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I REIS – II – DEUS CUMPRE SUAS PROMESSAS

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noviembre 28, 2016 by Bortolato

Quem já não pousou sua cabeça no travesseiro e ficou pensando em como ou qual será o fim das coisas que estariam ocorrendo?

Algumas ocorrências atuais nos fascinam, e nos levam a querer antecipar um futuro abençoado.   Ansiamos para que os dias corram rápidos, para logo chegarmos a desfrutar daquilo que tanto desejamos.   Parecemos até crianças que vão para sua cama para dormir na véspera do Natal, com aquela expectativa de algo de muito bom, algo novo e surpreendente, que nos aguardará até a manhã do dia seguinte.

Outras coisas não são em nada desejáveis, e procuramos até evitar falarmos nelas.  Nem queremos saber, e muito menos vê-las.

A nossa preocupação, então, passa a ser aquela pergunta que já tem até música com o título que define muito bem o que envolve nossas mentes: – “O que será?”   Só sabemos que o “Que será, será!”

Não temos o condão de desvendar o futuro.   Quem tem pleno domínio e controle sobre as múltiplas influências que construirão os dias à nossa frente é Deus.   E somente Ele.   Logo, se Ele falar algo que atinge o porvir, isso certamente ocorrerá – e de uma maneira aparentemente aleatória, que muitas vezes se nos mostra alheia ao nosso querer.  Que fazer?   Nem será sábio reclamar.

Muitas vezes os acontecimentos se desenrolam de forma tão estranha, que fogem à nossa limitada capacidade  reconhecermos que o caminho é tortuoso, cheio de curvas, em aclives e declives, mas chegará ao destino que o Senhor determinou ou permitiu que assim fosse.

Poderemos até dizer: – “O Senhor falou que… mas está se desenhando tudo tão diferente…”

Os homens se agitam muito, tais e quais ondas do mar, que se arremetem com força impetuosa, mas que batem nas rochas, fazem um estrondo, mostram um espetáculo à parte, mas morrem ali mesmo.  Tais águas não passam daquele ponto, e então voltam para trás.  Não vão adiante, pois Deus lhes impôs um limite.   Assim são os homens, às vezes pensando que irão alterar os planos divinos, tentando quiçá superarem a si mesmos, ou avançarem em algo que terminantemente não pertence à sua alçada, e não se está ao seu alcance.

I Reis, capítulo 1º, nos demonstra este quadro de forma muito clara, em um episódio à parte dentro da História de Israel.  Esses acontecimentos ocorreram por volta do ano 971 A.C.

O rei Davi já estava passando dias em que a sua velhice o deixava deitado por longas horas.  O peso dos anos roubou-lhe o vigor da vida, ao ponto de ficar inerte, ele que era um homem tão ativo, cheio de força, disposição e animosidade.   Não temia lutar, nem mesmo contra gigantes, porém agora o declínio físico o havia alcançado, tolhendo-lhe suas capacidades com forçosos limites, ao ponto de lançarem-no em uma cama.  Chegaram, assim, os dias em que Deus, em Sua soberana sabedoria e cuidado paterno, estava preparando sua alma para ser recolhida.

Ele já nem bem conseguia aquecer o seu corpo, nem com os mais quentes cobertores.  É lógico que isso o incomodava muito, interferindo em seu descanso, causando certo desconforto em suas horas de sono.

Os servos do rei que lhe eram mais próximos então buscaram remediar esta situação, e procuraram uma jovem que pudesse prestar assistência a ele, pois suas condições de idoso já estavam demandando cuidados especiais.   Tal como uma cuidadora de idosos, então, foi escolhida Abisague, uma linda virgem, que tinha também a incumbência de aquecer o corpo fragilizado de Davi em seus últimos dias, dormindo a ele abraçada, a fim de poder criar condições de dar-lhe o conforto necessário.   Isto também a alçava a tornar-se uma das concubinas do rei, a última em uma sequência cronológica; contudo, o rei jamais chegou a conhecê-la na intimidade – não haveria como fazê-lo.

Quando um rei chega a um final de vida dessa forma, cria-se espaço para alguns efeitos colaterais tomarem vulto dentro de seu reinado.   Seus servos e herdeiros passam a tomar medidas por conta própria, e esta liberdade acaba por revelar o caráter de cada um.    Os que são fieis, demonstrarão fidelidade, e os infiéis, a sua infidelidade.

