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ESTER – IX – REMOVENDO AS MONTANHAS

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junio 8, 2020 by Bortolato

Ester capítulo 8

… Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: passa daqui para acolá. Nada vos será impossível.” (Mateus 17:20)

Temos visto notícias sobre desmoronamentos de montanhas que causam muitos estragos, bloqueiam caminhos e estradas, e alguns desses acidentes são fatais.

Há montes que se interpõem em nossos caminhos como se tivéssemos chegado ao fim da linha de nossas estradas, e que não teremos mais saída. Isso chega a ser assustador.

Referimo-nos a montanhas de dificuldades. Problemas que se tornaram ameaças, com aparência de insolúveis. Estes assumem as mais variadas formas de apresentação, isto é, atacam usando diversas frentes, colocando as pessoas em uma posição que as faz sentir como que cercados por inimigos posicionados para uma batalha. Considerando as possibilidades humanas, o futuro é morte certa, mas existe uma esperança, uma saída muito oportuna, benfazeja e honrosa, por sinal.

A natureza humana é a de apegar-se a quaisquer resquícios de esperança que estejam ao alcance, mas antes de alguém achar a solução que lhe seja favorável, um conselho a tempo: para questões impossíveis, sem nenhuma saída visível aos olhos, devemos estar certos de que esta seria a opção que é dada pelo Deus dos impossíveis, o Único que pode socorrer, inverter a ordem das coisas, resolver e dar a salvação.

Chorar seria uma reação até muito comum nessas circunstâncias, mas o choro de desabafo mina as forças morais que detemos dentro de nossas almas. Deixemos, pois, o choro para depois que vermos a montanha ser transportada para o fundo do mar. Antes disso, poupemos o fôlego. Tudo tem o seu tempo certo, e o tempo de estar alerta e pronto para o confronto não dá espaço para um confronto com inimigos. Na hora de medir-se as forças, não nos permitamos desmoronar. Quem tem que desmoronar é a montanha, e não nós.

Como fazer isso? Se temos pouca força, com poderemos enfrentar enfrentar perigos enormemente ameaçadores, quando tudo que se nos mostra está determinando que perdemos a luta?

Espere um pouco, e pense. Remover a montanha, só por milagre, OK? Quem é que tem o poder de realizar tais milagres?

A palavra de Jesus é clara: – “…se tiverdes do tamanho de um grão de mostarda…” (Mt. 17:20)

Que fé é essa? E quem sou eu para fazer uso de algo assim? Esta parece ser uma arma que não é comumente acessível e muito pouco se ensina sobre como podemos aprender a manejá-la.

Vamos começar do começo. Esta fé envolve duas pessoas: Você e Deus.

Esta fé dentro de Vc pode ser bem pequenina, mas Jesus disse que ela precisa ter o tamanho de um grão de mostarda. Sementes de mostarda são bem pequenas sementes das várias espécies de mostarda. Essas sementes têm cerca de 2 mm de diâmetro e têm cores que vão do branco amarelado ao preto. Pelo seu tamanho, cabe muito bem confortavelmente dentro de seu coração. Isto seria o suficiente para mover as montanhas, conforme a palavra de Jesus.

Para melhor explicar, vamos a um exemplo prático.

Quero lhes apresentar um problema ocorrido no passado, que definia um futuro terrível para os judeus, no ano 473 A.C., na Pérsia.

O povo judeu foi sumariamente condenado, sem ter havido julgamento, a ser exterminado no dia treze do duodécimo mês, de Adar, conforme o calendário persa, e isso foi decretado desde o primeiro mês, de Nisã, daquele mesmo ano.

Tudo começou devido a uma questão de intolerância racial, em um ódio incontido mas oculto dentro do coração do primeiro ministro da Pérsia, o amalequita Hamã. Era um ódio decorrente de um preconceito social contra os judeus, tal como o que Adolf Hitler nutriu e partiu com força contra esse povo. Os motivos para tamanho ódio não se justificam diante dos princípios da moralidade, da justiça plena, do respeito ao próximo e de que todos serão julgados de modo igual diante de Deus.

