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JÓ – X – ASPIRAÇÃO POR UM JUSTO JULGAMENTO

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julio 22, 2020 by Bortolato

Jó capítulos 20 e 21

Quantas vezes ficamos sabendo que inocentes são julgados, acusados, e a sentença esperada de uma absolvição não os contemplou, enquanto que os verdadeiros malfeitores são isentados de suas culpas neste mundo…

Já se soube que homens justos passaram pelo vexame de serem taxados de maus caráteres, indignos de usufruírem em liberdade do convívio social, e tiveram de ficar presos por longos períodos, confinados dentro de prisões.

Daí ficamos a pensar… em países comunistas, por exemplo, onde nomes como os de Richard Wurmbrandt, Haralan Popov, e muitos outros, foram levados a pagar por crimes que não cometeram. Existem múltiplos exemplos desse tipo de condenação, apenas porque uma ideologia considera a pregação do evangelho cristão, i.e., o simples falar de Cristo a alguém, um ato de subversão política disfarçada de religião.

E se esta pregação fosse de fato um ato de afronta a princípios políticos de uma nação, por outro lado, os defensores da filosofia marxista financiam e promovem cursos de treinamento para que haja pregadores habilitados para convencerem e converterem pessoas a abraçar e participarem de seu ponto de vista. E para tanto, uma vez agregados, acham-se no direito de fazer quaisquer tipos de coisas: tumultuam, denigrem e sabotam os atos administrativos, o nome, a fama e a honra dos que não aderiram ao seu movimento. Assim, os intolerantes exigem ser tolerados…

O paraíso comunista que se apregoa por aí, logo se pode constatar, é uma ilusão, para não dizer-se que é uma farsa. Cidadãos que no mundo livre tivessem poucas oportunidades de progredir, ao serem abordados por grupos de esquerda, recebem promessas de um evangelho aparentemente maravilhoso: igualdade de condições econômicas para todos; um acesso ao crescimento intelectual e cultural sem igual; preparo estudantil e cuidados estendidos a todas as famílias menos favorecidas, pois o Governo é quem financia e promove o preparo para todos os cidadãos. Isto realmente chama a atenção, tem o nome de justiça social, e parece ser uma excelente maneira de tratar com os cidadãos.

O que porém se vê na prática é que a natureza humana é má por excelência. Enganadora, promete muito, mas não cumpre a metade. Assim são os homens. Logo que os comunistas tomam o poder nas mãos, e as garras da intolerância religiosa e de restrições à liberdade de pensamento se manifestam sem nenhum pudor por terem mentido tanto ao povo.

Então vem a pergunta: por que destruir completamente aquilo que outros lutaram muito para poderem construir? Apenas para destituir a supostos inimigos políticos, enquanto que a população sofre com essa guerra que só lhe traz mais e mais dificuldades na vida? E quando assumem o poder, fazem coisas piores do que o que os seus antecessores fizeram… a pobreza aumenta, sendo mascarada por divulgações de publicidade adulteradas, a fim de prevalecer a mentira… e esse é o triste fim de um engodo!

De outro lado, também ficamos sabendo de casos com os de Nelson Mandela, que arcou com um confinamento prisional por vinte e sete anos, o que nos mostra que os governos de direita também cometem erros grosseiros, acusando aos que divergem de seus posicionamentos, perseguindo-os, e até matando a alguns. Martin Luther King teve que pagar com a vida o direito de coexistir em igualdade de condições em uma sociedade racista. E quanto à Ku Klux Klan, que se rotulava de “cristãos”, mas eram racistas, imbuídos de preconceitos religiosos, que até matavam, alegando estarem purificando a civilização, como se os demais não fossem cristãos e civilizados? E como purificar? Estigmatizando os demais grupos de forma tal que estes não merecessem viver?

Agora, no segundo decênio do século XXI, há cerca de setenta e três nações onde se observa a intolerância religiosa, na maior parte do continente africano e asiático, no Oriente Médio, Península Arábica e boa parte da América Latina. Estes colocam os cristãos no banco dos réus, implícita ou expressamente. Tudo porque ser cristão nesses lugares é condenado como “traição à Pátria”. Em alguns desses casos, essa perseguição é feita em nome de uma religião intolerante.

