A BÍBLIA SOB ATAQUES (X)
Comentarios desactivados en A BÍBLIA SOB ATAQUES (X)agosto 9, 2012 by Bortolato
SOBRE INTUIÇÃO ESPIRITUAL:
Como já temos comentado, o mundo espiritual está dividido em dois reinos – o da luz e o das trevas.
Também já temos dito que as trevas são um reino de enganos, mentiras e falsas idéias e noções.
É certo que muitos dos que cooperam para o progresso do reino das trevas não sabem que nelas estão caminhando, sendo guiados por uma falsa luz, como que tomando parte de um filme “3-D”, e vivendo-o como se fora uma realidade. Como se foram protagonistas de um enredo que envolveu suas vidas, dando-lhes a impressão de que estão no caminho correto, e que terão um final feliz, mas no fim sofrerão o desencanto de uma outra realidade, não esperada.
Por outro lado, aquele que pertence ao Reino da Luz entende qual seja a verdadeira luz que ilumina os seus passos, Quem é o que lhe conduz na vida, qual será o seu futuro de glória. Este sabe que existe também a falsa luz, que procura desviar os amigos da Verdade e da verdadeira luz, da qual é muito fácil desviar-se, e que os “falsos amigos espirituais” vivem intentando mostrar-lhes um atalho ou mais que, no final, não nos leva ao Reino de Deus.
Jesus disse: “Buscai primeiro o Reino de Deus e a Sua justiça…” (Mateus 6:33; Lucas 12:31)
Como podemos obter uma direção segura para adentrarmos ao Reino dos céus de Deus? A Palavra de Deus é muito segura, e clara. Até o louco a entende. Ela é lâmpada para nossos pés e luz para o nosso caminho (Salmo 119:105).
Se, porém, colocarmos nossos sentimentos, nossa sensibilidade, nossa capacidade intuitiva, ou mesmo nossos raciocínios (estes podem ser definidos como intuições intelectivas) à nossa frente a nos guiar, podemos ter certeza absoluta de que fatalmente seremos enganados por espíritos enganadores que, quando logram sucesso nessas suas obras, gabam-se disso e zombam dos homens que neles confiaram.
O mundo espiritual é muito sutil, complexo, escorregadio e cheio de armadilhas e surpresas. Nós, os que vivemos neste nível material, temos dificuldades de enxergá-lo por completo. Na verdade, enquanto Deus não Se nos revelar, somos como aqueles que tiveram os olhos vendados, e procuramos andar assim. Os espíritos enganadores são como aqueles que nos dizem que podem nos mostrar o que existe por trás das nossas vendas, mas mostram-nos apenas uma parte, e distorcem todo o restante, ou ainda um caminho todo errado.
Pois que feiticeiros, adivinhos, astrólogos, magos, ocultistas, bruxos, médiuns, sensitivos e outros congêneres têm tido, sim, contato com o mundo espiritual – mas utilizando-se e valendo-se de suas fontes espirituais que os guiam – e estas não provêm do Reino de Deus, muito embora possam afirmar sê-lo.
Falam e afirmam coisas que parecem até maravilhosas, profundas, com sublimes palavras, que despertam a curiosidade e o interesse de alguns. Fazem uma imagem multicolorida das facetas e detalhes do mundo espiritual, e das forças com que lidam. Alguns descuidados, alguns desavisados, infelizmente, caem em suas aparentemente “doces propostas”. Outros, nem tão desavisados, querem crer que seria este o caminho mais feliz do mundo, e tampam seus ouvidos para os avisos de perigo.
Advertimos mais uma vez que o mundo espiritual é muito escorregadio, e cheio de surpresas repentinas, tanto boas como más – e existem mais enganos e erros nesta área, do que acertos. Os prudentes saberão desmascarar a operação do erro. Como Jesus mesmo disse: “larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e são muitos que entram por ela (pois que errar é o mais fácil – acertar o alvo é que são elas) – e estreita é a porta, e apertado o caminho que conduz à vida, e são poucos os que a encontram” . (Mateus 7:13-14)
Como as pessoas são tão enganadas? Através das ilusões, tanto as desta vida, como as do mundo espiritual.
Procurar o caminho correto é parte do ser humano, mas conseguir achá-lo e trilhá-lo até o fim, só o logram aqueles que têm parte com Jesus. Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida (João 14:6). Aquele que sai fora dos trilhos de Jesus, pode achar-se muito sábio, mas com toda essa sua sabedoria, verá o vagão de sua vida, em certo ponto do trajeto, descarrilar.
O apóstolo Paulo nos exorta com suas palavras:
“Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos deste mundo e não segundo Cristo” (Colossenses 2:8).
Já temos visto que o Espírito Santo foi derramado no dia de Pentecostes, cinquenta dias após aquela Páscoa em que Jesus foi crucificado. E este Espírito Santo continua agindo na igreja de Cristo, desde que Ele tenha liberdade de ação. É o Espírito Santo que guiou os apóstolos, e os que os seguiram. Jesus o chamou de Espírito de Verdade que o mundo não pode receber, mas, como bem falou a Seus discípulos: “mas vós o conheceis, pois habita convosco, e estará em vós” (João 14:17).
