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I REIS – XXI – DEUS AMA E BUSCA OS REBELDES

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agosto 10, 2017 by Bortolato

Isto é espantoso e nos desperta o interesse!  O grande Juiz de toda a Terra, que tem nas mãos o martelo para bater e decidir sobre a sorte de qualquer um, seria capaz de abrir mão do direito que Ele tem de liquidar os Seus contrários?   E Deus não somente isto faz, mas ainda o faz gratuitamente por amar!  Amar a quem nos faz o bem, isto é até mesmo comum, mas amar aos que se fazem nossos inimigos, e pelejam contra nós, à primeira vista parece um non sense, pois o que nos parece justo é que os maus têm que ser punidos com todo o rigor, a fim de que se preserve a imparcialidade da balança da justiça…

Mas os nossos caminhos não são como os caminhos de Deus.   Os do Altíssimo são mais altos, tão altos que nossas justiças não conseguem alcançar, e o nosso entendimento fica muito atrás.

O fato é que em um determinado tempo no futuro, haverá, sim, um julgamento pelo qual todos os injustos terão que passar,  e nenhum deles poderá escapar.  Mas isto está preparado para o final dos tempos, e então a vara da justiça divina irá destinar a cada um segundo o que houver sido decidido em seu julgamento.

Isto, porém, não está em pauta, até certo ponto, nos dias de hoje, pois estamos na Era da Graça.   Admirável (e louvável), entretanto, é sabermos que este amor e esta graça também era endereçada a pessoas más do Velho Testamento.  Este é mais um motivo pelo qual temos que reconhecer a grandeza da generosidade e da compaixão que Deus tem pelos pecadores.   Realmente Ele é inigualável!

Deus tratou ao povo israelita como um Pai trata com Seus filhos.

Agora veja, se V. fosse um pai, seria capaz de tolerar um filho que renegasse a sua paternidade, espalhasse coisas aviltantes a seu respeito, e mentindo, o comparasse a um animal?   E mais: que este mesmo filho tentasse convencer disso a seus irmãos para erguer uma conspiração dentro de sua própria casa, com o intuito de expulsar ao seu progenitor, e para tanto chegasse até a ameaçar de morte quem o contrariasse?   Sabemos de casos em que algum filho desse tipo chegou até a assassinar aos próprios pais e irmãos, lastimavelmente.

Sinceramente, um filho desse naipe, com toda a razão deveria ser expulso de sua casa, e ainda teria de ser deserdado…  Haja paciência, não?

Ainda, porém, que todas as justas medidas fossem tomadas contra o tal filho rebelde, cremos que esse mesmo pai sofreria ao saber que o tal estaria passando fome, frio, sérios apertos financeiros, maltratado pelo povo e perambulando pelas ruas como um andrajoso mendigo.   Pois é assim o coração de um pai – pode brigar discutindo, e usar de autoridade para colocar os pingos nos ii…  mas sofre ao ver a triste sorte daquele que saiu de suas entranhas.

Esses casos são muito tristes.   São histórias de tragédias difíceis até mesmo de se assimilar, ao ouvirmos acerca destas.

Quando, no entanto, o próprio pai, que sobreviveu  ao atentado, ouve falar e fica sabendo da difícil situação do filho rebelde…  O que V. sentiria a respeito?   Por mais duro que seja o seu coração, ninguém sabe o que restaria interiormente, na sua alma, em uma situação como esta.

A vida é cheia de situações imprevisíveis, surpresas incríveis, pois o mundo dá muitas voltas, e ninguém sabe o que ainda terá de enfrentar no futuro.

Queremos agora deixar de lado as imaginações que cada um poderia nutrir a respeito deste caso fictício, e passar a tratar de um fato da vida real, que se enquadra dentro dos parâmetros que estamos abordando.

Assim foi a vida de um certo rei de Israel, chamado Acabe, que começou a reinar por cerca de 874 A.C. , vindo a falecer por cerca de 853 A.C., isto é, regeu a nação israelita (reino norte) por vinte e dois anos.

Logo que subiu ao trono, ele desonrou ao Senhor Deus que havia libertado o seu povo das mãos do Egito, e lhe dado aquela terra para ali viverem e desfrutarem das bênçãos materiais dela extraídos.   No mínimo, ele, como rei de Israel, devia gratidão pelos grandes favores recebidos, e pelas expectativas de ser bem sucedido, ter paz e prosperidade com muita abundância, mas não teve esse espírito nobre que dele se esperava.

