A BÍBLIA SOB ATAQUES (I)
Comentarios desactivados en A BÍBLIA SOB ATAQUES (I)agosto 2, 2012 by Bortolato
Há um mover na história que tende a olhar para o livro mais lido em todo o mundo sob prismas, enfoques até então novos. Isto ocorre de tal modo, que a Bíblia acabou por tornar-se a obra literária mais criticada em todos os tempos. Os argumentos levantados são vários, de várias linhas de pensamento. Este aluvião de idéias contrárias denota que existem predisposições antagônicas que tendem a depreciar, ou denegrir, ou mesmo conspurcar a maneira que o livro mais reverenciado de todos os tempos foi escrito, editado, composto, separado dos escritos apócrifos, e canonizado, e assim passam, com exagerada facilidade, a julgá-lo de forma implacável. Esta violência, ou melhor, esta gananciosa agressividade, se justificada, seria nada mais do que a condenação merecida de uma mentira forjada, e nada mais. Mais do que implacáveis, porém, chegam a ser algumas destas críticas, alcançando as raias da irracionalidade, ou, avaliando-as com mais brandura (com a brandura que esses críticos não possuem), expõem-se pela falta de bom senso em seus julgamentos.
Outros ainda há que rejeitam as Sagradas Escrituras alegando que a igreja da Idade Média estava comprometida moralmente, e por isso deixou de ser digna de confiança da parte dos céticos, os quais, embora não se coloquem diametralmente contra o referido livro, reservam-se no direito de ficar à margem de um posicionamento, quer seja este positivo, quer seja negativo. Entendemos que há certos pontos que nos levam a encruzilhadas enigmáticas, mas são tantos outros que nos dão certeza de uma confiabilidade segura, de modo que neste misto de perguntas e respostas, de enigmas e soluções, de verdades reveladas e mistérios ocultos, os leitores do Livro Santo sempre recebem o lucro de informações edificantes, e diretrizes para suas vidas, no mínimo melhorarem moral e espiritualmente.
Por outro lado, perguntamos se os posicionamentos que se arremessam contra a veracidade, a legitimidade, e a unção divina, que revestem o referido livro de uma autoridade invejável, não são motivados por visões distorcidas por ideologias políticas, raciais ou religiosas, estas já de antemão imbuídas de um ímpeto destrutivo e mal intencionado, apenas com intenção de fazer prevalecer outras filosofias que não a bíblica. Este “gancho” nos leva a uma outra questão: se isso não seria aquela antiga vontade humana de “vencer nas pesquisas do IBOPE, à custa do sacrifício dos inimigos”, ou seja, sobressair-se sobre aqueles que são vistos como concorrentes, pisando sobre suas cabeças!
Muitos há que intentaram interpretar a Bíblia e as palavras de Jesus lá escritas, lançando mão de vários expedientes, alguns mais sérios, e outros mais esdrúxulos. Adeptos de seitas e filosofias, as mais variadas, sempre têm seu ponto de vista já pré-definido, antes mesmo de analisar com calma e procurando eliminar toda e qualquer possível tendência ou pressão.
Entendemos que não importa o quanto os homens queiram falar, o quanto os livros e escritos queiram comunicar, o quanto a mídia explore, ou mesmo a internet, o quanto queiram dizer aos brados para o mundo sobre qualquer assunto. A verdade, cremos, é absoluta, imutável, imperecível, e não perde seu colorido e nem sua autoridade – a verdade é simplesmente a verdade! Ela é sempre a verdade, qualquer que seja o tamanho da oposição que lhe queiram oferecer.
A verdade é como as rochas do estreito de Gibraltar: há séculos e milênios que as águas do mar batem-lhe frontalmente, provocando muitos estrondos, mas essas rochas não se abalam, não tremem, e nem sequer se movem do seu lugar. Estão ali, fincadas no seu lugar, inabaláveis.
Bem, uma vez que nada se pode contra a verdade, a não ser a própria verdade…
A pergunta pertinente, então seria: – A Bíblia é verdadeira, e digna de toda confiança? Então ela seria a genuína Palavra de Deus para o homem, falem o que quiserem contra ou a favor. Em caso contrário, então não mereceria o nosso crédito.
Precisamos, contudo, ser criteriosos, para não incorrermos no erro de precipitarmos conclusões, o que só nos faria inchados no intelecto, pensando que descartamos o que “era apenas uma palavra interessante, que chegou a impressionar ao mundo, e já perdeu a importância, passou a sua época, e agora já era”. Mas o que devemos descartar, e o que devemos acolher como legítimo e bom?