Essa intolerância que usa de uma capa de religiosidade é síndrome muito antiga. Jesus mesmo já havia mencionado a “parábola do Juiz iníquo” (c. 28 DC.), e a Lei de Moisés (1.490 A.C.) são claros em exigir imparcialidade em juízo.

Tomemos pois os capítulos 20 e 21 do livro de Jó para refletirmos. Esse trecho bíblico nos traz uma parte do diálogo entre o patriarca e seu amigo Zofar, que deve ter ocorrido originalmente há cerca de três mil e quinhentos anos ou mais.

No capítulo 20º podemos ler mais uma fala de Zofar, o naamatita, um dos amigos de Jó que vieram para vê-lo, e em vez de procurar confortar ao homem ferido e enfermo, pela segunda vez lança-lhe em rosto duros impropérios – tudo em nome de uma crença religiosa.

Tendo sido refutado em seu primeiro discurso, Zofar sentiu-se perturbado, mas não pelas suas acusações legalistas que desferiu contra Jó. Por incrível que pareça, Zofar ainda se sentiu ofendido ao ser colocado em cheque quanto ao seu estilo agressivo de exortar a quem mais precisaria de consolo pelo triste estado em que se encontra o amigo.

Em vez de tentar estimular a esperança no coração de Jó, que estava desejando apenas ser alcançado e coberto pelo sombrio manto da morte, de tão desanimado e cansado da vida que ele estava…

Incrivelmente Zofar torna a acusar, continuando em sua mesma posição de pretenso promotor público, alguém que julga temerariamente, sem dó e nem piedade.

Zofar incluiu Jó no rol dos perversos (20:6), ímpios, como se este fora uma presunçoso que logo se deteriorará como um esterco! Que palavra de comparação infeliz, depreciativa e jocosa! Isto foi na verdade um xingamento dirigido a Jó, chamando a este de um dejeto malcheiroso, digno de uma latrina! (20:7) Alguém que em breve desaparecerá pelo buraco de uma fossa, depois de ter agido como um ladrão (20:10), que roubava aos pobres, e que haveria de vomitar as riquezas que cobiçou indevidamente, pois que esta seria a forma pela qual os maus são atingidos – e por sinal os acontecimentos que lhe vieram a infelicitar, da mesma maneira já teriam começado a suceder com Jó, encaminhando-o ao destino dos perversos. Os Céus o denunciarão, fazendo-o cair na maldição que faz com que esse tipo de pessoa perca tudo na vida… que acusação inapropriada!

De fato, o cheiro que se exalava do corpo de Jó não era nada agradável, mas avocar um Juízo sobre o amigo, dizendo que ele em breve estaria sendo lançado e coberto sob a terra, cheirando como as suas próprias fezes, vendo as condições em que o pobre homem estava, isso deveria ao menos despertar sentimentos de compaixão, e não de acusadores que davam a impressão de que gostariam de vê-lo descendo à sepultura, enquanto eles apenas tampariam os seus narizes, à distância, apenas para testemunharem mais um “juízo divino” que se consolidou – desta vez em Jó!

A resposta de Jó não se fez demorar, demonstrando seu nojo e inconformação diante de tanta asneira que ouviu. Não poderia ser diferente a sua reação, pois que ele foi afrontado de forma hostil e qualificado de maneira pejorativa pelo amigo…

Jó percebeu que não seria consolado pelos seus amigos, mas quem na verdade necessitava de ser consolado pareciam ser eles, por paradoxal que isto pareça.

Então Jó lhes pede a atenção. Seus amigos precisavam, antes de tudo, olhar para o estado em que ele estava, e sabiamente calarem-se.

Jó passa então a considerar um fato que ele observou em sua vida: muitos dos homens perversos chegam a prosperar em seu maus intentos, ao contrário de serem assolados como seus amigos o atestavam, entre estes Zofar em especial, e faziam questão de afirmá-lo e reafirmá-lo cega e categoricamente.