Acabe, ao subir ao trono, ocupou a posição pública mais importante do reino, tendo nas mãos a possibilidade de exaltar ao Deus que lhe permitiu alcançar tal oportunidade, apesar de ser filho rebelde – mas como o rebelde que foi, cuspiu sobre o prato em que comeu.   Adotando a outros deuses para si e para o povo, perseguindo e matando aos fieis profetas de Yaweh, ele concordou em matar a fé verdadeira que havia sido nutrida no coração de muitos, e quase conseguiu eliminar totalmente a adoração genuína que era elevada ao Senhor Deus de Israel.    Mais do que ser um seguidor de Baal, ele veio a promover o baalismo, juntamente com a sua mulher Jezabel, em detrimento do culto a Quem teria todo o direito de ser cultuado em qualquer parte do mundo, mas muito especialmente em sua nação.   Israel era a terra de Yaweh, e Acabe fez de tudo tentando expulsar o único e legítimo Senhor, proprietário daquela terra onde o único Deus era esperado ser adorado.

Em I Reis, no capítulo 18º, lemos que o Senhor, para tentar alcançar o coração daquele rei apóstata, primeiramente começou a endireitar as veredas tortas, usando Seu profeta Elias no Monte Carmelo pelo ano 862 A.C., em uma ação dramática na qual Yaweh aceitou um desafio frente a frente com o falso deus Baal e seus profetas idólatras, que culminaria com a morte daqueles que ficaram desmascarados perante todo o povo de Israel.   Assim, o Senhor mostrou a Acabe que este estava trilhando por veredas erradas, e que o mesmo deveria passar para o caminho verdadeiro.

Não foi nada fácil.   Acabe estava, naquelas alturas, totalmente envolvido com o baalismo, instigado por sua mulher Jezabel, e era dominado por ela.

Em I Reis, capítulo 20º, lemos que o Senhor resolveu andar mais uma milha (entre outras), objetivando a conquistar o seu coração.   Perguntamos o que qualquer pessoa, inclusive o(a) dileto(a) leitor(a): o que faria com um filho assim?

Pois o Senhor fez o seguinte:

O rei da Síria, Ben Hadade, ajuntou todo o seu exército com mais o de trinta e dois reis, com seus carros e cavalos, para subir até Samaria, cercá-la, e inicialmente exigir que Acabe lhe cedesse gentilmente a prata, o ouro, as suas mulheres e seus filhos.

Tal proposta indecente significava que Acabe teria que entregar-lhe os seus bens, as mulheres mais lindas de seu harém para serem mulheres de Ben Hadade ou de seus imediatos, e tomar dos seus filhos para serem eunucos, ou escravos homossexuais, ou assistentes das  casas do rei e de seus oficiais – aquilo que melhor achassem que deveriam fazer com os tais.

O moral de Acabe parecia ter sido bastante rebaixado e depreciado, pois pasmem, ele aceitou tais condições!   Esta foi uma das demonstrações de que este rei não se importava tanto com a sua casa, suas mulheres e seus filhos, contanto que ele pudesse continuar reinando sobre o trono de Israel Norte!

Uma troca de mensagens entre Acabe e Ben Hadade culmina com uma nota de esclarecimento sobre as exigências anteriormente apresentadas.   O rei da Síria não queria apenas o patrimônio do rei Acabe, com suas mulheres e seus filhos.   O que ele quis dizer na primeira mensagem, e que não tinha sido muito claro, era algo muito mais aviltante do que parecia.   Israel teria que passar a ser não mais uma nação, mas sim, uma reles província escrava da Síria.

Tal proposta, por mais gentil que parecesse, prometia não atacar Samaria se Acabe sujeitasse a si mesmo e a toda a nação de Israel a passar pelo vexame de ver todos os israelitas: esposas, filhos, filhas, e todas as possessões materiais serem expostos à cobiça dos sírios para fazerem o que bem desejassem e como quisessem.    Isto significava uma rendição incondicional, sujeita às mais torpes torturas.    Acabe e todo o povo israelita perderiam o direito a tudo, ficariam ridiculamente submissos a uma humilhação sem precedentes, e, muito provavelmente, o então rei de Israel seria executado, para não deixar quaisquer resquícios de que ainda haveria alguma linhagem real como esperança para um povo desumanamente escravizado.

Isto significava que não haveria ponderação, ou qualquer ato de bondade ou misericórdia.   Ben Hadade, ao ver o posicionamento humilde de Acabe, quis humilhá-lo mais ainda, para mostrar quem era o todo-poderoso naquele pedaço do mundo.   O sírio quis subir pisando sobre as cabeças dos pobres israelitas que não tivessem força e nem a honradez de oferecerem resistência àquele ataque sórdido.   Era terrível e desesperadora a situação do povo de Israel e principalmente da casa real e sua corte.

