SALMOS – XLV – UM PEDIDO DE S.0.S. A DEUS
Comentarios desactivados en SALMOS – XLV – UM PEDIDO DE S.0.S. A DEUSmayo 22, 2021 by Bortolato
Salmo 44
Pois faça o seu! As condições dos tempos o exigem! Se chegamos a tempos difíceis, o que faremos?
A quem irei eu me recorrer para encontrar um refúgio para mim?
É isto o que muitos dizem quando se veem cercados por inimigos e/ou circunstâncias adversas. Então buscam e rebuscam, fazendo um retrospecto dos dias do passado, quando ouviram falar que Deus livrou o Seu povo de muitas angústias.
Assim fizeram os salmistas, filhos de Coré, ao escreverem as palavras do Salmo 44.
Lembranças lhes vieram à mente. Eles pertenciam ao povo que Deus escolhera, e libertara de uma secular escravidão, no Egito, operando atos maravilhosos, desprendendo muito poder sobrenatural.
Foram tempos difíceis, sim, mas a mão do Todo-Poderoso lhes foi o fator determinante, que lhes deu a vitória.
Foram épocas em que o povo de Israel estava enfraquecido. Não tinha forças para livrar-se do mal que inimigos estavam intentando lhes infringir.
Foi notório que eles puderam ver que não obtiveram o êxito através de suas armas e nem de suas habilidades. Foi um “Deus nos acuda”, e Deus os acudiu.
Isso, porém, fora no passado. Muito bom, providencial, de glória extasiante! Louvado seja Deus por isso!
Mas, e agora?
Os problemas voltam à tona. Problemas que pareceram ter ressurgido na última hora, sem aviso, sem alertas ou explicações.
Não temos certeza sobre a data em que os filhos de Coré escreveram este Salmo. O que fica patente, no caso, é que o mesmo descreve uma ocasião em que os israelitas tinham acabado de sofrer uma derrota frente a um inimigo.
Tais circunstâncias ocorreram por diversas vezes no passado, durante o período dos Juízes, que durou por cerca de 270 anos (de 1.370 a 1.100 A.C.).
Outra ocasião em que isso aconteceu foi quando as tropas de Saul caíram diante dos filisteus, por cerca do ano 1010 A.C., quando foram mortos o rei de Israel e mais três de seus filhos. Foi dentro deste contexto que Davi produziu um lamento, o qual nos foi deixado por escrito em II Samuel 1:12-27.
Era realmente o momento de lastimar-se. Perguntas brotaram das mentes do povo de Deus. – “Por quê ? Por que tal desventura nos atingiu?”
Lembranças do passado cheio de glórias lhes mostravam que não deveria acontecer tal infortúnio. Aquelas maravilhas tão abundantes e sucessivas, que lhes trouxeram tantas felicidades, transmitiram-lhes uma confiança muito firme de que os filhos de Deus sempre se haveriam bem sucedidos nas guerras, mas daquela feita não foi assim.
O versículo 11 do Salmo 44 nos dá uma ideia de que houvera até um exílio, que espalhou os israelitas por entre as nações. Isto combina também com a período das invasões assírias (c. 722 a.C.) ou babilônicas (de 606 a 586 a.C.).
Os autores salmistas, por outro lado, nos versos 17 e 18 deixam claro que aquela desdita os humilhou perante as nações, mas isso não se deu quando de uma situação de contínua apostasia.
“Tudo isso nos sobreveio, entretanto não nos esquecemos de Ti, não tornou atrás o nosso coração, nem se desviaram os nossos passos dos Teus caminhos”.
Para os autores deste Salmo, tal acontecimento lhes pareceu sem explicação razoável, coisa do tipo daquelas que deixa-nos atônitos, não restando senão palavras de lamento, e nos induz a uma profunda reflexão.