De fato, uma observação honesta constatará que muitos perversos chegam a envelhecer e à medida que o tempo passa, eles se tornam ainda mais poderosos. São cercados de proteção, bem como os seus filhos, seu lar e os seus. Seus negócios prosperam e desfrutam longamente dessa prosperidade desonesta, e depois de tudo que gozam em vida, têm uma morte repentina, que não os faz sofrer muito antes de sua despedida de seu tempo nesta Terra.

Isto ocorre em qualquer cultura e regime político deste mundo. No mundo todo há exemplos disso ocorrendo.

Além de tudo isso, os maus ainda desprezam a Deus ostensivamente, por julgarem-se autossuficientes, que não precisam do Altíssimo. Lamentavelmente pensam assim.

Zofar afirmou que os prazeres dos maus cedo desaparecem, e isto coincide com a forte mão de Deus, interferindo para os deter em seus procedimentos selvagens.

Jó porém faz seus amigos enxergarem que isso não é frequente:

  • Quantas vezes sucede que se apaga a lâmpada dos perversos?” (21:17-18)

O que temos que admitir é que embora algumas pessoas tenham sido incumbidas da função de juízes nesta Terra, estas poderão errar em suas decisões tomadas, mas cabe o juízo perfeito ao Perfeito Juiz, que haverá de julgar a todos sem distinção, e aplicará a sentença que Ele achar que convém a cada um, em uma balança justa, pesos justos e justa decisão; e as decisões proferidas pelos tribunais deste mundo então sofrerão muitas modificações a olhos vistos, no final das contas.

Dizer, portanto, que os ímpios terão vida curta e que serão todos julgados notoriamente ainda em vida, nesta Terra, isso não é nada sensato, nem científico, e nem tampouco é da competência humana de alguém em especial, fechar os olhos para a realidade e proferir míopes juízos de valor a respeito.

Por que Deus age assim? Também não cabe a nós atribuirmos juízo de valor sobre o caso, mas podemos imaginar que há razões divinas para tanto.

A propósito: por que razão os ímpios desta Terra têm tido tanto sucesso?

Antes de tudo devemos considerar que Deus é amor e a Sua misericórdia se estende tanto aos justos como a injustos, assim como a morte está determinada tanto a uns como aos outros. O Sol também nasce para ambos, em medida de igualdade de condições.

Outro fator importante é que somente Deus, e Ele só é quem tem a chapa de raios-X dos corações de cada criatura, e sabe quem abrigou o mal dentro de si, com que intensidade e como o pôs em prática, consolidando o seu caráter.

Por fim, acrescente-se que TODOS pecaram e desagradaram a Deus, e todos são dignos de morte eterna, mas Ele sabe como lidar com isso, estendendo a graça salvadora a quem crer e buscar por Sua misericórdia, a saber, a aqueles que abraçarem o arrependimento com firmeza em seus corações.

Em suma, Deus, que não tem prazer na morte e na punição destinada aos ímpios ( e todos pecaram e abrigaram a maldade em seus corações), está dando tempo para que todos se arrependam e sejam abençoados pela Sua graça.

Assim, Zofar e seus dois amigos distorceram os fatos, adotando uma teologia simplista, fatalista, legalista e caduca, ignorando a complexidade que envolve cada alma que há de ser julgada por Deus no seu devido tempo, sob a ótica divina, e não movido pelas aparências, no momento em que outros homens pecadores o desejarem.

O ponto de vista popular desconsidera lados importantes que deveriam ser avaliados, mas Jó, que sabia que ele mesmo era alguém que haveria de ser contemplado pela justiça e a misericórdia divinas, ao ser confrontado nessa discussão, interrompeu essa falta de respeito para com a Soberania de Deus. Afinal, aqueles três visitantes queriam arrebatar este atributo divino e tomá-lo para si mesmos? Ora, cada alma precisa receber a oportunidade e a abertura divina para ser abençoada pelo eterno amor, por mais pecadora que seja, e isto não lhe é negado pelo Senhor, em Sua longanimidade e poder. Quereriam os amigos de Jó apressar o dia do Juízo Final, e bem naquele dia e hora, apenas sobre a cabeça do amigo que carecia de uma palavra de conforto?