Tal perspectiva de um tamanho descalabro como este não poderia ficar dependendo da decisão de apenas uma pessoa.   Acabe resolve então reunir a todos os líderes do povo: os militares de alta patente, os sacerdotes, e todos os que detinham autoridade sobre algum grupo de pessoas, e expõe a real situação.   Tudo ficou muito claro, nada lhes escondeu.

A decisão sobre aquela ameaça iminente logo foi formada.   Ninguém teve dúvidas de que uma guerra catastrófica não seria pior do que as condições impostas por Ben Hadade.   Se o rei da Síria queria mostrar poder, que o fizesse por atos, e não por simples palavras, e vencesse quem vencesse.   Pensando bem, morrer em campos de guerra seria menos desonroso do que o “acordo” que se lhes estava sendo proposto.

Acabe ainda responde diplomaticamente que não poderia fazer aquilo que Ben Hadade estava exigindo, e este último se exalta, dizendo  que iria reduzir Samaria ao pó da terra.

Esta era a situação dificílima em que se encontravam Acabe e seu reino.   Os números apontavam para a certeza de que Ben Hadade facilmente se sairia vencedor, mas repentinamente algo extraordinário aconteceu.

Yaweh, o pai de toda a nação de Israel, o Deus hostilizado, desprezado e descartado pelo rei e seus vassalos, envia um profeta a Acabe, para dizer-lhe que toda aquela imensa multidão de inimigos ameaçadores seriam entregues nas suas mãos, com apenas uma finalidade: a de mostrar quem era o Senhor da Terra.

As coisas de Deus são muito simples:  Ele diz, e tudo que fala acontece, pelo poder de Sua Palavra.   Acabe envia duzentos e trinta e dois jovens dos chefes de províncias para a frente da batalha, e apenas sete mil melhores do povo, que foram escolhidos para irem após os jovens, ao front.

Ben Hadade, julgando-se o grande vencedor por antecipação, embrigava-se, e, uma vez informado que um grupamento militar saía das portas de Samaria, deu ordens para que estes fossem capturados vivos, a qualquer custo, mal calculando em que resultaria tal estratégia mal engendrada.   Provavelmente supunha que aqueles israelitas viessem pedir paz, ou guerrear com o moral vencido, mas isto não foi assim…

Acabe comunica aquela palavra de Deus aos seus oficiais, e os seus ânimos se aquecem.

Aquele pequeno exército estava ciente de que o Senhor Yaweh havia falado que a vitória estava ao seu alcance.   Ora, todos cientes de que certamente seriam mortos, ou presos, torturados, maltratados, e que perderiam suas mulheres e bens em caso de sucumbirem diante dos inimigos, eles estavam furiosos, e incrivelmente fortalecidos no seu interior, aptos e muito bem dispostos a irem ao combate para mostrar sua bravura, debaixo da proteção do Deus de Israel.

Aos primeiros contatos no choque de forças, cada israelita foi matando ao seu algoz, de forma a mostrar claro que alguma coisa de extraordinário estava acontecendo.    Os sírios que vinham na retaguarda, ao contemplarem os seus melhores soldados caindo à espada dos israelitas com tanta rapidez, ficaram espavoridos, pois viam que a desgraça os alcançaria sem tardança.   Os homens de Israel então passaram a capturar os cavalos dos guerreiros sírios que haviam sido vencidos, e então houve uma drástica mudança no cenário daquela batalha:  aquilo que parecia ser apenas um passeio fácil para os sírios passou a lhes pesar como um tormento em suas cabeças.   Então a pressão sanguínea de Ben Hadade aumenta, ele se vê espantado e sem ideia sobre como reagir, e se apressa a fugir sobre seu cavalo, acompanhado de alguns cavaleiros.

Foi um memorável dia de glória para Israel.   Muitos cavalos sírios foram eliminados, muitos carros de guerra destruídos, e um grave estrago causado sobre a milícia síria.

Só este incidente não seria suficiente para que Acabe abrisse o seu coração para o Senhor Yaweh, reconhecendo seus erros, e saindo da  rota idólatra que estava seguindo, em gratidão a Quem lhe trouxe tamanho livramento?

Mas mais ainda fez o Senhor.   Deus lhe enviou novamente o mesmo profeta para adverti-lo de que, passado um ano, o rei da Síria voltaria a trazer suas tropas para desafiá-lo, e que, portanto, a guerra ainda não estava terminada, motivo para medir bem os passos a serem tomados, com prudência e com vistas ao fortalecimento de suas forças armadas.