Faz-nos lembrar da vida de Jorge Müller, quando o mesmo perdeu a sua filha. Naquela ocasião ele era já um servo de Deus muito consagrado. Não dá para se explicar. Queríamos muito entender coisas desse tipo, mas das razões que encontramos no nosso espírito, a mais preponderante é aquela que diz que há coisas que somente a Deus pertencem, tais como o pleno saber, tanto quanto o julgar e o sentenciar finais. Ele é quem tem toda a ciência e a sabedoria capaz de elucidar fatos tão complexos para os nossos entendimentos limitados. Um dia, quando já estivermos em uma nova condição, em uma nova dispensação, cremos que então seremos esclarecidos.
Por que caem mortos os bons soldados? Por que um inimigo tão forte, astuto, voraz, maldito e malfazejo ataca àquele que é mais justo do que ele, que bisa espezinhá-lo?
Habacuque traz-nos em seu livro bíblico essa mesma pergunta, e Deus lhe dá uma resposta que assevera que todos, cada um a seu tempo, serão julgados e sofrerão angústias nesta vida. Não há como escapar da soberana mão divina. Os fortes de hoje serão os fracos de amanhã, e vice-versa. Ninguém escapa da justiça de Deus, que, embora às vezes pareça ser tardia, não falhará no final das contas, e todos a sentirão na sua pele, sobre suas cabeças, no decorrer do tempo.
Quando, porém, chegarem os maus dias, temos o recurso da oração, o que o salmista insere com muito bom senso, no apêndice final desta peça literária de lamentações.
O nosso olhar precisa voltar-se, não mais para o passado, mas para o futuro glorioso que teremos, de conformidade com as promessas de Deus.
Pergunta-se então: – “Será que poderei ver-me livre do peso dos meus pecados, e ser absolvido quando vier o dia do Juízo Final?”
A resposta correta para esta pergunta divide-se em duas partes:
1 – Poderemos, sim, ficar livres do peso dos nossos pecados, à medida em que nos adequarmos ao plano de Deus para a nossa salvação, através de Seu Filho, Jesus, o Cristo, que morreu em nosso lugar para nos livrar das penalidades dos nossos pecados.
2 – Não seremos absolvidos das nossas culpas. Esta palavra implicaria em inocência diante de um justo julgamento, o que não é o caso. Todos pecamos, e há uma lei espiritual que diz que o salário do pecado é a morte. Há, porém, uma alternativa salvadora, ufa! O que pode nos tornar benditos de Deus, mesmo dentro dessa condição de pecadores dignos de uma sentença que nos separaria do Senhor para todo o sempre, é: se crermos nas palavras de Jesus, o Cristo, aceitarmos o Seu sacrifício cumprido na cruz do monte Calvário em nosso favor, e passarmos a segui-Lo fielmente, o castigo que pesa sobre cada um de nós terá sido transferido para o Filho de Deus, o Cordeiro do Senhor que tira o pecado do mundo, que já morreu para nos dar este tão grande livramento. Então, nessas condições, Jesus torna-se o nosso advogado perante o Pai, assumindo as nossas culpas, e fazendo a remissão dos nossos pecados, através do Seu sangue bendito.
Como darmos um start para alcançarmos tão grande salvação?
Comecemos orando.
O fato é que Deus ouve as nossas orações, por maior que seja o nosso desatino. Vamos confiar nEle.
Em Romanos 8:36 o apóstolo Paulo cita o verso 22 deste Salmo 44:
“Mas por amor de Ti somos entregues à morte continuamente, somos considerados como ovelhas para o matadouro.”
Vale a pena a gente visualizar o contexto em que foi inserida esta citação paulina. Precisamos aplicar o texto de maneira completa às nossas vidas, e então conheceremos o tamanho da bênção que nos foi preparada, e para o que devemos atinar.
O apóstolo Paulo nos dá uma certeza cabal de que Deus não nos esqueceu e jamais nos esquecerá. Ele esclarece melhor as palavras deste Salmo, fazendo-nos ver que, antes de tudo, existe uma bendita e benfazeja solução.
“Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora. E não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo” (Romanos 8:22-23).
Mais adiante o apóstolo nos leva a cantar em uníssono com ele um hino triunfal que nos diz: –
“Que diremos, pois, à vista dessas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que nem mesmo a Seu próprio Filho poupou, antes O entregou por todos nós, como não nos dará também com ele todas as coisas?
Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós.
Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?” (Romanos 8,versos 31 a 35)
Prossegue Paulo, nos versos 37 e seguintes:
“Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Salvador”
Não há benefício maior do que isto. Não adianta procurarmos achar outro que seja mais importante, pois não há. Querermos maior bênção do que esta, seria valorizarmos o que é descartável e inverter os valores: o material no lugar do espiritual, o provisório no lugar do definitivo, o perecível no lugar do que é incorruptível.
Jesus é o nosso advogado, nosso intercessor, nosso amantíssimo e amado Salvador. Nele reside a nossa esperança de uma vida eterna com Deus, sem mais tristezas, mágoas, dores, doenças, angústias e separações. Em Cristo reside a paz perfeita.
Se alguém está em Cristo, é nova criatura, e tudo se faz novo. As desditas do pecado são deixadas para trás em um caminho muito feliz, livre do terrível peso das nossas culpas, do medo e da condenação eterna. Quem já experimentou esta agradável sensação, sabe que não há coisa melhor neste mundo.
As promessas de Cristo são muito animadoras. Chegam a provocar entusiasmo cada vez maior, conforme vamos crescendo em estatura espiritual em Sua presença, e culminarão em um clímax felicíssimo em um indescritível Reino do amor de Deus.
Então logo vem a pergunta que deve cogitar dentro dos corações de todos os seres humanos:
-
Vc é feliz?
Alguém dirá que não existe felicidade perfeita. Nós diremos que existe, sim, e está tudo nas mãos do nosso Criador. Ele fez o Universo e a Terra, onde ainda por um tempo será assolada pelas forças do mal, mas tudo está sendo preparado para a chegada reveladora do Messias Rei de toda a Terra. Quem quiser desfrutar da maior alegria que se pode experimentar, ainda hoje tem um caminho aberto para alcançá-la.
Este Caminho tem um nome: Jesus! Quem nEle crer, não será abalado, ainda que este mundo esteja sacudido por intensos terremotos. Vale a pena ser de Jesus!
Jesus hoje nos chama para estarmos junto dEle. Este mundo procura abafar a voz deste chamado, usando de muitos artifícios até inescrupulosos. Paremos. Deixemos que esses clamores se nos distanciem. Procuremos estar a sós com o Mestre dos mestres, o Senhor dos Senhores. Ele tem prazer em nos receber e nos dar a atenção que os nossos mais profundos anseios Lhe dirigem.
Então, façamos a nossa oração – mas que oremos com sabedoria. Podemos pedir muitas coisas a Deus, mas é muito mister que peçamos aquilo que é da mais suma importância: sermos salvos das coisas deste mundo, e remidos, passemos a pertencer ao Seu promitente Reino de Luz.
Quer assim?
Então oremos, cientes de que Ele está no Céu, e nós aqui nesta Terra; certos de que Ele é merecedor de toda a nossa reverência e do nosso amor, porque Ele nos amou antes de nós, e tem todo o poder para mudar os nossos destinos.
Falemos, pois: – “Senhor, Deus, Eterno e Supremo Deus, obrigado por dar-me esta oportunidade de falar contigo. Louvado sejas, por tudo o quanto és, eras e serás, para nós. Peço-Te que perdoes os meus pecados, lava-me, purifica minha alma, dá-me um coração como o Teu, puro e perfeito, e aceita-me para ser um fiel servo e filho Teu. Que o Senhor seja o meu Guia até a morte, e quando cessar o meu tempo aqui nesta Terra, dá-me um lugar no Teu Reino do Céu. Peço-Te em nome de Teu Filho, nosso Advogado e Salvador, Jesus, o Cristo. Amém!
Sua vida vai mudar de hoje em diante. Observe e veja com os seus próprios olhos. Seja mais um bendito filho do Pai Celeste. Leia a Bíblia, ore sempre, e procure andar na presença de Deus.
Seja feliz eternamente.
Category BÍBLIA, LIVROS POÉTICOS, SALMOS | Tags: angústias, Dores, guerras, Jesus, medo, provações, Salvador, tempos difíceis
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