Hamã pertencia a uma outra raça, amalequita, que sempre se portou como predadora e inimiga do povo judeu. Ele desejava a morte a todos os judeus, mas um deles lhe serviu do estopim que detonou, causando terror para os que pertenciam à linhagem daqueles a quem odiava profundamente: Mardoqueu, o primo da rainha Ester, uma órfã que este criara como sua filha adotiva. Visando a este último em primeiro plano, Hamã apontou uma “bomba nuclear” na direção de todos os exilados de Judá, que estavam vivendo sob a batuta e o cetro da Pérsia.

Acontece que Hamã não sabia que Ester era tão judia quanto Mardoqueu – e mais: o amalequita arranjou uma desculpa muito bem forjada, a fim de convencer ao rei Assuero a consentir com aquele genocídio, e o monarca, certo de estar sendo dirigido por um homem pensador, um sensato estadista, sábio, excelente administrador de seu reino, sem duvidar da capacidade deste de levar o caso à melhor das soluções, caiu na armadilha. E assim o rei acabou concordando sem muito pensar a respeito, e um decreto xenofóbico e assassino foi editado e publicado em 127 províncias do império Persa, o maior do Oriente Médio da época, para terror de um sem-número dos filhos de Jacó.

A rainha Ester fez o que ela menos queria fazer, que é arriscar a sua vida para enfrentar a “fera desenjaulada”, Hamã, mas uma vez sentindo que não poderia abandonar o seu povo, pediu que este fizesse três dias de total jejum, e orações ao Senhor Deus Yaweh, suplicando pelo sucesso na sua tentativa de desfazer aquele tenebroso andamento que as coisas estavam tomando.

Durante aquele jejum, do qual ela mesma participou juntamente com as suas servas, os corações se abriram e se derramaram diante do único Deus que tem o poder de defender o Seu povo. Os resultados disso se sucederam depois…

A rainha Ester assim preparou-se, cultivando e aumentando o tamanho de sua semente de mostarda, jejuando e colocando-se insistentemente durante três dias diante de Deus, e o seu povo assim também o fez.

Sentindo-se então fortalecida na fé, ela passou para a ação. Era a “hora do vamos ver”. Ela então respirou fundo, se posicionou de tal forma que conscientizou-se a si mesma dentro do rol dos que estavam para morrer, e convidou o rei e Hamã para dois banquetes, em particular, a três.

Aqueles banquetes de Ester tinham um caráter inicialmente enigmático para Assuero e Hamã, que criaram uma expectativa de receberem da rainha a apresentação de algum projeto ou petição. O rei prometera dar a ela, na ocasião, até metade do seu reino, na sua maneira de expressar sua afeição e gentileza para com a sua amada rainha.

Foi quando Ester denunciou a Hamã, dramaticamente pedindo a Assuero para salvá-la, e ao seu povo, em sua petição. Na ocasião, as coisas se desenrolaram de tal forma, que o rei acabou concordando que o agagita realmente era um sanguinário, prepotente, que aproveitou-se da confiança que lhe fora dada para inserir um decreto que visava, no fundo, aplacar a sua ira contra Mardoqueu e todos os judeus, satisfazendo sua sede de vingança pessoal. E dessa maneira, o decreto atingia também a rainha, mesmo sem ele o saber, pois foi somente aí que ela expôs qual era a sua origem racial.

Resumindo um pouco a história, Hamã foi sentenciado à morte, e o caso do ódio do amalequita contra judeus foi eliminado do palácio de Susã. Malgrado todo esse transtorno, ainda estava de pé aquele decreto que marcou a data para a matança dos judeus para o final daquele mesmo ano.

Para complicar as coisas, os persas tinham elegido uma “cláusula pétrea” entre os dispositivos legais de seu ordenamento jurídico, o qual rezava que os decretos selados com o anel do rei, o que era equivalente à sua assinatura, não podiam ser revogados.

Eis aí o problema: uma questão do tamanho de uma montanha à frente, prometendo um colapso no reino, que dirigia a espada do povo contra uma nação que não era infiel ao rei da Pérsia. Isto seria uma injustiça, fruto de uma calúnia muito bem armada, cujo final era amedrontador. Os judeus pareciam viver antecipadamente a sua própria morte a cada dia que se aproximava do dia fatídico.

Assuero passou a Ester todos os bens de Hamã, coisa que não era de pouca monta, e ela apresentou Mardoqueu ao rei como seu pai de criação, o qual passou a ser o administrador daquele espólio.