É mister considerar que temos herdado de nossos primeiros pais, desde o início da história de nossa raça humana, mentes que falham, e tentam ser corretas à medida que, após cada erro, fazemos uma nova tentativa para alcançarmos o alvo a que nos propusemos. Quantas vezes erramos em contas aritméticas, em falhas de memória, em raciocínios viciados, ao ponto de necessitarmos algum recurso ou alguém que nos cumpra o favor de prestar-se a ser um nosso revisor!
Uma enorme frustração, contudo, é alguém chegar à conclusão, somente depois de muitos anos, de que aplicou certos princípios para selecionar e tratar os fatos, usando de uma metodologia que lhe ocultou grandes, ou mesmo sutis, lapsos e furos, por onde escapou-lhe, como que por entre os dedos, a veracidade que tanto procurava.
É por este motivo que escrevemos esta obra, pois que na multidão dos conselhos reside a sabedoria, e tomar-se iniciativas embasados em assertivas pessoais e unilaterais não é uma trilha de sucesso. Esta senda, uma vez tomada, deixa-nos sujeitos a sermos levados a qualquer tipo de fim, seja este bom ou mau – e neste caso, o resultado final foge ao nosso controle!
Pela grandeza, pelo caráter inatingível que os céus dos céus se nos mostram; pela atratividade da onipotência, da onisciência e da onipresença de Deus; pelo tremendo amor que permeia no Ser Divino; pelas Suas virtudes, por Sua fascinante bondade; e também, por outro lado, pela temível condição de Juiz do Universo, queremos e desejamos encontrá-Lo, ter aquele momento inesquecível de encontro com Ele, e desfrutar da Sua imensa graça. Como alcançar tal ventura, se Ele, que tem todas as condições de vir ao nosso encontro, não Se revelar a Si mesmo a nós? Certamente que Ele já iniciou este processo na história da civilização humana, e os métodos e os veículos desta revelação foram escolhidos por Ele mesmo.
Nesta obra, focalizamos o ponto em que se chega a questionar-se a Bíblia é, de fato, o veículo mais adequado para Ele se nos revelar.
Desejamos que esta leitura sirva-nos para aguçar a reflexão sobre o tema. Se esta nos servir de guia ou de alerta para alguma questão relevante em nossa busca, cremos que, mais do que o autor, a Verdade divina é que irá ficar satisfeita.
Procuraremos nos ater a fatos, muito mais do que a propostas filosóficas, pois são estes que falam com força e vigor, mais que as palavras. Fatos são alicerces que dão segurança e direção aos nossos honestos pensamentos. Que nos isentemos de correntes de pensamentos vários, para apenas nos colocarmos livremente diante desses fatos, para aceitarmos aquilo que é realmente a Palavra e a vontade de Deus.
INTRODUÇÃO:
Toda filosofia intenta lançar luz a alguma coisa, fato ou idéia, segundo os pensamentos, enfoque, ou visão de quem a cria. Procura assentar suas bases em premissas julgadas inabaláveis e sobre estas, então, se constrói todo um sistema tido por perfeitamente lógico, e que tenha coerência interna.
Uma característica muito particular de uma filosofia é que esta não tem limites nacionais, morais, educacionais, culturais, religiosos ou estéticos. Em vez de considerar as filosofias outras já lançadas anteriormente, apresenta-se sempre como uma novidade alvissareira, ufanando-se de haver descoberto a verdade (ou alguma sua substituta), um tanto encoberta aos olhos de seus antecessores, ancestrais, mestres, gerações passadas, etc. Quando muito, aceita partes ou fragmentos de algumas coisas que ouviu ou ficou conhecendo, que alguém o teria sustentado.
Com tamanha elasticidade de postura ideológica, para um filósofo, vale tudo. Vale derrubar ou simplesmente desprestigiar conceitos que considera arcaicos, desfazer-se de pessoas, nomes, livros e livros, costumes, vasculhar tudo, e até mesmo valer-se de expedientes inescrupulosos para alcançar aquilo que para ele chama de “a verdade”. Nada mais importa senão projetar-se, e conseguir a atenção, o respeito de ouvintes e levar outras pessoas para a sua filosofia. É claro que alguns dos grandes filósofos da história não se preocuparam com o seu sucesso, mais do que com a sua verdade subjetiva que julgaram ter alcançado, mas não se pode dizer o mesmo de todos eles.