Para melhor esclarecermos essas questão, nos reportamos a dois acontecimentos reportados por Cristo, que deixaram muitos judeus admirados e perturbados:

1 – Quando a Torre de Siloé caiu sobre dezoito pessoas e as matou.

2 – Também quando Pilatos matou alguns galileus quando estes estavam imolando seus sacrifícios, misturando o sangue de animais com o dos humanos.(Lucas 13:1-5)

Jesus interferiu no julgamento que as pessoas faziam a respeito daqueles que foram colhidos fatalmente por estes dois incidentes. O senso popular os estava taxando de grandes pecadores, mas o Mestre reprovou esse tipo de julgamento precoce e temerário, afirmando que os tais não eram os piores pecadores, os mais detestáveis que havia sobre a face da Terra recebendo por isso o justo castigo. Não! Aqueles homens, embora pecadores, não foram justiçados pela justiça divina daquela maneira, pelo motivo que lhes atribuíram. O que lhes aconteceu poderia acontecer a qualquer outro pecador, e, a propósito, o caso deles estaria servindo de advertência para os demais impenitentes. De uma forma ilustrativa, eles estariam servindo para nos mostrar que TODOS somos pecadores, e que necessitamos de arrepender-nos, a fim de que a mão de Deus não pese sobre nós outros da mesma maneira que pesou sobre aqueles tais.

Eis aí o ponto chave. Todos somos participantes de uma raça decaída, contaminada pela ação e o poder do pecado; e todos nós não tivemos a pureza de nos negarmos, a fim de impedirmos que esta inclinação maldita, virulenta e infame viesse a poluir nossas almas. As reportagens da mídia o atestam, e não há como negar. Por isso, o futuro de todos nós será fatalmente tenebroso e terrível, a menos que…

A menos que…

Jesus, o Filho de Deus veio mostrar que o amor do Pai nos concedeu uma preciosíssima dádiva do Céu: a chance de nos arrependermos e sermos coroados com a Sua graça salvadora, porque Ele, o Cristo, morreu, sofrendo em nosso lugar o peso de condenação que nos era imputado, em um esforço supremo para salvar pecadores – dos quais o apóstolo Paulo, na sua graciosa humildade, colocou-se a si mesmo com o principal dos réus beneficiados por essa pena de morte substituída pelo Senhor.

Que cada um julgue a si mesmo, seja-lhe revelado o quanto seus pecados são abomináveis, identifique-se com Cristo, que foi levado à cruz por causa disso, arrependa-se e receba a grata recompensa dos arrependidos que nEle creram: a sua restauração à condição de filho amado de Deus, perdoado, purificado e reconduzido à Sua glória.

Tenhamos todos esse mesmo sentimento, sejamos contritos de coração, lamentemos muito termos andado segundo a impiedade e dureza de nossas almas neste mundo, choremos por Jesus ter que morrer por nossa causa, mas ao mesmo tempo alegremo-nos, pois Ele fez isto porque nos ama, o que significa que podemos usufruir deste Seu amor para sermos Seus em eterna felicidade.

Louvemos a Deus! Jesus em breve virá para dar a cada um o justo juízo onde poderemos ser libertos de vez das nossas culpas, porque Ele nos amou e as tomou sobre Si, nos resgatando do mal.

Aceite esse amor, abrace-o, guarde-o muito bem e viva a vida livre do medo e do peso do pecado em sua alma. Jesus é vida! Jesus é libertação! Jesus é amor! Jesus é Salvador! Jesus é a nossa maior bênção que poderíamos receber nesta vida! Ele é o máximo dos máximos para nós! Aleluia!

Seja assim, e o será para você e para todos os que nEle creem e O recebem como seu Mestre em suas vidas! O dia final assim o revelará, e haveremos de exultar quando este chegar no seu tempo devido.

Mas faça assim, assuma-o, expresse-o com sinceridade, abertamente quanto o possa, e isto será a sua maior felicidade, que se multiplicará muito no plano vindouro.

Abraços.


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