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JÓ – IX – UM RAIO DE ESPERANÇA

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julio 16, 2020 by Bortolato

Jó capítulos 18 e 19

Em meio às mais terríveis amarguras, saibam todos que existe uma luz, um abrigo na tempestade, uma paz no meio da tormenta, uma luz que espanca as trevas, a verdade que vence os sofismas, o consolo que apaga as angústias da alma, o alívio para as dores físicas e espirituais, uma força em tempos de fraqueza, um escudo contra todos os dardos dos inimigos, uma bênção que sobrepuja as maldições, enxuga lágrimas, faz brotar alegrias onde só havia tristezas, um hábil guerreiro que combate contra os inimigos que nos perseguem, um manjar em tempos de fome, uma doçura que desfaz a acidez da vida, um brilho ofuscante que faz cegar um exército de ameaças, uma doce esperança onde só havia desgraças, um oásis no meio de um deserto assolador, a cura para toda e qualquer enfermidade que antes era incurável, e a vitória final quando todos decretavam a nossa derrota.

Isto não se trata de lançamento de uma nova filosofia vitoriana, que vem para iludir a quem está passando por maus pedaços. Tribulações acontecem na vida de todos, e não faltam mensageiros do diabo para empurrar com os pés abismo abaixo àqueles que já estão caminhando pelo vale da dor.

Nesse vale escuro, frio, descendente, sem perspectivas alvissareiras, cheio de espinhos que fazem a nossa caminhada muito desencantadora, as más línguas nos cercam a cada passo, dizendo que não haverá escape. Ôpa! Espere aí! Não vá engolindo essas más notícias! Há esperança para nós!

Temos notado que por vezes uma sequência de acontecimentos nos acometem, como se fôssemos uma presa a ser abatida por predadores, mas não se desespere, e nem se apoquente. Há uma esperança, sim, que promete nos livrar de uma história sem gosto e nem prazer e que vem para nos assustar. Em vez de escrevermos um rosário de lamentações, poderemos contar que a mão de Deus se estendeu em nosso favor.

Este que lhes escreve já esteve beirando a morte por várias vezes. Uma vez atropelado por um carro em frente de casa; tendo que, em outras ocasiões, pular, jogando o corpo e caindo ao lado de outros veículos, para não ser atropelado mais uma vez; de outra feita, salvo de um afogamento em águas do mar; e de outra, escapando também de uma queda de cerca de dez metros, por causa de uma corda cuja estaca fixadora se desprendera do solo; e ainda mais uma vez em um acidente automobilístico em que morreu uma pessoa que compartilhava seu lugar dentro do veículo onde viajávamos.

Tudo isso seria para qualquer um perguntar-se: – Como? Ou por que tanto assim? A verdade é que parecia que a morte andava à minha espreita, esperando a hora de me atacar, às vezes de uma forma, às vezes de outra, mas graças a Deus, sobrevivi! Sim, e quero que todos tenham fé em Deus, ergam os olhos e as cabeças, e encontrem o seu Salvador em Jesus!

Em tudo o que uma pessoa pode passar, contudo não há quem tenha passado pelos sucessivos ataques malignos, como foi o caso de Jó, um provável descendente de Abraão, que viveu há muito tempo, o qual foi despojado de seus bens, desfilhado de todo quando morreram seus dez filhos de uma só vez, durante um forte vendaval.

Não fosse isto o suficiente para destruir o homem, ele ainda foi acometido de uma grave doença em sua pele, a qual o torturava com dores dia e noite.

Não tinha o apoio de sua mulher em sua inabalável fidelidade a Deus, e para acrescentar-lhe tormentos dentro de sua alma, vieram três amigos cheios de razões para o acusarem de ter sido um homem ímpio, malvado, um lobo vestido de ovelha, dissimulado, e ainda um astuto de língua, capaz de esgueirar-se de um mau juízo que lhe lançaram em rosto, liso e escorregadio como quiabo para fazer-se de inocente, e acobertado por mentiras.