Este Espírito Santo é o Consolador que Jesus prometeu aos Seus, pois que o Mestre disse que não os deixaria órfãos.
Se, pois, Jesus era o consolo divino, vivo em carne e ossos para Seus discípulos e os Seus, e não deixaria a estes como órfãos, logo, o Espírito Santo não demoraria a visitar os discípulos do Cristo, que tanto perseveraram em segui-lo durante o Seu ministério terreno, por aqueles três anos de sinais, prodígios e maravilhas de Deus. Se esta promessa fosse cumprir-se apenas após séculos e séculos, como pensam alguns, então seria falsa, vazia, e perdeu o seu sentido.
Não demorou mais que dez dias, desde a data em que Jesus subiu ao céu, cessando aquela sequencia de aparições em corpo espiritual após sua morte, até que chegasse o dia de Pentecostes, e o Espírito Santo descesse sobre os discípulos. Desde então, Jesus passou a assentar-se à destra do Pai – mas os Seus seguidores receberam o Paracleto, o Consolador. Não houve nenhum outro Consolador, desde então, da parte do Pai e de Jesus.
Foi assim que a igreja veio caminhando, sendo guiados pelo Espírito Santo, para que não se desviassem deste único Caminho, que é Jesus. A fim de corroborar com o poder de Deus, foram-lhe inspiradas as Escrituras Sagradas, para que homens não distorcessem as palavras dignas e boas para ensinar, corrigir e redargüir todo o servo de Deus.
Ainda assim, houve quem se desviasse do Caminho, mesmo que o tendo conhecido um dia. Inclusive líderes. Pastores, padres e até mesmo bispos.
A Palavra de Deus, porém, é incisiva, é cortante para podar toda “vara que não dá bom fruto” (João 15:2), e recompensar aos que a ouvem e a praticam (Mateus 7:24-27), deixando à sua própria sorte os que não a querem praticar.
Deixamos aqui a nossa finalização.
Houve, já, no passado, outros que intentaram comentar e interpretar as Escrituras Sagradas à luz de revelações de espíritos, que não o Espírito de Deus. Estes caíram em contradição também porque colocaram-se como pretensos espíritos de Deus, negando, torcendo sentidos, alterando palavras, dissimulando suas intenções verdadeiras, e simulando pureza de sentimentos, menosprezando a verdadeira inspiração divina que a Bíblia nos traz.
Estes pareciam ser pioneiros nessa empreitada, mas este projeto de Satanás é tão antigo quanto a primeira tentação no jardim do Éden, quando colocaram-se coisas em dúvida e lançaram-se “novas idéias” a respeito do que o Senhor Deus havia dito anteriormente.
“Esta (a serpente) disse à mulher: – é assim que Deus disse: – não comereis de toda árvore do jardim?” (Gênesis 3:1) E disse a mulher à serpente: ….
“Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais.
Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis, porque no dia em que comerdes desse fruto, os vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal.” (Gn.3:3-5)
Jeremias 23:16 e seguintes versos também adverte:
“Não deis ouvidos às palavras dos profetas que entre vós profetizam; eles vos ensinam vaidades. Falam da visão do seu próprio coração, não da boca do Senhor… mas qual dentre eles esteve no Conselho do Senhor e viu, e ouviu a Sua Palavra? Quem esteve atento à Sua Palavra e a ouviu?…. Não mandei esses profetas, todavia eles foram correndo; não lhes falei, todavia profetizaram. Mas se estivessem presentes no meu conselho, teriam feito ouvir as minhas palavras ao meu povo, e o teria feito voltar do seu mau caminho e da maldade de suas ações…. Sim, sou contra esses profetas, diz o Senhor, que usam de sua língua e dizem: Ele disse. Deveras sou contra os que profetizam sonhos mentirosos com suas mentiras e suas leviandades, mas eu não os enviei, nem lhes dei ordem. Não trazem proveito nenhum a este povo, diz o Senhor”.
Estas palavras, certamente, fazem tremer a todos os que têm o desejo de ser fiéis a Deus. A intuição foi a porta aberta para muitos saírem e desviarem-se da sã doutrina, e de uma fé pura e aperfeiçoada. É preciso tomar cuidado, pois Deus não se deixa escarnecer, e não dará a Sua glória a outrem.
“Muitos de vós não sejais mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo” (I Timóteo 1:7; Tiago 3:1; II Pedro 2:1).
Assim, não devemos dar crédito a todo espírito, mas sim, prová-los, para sabermos se provêm de Deus. Assim escreveu João em sua 1a. Carta, pois que já em sua época havia esse tipo de coisas. Se o Espírito Santo veio sobre os apóstolos, cumprindo a promessa de Jesus aos seus discípulos, então não precisamos e nem devemos colocar os nossos olhos em algum outro “alter” substituto do Filho de Deus nesta Terra. O Consolador já veio e está na Terra há milhares de anos.
Category Revista | Tags: APOLOGÉTICA, DEFESA DA FÉ CRISTÃ, CRISTIANISMO NO BANCO DOS RÉUS
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