Mas o coração de Ester ainda estava amargurado. Aquela sentença maldita ainda pesava em seu coração. O seu inimigo número um já estava eliminado, mas as consequências do rastro que ele deixara, ainda legitimava outros a agirem dentro do propósito do seu ódio.

Ester põe-se de joelhos diante de Assuero, e suplica pela revogação daquele decreto maligno. Assuero estende-lhe o cetro de ouro em sinal de sensibilidade pelos sentimentos de sua rainha, e então concede-lhe uma grande possibilidade: estudarem uma nova redação, que pudesse favorecer ao judeus com um novo decreto, desde que respeitados os termos do anterior, o qual, por maligno que fosse, não podia ser revogado, segundo a lei dos persas.

Isto seria feito através de uma carta aos judeus de modo a estes podererm erguer as suas cabeças, não perderem as esperanças, porque estava desmascarada a trama de Hamã, o que já era um grande passo.

Mardoqueu mesmo cuidou bem deste aspecto. Estudou o teor do decreto inicial e escreveu de forma a respeitar a redação do mesmo, mas regulamentando de maneira esclarecedora detalhes importantes a favor dos judeus.

O decreto inicial era uma tremenda montanha constituída de medo, horror, e desgosto aos judeus, mas o edito final dado por Mardoqueu simplesmente recortou aquele grande monte de modo a abrir passagem para que todo o seu povo pudesse passar e seguir a sua vida em frente.

Essa nova carta foi endereçada aos judeus, aos sátrapas (os governadores das cinco grandes regiões do império), aos governadores provincianos, e aos príncipes das províncias.

( * ) Observação: Estaremos dando mais detalhes sobre essa carta no apêndice juntado a este texto, logo abaixo.

Assim foi que ficou bem explicado a toda a população o que foi que levou Assuero, também chamado de Xerxes, a expedir o primeiro decreto, o qual, na verdade, não podia ser revogado. Mesmo que pesasse muito toda a maldade de Hamã, estava valendo a descriminalização de ataques e atentados contra os judeus naquele dia marcado do mês de Adar. Isto foi algo de espantoso. Os inimigos de Israel que quisessem dispor-se a assassinar judeus, ainda podiam fazê-lo, apesar de tudo!… isto porque os decretos selados com o selo do imperador não eram passíveis de revogação, e tinham que ser cumpridos! O profeta Daniel que o diga, pois ele teve que ir para a cova dos leões, mesmo a contragosto do próprio rei Dario, perto do ano 537 A.C. (Daniel 6:8, 14 a 16).

O que ficou claro, porém, neste segundo diploma legal, é que a isenção de culpa de homicídios contra os judeus naquela data marcada foi estendida também aos próprios atacados, que passaram da condição de condenados, para a de autorizados a se reunir, organizarem-se, armarem-se e defenderem-se com armas e com fogo, contra os prováveis algozes que se dispusessem a aproveitar-se da ocasião para extravasarem o seu ódio e sede do sangue judeu.

Esta última carta foi enviada às pressas a todas as províncias da Pérsia nos ginetes do correio, a fim de impedir que alguém, apressado, quisesse adiantar-se e começassem a matar os judeus ex tempori.

O que realça a beleza da Palavra de Deus neste capítulo é que Mardoqueu, o homem que foi o principal alvo da ira de Hamã, uma vez tendo sido apresentado por Ester como seu parente próximo, foi feito primeiro ministro no lugar de seu pretenso assassino. Ele esteve vestido de panos de saco e com cinzas em sua cabeça, fora do palácio real, mas ali adentrou para ser honrado de tal modo que da presença de Assuero ele saiu vestido de um vestido real azul celeste e branco – por sinal, as cores das vestes sacerdotais e de cortinas do Templo de Jerusalém. Ele passou a andar também com uma capa de linho fino e púrpura, e adornado de uma grande coroa de ouro.

A cidade de Susã exultou e se alegrou; e para o judeus, houve luz, alegria, gozo e honra, ao ponto destes formarem banquetes, e até troca de congratulações entre os tais. Muitos persas e de outras nações até se tornaram prosélitos, porque encontraram entre os judeus muitas bênçãos que os atraiu, principalmente o temor ao Deus de Israel, que lhes impressionou sobremodo.