Depois de haver rebatido as acusações que os três lhe fizeram em seus discursos, Jó pensava que os havia vencido no confronto verbal, mas eis que então, sem sequer uma pausa para meditação, tudo começa novamente, e um deles outra vez ergue a voz para continuar a disputa. Parece até que haviam combinado em revesarem-se, e um após outro se levantarem para imputar uma culpa que Jó não tinha. Era um debate que tinha todos os nuances de que nunca iria terminar, tal a teimosia daquela trinca.

Bildade, pois, o suita, outra vez impacientemente o ataca, não aceitando ter sido refutado em sua primeira tentativa.

Ao ter sido desmerecida por Jó a sua fala proferida anteriormente, Bildade se ressente de não terem sido valorizadas as suas palavras, e se dá por ofendido – por incrível que pareça! Se a razão pertence a quem a tem, então por que se ofender quando vencido em um debate?

Daí então começam a ser jogadas verdadeiras maldições sobre os ímpios, o rol de pecadores onde Bildade quis incluir Jó. Mais uma vez, indiretamente são ressuscitadas duras acusações: a sua luz se lhe apagará, perderá as suas forças e a saúde, uma rede que se arma para animais selvagens o apanhará eu levará à boca do forno dos ferreiros… Será assombrado de todos os lados, perseguido, caído na miséria, arrancado de sua tenda, será aterrorizado pelo rei dos demônios, sua casa ficará deserta, em ruínas, seu nome nunca mais será lembrado, caído no esquecimento de todos; não deixará filhos para a posteridade; seu nome só despertará espanto e horror, e o seu discurso termina dizendo que este é o estado final dos que não conhecem a Deus! E Bildade então se julga muito mais pio do que Jó, achando-se em condições morais de proferir tal reverberatório sem luz, de males contra o seu amigo aflito e doente.

Isto é de fato ser um amigo malfazejo e inconveniente, um psicólogo do mal e advogado do diabo. É doloroso termos que admitir que destes o mundo está repleto.

Jó, por sua vez, em resposta a tais palavras deslustradas do bom senso, continua queixando-se de que, em vez de ser consolado, ele se sente afligido pelos amigos. Ele reconhece que errou em algum ponto, em algo, como todo ser humano, que não é perfeito em todas as suas atitudes e pensamentos, mas isso não significa que ele era um homem ímpio, e portanto não deveria ser o caso de ele ser assolado como foi, e se os amigos como Bildade o acusam de tão graves erros, Jó afirma que os seus erros não atingiram ao seu próximo, e morreram dentro de sua alma.

A grande mágoa de Jó, ele confessa, se formou quando ele passou a entender que, apesar de toda a sua justiça e fidelidade a Deus, teria havido algum engano no fato dele ter sido tomado como se fora um malfeitor qualquer, sobre o qual se derramou a ira do Altíssimo.

Não havia dúvidas de que os ataques, físicos e psicológicos, desferidos contra Jó tinham toda a aparência de terem sido planejados e executados por alguém, tal a maneira sincronizada com que foram arremetidos, fechando-lhe o caminho de uma rota de escape. Desconhecendo por completo a origem dos seus problemas, Jó os atribuiu ao Senhor, equivocadamente. A confusão que tantos males desabados ao mesmo tempo, sobre a sua vida e sobre tudo o que lhe dizia respeito, o fez pensar que até mesmo os sabeus e os caldeus faziam parte de tropas enviadas por Deus que planejara arruiná-lo.

Quando Jó começa a falar das dores de sua alma, ele retira de seu profundo uma série de lamentações, como que ligadas uma à outra em um rosário, e então se desenvolve um discurso com voz embargada, quase que aos prantos.

Jó lamenta muito que tropas de assaltantes o tivessem saqueado, as quais lhe haviam assassinado seus filhos e empregados, enquanto seus parentes e irmãos o desampararam, e ele se tornou de tal modo nojento e irreconhecível, tanto de aparência física, quanto pela voz um tanto mudada, que nem mesmo seus criados que lhe restaram o atendem quando ele os chama.

Um mau odor se desprende de seu corpo de tal maneira que crianças o desprezam e zombam dele. Isto já é deprimente, mas atinge até o seu relacionamento com sua mulher, que não suporta sentir o seu mau cheiro provocado pela doença terrível que o atingiu em cheio.

Amigos? Nem pensar. Eles se tornaram com seus inimigos, um pesadelo a mais em sua vida.

