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SALMOS – XVI – REFLEXÕES SOBRE O ATEÍSMO

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noviembre 23, 2020 by Bortolato

Salmos 14 e 53

Corações cogitam dentro de si, tentando gerenciar pensamentos que se debatem em conflito, tendo como foco um problema que lhes traz preocupações que parecem nunca os abandonar: sentem que Deus lhes é ausente.

Não sabem como isso começou, e nem têm memória de quando tal erva se lhes arraigou em suas mentes, mas sabem quando decidiram assentar em seus corações uma teoria que até alguns filósofos defendem. Fato é que a partir desse momento se deu um start de ideias que pessoas aceitaram passivamente, sem procurarem conhecer as causas e medir as consequências desta atitude, mas desde então escolhem as medidas e teorias que lhes vêm a abrigar este posicionamento ateísta, e rejeitam as que lhes parecem contrariar, e assim constroem um sistema de pensamento onde não há lugar para Deus. Jogam com probabilidades, mas somente com aquelas que lhes parecem reforçar esse direcionamento a que aderiram. Procuram ignorar documentos, fatos e relatos que lhes mostrariam que Deus não somente existe, mas está vivo e ativo no planeta Terra, e como que brincando de cabra-cega andam sem saber para onde estão indo.

Conversando certa vez com um desses assumidos ateus, ele me disse que Deus não poderia estar em todo lugar, em toda parte, como Onipresente que dizem que Ele é, porque não estava em seus pensamentos. Ora, o simples fato dele dizer que não estaria em seus pensamentos já demonstra que a simples ideia da existência dEle lhe fez cogitar, dialogar consigo mesmo e reagir. Que incoerência…

Esta vida é cheia de surpresas, e quando menos alguém espera, logo se vê em situações que jamais pensaria que lhe chegasse, trazendo desafios enormes, que abalam-lhe a alma. Nessas horas, os crentes no Deus Todo Poderoso, procuram-nO nos Céus, pedindo por socorro.

Mas se alguém acha que Deus não está presente em sua vida… por que pensar assim? Ele poderia estar dando um conforto nas tribulações, saciando-lhes a sede de segurança e de amor, em um mundo cheio de ódio, falta de paz diante de muitas ameaças que os ronda aqui e ali… Mesmo que ninguém o perceba, todos nós estamos dentro de um barquinho, em meio a um mar traiçoeiro, que em horas incertas não deixará de levantar altas ondas, e algumas destas mui terríveis.

Mais do que isso, Deus poderia preencher um grande vazio existencial que perturba os corações. Sim, claro que sim, mas algumas pessoas consultam os seus corações, analisam aquilo por que estão passando, mas continuam sentindo que Ele não está ali.

Então apressam a sua conclusão: ou Ele está tão alto e distante que não chega por perto para acompanhar em uma necessidade, ou… Deus não existe!!!

Acham mais prático pensar assim, que Ele não existe e seguem seus caminhos em frente, deixando esta questão para trás.

Por que não percebem a presença de Deus em suas vidas? Há várias respostas a esta pergunta, mas vamos considerar o seguinte: Ele é pessoal. É Alguém que tem sentimentos, afeições, é superinteligente, que sabe quando não é bem recebido, e afasta-se do tal. Se um dia esse tal quiser obter o Seu favor, não se espante se não obtiver resposta ao enviar-Lhe seu pedido. Essas pessoas levam a vida como se Deus não existisse, e tomam atitudes as mais independentes e esdrúxulas, sem aquilatar se Ele não os reprovaria. Chegam até a desafiá-Lo de modo acintoso e absurdo. Quando buscam a Deus, não notam que se fizeram Seu inimigo. Aí então pergunto: quem se sentiria movido a atender pedidos de inimigos que não demonstram um pingo de consideração para com Quem tem o poder da vida e da morte, dono de toda prata e do ouro, o Criador do homem e de tudo quanto existe no Universo? Não Lhe dão o devido valor. Pois é, mas quem O tem como o grande valor dos seus corações, que O reverenciam e buscam-nO não somente nos momentos de aflição, mas têm-nO como verdadeiro alvo de adoração, a estes Ele inclina-Se para ouvi-los.

Não adianta querer revoltar-se se Deus não atende às orações de imediato. Se esses tais rebeldes ainda forem perseverantes em buscá-Lo em suas orações, Ele logo o verá, e não negará manifestar-Se a Seu tempo, dentro do Seu cronograma, provavelmente estendendo-lhes a mão em seu socorro, tal é a Sua nobreza de caráter.

