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OS LIVROS DOS REIS

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noviembre 22, 2016 by Bortolato

A História narra o que aconteceu a Israel depois do reinado de Davi.   Eis aí, nos dois Livros dos Reis de Israel que fazem parte da Bíblia Sagrada, uma questão muito interessante e com lições práticas bem explicadas sobre bênçãos e maldições que vêm a recair sobre nações e suas respectivas causas.

Antigamente, dentro da cultura rabínica, os dois Livros dos Reis eram um só.   Como estes cobrem um período de mais de  quatrocentos anos (de 971 a 560 A.C.), é fácil entender que os mesmos não poderiam ser originalmente  obra de apenas um autor humano, senão do Espírito Santo que os inspirou.   Podemos crer que a arte final, por fim, coletou dados do “Livro da História de Salomão” (I Reis 11:41), o “Livro da História dos Reis de Israel” (I Reis 14:19) e o “Livro da História dos Reis de Judá” (I Reis 14:29). Há de se salientar que ouve também a contribuição de Isaías, que no seus capítulos 36 a 39 fornece a história do rei Ezequias ocorrida entre 712 e 710 A.C., qual é repetida em I Reis capítulos 18 a 20.

Presume-se que Jeremias, ou Esdras, tenha sido quem coletou as informações e fez a primeira edição final do livro, isso lá entre os anos  562 a 560 A.C..

Diferentemente de I e II Crônicas, I e II Reis reportaram fatos históricos que ocorreram tanto no reino de Israel Norte, como no de Judá, ao sul, até a chegada dos exércitos da Assíria (em 722 A.C.) ao norte, e da Babilônia ( em 586 A.C.) ao sul, os quais foram os carrascos que infringiram o duro castigo do exílio a ambas estas nações israelitas.

I Reis abrange um período de cerca de 120 anos, desde a sucessão da coroa de Davi para Salomão e a morte do grande rei salmista de Belém (em c. 971 A.C.), e narra acontecimentos que vão até o reinado de Josafá (c. de 853 A.C.), de uma fase difícil em que houve a divisão do reino de Roboão, e após a qual somente alguns poucos reis de Judá foram fieis ao Senhor Yaweh e Sua Lei.   Dos reis do reino norte de Israel, todos eles foram idólatras.

II Reis já envolve um período de quase trezentos anos, começando com os tempos difíceis do reinado de Acazias, em Israel Norte, em c. 853 A.C., descreve a queda de Samaria nas mãos dos assírios em 722 A.C., e termina com a queda de Judá e sua deportação para a Babilônia em 586 A.C., fechando sua história em um epílogo no qual o rei Joaquim é liberto da prisão, em 560 A.C.  Foram anos dificílimos em termos espirituais e cheios de tensões, ameaças, lutas e pressões que vieram de outras nações do Oriente Médio.   O cativeiro foi a triste nota final desses reinados que, se fossem fieis a Yaweh, poderiam durar ad eternum, até a vinda do Messias.

A idolatria constante só levou o povo a um caminho: a mão de Deus, que tanto ajudou e protegeu a Israel e Judá, aos poucos vai-se retirando da vida do povo a quem Ele muito carinho e amor dedicou, durante muitos anos – até que não houve mais remédio senão o cativeiro, uma drástica lição para os pecadores impenitentes.

As narrativas não se prendem a detalhes meramente interessantes ou pictóricos, muito embora algumas passagens sejam bastantes pitorescas.    Os fatos são expostos sob a ótica da teocracia.   Deus é o verdadeiro Rei que, muito embora traído várias vezes por Seu povo, ainda manteve em Suas mãos o cetro do juízo, e disciplina aos desviados, a fim de levá-los a caírem em si de sua loucura, arrependerem-se e conscientizarem-se de que, para uma restauração da comunhão com o Santo de Israel, as coisas precisam ser conduzidas de maneira séria.

Visto por outro lado, nota-se que tanto a nação, como o indivíduo que sabe interagir positivamente com o Senhor, será galardoado amplamente, será feliz nesta Terra e ainda terá um final abençoado, em Suas mãos.

A lição mais importante, porém, é escatológica.   Até bons reis erraram em algum ponto, como foram os casos de Davi, Asa, Josafá e Ezequias.   Alguns outros começaram bem, mas chegaram a cometer graves erros, envolvendo-se até com a idolatria, como foi o caso de Salomão e Joás, sem contar-se os maus reis que chegaram ao poder, trazendo consequências muito funestas e desagradáveis ao seu povo.

Profetas, sacerdotes, levitas, conselheiros reais e os próprios reis provaram ser falhos e imperfeitos, mas permanece a promessa a Davi de que um seu descendente, em particular, viria a assentar-se no trono de Jerusalém para trazer um reinado de justiça, paz, e amor eternos.

A grande verdade é que todos nós necessitamos ser governados dentro de nossos corações.  Não por um governo legalista.   Precisamos de um rei que saiba bem comandar e organizar, que dirija nossas vidas individualmente, a cada dia, seja em momento mau ou bom, e conduza-nos para um futuro melhor.  Um rei amoroso, mais do que um administrador.

Temos necessidade de um rei assim poderoso que, como um verdadeiro sacerdote, interceda por nós perante Deus, o Pai, a fim de que sejamos aceitos, perdoados, lavados, purificados, e tornados mais semelhantes ao Altíssimo.

Necessitamos de um rei que trabalhe por nós, preparando-nos e incentivando-nos a cultuarmos a Deus com um profundo espírito de adoração, como um grande levita, guardião das nossas almas que nos eleve ao Senhor com cânticos de amor, fazendo-nos sentir realizados plenamente, cumprindo a finalidade para a qual fomos criados.

Por fim, necessitamos também de um rei profeta perfeito, que nos  entregue a pura palavra profética, proveniente do Trono do Alto.

Este profeta, sacerdote, levita e rei é Jesus, o Cristo, o Profeta, o Sacerdote e o grande Rei dos Reis, que quer reinar em nossos corações para todo o sempre.   A boa notícia é que Ele prometeu que um dia haverá de voltar para reger esta Terra com cetro inquebrantável e muito duradouro.

Necessitamos entregar-nos totalmente a Ele, a fim de que o Seu reinado venha a este mundo para nossa alegria sem fim.

Oremos e peçamos:  Senhor Jesus, tome o meu coração em Tuas mãos, para torná-lo curado, limpo pelo Teu sangue, perdoado e amado por Deus, em conformidade com a Tua santa vontade, pronto para viver contigo por toda a eternidade.   Venha o Teu Reino, e faça-se a Tua plena vontade em minha vida hoje e para sempre. Ora, vem, Senhor, reinar em mim, e que toda a Terra reconheça que Tu és excelentíssimo Rei. Amém.


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