Em algum ponto da vida de Davi, de uma forma profética, provavelmente algo revelado a ele mesmo e também ao  profeta Natã, o qual mantinha com o rei um bom convívio interativo, a vontade de Deus manifestou-se quanto à sucessão da monarquia em Israel, apontando para o jovem príncipe Salomão, filho de Bate Seba.   Davi jurou solenemente que seria assim.   Toda a corte real estava ciente desta resolução.

Como, porém, a senilidade revela muita fraqueza física, a percepção da chegada do momento dessa passagem estava ficando um tanto tardia para acontecer, provavelmente até esquecida, e Davi não tomou as providências devidas de maneira a produzir esse momento com perfeita serenidade e segurança.

Adonias era então o filho mais velho do rei Davi, que vinha após Absalão, e como tal, detinha em suas mãos muita influência no meio da corte, e, de quebra, tinha lá também os seus sonhos e projetos de abraçar, a seu estilo, o cetro real.   Como um filho mimado, ele nunca tinha sido contrariado.  Seu pai nunca o havia repreendido por qualquer coisa, de forma que sua educação seguiu uma linha muito liberal – até demais.

Chegado certo momento, ele já sabia quem o apoiaria em tomar de surpresa toda a corte e todo o reino.    Suas sondagens chegaram a lograr conquistar para o seu lado o general Joabe e o sacerdote Abiatar.   Com isto, ele então já tinha condições de lançar-se, não mais como um candidato, mas como um assumido sucessor da coroa.    Tinha um forte militar a apoiá-lo, dando-lhe uma força enorme, que ninguém do povo poderia contestar.   De todos já era conhecida a fama de Joabe, o grande general que em muitas e muitas vitórias angariou glórias incontáveis para Israel.   Com Joabe ao seu lado, Adonias via como mui provável a aceitação do povo, ao vê-lo desfilar como  o novel rei.   Outros servos do rei Davi também aderiram a ele.   Ele tinha a imponência de um príncipe que pretendia ser o regente do reino.

Do lado cerimonial, Adonias conseguiu convencer ao sacerdote Abiatar, um dos fieis levitas que alto preço pagou por decidir seguir a Davi no passado, quando este último fugia das garras de Saul.   Este sacerdote era uma figura também muito apreciada pelo público, uma forte influência que daria ao povo a segurança de que os caminhos de Yaweh seriam preservados e observados, acima de tudo.  Tudo?  Quase tudo.

Devido à situação do rei Davi, velho, enfraquecido, carente de cuidados especiais, e da demora em se decidir a hora de decretar a sua sucessão, Adonias, resoluto, começa a trazer à tona a realização de seu sonho de ser coroado em Israel.

Sua influência de filho mais velho conseguiu, também, valer para reunir seus outros irmãos ao seu redor.  As coisas pareciam estar a seu favor, com exceção de algumas pessoas: seu irmão Salomão, Bate Seba, o profeta Natã, o sacerdote Zadoque, Benaia, o comandante da guarda pessoal de Davi, e a quase totalidade dos valentes guerreiros do rei.

O reino parecia estar dividido em peferências, e Adonias não quis perder a oportunidade de sair à frente dessa situação, e não hesitou em tomar a iniciativa que achou que faltava na ocasião.

O homem pode fazer muitos planos, mas a resposta certa vem da boca do Senhor (Provérbios 16:1).

Adonias convidou a todos quantos achou importante convidar para lançar-se a si mesmo como rei em um banquete acompanhado de sacrifícios de bois, ovelhas e animais cevados, junto à pedra de Zoelete, próxima à fonte de Rogel, que ficava no vale do Cedron, em uma depressão do terreno que corria do leste para o suleste  da cidade, isto é, não muito distante dos muros de Jerusalém.   Muitos de Judá compareceram para participar do banquete.  A Salomão, Natã, Bate Seba, Benaia e os valentes guerreiros de Davi, porém, Adonias não convidou.  Muito sintomática, esta exclusão.

Isto criou um clima de divisão no meio do povo, um cisma perigoso, que deveria culminar com a morte dos contrários, que, de outro lado, não eram poucos.   Talvez até mesmo a vida do próprio Davi estaria em risco, caso ele quisesse contrariar a Adonias quando este já estivesse de posse do trono.

