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SALMOS – XVII – QUALIFICAÇÕES PARA ENTRAR NO CÉU

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noviembre 19, 2020 by Bortolato

Salmo 15

Eu quero entrar no Céu. Eu quero Deus na minha vida!… Quais são as condições? Existiriam pré-requisitos?

Muitos o desejam, e as religiões deste mundo estão a propor caminhos para garantir acesso à eterna morada mais gloriosa que possa existir – a morada de Deus. Nada mais sublime e mais venturoso pode haver .

Houve um período, na parte final da Idade Média em que a Igreja Romana propunha um compra sui generis aos seus adeptos. A igreja venderia indulgências, isto é, ofereciam um certificado aos que lhas comprassem por certo preço. Isto felizmente já foi apagado da doutrina romana, pois foi um erro tal proposição. Não se compra perdão de pecados, os quais carregam pesos por natureza espiritual, com coisas materiais, mormente valores financeiros.

Algumas religiões então lançam outra proposta: quem orar fervorosamente estaria no caminho certo para ter acesso aos mais elevados Céus. Orar a Deus é um doce privilégio, mas nada disso garante que o orador terá vida eterna por ter alcançado um bom nível de oratória diante do Senhor. Não se ganha o favor de Deus com conversas, por mais recheadas de profundas emoções que sejam. Ele não Se deixa levar por eloquência ou discursos rebuscados, ou extremamente apelativos.

Há também igrejas que ainda propõem muito jejum, e vida ascética. Uma discípula de Jerônimo (327-420 DC.), chamada Paula (347-404 DC.) castigava muito a si mesma, dormindo no chão, sobre um tapete de pele de cabra. Como não era costume europeu tomar banhos diariamente, ela devia desprender um odor muito esquisito. Cremos firmemente que o cheiro que permeia o Céu é bem diferente…

Algumas religiões costumam adotar o autoflagelo como veículo de purificação da alma. A grande dúvida é se Deus realmente quer nos ver extenuados, sem forças , feridos e enfermos para podermos nos apresentar a Ele…

Votos de castidade e de pobreza também são adotados como meios de alcançar-se a graça de Deus, mas não podemos levar este item como regra geral para todos. Se todos os homens deste mundo forem pobres, e se derem à castidade total, como poderemos obedecer à ordem de Deus que disse: – “Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a Terra.” (Gênesis 9:1)? E se todos forem pobres, quem poderá socorrer alguém que estiver em extrema pobreza? Alguém de vestes rotas socorrerá a quem estiver com vestes rasgadas?

Outras seitas há que resolveram adotar radicalmente “guerras santas”, em que os infiéis são torturados e mortos, a fim de honrarem a Deus, e assim lavarem as suas almas. Houve um movimento chamado de “Inquisição”, que durou desde o século XIII até o XIX. Seria disso que Deus se agradaria? Um movimento de caça às bruxas, que rotulava a quem achava que devia rotular como herege, e levá-los à fogueira santa?

Qual o real valor disso tudo?

As coisas começam a complicar-se quando temos de conviver em uma sociedade composta de um mix de pessoas boas e más, as quais, de um modo ou de outro, voluntária ou involuntariamente exercem influência e provocam as nossas reações a cada momento.

Sabemos que temos que ter um padrão de conduta que não exceda os lindes da lisura; pois que o tipo de interação que tivermos com o nosso próximo também será avaliado pelo Livro de Deus, e tudo será julgado um dia.

No Salmo 15 Davi parece preocupado com quais seriam as qualidades que Deus aceitaria aprovar candidatos para que estes pudessem habitar no Santuário onde Ele Se assenta juntamente com Seus privilegiados escolhidos.

O Salmista começa a imaginar então que perfil de pessoas teriam aqueles selecionados para coabitar como Santo Deus , e faz uma lista de virtudes qualificativas com base na Lei de Yaweh, que foi escrita com a finalidade de estabelecer padrões aos cidadãos a quem Ele vier a chamar para serem santos como Ele é santo.

Esse tipo humano precisa ter uma vida digna dos parâmetros do Reino do Céu.

A justiça deve ser a pauta de todos os dias do cidadão que se candidatar ao Reino de Deus.

Será preciso que o tal sempre fale a verdade, mas isso ainda não é tudo. Há verdades que, embora sejam verdades, não convêm serem divulgadas livremente, por motivos éticos que repousam na efemeridade da natureza humana. Exemplo disso é quando alguém alugado como jagunço, um assassino profissional, que vem a inquirir-nos se sabemos algo acerca do paradeiro de alguém a quem deseja matar, e, no caso, nós sabemos aonde anda o infeliz alvo de sua busca.