Notemos a diferença que houve. Os judeus eram considerados como um povo condenado à morte. Muitos deles sentiram que o seu fim já era determinado, de modo que a vida que levaram durante aqueles dois meses antes do segundo decreto de Assuero, era de desesperança, como a daqueles que são colocados no corredor da morte, sem mais expectativas de vida.

Aconteceu que Deus ouviu os clamores do seu povo, e por mais que pareça que Ele esteve ausente em todo esse processo, Ele estava ali, presente, inspirando a Mardoqueu e a Ester, para agirem debaixo de Sua unção, e o resultado foi admirável.

Há muitas pessoas neste mundo que andam como condenados, parecendo verdadeiros zumbis, mortos vivos, devido à falta de esperanças. Exorto a que vejam o exemplo que narramos, comentando o oitavo capítulo do livro de Ester.

Leiam também os Salmos, livro cheio de inspiração para quem se acha em dificuldades.

A tristeza pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã” (Salmo 30:5)

Quando Jacó recebeu a notícia de que seu filho José ainda era vivo, e depois de vinte anos pensando que o seu predileto estava morto, todos notaram que ele pareceu ter recebido a seiva da vida, e voltou a viver de fato. (Gênesis 45:26-27) Jacó passou a ter uma nova vida.

Disse Jesus: – “O ladrão não vem senão a roubar, a matar e a destruir; Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância.” (João 10:10)

Esta palavra é dada a todos os que se sentem cansados e desesperançados.

Disse outra vez Jesus: – “Eu sou o caminho, a verdade e a vida…” (João 14:6)

Realmente, nós todos precisamos muito de Jesus. Se alguém ainda não O recebeu em sua vida, receba-O, pois hoje é o tempo destinado a isto. Ele nos leva a um nível de vida muito diferente dessa que é a mais comum neste mundo, acima dos tumultos, das acusações de inimigos, e das forças que dominam o presente cenário mundial.

E se Vc já o recebeu, renove a sua vida em Jesus. Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor.

Tenha um excelente dia com Jesus, a cada dia.

( * ) APÊNDICE:

Mencionamos por várias vezes que houve decretos escritos através de cartas seladas com o selo do rei Assuero, e cremos que criamos uma certa curiosidade a respeito do texto das mesmas. O que foi que teria sido escrito em ambas, ao ponto de causar tamanho reboliço entre os cidadãos de todo o reino da Pérsia?

Para melhor esclarecermos como esta situação foi gerada, passamos a transcrever o texto que o historiador Flávio Josefo revela em seu livro 11º de sua “História do povo Hebreu”. Este homem foi um escritor judeu que viveu de 37 a 103 D.C, tinha pai sacerdote e a sua mãe era descendente da família hasmoneana. Criado debaixo da cultura judaica e grega, e falava também o latim e o grego. Era filiado ao partido dos fariseus. Como general judeu, guerreou contra a invasão romana em 66 D,C., e, derrotado, rendeu-se aos invasores, ocasião em que passou a ser subserviente a Roma, e de tal forma foi que acabou por receber o título de cidadão romano, pois até recebeu o nome Flávio, quando então passou a escrever a obra que nos informa com detalhes muitas coisas que não encontramos nas Escrituras.

TEOR DO PRIMEIRO DECRETO DE ASSUERO:

(Usando as palavras que Hamã lhe conferiu)

O grande rei Artaxerxes aos 127 governadores que constituímos desde a Índia até a Etiópia, saudação.

Tantas e tão várias nações estão sujeitas ao nosso império e estendemos o nosso domínio sobre a terra quanto o quisemos, porque em vez de tratar de nosso súditos com rigor, não temos maior prazer que lhes dar todas as demonstrações de nossa estima e nossa bondade, fazendo-os gozar de paz feliz; e, para isso, envidamos nossos melhores esforços, para que sua felicidade seja eterna. Por isso, tendo sido avisados por Hamã, a quem honramos mais que a qualquer outro com nosso afeto, pela sua fidelidade, probidade e sabedoria, de que há um povo espalhado por toda a terra, o qual é inimigo de todos os outros, que tem leis e costumes particulares, que se corrompeu em seus caminhos em seus costumes e que tem por inclinação natural um grande ódio aos reis, que não quer tolerar dominação alguma, nem a nossa, nem a prosperidade do nosso império; nós queremos e ordenamos que, quanto Hamã, a quem consideramos como nosso pai, vos tiver ordenado, vós extermineis todo esse povo com suas mulheres e filhos, sem perdoar a um sequer e sem que a compaixão seja maior do que a obediência. O que entendemos, seja feito no décimo terceiro dia do segundo mês do presente ano, a fim de que esses inimigos públicos, sendo mortos, num mesmo dia, e possais passar em paz e tranquilidade o resto de vossa vida.”