Assim foi com toda a história da filosofia. Platão olhava para o firmamento, e Aristóteles, seu discípulo, apontava para baixo, para a terra. René Descartes lançou o método da dúvida, o “cogito” para levar o conhecimento à marca do zero, e depois reafirmar as ciências num passo a passo; já Kant dizia que nada era consistente a não ser pela moral, e a ciência nada pode conhecer, pois homem algum foi dotado de uma capacidade real de alcançar as “coisas em si” (às quais ele chamou de noumena), mas captam-se somente impressões pessoais muito distorcidas (fenomena), e nada mais.
Surgiu, então, o Sr. Augusto Comte, dizendo que achou o Positivismo, ou seja, já que não se consegue chegar ao conhecimento real das coisas em si, então vale a pena levantar-se uma ciência com base nas impressões pessoais mesmo. E a ciência, hoje, parece esquecer-se disso, ou fazer de conta que suas asseverações são muito seguras, e assim vem ela vivendo até os nossos dias, pois muitos creem piamente estarem certos desta forma.
Depois, ainda vemos Hegel lançando seu método dialético, abrindo portas e um enorme espaço para o existencialismo, o qual, por sua vez, apela para enfatizar a todo tipo de sentimentos, sejam estes bons ou maus aos olhos de quem quer que seja.
Parece que paramos na era desse existencialismo, no qual, o que vale é experimentar-se algo diferente, realizar-se profunda e intensamente nessas experiências, quer sejam estas religiosas, políticas, psíquicas, morais, amorais ou imorais.
Karl Marx, seguindo essa linha, criou certo tipo de existencialismo socialista que revolucionou o mundo do século XX. Guerras foram levantadas em nome de sua filosofia, muito sangue foi derramado, e até o presente continua sendo, e ainda continuará a sê-lo por algum tempo…
E qual então será o método que nos serve de caminho para nos levar à felicidade? A razão? A intuição? O sentimento? A meditação profunda? O hiperativismo, ou a contemplação passiva? Em qual deles reside a verdade?
Será que o homem pode decidir para qual deles guiar-se e chegar ao conhecimento real? E se o homem decidir guiar-se por um caminho que não leva senão ao engano, conseguiria ele encenar um farsa, ludibriar as pessoas e, quem sabe, também a Deus,? Ou teria ele um espírito nobre, capaz de compreender que é hora de voltar atrás, em favor da franqueza, e da pureza de seus propósitos?
Considerando-se o caminho da razão, este é, na verdade, muito limitado. Aristóteles já chegou, através desta, à conclusão de que Deus existe, e que Ele pode definir o destino dos homens, mas nada mais além. Temendo por seu futuro além-túmulo, exclamou ainda em vida: – “Causa de todas as causas, tem misericórdia de mim!”
E Kant já escreveu o bastante, criticando a razão pura.
O sentimento envolve sensibilidade, mas esta, tanto quanto a razão, agem como o dirigir de um veículo em uma pista asfaltada, onde há óleo derramado. Não há obediência à direção na hora das curvas mais acentuadas.
Os sentimentos não nos servem como guia, porque em seu nome famílias foram destruídas, crianças foram abandonadas, e o caminho que se abriu para, através dele, as paixões desenfreadas se desenvolverem, deixou após si um rastro de dor, humilhações e sangue derramado. Os sentimentos são, outrossim, como uma faca de dois gumes, que aparenta fazer só o bem, mas também é cortante, pontiaguda e perigosa, quando usada do seu lado mau.
E que dizer-se das intuições? Estas aparecem num momento como que a inspirar o interior das almas, convencendo-as de que algo está sendo revelado ao seu conhecimento, algo que alguém rotularia de “estranha abertura do nosso espírito”. Psicólogos behavioristas as chamariam de “insight”. O nosso espírito deixa uma brecha, por onde algo penetra e que vem a nos mostrar alguma coisa de forma diferente de tudo o que se pode sentir no mundo. Algo assim, talvez, como o “sexto sentido”, que transcende à visão, ao olfato, ao paladar, aos ouvidos e ao tato. Às vezes isto acontece num momento crucial, ou muito necessário, apontando para uma saída inusitada. Algo talvez ainda não pensado, ou inédito.
