforça para obter a bênção de conquistar algo, e quando pode receber o retorno disso com bons resultados, louva-se a si mesmo. É como o escavador de poços que, quando encontra água no fundo deste e alguém diz: – “Graças a Deus! Achaste água” – ele responde: – “Graças a Deus, não! Graças ao meu braço forte e ao meu esforço”. Não se admire se um dia, o poço que ele cavou, desabar-lhe sobre a sua cabeça e o enterrar ali mesmo, como já aconteceu com alguns.

Os ímpios são como a moinha, que o vento espalha (1:6).

A palha é o elemento que cresce bem junto ao trigo e outros cereais. É o seu material de embalagem natural. Os antigos beneficiadores tinham o costume de colocar a palha com o seu grão em um pilão para serem socados; a seguir, em uma peneira, e sacudi-la ao vento, quando minúsculas partículas da moinha se vão ao chão, sendo levadas ao soprar do ar que as leva embora.

O beneficiador pode também mover a peneira para cima e para baixo, jogando os cereais para o alto, fazendo com que outra parte da palha seja levada ao sabor do vento, mas o grão, devido à sua consistência e peso, este cai de volta para o fundo da peneira.

Esta é a maneira com que o salmista ilustra o destino dos ímpios, em contraste com o dos justos.

Como resultado disso, os ímpios não permanecerão no meio da congregação dos justos, assim como peixes não se dão bem fora dágua.

Deus tem essa peneira em Suas mãos. O vento representa as forças imprevisíveis que vêm sem aviso, e pressiona pessoas de ambos os tipos: os ímpios, bem como os justos.

Aquele que está firme com Deus não será levado embora, mas permanecerá com Aquele que tem a peneira nas mãos. Isto significa que os ímpios um dia desaparecerão, terminando em nada, cedo ou tarde, de acordo com o dia e a força do vendaval.

Um juízo está destinado a cada criatura deste mundo. O salmista deixa incógnito qual será e quando se dará, sendo que a sua concepção do Antigo Testamento não era bem desenvolvida quanto à vida além-túmulo, mas de uma forma ou de outra, o futuro o dirá e não falhará.

Quando falamos de Juízo Final temos de nos recorrer às palavras de Jesus, que em parábolas enfatizou a natureza deste desfecho final de todas as eras. Segundo as palavras de Cristo, o fim do mundo será como uma rede de pesca que Lhe vêm após lançá-la, ao puxá-la para fora dágua, e traz peixes bons e ruins para o consumo. Os ruins são lançados fora, pois não servem para mais nada.

Em outras parábolas do Mestre, lemos que uma casa construída sobre a rocha permanecerá e aquela construída sobre a areia cairá, e será grande a sua destruição.

Um baú de uma casa é o tipo de móvel que serve como arquivo, o qual contém várias coisas: umas são velhas e inservíveis, e outras, novas, que serão preservadas, de modo que quando uma faxina é feita, somente as coisas boas permanecerão.

O joio cresce no meio da plantação de trigo, e parece-se muito com este, mas quando chega o dia da ceifa, o trigo é colhido e vai para o celeiro, mas o joio vai para o fogo. Assim também será o destino dos justos e dos ímpios. Os anjos são os ceifeiros, e a sega será o fim do mundo.

Chegamos ao ponto: qual será a classificação que Deus nos dará ao findar esta vida? Bom ou ruim? Ele não disse nada a respeito de meios termos ou meias medidas, mais ou menos, regular, ou outras denotações de mensuração. Ou somos bons para vivermos no Seu reino de amor, ou somos ruins, os que não prestam senão para serem destruídos.

Os intitulados como bons, terão a felicidade eterna. Os estigmatizados como ruins, a ruína eterna. Não sejamos estes últimos…

Existe uma promessa de vida eterna nas mãos do Senhor Jesus:

Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: que Deus enviou o Seu Filho unigênito ao mundo, para que por Ele vivamos”. ( I João 4:9)

Qualquer que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus está nele e ele em Deus”. (I João 4:15)

Porque todo o que é nascido de Deus, vence o mundo, e essa é a vitória que vence o mundo, a nossa fé.” (I João 5:4)

Quem tem o Filho, tem a vida, mas quem não tem o Filho de Deus, não tem a vida.” ( I João 5:12)

E se alguém não tem a Jesus como o Filho de Deus que veio a este mundo para nos buscar e salvar-nos, tem a grata esperança de poder encontrá-Lo, em oração.

Podemos orar assim: Pai, eu reconheço que não sou perfeito, e assim sou um pecador – mas confiado em Tuas promessas, quero agora receber Teu Filho Jesus como meu Salvador e Senhor em minha vida, e não mais deixar passar esta oportunidade. Aceita-me, por Teu amor, e ajuda-me a ser um discípulo fiel até o fim. Pelo amor e pelo nome de Jesus. Amém.


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