Eles o aclamavam vibrantes: – “Viva o rei Adonias!”- e comiam e bebiam, eufóricos, achando que enfim fora dada a solução que faltava para o reino de Israel.

O grupo de apoiadores a Adonias era grande, mas não era esta a vontade de Deus para Israel.  Este é um fator importantíssimo.   Antes de se encetar um negócio, antes de empreendermos nosso tempo, recursos e a vida em algo, é muito necessário que consultemos a Deus.   O que Ele pensa de tudo isso?

Se Adonias tivesse pensado seguindo esta linha, a sua história e a do reino de Israel não teria sido tumultuada, ao ponto de ele mesmo, mais tarde, ter perdido a própria vida, ao dar vazão aos seus projetos ambiciosos.

As notícias começaram a correr pela cidade de Jerusalém, a capital do reino.

Do lado de dentro de Jerusalém, então, algumas pessoas começaram a movimentar-se irriquietos, de um lado para outro, uma vez que muitos já vieram a saber, para seu espanto ou admiração, o que estava acontecendo ali, próximo à cidade.

Natã, o profeta, foi quem tomou a primeira iniciativa, ao tomar conhecimento dos rumos que a política de Israel estava tomando.   Seu coração ficou inquieto.   Se aquilo que Adonias começou a fazer prosperasse, Natã, bem como Bate Seba e Salomão estariam correndo um sério perigo.   Além disso, os planos de Deus não se estariam cumprindo.   Como Davi havia prometido solenemente a Deus  que Salomão reinaria em seu lugar, e isso não estava sendo cumprido, o projeto de Adonias certamente que tentaria eliminar quaisquer concorrências que pudessem atrapalhar sua subida ao trono.

Salomão ainda era bem jovem.  Tinha apenas seus 25 anos de idade, mas seu coração estava sendo bem encaminhado para reinar de acordo com a vontade de Yaweh.  Ele já tinha sofrido um tanto quando testemunhou a sedição de Absalão, seu irmão mais velho, e agora, um outro irmão lhe ameaçava a carreira e a vida por causa do trono.

Natã, o profeta, que não escondia sua preferência por Salomão na referida sucessão, e com esta causa estava totalmente comprometido, teve uma compreensão de toda a circunstância, e sentiu-se impulsionado pelo Espírito do Senhor para começar a agir.   Sabiamente vai ao encontro de Bate Seba, para colocá-la bem ciente de tudo, inclusive do perigo que ela e seu filho já estariam correndo naquelas alturas dos acontecimentos.

Algo tinha que ser feito, e muito rapidamente.   Natã aconselha a dama preferida do rei a buscar a face de Davi, e expor-lhe todo o acontecido e a iminência bem próxima de um  fraticídio, que seria seguido da morte de muitos que estariam a favor de Salomão.

Bate Seba não precisava de protocolos para entrar à presença do rei.   Como uma de suas esposas mais íntimas, sua pessoa tinha passe livre até a câmara onde Davi repousava, assistido por Abisague.   Ela não teve dúvidas, e foi logo ao encontro de seu marido.

Bate Seba, num gesto de reverência, inclina-se  e prostra-se perante seu marido e seu rei.

Ela adentrou ao recinto, onde Davi estava acordado, e ele logo lhe pergunta a razão da sua visita.   Ela tinha, por certo, algum pedido a fazer, ou algum desejo a lhe exprimir, assim ele pensava, pois a forma dela aparecer o denotava.   E ela de fato o tinha.

Bate Seba conta a Davi que, apesar da palavra dada por este de que Salomão se assentaria no trono depois dele, Adonias estava reinando, sem que o rei seu pai o soubesse.   Ela ainda enfatizou dizendo que houve sacrifício de muitos animais,  e a adesão de Joabe e Abiatar a esse movimento, sendo que excluíram Salomão dessa cerimônia, o que deixou claro que, quando Davi falecesse, ela e seu filho seriam reputados por traidores – e a sentença condenatória para esse caso seria fatal.