Com a enfermidade, Jó emagrece dia após dia, e já parece ter apenas a pele sobre os seus ossos. Seu rosto empipocado pelos tumores, como nunca antes, ressalta os traços de sua caveira. A sua mudança de aparência era de estarrecer. Ele definhava aos poucos, cada vez mais.

Mais uma vez então Jó desprende um longo suspiro e faz um humilde apelo aos três, que mais se assemelham com representantes da Polícia esforçando-se para arrancar uma confissão de crime, com vistas a registrá-lo em seu relatório de inquérito, e encaminhá-lo a um juiz.

Jó lhes suplica para terem compaixão. Essas intermitentes acusações de graves pecados revela que seus amigos são abomináveis aborrecedores.

Por ignorância acerca da origem da série de ataques contra a sua pessoa, Jó os estava atribuindo a Deus, a quem amava muito, e a quem servia com muito prazer, com muita gratidão à Pessoa mais elevada, mais forte e poderosa, mais sábia, mais admirável, e, à sua vista, outrora a mais afável no trato com ele. O Senhor Deus, já de longa data havia conquistado o coração de Jó, por todas as Suas qualidades e virtudes apaixonantes e sem iguais, o que levou-o a exercer honrosamente a função de sacerdote entre os seus.

Por todas as boas lembranças que o nome de El Shadday lhe invocavam, Jó ainda guardava por Ele um temor, uma reverência e uma indelével marca de uma aliança, adicionados a uma folha de serviços prestados ao Altíssimo, de tal maneira que todas as tribulações da vida não foram suficientes para abalar a sua fidelidade a Ele. Quando se lembrava disso, um pequenino refrigério parecia quebrar por um instante aquela onda de pessimismo e desilusão pesava em sua alma.

Jó então colocou em uma balança o comporamento de seus amigos: eles estavam lhe acrescentando mais sofrimentos, sem a menor necessidade disso. Essa circunstância causava uma reviravolta no clima de amizade que dantes lhe era promissor, de modo que era como se aqueles fossem gratuitamente outros inimigos que se levantaram e ainda vinham usando o nome de Deus para saturar mais e mais a carga de dores sobre seus lombos enfermos.

Fazendo face ao tipo de inquérito ao qual fora submetido, Jó repentinamente começa a gerar uma ideia que o enche de inspiração para proclamar a sua inocência: ele queria que suas palavras fossem escritas em um livro (em hebraico: sepher, termo ligado ao acadiano siparru, que poderia ser um livro de folhas de cobre). Mas o livro que Jó deseja em sua imaginação não é um rolo comum, nem de papiro e nem de pergaminho, e nem de cobre; ele aspira por uma escrita gravada por um instrumento pontudo, de ferro, sobre a rocha, a fim de que ficasse perpetuada a sua reivindicação de inocência – e que todas as sucessivas gerações o soubessem!

Então, mais uma vez Jó faz uma viagem no tempo, não escavando fatos do passado, mas deixando-se levar pelo impulso do Espírito Santo, para o futuro. Apesar de ter sido seriamente oprimido, sem saber por quem ou para quem, e pensando ser aquilo tudo uma obra divina, mas equivocada, ele encontra um raio de luz na escuridão que ilumina a senda que tem à sua frente, e ele dá um passo para além do seu tempo.

Ele volta-se para Deus, referindo-se a Ele como o Seu Redentor!

Jó crê que ele tem um Redentor no Céu, que por fim Se levantará materialmente sobre a Terra, e que ele ainda O veria, e sua causa seria julgada com a justiça inquebrantável de Deus. Afinal, teria que prevalecer uma perfeita justiça! Sua fé dá um salto que voa até o dia da sua ressurreição, para ser enfim absolvido perante o Justo Juiz, perante quem ele anseia ardentemente ver face a face. Assim, Jó supera a crença de que a vida de qualquer homem termina totalmente quando lhe chega a morte. Claro está, a justiça é a justiça, e esta a Deus pertence, de modo que no final terá que haver uma compensação para aquele que sofre, e uma recompensa para os que Lhe são fieis.