Ben Hadade estava incrédulo quanto ao que se havia passado.   Não aceitava a derrota, mas esta lhe colhera de surpresa.   Meditando bastante acerca do ocorrido, chegara à conclusão de que fora o Deus de Israel que interviera naquela operação.    Não havia outra explicação.

Havia uma crença de que os deuses que dominavam aquelas terras eram limitados a certas partes locais da terra, e que, por isso, o Deus que dera a vitória aos israelitas foi suposto ser como os demais deuses.   Aquele primeiro combate se dera sobre montes, e por isso o rei da Síria supôs que Yaweh era Senhor apenas dos altos relevos, e que em uma planície tudo seria diferente…

Passado um ano, novamente era chegada a primavera, e os ânimos moveram Ben Hadade a novamente ir a Israel para guerrear.  Desta vez porém ele não quis dispor suas tropas de frente com Samaria, na região montanhosa.   Usou de outra estratégia: subiu até Afeque, um local hoje ainda não identificado, mas certamente vários quilômetros ao norte de Samaria, pensando que os deuses da Síria o favoreceriam então, já que estariam pela planície, onde pensava que o Deus de Israel não teria poderes suficientes para agraciar os de Israel para aquele dia.   Ledo engano!

O rei sírio veio novamente com grande multidão, a qual enchia a terra.  Israel também se arregimentou, e marcharam contra eles, mas pareciam apenas dois rebanhos de cabras diante de muitos e muitos milhares de inimigos.

Novamente o Senhor Yaweh envia o Seu profeta para animar e fortalecer ao pequeno exército de Israel, e novamente lhes é profetizado uma vitória, uma nova vitória, e esta seria a didática para ensinar a dois reis e dois povos antagonistas, de que Ele, Yaweh, é o único Deus, e Senhor de toda a Terra.   Mais uma chance foi dada a Acabe, ensejando a um aprendizado, e a uma mudança de atitude diante do único Senhor dos Senhores, que ainda o tratava como um pai trata a um filho a quem quer bem…

Chegou então o dia do início do combate peito a peito.    Era a hora de tirar-se a prova real.   Quem é o Deus de Israel.   Acabe o viu, e, de outro lado, também o viu Ben Hadade.  Outra vez os israelitas vão bravamente ao embate, e os sírios vão caindo, um após outro, e esta vantagem vai crescendo cada vez mais no decorrer da batalha, até que cem mil infantes sírios foram mortos.

Os sírios, desta vez, se demoraram demais para reconhecer que era a hora de bater retirada, mas dado certo momento, viram que não havia outra opção.    Bem Hadade é que agora estava com um remanescente de sete mil ao seu lado, e procurou com estes escapar para não serem todos aniquilados.   Ali perto estava a cidade de Afeque, para onde os restantes sírios se dirigiram para se protegerem.   Entraram na cidade, e… lá mesmo foram surpreendidos com a queda do muro, de modo que os sete mil também morreram.

Quando alguém precisa de uma grande ajuda, como esta que Acabe recebeu, pode estar certo de que o Deus dos impossíveis será a única saída, e Ele tem prazer em nos envolver no Seu amor, e nos revelar Quem Ele é, trazendo-nos o Seu livramento, mesmo que não tenhamos os méritos suficientes para lograr alcançá-lo.

A história dessa guerra, porém, não terminou por aí.

Ben Hadade conseguiu sobreviver, e buscava esconder-se de esconderijo em esconderijo.  Informado que foi de que os reis de Israel eram misericordiosos, tentou a sorte apresentando-se a Acabe, pedindo clemência.

Acabe, ingenuamente, o acolhe e ainda o chama de irmão, o que não foi de bom alvitre, pois ele veio a poupar a vida de um sanguinário inimigo do povo de Israel.    Ben Hadade lhe faz promessas de devolver cidades capturadas, e de abrir Damasco como ponto de comércio para Israel explorar.   Ah, essas promessas, nem sempre traduzem o que se passa nos corações.

O coração de Acabe, a propósito, apesar de todos os favores que recebera do Senhor dos Exércitos, ainda não era o coração de um homem totalmente convicto e convertido a Quem tanto o amou e o amparou nas horas difíceis.   Esse rei confiava em muitas coisas, mas não considerava Quem era Aquele que estava tentando conquistar o seu coração e a sua confiança.  Acabe preferiu conquistar o coração de Ben Hadade, a considerar que Yaweh lhe havia tirado este rei da Síria de seu caminho.   Preferiu confiar em um relacionamento amistoso com seu vizinho inimigo.   Aliás, uma “política de boa vizinhança” foi que o levou a casar-se com a mulher errada, Jezabel, e a adotar o deus errado, Baal, para ser cultuado, e este foi o seu maior erro.