Alguns filósofos – nem todos – tecem uma trama de argumentos daqui e dali, constroem seus sistemas de pensamento, e, em meio a seus raciocínios, acabam achando que Deus é dispensável, Ele está sobrando em seus mundos criados pelo… intelecto meramente humano! Pensam que Deus não se encaixa neste mundo, é ineficiente, descabido, e estigmatizam-no de “uma ideia, apenas uma ideia, fruto da imaginação de uns e outros que não se afeiçoaram com o seu sistema humano “autocoerente”…

Pois vamos com calma; vemos que este ponto de vista é muito precipitado e frágil. Mais do que isso, é perigoso. Um ateu que se diz ateu pode perder todo o seu esquema filosófico, do qual muito se orgulha, quando estiver dentro de um avião, e este veículo alado estiver caindo vertiginosamente. E afirmo também que, depois que o tal tiver falecido, e perceber que ainda vive sua alma, e receber de Deus uma sentença nada favorável para o seu futuro eterno, o seu ateísmo será reduzido a zero. No inferno não existem ateus.

O que, então, motiva um homem a ser tão ousado ao ponto de desafiar a Deus, que criou o Universo, detentor de descomunal poder, e que pode um dia levar a sua alma ao castigo eterno? Esta pergunta só tem uma resposta direta e convincente: o ateu ambiciona ter em suas mãos as recompensas que o mal pode lhe proporcionar.

Em seus devaneios, olha interessado para as coisas materiais e os prazeres que estas poderão lhe dar. Procura esquecer-se de que tem dúvidas sobre a existência de Deus, e resolve correr o risco de prejudicar a sua vida após túmulo, ambicionando apenas o que se pode desfrutar deste mundo, seja coisa boa ou má, não lhe importando tanto o que Deus acharia de sua atitude, pois ele descartou em sua mente a existência do Ser Supremo, em uma geração de um sistema filosófico coerente consigo mesmo, achando que isso é tudo.

O pretenso ateu pensa: afinal, por que ficar esperando um bom prêmio espiritual na vida eterna, que vem depois da morte, se existem tantos outros prêmios mais fáceis de serem alcançados, mais imediatos, mais próximos aqui, nesta vida material? Querem o palpável, o perceptível aos cinco sentidos, e o resto… é resto!!! Assim eles desprezam a Deus e às recompensas que Deus dá.

Assim é que muitos trocam aquilo que é mais importante pelo de menor valor, lançam mão do provisório em detrimento do que é definitivo, abrem mão da pureza em troca do vil, querem devorar avidamente o que é profano, em vez de almejarem o que é santo.

Sim, porque Deus é santo, e quando alguém prefere o pecado, no lugar da santidade que é parte do caráter divino, o que se sucede na sequência?

Deus deu a todos os homens um atributo, o qual não o retoma de volta: a liberdade de pensamento e de atitudes, de decidir sobre as opções que tem disponíveis, à sua escolha. Uma coisa que Deus não faz é arrepender-Se de tê-lo dado, e nunca Se arrependerá disso.

Como consequência, o que poderá acontecer? Os homens seguem os seus caminhos, de acordo com as escolhas que fazem. Alguns, não poucos, infelizmente afastam-se de Deus e quando isso ocorre, o Senhor então Se vê preterido, desprezado, lançado para um segundo plano, mas mesmo assim, Ele o permite, e tolera temporariamente esse desdém. Quando isso ocorre, o Senhor deixa que cada um assuma os seus próprios erros; porém um dia esta vida se acaba, e depois ainda vem o Juízo Final, o dia do ajuste de contas… é quando a porca aperta, e a cobra vai fumar…

Estamos certos de que a aparente ausência de Deus não é fruto de falta de provas de Sua existência, mas sim, consequência de decisões mal tomadas, opções mal escolhidas, as quais levam o homem a duvidar e de também até dizer que o Criador dos céus e da Terra… não existe!

Por quê? Porque os defensores dessa doutrina filosófica decidiram e quiseram concluir assim, precipitando seus raciocínios nesta heresia, que se compara com um barco furado.

É quando vemos que os adeptos do ateísmo perderam os padrões divinos de ética, de justiça, e de amor. Para eles, os Dez Mandamentos não são máximas, mas coisas secundárias, ultrapassadas e até mesmo obsoletas. “O homem é que deve ser a medida de todas as coisas”, alegam em consonância com Protágoras (490-415 A.C.), e assim seguem filosofias sofistas, que não trazem solução para os grandes problemas da existência.

Convém notar que, se não existe Deus, não há padrões morais absolutos. Logo, sob esta ótica é considerado viável desprezar algumas coisas que cairiam bem no agrado do Todo Poderoso – e também a iniquidade passaria a ser um fruto aprazível e desejável. Enganos e desenganos então se seguem. Olhe-se aí como a tentação do Éden se repete ao longo da história….