O TEXTO DO SEGUNDO DECRETO DE ASSUERO:

(Com a colaboração de Mardoqueu e dos escrivães da Pérsia)

O grande Artaxerxes a todos os governadores de nossas províncias e a todos os nossos oficiais, saudação.

Acontece muitas vezes que aqueles aos quais os reis cumulam de benefícios e honras por excesso de bondade, deles abusam, não somente desprezando seus inferiores, mas elevando-se a si mesmos com insolência, contra seus próprios benfeitores, como se tivessem deliberado abolir toda espécie de gratidão entre os homens e julgam poder enganar a Deus e esquivar-se da justiça. Assim, quando o favor de seus príncipes os constituiu em autoridade no governo de seus estados, em vez de cuidar somente do bem público, não temem surpreendê-los pelo excesso de suas inimizades particulares e oprimir os inocentes com calúnias. E isto não é apenas uma ideia ou simples suposição ou exemplos passados, mas um crime de que nossos próprios olhos foram testemunhas e que nos obriga a não prestar fé, no futuro, mui facilmente, a toda sorte de acusação, mas cuidarmos antes de indagar da verdade a fim de castigar severamente os culpados e proteger os inocentes, julgando de uns e de outros por suas ações e não pelas palavras.

Hamã, filho de Amedata, amalequita de nacionalidade, e por isso estrangeiro, e não persa, tendo sido educado por nós, com tal honra que o chamávamos nosso pai e havíamos ordenado que todos se prostrassem diante dele, fosse ele considerado o primeiro depois de nós, não pôde conservar-se em tanta felicidade, nem guardar moderação em tão grande prosperidade. Sua ambição levou-o a atentar contra nosso país, chegando mesmo a nos querer persuadir a mandar matar a Mardoqueu, ao qual somos devedores da vida, a procurar, com seu artifício, fazer correr o mesmo perigo a rainha Ester, nossa esposa, a fim de que assim, privando-nos de pessoas queridas, as mais afeiçoadas e as mais fieis, ele pudesse apoderar-se da coroa. Mas, como reconhecemos que o judeus, cuja ruína nos fez decretar, não somente não são culpados, mas observam uma disciplina muito santa e adoram a Deus que nos pôs o cetro nas mãos, como o havia posto nas mãos dos nossos predecessores e que conserva este império, nós não nos contentamos em isentá-los do castigo que lhe seria infligido pelas cartas que Hamã nos persuadiu a escrever, das quais não fareis nenhuma honra; assim, para fazer-lhes justiça, e obedecer à vontade de Deus, que nos governa e nos manda castigar os crimes, nós mandamos enforcar nas portas de Susã esse pérfido homem. Ordenamos que as cópias dessas cartas sejam levadas a todas as províncias, a fim de que todos sejam informados da nossa vontade e deixem viver em paz os judeus, na observância de suas leis e que sejam mesmo auxiliados na vingança que lhes permitimos tomar dos ultrajes que lhes foram feitos durante esse tempo de amargura, escolhendo para esse fim o décimo terceiro dia do duodécimo mês, de nome Adar, em que Deus quis torná-los felizes quando, ao invés, tinha sido destinado para sua completa ruína e nós desejamos que esse mesmo dia traga felicidade a todos os que nos são fiéis e seja para sempre um castigo devido aos maus. Todas as nações e cidades o ­_saberão, também os que deixarem de obedecer ao que é determinado pelas presentes cartas, serão destruídos pelo ferro e pelo fogo. E para que ninguém possa duvidar, nós queremos que elas sejam publicadas em todas as terras de nosso domínio, a fim de que os judeus se preparem para se vingar de seus inimigos, no dia que determinamos.”


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