Parecem, então, surgir soluções a problemas. As pessoas que o percebem, muitas vezes exultam alegres, pois que não apenas teriam “achado o valor do “X” da equação”, mas também uma nova maneira de descobri-lo – maneira muito pessoal, não ensinada e nem aprendida por palavras ou gestos humanos. É algo que vem do espírito.
Agora diremos: como sabermos se tais aberturas do nosso espírito não são usadas por bons ou por maus? Sabemos que o mundo espiritual consiste tanto de boas coisas, como de más. Em outras palavras, se os nossos cinco sentidos físicos muitas vezes nos enganam (e por isso nem sempre neles confiamos), não devemos também ter cuidado com esse sexto sentido? Obviamente que sim. Quando vemos uma flecha ou uma lança ser arremetida em nossa direção, não devemos nos desviar ou fugir de seu alcance? Quando ouvimos um estampido ou um estrondo, não nos assustamos? Quando tocamos numa superfície muito quente, não a evitamos? Quando cheiramos algo como o ácido sulfídrico (H2S), não nos sentimos incomodados? E quem pode suportar o cheiro de amoníaco? Assim também nosso sexto sentido precisa estar alerta para discernir o que está recebendo “de fora”, pois nem tudo são flores.
Temos de considerar que nem tudo que reluz é ouro e nem prata. Existem neste mundo coisas que são o que são aos nossos olhos, e outras que não são o que parecem ser. Há coisas que logo diagnosticamos, e há outras que, por mais que tentemos, nossos sentidos não conseguem filtrar, pois a nossa “peneira espiritual” não é fina, e nem nos damos conta disso.
Assim acontece, muitas vezes, com amigos que conhecemos. Alguns são honestamente leais, com toda a franqueza e naturalidade que lhe são próprias. Outros parecem ser tanto amáveis quanto doces; e outros começam mostrando doçura e terminam em amargura; outros, ainda, são hoje bons no trato, mas nada se sabe sobre o amanhã… Assim acontece, muitas vezes, com alguns tipos de percepções que nos vêm visitar, trazendo-nos doces inspirações, revelações, visões, e outros tipos de recepções do sexto sentido. Aparentam ser divinas, mas nem todas procedem da parte do Criador e sustentador da Criação.
Assim também devemos considerar as intuições. Se acharmos que todas elas são boas, pois começam a dar-nos avisos tidos como certos e importantes, seremos tentados a cedo concluirmos que somos os “iluminados” que fomos dotados de excepcional percepção extrassensorial. Acontece que não nos foi dada permissão para nos enganarmos nesta área. Devemos por à prova os espíritos.
Como se provam os espíritos? Se nós, meros seres mortais, que tão pouco tempo de vida temos para adquirirmos a sabedoria, como poderemos nos colocar num posicionamento isento de enganos? Nem sabemos quantos anos de vida e experiência têm os espíritos que andam ávidos por nos enganar. Somos como crianças diante de adultos maliciosos, astutos e ardilosos. Logicamente, não podemos afirmar isto acerca de todos os espíritos, generalizando. Mas aonde poderíamos nos segurar para não sermos levados de roldão neste tsunami de espíritos e filosofias deste mundo?
Precisamos e muito de uma diretriz, uma orientação segura, firme, e que não apresente ondas de vai-e-vem. Só poderemos achar isto na sabedoria divina. E onde? No livro que Ele mesmo teve o cuidado de ordenar que se escrevesse e inspirasse a sua arte final.
E por que haveríamos de confiar num livro tão antigo, nos dias de hoje – esta é uma questão. Respondemos a isto, dizendo que o único Deus, Criador dos céus e da Terra não nasceu ontem, e Ele não está restrito a somente ao nosso século, mas sempre procurou revelar-Se aos homens, desde que o primeiro ser humano passou a existir. E se Ele já se revelava ao primeiro homem, passou a se revelar ao segundo, ao terceiro, e a todas as suas gerações que se seguiram. E cada revelação que foi dada ao homem, certamente que foi registrada, de alguma forma, em algum lugar.
A sabedoria de Deus é eterna, mais do que milenar, mas onde achar esse livro milenar, escrito pela motivação divina?
Não há nenhum outro semelhante: é a Bíblia, são as Escrituras Sagradas. Nela encontraremos a direção de que necessitamos. Mas ela não é cheia de defeitos? Não é muito antiga? Quem a escreveu não foram apenas homens?