Vejamos o que rezam os Salmos 14 e 53:

Diz o insensato no seu coração: – não há Deus…”

Realmente, é uma insensatez. Trata-se de alguém que se julga racional, mas abusa das normas de uma perfeita indução. Há quem traduza esse termo como “o apóstata”, ou: “o perverso”… É alguém que se perdeu no meio de suas considerações a respeito deste mundo, autointitulou-se de sábio, mas em algum momento perdeu o foco da razoabilidade, da honestidade para consigo mesmo, e a piedade.

Se esses tais tivessem um lampejo de sensatez, teriam considerado que no inferno todos os que eram ateus se converteram ao teísmo, e agora estão radicalmente acreditando que Deus não somente existe, mas que é também o Sumo Juiz dos vivos e dos mortos – pois que passaram a sentir isso na pele.

Pois até os demônios creem em Deus – e estremecem! Quem pois assume ser ateu faz-se mais estúpido e mais vil do que os demônios!

O salmista ainda descreve esses tais, revelando como os pretensos ateístas, que não entendem as coisas de maneira digna, entregam-se à corrupção e à iniquidade como quem bebe água. Ridicularizam a fala dos humildes (14:6).

Estas filosofias de um mundo sem Deus têm tomado conta de humanidade, e aplicam esforços com denodo de modo a tender a arrastar homens para aceitarem e assumirem seu erro teológico. (verso 3)

A solução não está nos pensamentos dos homens, mas no de Deus.

Existem muitos que são ateus práticos, porque as escolas deste mundo os levaram a ser assim. Não necessariamente os currículos escolares, mas a ação pessoal dos mestres e alunos influentes, que foram treinados a seduzir seus pares com palavras subversivas.

O Reverendo Richard Wurmbrandt (1909-2001), durante seu ministério pastoral chegou a ver-se muitas vezes diante de várias pessoas que haviam sido educadas em um sistema ateísta, mas que desejaram ardentemente saber se de fato Deus existe.

Certa vez um soldado russo o procurou para saber da verdade, pois ele queria muito encontrar o Deus que lhe fora negado conhecer, isso desde os primeiros anos de sua vida. O homem pediu-lhe para que, por favor fosse muito sincero, e informasse-lhe somente a verdade, pois ele queria saber. Aquele soldado conseguira diagnosticar o seu vazio espiritual, que lhe produzia sede por Deus.

O Rev. Wurmbrandt contou-lhe o que sabia a respeito de Deus, e quando chegou à história de Jesus, o Cristo, o Filho de Deus, os olhos do soldado se acenderam; mas ao receber a notícia de que o Messias fora morto em uma cruz, ele chorou como criança… Como, porém, a história de Cristo não termina com a sua morte, ao tomar conhecimento da ressurreição, o homem ficou exultante. Levantou-se, soltou uma expressão de grande admiração, e a alegria invadiu o seu coração, tal como fora o coração de Maria Madalena diante do Mestre ressurreto, a poucos metros do sepulcro onde Jesus repousara o seu corpo por três dias.

As nossas psiqués clamam constantemente pelo preenchimento de um vazio que se revela no fundo do nosso interior. Os homens vivem buscando valores que o preencham, mas nesta sua busca acabam sempre concluindo que as coisas materiais que procuram, ainda que as encontrem, não servirão para os preencherem, e o vazio existencial persiste e continua indefinidamente.

Nesta saga da alma dos ateístas há alguns que encontraram Deus, e por isso abandonaram suas posições antigas a respeito das coisas espirituais.

Observando-se bem, os argumentos que sustentam o ateísmo carecem de apoio racional adequado. São insuficientes. Há muitos bons argumentos que defendem a existência de Deus, enquanto que o ateísmo não oferece resposta satisfatória para muitas questões.

Por exemplo, dizer que o porquê da existência de algo é desnecessário, não responde quanto à razão de sua existência. Claro é que se o mundo existisse sem que houvesse causa para existir, é também dizer que tudo é fruto da casualidade, e se tudo é de fato casual, então tudo poderia também não existir, e daí persiste a pergunta: – Por quê? Por que não deixamos de existir? E esse complexo universo, com tantos detalhes e tantas nuances, não teria mais razões para existir, já que tudo é casual… No entanto, muitos ateus se extasiam ao contemplar a beleza que a natureza lhes expõe para livre observação. Não poderia esta beleza ter sido toda substituída por horríveis espectros defeituosos, incompletos, tenebrosos, desgraçados em cada detalhe, já que tudo é casual? Então por que não crermos em um Criador que usou de senso de estética em Sua Criação? Então os ateus apelam para a existência de mancos, manetas, bebês que nascem acéfalos, para morrerem em seguida, também para os Quasímodos, a fim de tentarem justificar a teoria da casualidade, e desta forma passam a raciocinar e construírem suas teorias embasados nas exceções, usando destas como se fossem regra geral. Isto é tentar forçar a justificação do injustificável.