O caso chegou como um golpe traiçoeiro na cabeça de Davi.   Ele poderia pensar que ela estaria inventando aquela história para precipitar os acontecimentos, e não deixar para o futuro, ou mais tarde, a passagem do cetro para as mãos de Salomão.   Mas não deveria ser isto, pois ele a conhecia bem, e portanto, não era para duvidar dela.  Ela não faria isso, mas tudo tinha que ser bem esclarecido.  Por que ninguém mais veio falar sobre isso com ele?   Algo ainda precisaria ser bem confirmado, antes de se tomar quaisquer atitudes a respeito, pois afinal, estava em jogo a vida de um de seus filhos – Salomão ou Adonias – um dos dois haveria de vencer e o outro, de perder, e não havia mais como evitar isso.

Nisto, chega Natã, e pede para ser anunciado.    Natã era um profeta de bom trânsito dentro do palácio real.   Homem bem conceituado.  Homem de Deus, respeitado e honrado de todos os servos do rei que o conheciam.   Até mesmo um pouco temido, pois ele não vacilava em falar o que a Palavra de Deus determinava, doesse ou não aos destinatários, fosse ela boa ou má, alegre ou lamentável.  Por isso mesmo Davi o tinha como um dos porta-vozes do Senhor dentro de sua corte.   Para que todos andassem ali sob a estrita orientação de Deus para suas vidas – até mesmo o rei.

Ao achegar-se Natã diante de Davi, Bate Seba se retira, mas as suas palavras foram todas confirmadas pelo profeta.  Não restava mais nenhuma dúvida, o caso era real, estava acontecendo, mesmo.   Ele então a chama de volta, e lhe diz perante o Senhor, que vive eternamente, que as suas promessas ainda estavam de pé, e que naquele mesmo dia haveriam de cumprir-se.   Ela então logo lhe presta reverência, e com o coração aliviado, louvando a seu rei, sai da sua presença.

Davi não precisava mais de prova alguma da veracidade dos fatos que estavam ocorrendo debaixo de suas barbas, e sem seu conhecimento e nem a sua autorização.   Ele está debilitado pela idade, mas não perdeu a clareza em sua mente; graças a Deus, que o preservou até aquele momento.  Ele sente que a situação exigia medidas urgentes, antes que fosse tarde demais.

A seguir, algumas providências foram logo sendo tomadas.  Davi chama a Zadoque, o sacerdote, a Natã, o profeta e a Benaia, filho de Joiada, o comandante de sua guarda.   Ao serem chamados, estes logo se fizeram presentes ali.

Quais foram as instruções do rei Davi?   Que fizessem Salomão montar na mula particular do rei, e o levassem a Giom, a fonte que ficava a leste de Jerusalém, onde o sacerdote Zadoque e o profeta Natã o ungiriam rei sobre Israel.   Quase ao mesmo tempo, tocar-se-iam trombetas e soltariam a aclamação que dizia: “Viva o rei Salomão”!

Passo seguinte, Salomão viria, entraria novamente na cidade, seguido de todos, especialmente da poderosa guarda comandada por Benaia.   Os quereteus e os peleteus, guerreiros valentes de um povo amigo e submisso a Davi que estavam ali, os seguiram juntamente.   Era um acontecimento importante que tomava seu lugar, fazendo um ponto marcante da história em Israel.

Aquele ajuntamento militar chamou a atenção do povo da cidade, que também os seguiu.

Os toques de trombetas foram acompanhados de sons de flautas, e altos brados que o povo dava, alegrando-se com a nova.   A cidade toda se alvoroçou.  O barulho foi tanto, que até a terra tremeu.

Davi recebeu em seu leito os parabéns e as bênçãos de seus servos fieis, que vieram congratulá-lo, e ele então louva a Deus, que em Sua fidelidade, permitiu que ele pudesse presenciar esse dia.  Deus é fiel, e cumpriu a Sua promessa feita a Davi.

Enquanto isso, Adonias e os seus convidados estavam acabando de comer, quando então ouviram ao longe os sons característicos daquele alvoroço.   Joabe, intrigado, perguntava o que significava aquilo.   Ninguém ali sabia explicar o que estaria acontecendo, até que…

Jônatas, filho do sacerdote Abiatar, vem em sua pressa avisá-los de que Davi acabara de constituir a Salomão rei de Israel, com a participação de Zadoque, Natã, Benaia, os quereteus e os peleteus, e que Salomão já subira de Giom para a cidade, e já estava assentado no trono do reino.