Um outro rei de Israel cometera o mesmo erro.  Saul, ao invés de obedecer a Deus, eliminando a Agague, rei dos amalequitas, povo torpe, violento, assassino cruel, eivado de ódio contra Israel, no lugar de eliminá-lo, poupou-lhe a vida, e isto não soou bem aos ouvidos de Samuel , e nem pareceu bom aos olhos de Deus.  E este teria sido o ponto de início da queda de Saul em seu reinado.

Sabedor desta desobediência incrustada no caráter de Acabe, ciente de mais este deslize, o Senhor, de uma maneira até estranha, envia novamente um profeta para avisá-lo de que, por haver poupado àquele seu inimigo violento, ameaçador e que tinha ganas de destruir a Israel, destruir ao povo que ainda era amado do Seu Deus, aquele ato precipitado de tolerância para com aquele adversário lhe custaria a sua vida e a vida de seu povo…   Sobre isto Acabe não gostou de saber, mas este foi outro aviso de que, para relacionar-se com o Senhor Yaweh, os Seus atos de poder devem ser respeitados, meditados e repensados, a fim de não se cair no erro de desprezar o sentido das Suas obras e de Sua presença e manifestação.

Nisto vemos ainda o amor de Deus por todas as criaturas.   Em Mateus, capítulo 5º, verso 45, lemos que o Senhor Jesus mostra que o Pai faz o sol nascer sobre os maus e os bons e faz chover sobre justos e injustos.

Em Romanos capítulo 12, verso 19 nos diz o apóstolo dos gentios:

“… a vingança é minha, Eu retribuirei, diz o Senhor.”

Por este motivo, devemos confiar na justiça divina, que sabe bem ponderar e pesar na balança qual seja a hora de exercer misericórdia, e a hora em que alguém deve ser julgado e condenado… ou absolvido – mas somente Ele, Deus, é quem tem essa balança em Sua mão, com toda a liberdade de usá-la segundo a Sua sabedoria e ciência.

Hoje vivemos a Era da Graça.   Não nos compete a nós fazermos justiça com as nossas próprias mãos. E todos os cristãos são chamados para amar até aos inimigos.   Se Deus amou até mesmo a Acabe, aquele rei que não tinha nenhum temor ou respeito pela Pessoa do Excelso, a grande bênção que está embutida neste quadro é que Ele ama todos os pecadores, entre os quais estamos nós incluídos!  Graças a Deus!

“Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, se fizeres isso, amontoarás brasas sobre a cabeça dele.” (Romanos 12:20)

Lembremos do que Jesus significou para a mulher adúltera, e para o ladrão que ao Seu lado estava naquela cruz, pedindo-lhe apenas que Se lembrasse dele ao entrar no Seu Reino…

Lembremos também do Centurião de Cafarnaum, que confessava que não era digno de que Jesus sequer entrasse em sua casa, mas recebeu a bênção do desprendimento do poder do Senhor sobre seu servo, e este foi curado…

Lembremos que Jesus não somente perdoou aos pecados de um Seu seguidor, chamado de Simão, o zelote, um outro rebelde, que dantes pertencia a uma seita radical, semelhante a um terrorista, a quem ainda lhe deu o privilégio de ser um dos doze discípulos, depois chamados de apóstolos…

Lembremos de Zaqueu, o cobrador de impostos, que desceu do sicômoro, foi escolhido para receber Jesus em sua casa, e que, de tamanha alegria foi tomado, que decidiu doar metade de seus bens aos pobres e restituir quatro vezes mais daquilo que tinha lesado a alguém…

O amor de Jesus nos atrai, nos chama para perto de Si, nos perdoa pelos nossos pecados, sejam estes de quaisquer tipos e nos dá a oportunidade de sermos elevados à categoria de filhos do Deus Altíssimo.  Assim ama Jesus.

Ele também ama ao leitor, e o está chamando para ser perdoado, e tornado em uma bênção nas  Suas mãos.   Aproxime-se, venha, e constate V. mesmo!   Agarre esta chance com todas as forças de sua alma, pois é o maior bem que se pode adquirir em toda a nossa existência!

Jesus o (a) ama!  Fale com Ele.  Responda ao Seu amor, dizendo que o quer, e que é muito precioso!   É o maior tesouro que sua alma pode ganhar em toda a sua vida!   Aproveite!  Hoje ainda está em tempo!  Não demore, e nem deixe para mais tarde!   É agora!


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