Há, porém, outras coisas a serem consideradas. É mister cuidarmos para não servirmos de veículo de informações difamatórias acerca de outras pessoas. As três peneiras de Sócrates (470-399 AC.) são muito úteis para não cairmos nesse tipo de erro. A primeira peneira é a da verdade. Se certa notícia for mesmo verdade, então passamos para a segunda peneira: a da bondade, o que significa procurar saber se tal nova é coisa boa, se ajuda a construir ou destruir o caminho, ou a fama do próximo. Se quisermos destruir a alguém, isto é muito fácil: é só ignorar esta peneira. Se de fato for boa a notícia, dever-se-á passar para a terceira peneira: a da necessidade. Convém contar a outros? Será de boa utilidade? Ajuda a comunidade? Pode melhorar o planeta? Afinal, o que nos impulsiona a divulgá-lo?

Ah, o falar mal de alguém! Eta tentação que escorrega com tanta facilidade dos lábios, e quando se percebe a palavra má já foi dita, e não se pode fazê-la retornar para dentro das bocas que as soltaram. Palavras faladas nunca voltam, sem antes produzirem efeitos, sejam estes bons ou maus. São como plumas soltas ao vento, não adianta correr atrás, porque rapidamente voam bem alto e vão longe.

E o que fazermos quando estamos diante de quem tem conduta comprovadamente reprovada? Não é de bom alvitre colaborar para que a mesma seja reforçada aos olhos do praticante. Que fazer? O salmista nos diz que devemos omitir-lhe a recompensa. Ignorá-lo, mas cuidando para não nos havermos de forma a descer ao seu nível, pois isto seria igualar-se ao tal, e não produziria bom fruto.

O servo de Deus também deve ser de palavra; isto é , ter uma só palavra, e mantê-la. Deve saber que por vezes teremos que dizer coisas que concorrem para o nosso prejuízo, sem que nos neguemos a cumpri-las quando assim nos for forçoso, não por temor às reações do nosso próximo, mas por causa deste princípio que deverá estar bem arraigado dentro de nosso caráter.

A quem devemos honrar, não nos omitamos, por ser isto sensato, e não desonrá-lo, por ser descabido. Se não podemos dizer coisas louváveis por algum motivo, que nos calemos, mas tudo quanto é louvável seja louvado, e sem interesses escusos, nem distorções e nem exageros. A propósito, se nos convém prestarmos mesura a pessoas destacadas com cargos importantes em nossa sociedade, muito mais nos convém louvarmos a Deus, que é a maior autoridade que possa existir, tanto neste mundo, quando no mundo espiritual. Felizes os que podem entender assim, e fazem-no com a maior alegria. Bom é prestar toda a honra a Deus, o Rei do Universo.

Vivemos em um mundo que nos ensina mais coisas ruins do que boas, e todos os habitantes desta Terra recebem essa chuva mista, em parte agradável e em grande parte desagradável.

A natureza humana, infelizmente, foi contaminada pelo pecado, e por este motivo, tem dificuldades para não ceder à corrupção. Propende para o mal às vezes de uma forma abrupta, e às vezes mui sutilmente, de modo que todos habitantes deste planeta foram seduzidos em alguma área, ou de alguma maneira. O pecado atingiu a toda a raça, de modo que todos fomos afetados em algum setor de nossas vidas.

Podemos menosprezar um pecador, desprestigiá-lo, humilhá-lo e fazê-lo um réu que tem que pagar pelos seus erros. Não resta dúvida de que encontraremos pessoas assim em nossa convivência, mas surge uma outra questão: isto seria justo? Seria louvável? Seria de bom proveito para as demais pessoas?