Muito evidente é a facilidade precipitada com que se menospreza a Bíblia, em favor de outros livros religiosos, ou mesmo seculares. Esta tendência, porém, tem um princípio que a impulsiona, ao qual procuraremos identificar. Comparem-se os escritos sagrados antigos, e veremos uma notável diferença entre o tipo de literatura, profundidade de sabedoria, autoridade espiritual, ética, moral e confirmações científicas de fatos relatados nos livros da Bíblia de um lado, e os Livros Apócrifos, a Pedra Roseta, as Cartas de Tel-El-Amarna (séc. XIII a.C.), o Código de Hamurabi, os Livros das Dinastias Egípcias (este último, escrito por Maneto, c.250 AC.), a Ilíada e a Odisséia de Homero (data provável do séc. IX a VIII a.C), etc., de outro lado. Não menosprezamos a nenhum desses mencionados, reconhecemos sua arte, estilo, beleza literária, religiosidade e respeitamos as crenças que deles se originaram, mas não há como se negar a superioridade bíblica, bem como sua alegada antiguidade que remonta ao princípio da Criação. Além disso, temos as evidências arqueológicas a comprovarem abundantemente sua veracidade e credibilidade, de múltiplas formas.
Vemos muito claro no Novo Testamento e também em alguns livros do Antigo Testamento que Jesus Cristo é o centro, a figura de proa, que é visto direta ou indiretamente como a grande Revelação de Deus para a nossa época.
A palavra profética revelada em Cristo nos mostra sua infalibilidade – tudo o que Cristo profetizou para sua época realmente aconteceu – cegos tornaram a ver, paralíticos andaram, mortos ressuscitaram pelo poder de Sua palavra. Algumas palavras se cumpriram integralmente após a sua morte, tais como: a sua própria ressurreição, a descida do Espírito Santo (no dia de Pentecoste), a queda e destruição de Jerusalém e do Templo, de onde não ficou pedra sobre pedra. Outras suas palavras ainda estão para se cumprir no tempo do fim, e por isso ainda não se cumpriram, mas a altíssima credibilidade de Cristo nos indica que o que foi dito por Ele já está determinado.
Cristo tornou-se, pois, meritoriamente, o referencial, o ponto de convergência, o fiel da balança, o Mediador entre Deus e os homens. Se há alguma mensagem, alguma palavra inspirada que não O enalteça, ou que desvie o foco de sua mensagem para outros espíritos ou outras pessoas, fica eivada de suspeitas.
Dirá algum leitor: “ – Mas eu tenho plena certeza de que as mensagens, e as intuições espirituais que tenho recebido são boas, são amistosas, de inspiração maravilhosa, e não podem vir senão do Criador…” E nem dá ensejo para parar e pensar ou ponderar.
Assim pensava certo médium espírita de linha branca, quando discutiu com outro que era usado em linha mais “baixa”, alegando que o “seu espírito-guia” vinha do céu, de Deus, e que jamais teria comunhão com espíritos de outras linhas (umbanda, quimbanda, candomblé, esquimbanda, etc.). Para tirar a teima, fizeram um trato: deixariam que ambos fossem “canalizados” (possuídos por espíritos), e, estando ambos os canais humanos fora de suas consciências, deixariam ali algumas pessoas para testemunhar o que ambos os espíritos falariam. Para sua surpresa, quando recobraram os seus sentidos, após uma sessão, as testemunhas foram unânimes em dizer que ambos os espíritos “baixaram” e tiveram um longo diálogo, durante o qual concordaram em tudo, em perfeita harmonia, um com o outro. Esta foi uma das causas que levara, mais tarde, o médium de linha branca (também chamado de “alto espiritismo” ou de “espiritismo kardecista”), a abandonar a crença e as práticas religiosas espíritas, para dar lugar a que Jesus, o Cristo, passasse a ser a sua profunda e verdadeira inspiração espiritual. O médium passou a ser ex-médium, pois converteu sua fé unicamente a Cristo. Seu nome é Raphael Gasson, e escreveu a obra “Espiritismo, Fraude Cativante” , traduzido pela Editora Betânia, Venda Nova, Belo Horizonte.
Este episódio não acontece apenas nas seitas espíritas. Há muitas religiões hoje, cujos fiéis se julgam os “verdadeiros”, mas no final, não passam de seres iludidos. Por isso mesmo a Bíblia diz: “- provai os espíritos, para ver se eles são de Deus”! Certamente que a ausência de dúvida, ou de verificação do bom senso, cega a tal ponto em que as pessoas sequer dão ensejo a uma crítica saudável, e uma ponderação necessária para se chegar a uma fé pura e equilibrada, sem contaminações deste mundo e do além.