No verso 25 do capítulo 19, Jó reafirma que havia a necessidade de ter um Intercessor que advogaria a sua causa perante Deus. De fato, todo homem tem necessidade de ter um Redentor que fique como seu Fiador perante o Juízo Divino.

Deus deixou a Lei de Moisés, que diz que o pecador não será inocentado, mas será alcançado pelo seu pecado, de modo que qualquer que seja o pecado ou transgressão, isto deveria sofrer seu retorno, quando no julgamento final.

Não podemos nos furtar aqui de comunicar a todos com toda alegria que essa Lei, entretanto, foi aperfeiçoada pela Lei de Cristo (Gálatas 6:2).

A Lei de Cristo é muito mais profunda do que a de Moisés, pois nela se percebe que pecados podem ser consumados em pensamentos, o que expõe todos os corações humanos. Deste modo, não sobrará nem um sequer que não seja pecador. Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.

Mas espere! Esta é apenas uma parte integrante daquilo que Deus preparou para todos os homens. O outro lado da moeda é muito mais fascinante:

Mas Deus prova o Seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5:8)

A mais bendita surpresa para os que pecaram foi a vinda do nosso Redentor a este mundo para ser também o nosso Advogado perante o Pai.

Vc. se reconhece como um pecador? Não se desespere. Há um caminho preparado para a nossa redenção. Jesus Cristo, Ele é o Redentor, que pagou o preço de sangue na cruz para salvar-nos dos nossos pecados.

Este é o plano da justiça de Deus. Um homem perfeito, sem mancha e sem pecado algum, foi levado à cruz para receber a paga dos nossos pecados. Jesus, homem, o Filho de Deus, Criador e Salvador nosso. Parece até um sonho, mas é real. Ele existe. O amor existe. Deus existe, e faz justiça para os piedosos.

Bem-aventurados os que têm fome sede de justiça, porque eles serão fartos” (Mateus 5:6)

Neste mundo podemos ser alvos de injustiças, e isto é muito comum, porque o príncipe das trevas ainda está se colocando aqui como se aqui pudesse reinar eternamente, mas isso terá fim um dia.

Jesus é o Príncipe da Paz, Maravilhoso, Conselheiro, Pai da Eternidade, vencedor sobre a morte, que morreu, mas ressuscitou, e vive para sempre. Ele voltará um dia a esse mundo para reinar de fato sobre esta Terra, trazendo redenção para aqueles que nEle creem.

Ele ressuscitou, e abriu o caminho para a nossa ressurreição.

Infelizmente, nem todos creem nEle, mas a todos quantos nEle crerem e O receberem, dar-lhes-á o poder de serem feitos filhos de Deus.(João 1:12).

Talvez alguém ainda não crê nEle assim, mas se interessou pela mensagem, e gostaria de crer, se lhe for provado que esta é a verdade. Claro que é a verdade, amparada pelas Escrituras que nos foram legadas pelos servos de Deus, visando a nos trazer à Sua luz.

Tomé foi o discípulo de Jesus, que depois se tornou Seu apóstolo, e que queria uma prova material da ressurreição do Mestre – e teve esta prova, mas o Senhor mesmo o advertiu que:

  • Porque me viste, creste; bem-aventurados os que não viram e creram”. (João 20:29)

Disseram Paulo e Silas ao carcereiro de Filipos, quando este lhes perguntou o que é necessário fazer para ser salvo:

  • … Crê no Senhor Jesus Cristo e será salvo, tu e tua casa”. (Atos 16:31)

Esta fé fará toda a diferença no dia do Juízo Final. Para mim, para você e para todo aquele que crê.

Recebamos a Jesus como nosso guia, nosso Pastor, Senhor e Ele será o nosso Advogado perante o Pai.

Assim como Jó, necessitamos de um Redentor. Pois bem, Jesus é este. É Ele! Infalível!

Ele nos diz: – “Vinde a mim…” (Mateus 11:28)

Ele nos espera. Vamos sem demora, deixando de lado todo empecilho, embaraço ou pedra de tropeço, pois essas coisas não valem o prêmio da fé que Jesus nos propõe. Vamos dar importância ao que de fato tem a maior importância: a sua, a nossa vida eterna com Deus.

Abraços. Seja feliz com Jesus! Em breve haveremos de ver-nos junto a Ele.


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