Aquela notícia caiu como uma bomba que quebrou completamente o espírito daquele ajuntamento de gente que seguia a Adonias.   Todos ali sentiram-se como que em falta perante o novo rei, e até para com Davi, o rei sucedido.   Aquilo passou a ser, então, não mais uma prévia da subida de Adonias ao trono, para ser um complô totalmente frustrado, e desamparado por Davi, que ainda, até então, detinha em sua voz o régio poder.

Apavorados, os presentes junto à pedra de Zoelete, começaram a dispersar-se rapidamente.  Cada um ia para o seu lado, e ninguém mais queria assumir aquilo que estavam fazendo.   Nenhum deles mais queria ser identificado como participante daquele evento malfadado, mas os nomes importantes que ali estavam ficaram marcados para sempre, de forma que um dia haveriam de prestar contas de sua inconveniente atuação.

Adonias, o pivô daquela atitude de rebeldia, logo sentiu que sua sorte estaria decretada.   Os pretensos candidatos ao trono que quisessem disputar o título real, segundo o costume local, deveriam ser eliminados, a fim de que o novel rei pudesse estabelecer-se com liberdade e paz.  Sabedor disso, ele logo pensou em uma forma de obter a mercê de Salomão – foi até o altar dos holocaustos, que ficava defronte ao Tabernáculo, em Gibeom (I Cron. 21:28,29) e ali posicionou-se segurando em uma das pontas daquela elevação de bronze.

Ora, esta era uma prática da antiguidade, da qual as pessoas que se supunham terem feito algo digno de morte lançavam mão, como que colocando-se nas mãos de Deus, e suplicando por misericórdia da parte das autoridades – o que não garantia a vida dos criminosos culpados de transgressão, conforme Êxodo 21:14.

Salomão foi avisado de que Adonias estava ali, segurando firmemente em uma das pontas do altar, e reiterava um pedido a seu irmão, agora rei de Israel, de que este não o mataria a  espada.

Salomão avaliou bem a situação de seu irmão amotinador, e pesou na balança que, uma vez que a posse do trono já estava muito bem definida, Adonias não mais representaria uma ameaça ao governo recém estabelecido – desde que não intentasse mais nenhuma manobra para reaver aquela posição perdida de “candidato ao trono”.   Ademais, na sua sabedoria, Salomão estava ciente de que seu pai, Davi, ficaria muito desgostoso se soubesse que seu filho mais velho tivesse morrido à espada, por decisão de um irmão que acabou de assentar-se no trono.  Realmente seria uma tragédia, e a alegria da recente coroação de Salomão teria sido manchada lamentavelmente por um incidente tão desditoso.

Salomão então dá ordens para que Adonias fosse retirado do altar, e este veio a Jerusalém, e se inclinou perante seu irmão coroado rei.   Ali ele apenas recebeu a ordem de ir para casa, para aquela sua casa de filho do rei Davi, local ainda muito privilegiado no reino.   Foi um ato de sabedoria e de misericórdia estendida a um pecador que não a merecia.

Adonias passou novamente a ser um nobre do reino, como se nada tivesse acontecido, mas os seus passos então eram conhecidos, e vigiados.

Na verdade, todos os homens que viveram e os que vivem nesta Terra têm dívidas junto ao Rei dos Reis.   Todos pecaram, e decaíram da condição de genuínos filhos de Deus.  Todos temos nos rebelado contra o Rei de toda a Terra.  Contudo, Deus, o Pai, tem escolhido e coroado a Jesus, o Cristo, o qual atende todos quantos vêm até o altar para suplicar por Sua misericórdia.

Importante é este aspecto.   O altar de Deus é onde sacrifícios e ofertas são ali depositadas para serem queimadas.   Temos que ir ao encontro do Senhor, mas sem nos esquecermos de que seremos aceitos somente se trouxermos conosco a presença do sangue – do sangue do Senhor Jesus.   Não seremos aceitos de outra forma.   Boas obras, religião, penitências ou outros meios não nos justificam, senão o sangue, e somente o sangue de Jesus.

Se tivermos a sabedoria e a hombridade de nos achegarmos a Jesus com arrependimento real, não confiando em nossas qualidades, mas somente nas dEle, certamente alcançaremos misericórdia.

Confiemos em Sua bondade, amor, misericórdia e obteremos o Seu perdão.   Seja isto motivo para muitos louvores ao Senhor.   Ele é totalmente digno.   Façamos assim, e deixemos os resultados em Suas boas mãos.


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