A Igreja Católica, Apostólica e Romana, por exemplo, perseguiu com longa guerra aos protestantes, também chamados de huguenotes. Já o papa Bento XVI, recentemente, pediu oficialmente perdão pelos erros que cometera sua denominação nessas perseguições do passado. Às vezes essas coisas demoram, mas, não raro, as pessoas chegam a arrepender-se de suas falhas, seus erros de julgamento, e fazem confissão por todo o grupo ou clã que representam.
Não podemos, por outro lado, ignorar as lições da história. O autêntico cristianismo SEMPRE, em todas as épocas, foi perseguido e colocado no banco dos réus. Tal e qual nos dias de Jesus, até mesmo milagres incontestáveis hoje são difamados e desprezados, colocados em posição vergonhosamente rebaixada sob desculpa de “uma ótica excepcional” ou “nova”, ou “diferente”.
Com isso, o espírito tenebroso da confusão se aproveita para atordoar as nossas almas e intenta fragilizar o poder de Deus e das Sagradas Escrituras, às quais Jesus recorreu direta ou indiretamente, conferindo-lhes autoridade e legitimidade divinas.
Muitas seitas hoje menosprezam as Escrituras, arrogando a si, somente, a verdadeira inspiração divina, mas se a própria Bíblia diz-nos para não crermos em todo espírito…
Como já temos visto, há poderes e poderes. Há Profetas e profetas, Igrejas e igrejas, Apóstolos e apóstolos, Messias e messias. O mundo sempre teve de conviver com os bons e os maus, os verdadeiros e os enganadores, os puros e os poluídos, os que são de Deus e os que não o são. Há até mesmo alguns que hoje ainda arrogam a si mesmos o título de “únicos verdadeiros”. Cristos alegadamente reencarnados, mesmo sabendo-se que está escrito que o verdadeiro Senhor Jesus Cristo, quando em seu ministério terreno, já nos havia advertido que após ele, viriam ao mundo falsos cristos.
“Surgirão muitos falsos profetas e enganarão a muitos” (Mateus 24:11).
“Então, se alguém vos disser: – Olhai, o Cristo está aqui, ou ali – não lhe deis crédito, pois surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos. Prestai atenção, eu vo-lo tenho predito. Portanto, se vos disserem: – Olhai, ele está no deserto! Não saiais; ou: olhai, ele está no interior da casa! Não acrediteis, pois assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até o ocidente, assim será também a vinda do Filho do Homem.” (Mateus 24:23-27).
Ao analisarmos as filosofias, seitas e religiões, não poderíamos nos furtar de tomar toda a cautela que precisamos ter. Tratam-se de grupos que se apresentam como detentores da verdade. Proclamam serem os únicos “corretos espiritualmente”. Não estariam eles enganados, como tantos outros?
Precisamos pedir a Deus que nos esclareça. Nossa capacidade humana de julgar é extremamente vulnerável e sujeita a muitos erros, como já temos visto. Oremos por isto com toda sinceridade de nossos corações.
Deixemos que a Bíblia responda por si. E cada um faça sua escolha, usando de todo o bom senso que Deus lhe conceder.
E A BÍBLIA É A PALAVRA DE DEUS?
Segundo várias seitas espíritas, materialistas, islâmicas, racionalistas, ateístas, livres pensadores e conforme outras correntes de pensamento o preconizam, isto não seria bem assim. A Bíblia é colocada em cheque por estes e por aqueles, sofre ataques os mais diversos, e, após graves e leves acusações, o mundo apenas a coloca na conta dos “Devedores Duvidosos”. Deixam-na de lado, ou estraçalham-na, para depois dizerem que aqui ou ali “acharam” alguma coisa boa dentro daquilo que restou de uma seleção tida por criteriosa, algo que se possa aproveitar dentro de seus pontos de vista já previamente formados. Isto é o que já temos comentado, e é um perigo que devemos evitar.
Category Revista | Tags: APOLOGÉTICA, DEFESA DA FÉ CRISTÃ, CRISTIANISMO NO BANCO DOS RÉUS, CRISTIANISMO NO BANCO DOS RÉUS, DEFESA DA FÉ CRISTÃ
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