Além desses detalhes, o que é muito comum é que, quando nos fazemos de juízes do nosso próximo, abrimos uma porta em nossas almas para que outros também nos julguem e nos condenem, e assim chegamos ao ponto em que nos vemos todos debaixo de condenação. Se cada pessoa deste mundo tivesse o dom de acusar a todos os transeuntes pecadores por quem passa, e tivesse de apontar o seu dedo à mesma, então todas as pessoas a andariam pelas ruas com o seu indicador apontando para o seu próximo. Em vez de mãos abaixadas, portanto, andariam com mãos levantadas, uns apontando seus dedos para os outros… Faltariam espaços nos bares, nos restaurantes, nos supermercados, e até nos estádios e ginásios esportivos para braços estendidos se manterem em riste. Seria um mundo muito estranho; aliás, já o é sem que isto aconteça assim, mas seria muito mais…

Devemos lembrar que com a mesma medida que usarmos para medir a outrem, também nós seremos medidos. Se com misericórdia, seremos julgados com misericórdia; se com rigor, seremos também rigorosamente julgados. Desta lei ninguém escapa. Por isso, cuidado com a agressividade, pois esta tem retorno. A mesma força que aplicarmos para darmos um golpe nos será aplicada de volta para a recebermos.

Logo, quem então entrará no Santuário de Deus, aceito por Ele? O próprio salmista um dia se viu apanhado pelo Senhor em um crime de assassinato associado a um adultério, em um dolo que agravou a sua falta com a perda de uma vida inocente.

Mas e agora? Quem seria julgado digno diante de Deus?

Eis aí a questão. Pela Lei de Moisés, Davi teria que ser morto, e a mulher com quem adulterou, apedrejada, mas … em que pese a força da Lei, Davi não foi transpassado por uma espada, e Bate-Seba tampouco foi destinada a uma apedrejamento público.

Ocorreu um lapso na aplicação da Lei, e foi o próprio Deus quem fez assim. Davi era digno de morte, ms sobreviveu; mais tarde ele veio a morrer, sim, mas muito depois de anos a fio, em morte natural.

Qual lei veio a solucionar este problema? Uma outra Lei, a Lei de Cristo, que morreu para salvar a Davi dos seus pecados. É uma lei de substituição, ou melhor, de transferência da pena do réu para outra pessoa que se disponha a pagar esta sentença no lugar do condenado à morte.

Nas palavras do Apóstolo S. Pedro:

Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito”. (I Pedro 3:18)

Este sacrifício vicário, porém, não surtirá o efeito esperado, para os que rejeitarem ou desprezarem a Cristo, por uma questão óbvia de que um favor oferecido nem sempre é aceito e bem recebido. Pois Jesus foi crucificado por aqueles que se fizeram seus inimigos. Como os inimigos de Deus poderiam herdar o Reino dos Céus?

Assim também escreveu o Apóstolo S. João:

Estava no mundo, e o mundo foi feito por Ele, e o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não O receberam.

Mas a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que creem no Seu nome.” (João 1:10-12)

Ainda o Evangelista e Apóstolo S João escreveu:

As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem. E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão.” (João 10: 27-28)

Então vem a questão: quando é que um pecador passa de um estágio para o outro, isto é, passa de condenado a um réu substituído por Jesus na cruz? Se todos são pecadores, todos pecaram e todos estariam na condição de condenados à eterna separação de Deus e do Reino do Céu. Qual é, pois, o ponto crítico em que essa mudança de status acontece?

Disse João:

Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus.”(João 1:13)

Como seria este fenômeno? Nascer de Deus? Jesus respondeu a esta pergunta para um senador judeu, chamado Nicodemos, em João 3:5-7:

… Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus.

O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te maravilhes de te dito: necessário vos é nascer de novo.”

Fazemos aqui uma nota de esclarecimento. Nascer da água seria uma expressão que invoca o batismo. O povo era batizado por João o Batista, como sinal de que havia ouvido a Palavra de Deus, crido, e queria receber o batismo nas águas para dar testemunho de que creu.

Isto não fica por aí. É preciso nascermos do Espírito. O Espírito Santo tem este poder, de visitar aos pecadores que se arrependerem dos seus pecados, e Ele então vem e faz uma obra de transformação pelo poder de Deus na vida dos que receberam o batismo de arrependimento.

O Espírito Santo é o Parácleto, ou seja, o Consolador, que vem junto ao nosso espírito e nos revela que Jesus está presente, e espera uma atitude profunda de aceitação da plena vontade de Deus, da parte dos que desejam ser mudados pelo Seu poder.

Se Vc quer também, tudo tem um começo. Comecemos orando ao Pai, pedindo-Lhe que conceda a graça do Seu perdão, do novo nascimento, novos caminhos e de uma nova vida. Peçamos em o nome de Jesus, no qual há promessa de que seremos ouvidos, e Deus seja glorificado.

Em fazendo assim, seja bem vindo à família de Deus, que tem a promessa de herdar o Reino do Céu.


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