A maioria dos ateus enchem o peito para dizer serem eles os detentores do mais puro racionalismo.

Pois então como ser-se racional, quando afirmam que o Universo é resultado de um acaso irracional? Não haveria razões racionais num universo fruto da casualidade. Assim o maior orgulho dos ateus não é possível sem Deus.

E mais: que os ateus respondam a si mesmos: qual o sentido, o significado da vida, se não houver destino após a morte? Se a vida vale a pena ser vivida, é muito relevante procurarmos saber o que acontecerá após o final desta vida. E se não creem que existe destino da alma só porque não o veem antes de morrerem, por que crerem que existem os pequenos países da Ásia e África, e por que crerem que o ar, e a temperatura existem, já que não o conseguem ver e constatar a sua existência como matéria?

Voltamos agora a falar sobre o Reverendo Richard Wurmbrandt. Ele era um ateísta confesso. Contudo, um dia em que esteve envolvido em sérios problemas, ele resolveu fazer uma oração. Uma oração ao Deus que ele cria que não existisse. Por quê? Porque se Deus existisse, o que ele duvidava, então até que poderia ajudá-lo… Então, “por via das dúvidas”… Ele mesmo registrou o teor desta sua experiência de fé em seu livro intitulado de “Os subterrâneos de Deus”, da A.D. Santos Editora, 1a. Edição portuguesa, 2001, na página 6, onde ele descreve que um dia passou a sentir a presença de Cristo em seu quarto de um Sanatório, por estar acometido de uma tuberculose, doença que na época levava as pessoas à morte. Segue o texto abaixo, para melhor esclarecermos:

… Deitado ali, as lágrimas me vieram aos olhos.

Naquele Sanatório orei pela primeira vez em minha vida, a oração de um ateu. Disse algo como o seguinte: – “Deus, sei que Tu não existes. Mas, se por acaso existes, o que eu nego, cabe a Ti que Te reveles a mim; não sou eu que tenho o dever de procurar-Te”…

…após alguns meses de tratamento, obtive ligeira melhora e fui convalescer em uma aldeia, situada em um monte. Aí me tornei amigo de um velho carpinteiro. Certo dia ele me deu uma Bíblia. Não era uma Bíblia como as outras, o que depois vim a saber: ele e a esposa haviam passado horas sobre ela, a orar por mim.

Ficava eu deitado no sofá, em minha casa de campo, a ler o Novo Testamento, e à medida que os dias iam passando, Cristo me parecia tão real como a senhora que me levava as refeições. Nem todos porém que reconhecem Cristo se salvam. Satanás também crê, e não é crente. Eu disse a Jesus: – “ Nunca terás a mim como discípulo. O que eu quero é dinheiro, é viajar, é gozar. Já sofri bastante. O teu caminho é o da Cruz, e ainda que seja o caminho da verdade, não Te seguirei. Sua resposta veio-me à cabeça com força de argumento: – “Venha comigo por esse caminho! Não tema a Cruz! Você verá que isto será o maior gozo…”

Jesus quer que também o leitor se sinta convidado a segui-Lo. Ele é real, assim como o Rev. Wurmbrandt o sentiu. Ele percebeu que Jesus, além de real, tinha uma simpatia enorme por ele, apesar de seus pecados. Aliás, Jesus veio a este mundo para salvar-nos dos nossos pecados. Quem nEle crer, não será confundido, mas necessita decidir verdadeiramente segui-Lo.

A recompensa de Jesus para nós está estocada nas mãos de Deus, e seu volume depende de como, ou melhor, até que ponto queremos pagar o preço dessa nova jornada. Teremos que por a perder a nossa vida de pecados, deixá-la para trás e seremos impulsionados a viver uma nova vida, com Jesus.

O melhor de tudo ainda está por vir. A vida eterna na presença de Deus, agraciados por Seu amor, e seremos participantes da grande família de Jesus.

Não há termos de comparação com a nossa vida passada. Será tudo muito mais lindo, abundante e feliz.

Este convite de Jesus é irrecusável. Quem aceitá-lo e seguir ao Mestre, terá acesso a esta vida mais abundante, que culmina com a felicidade eterna, no Reino do Céu.

Eia, agora! Vamos lá, e não deixemos Jesus ficar a somente esperar… Será um caminho de glórias.


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