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II CRÔNICAS – XII – BENDITOS EFICIENTES

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noviembre 9, 2019 by Bortolato

II Crônicas capítulo 27

O que se espera de alguém revestido de certas incumbências? É muito bom quando nos deparamos com pessoas que bem sabem aquilo que deve ser feito, encaram as responsabilidades, e levam a sua tarefa até a cabal execução, e depois de ter deixado tudo em ordem, conforme o figurino, nem sequer cogita em desejar ser reconhecido com honrarias e exaltadas glórias.

Isto seria a obrigação de todos, na verdade, e não necessariamente um motivo de altos elogios e recompensas, mas acontece que neste mundo esse tipo de pessoa não é encontrado com abundância. Hoje em dia já estão ficando raros, quase que diríamos serem espécie em extinção, daí a sua supervalorização.

O Salmo 24, versos 3 a 6, nos fala a respeito desses:

Quem subirá ao monte do Senhor, ou quem estará no seu Lugar Santo? Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente. Este receberá a bênção do Senhor e a justiça do Deus da sua salvação. Esta é a geração daqueles que buscam a tua face, ó Deus de Jacó”.

Estes receberão do Senhor as recompensas; logo, não esperam por tais tratamentos especiais nesta vida terrena. Isto significa que poderão ser mal compreendidos, ou até mesmo depreciados e desprezados neste mundo.

E quanto às figuras públicas? Estas não deveriam ser altamente premiadas quando apresentam uma boa performance? Certamente que todas as boas obras deveriam ser reconhecidas como tal, abrilhantar o nome dos que as praticaram, e o povo deveria ter esta consciência de pelo menos dedicar aos seus benfeitores o carinho e o apreço merecido por estes.

Lemos no capítulo 27 do IIº livro de Crônicas que houve um homem, cujo nome era Jotão, que herdou a coroa real de seu pai Uzias, logo aos vinte e cinco anos de idade. Era o ano 750 A.C. O reino estava gozando de uma relativa paz, após uma excelente administração do governo de seu pai, que havia durado cinquenta e cinco anos, que foram anos de muitas vitórias sobre seus inimigos.

Seu pai Uzias, entretanto, ficou leproso em certo momento de seu reinado, e teve de retirar-se do palácio real até o fim de sua vida – tempo em que Jotão ficou como regente em seu lugar.

Diz a Bíblia que Jotão foi um bom rei. Esta descrição não nos traz uma expressão de entusiasmo. Parece até que isto não reúne nenhum mérito, uma vez que somente os maus governantes é que recebem a marca da evidência, e são bastante lembrados por suas más condutas. Quanto a Jotão, conta-se apenas algumas poucas coisas a seu respeito: construiu o portão superior do templo e erigiu fortalezas e torres, de forma a até embelezar a cidade de Jerusalém, que já era forte na época de seu pai – o que significa que ele, e juntamente consigo também a sua nação, tornaram-se mais respeitados ainda no Médio Oriente.

Inimigos tentaram reagir contra Judá em sua época, mas em vão.

Como Jotão não apresentou notas de reprovação, então deixou de ser notado, não é incrível?

Jotão houve-se muito bem em tudo quanto quis empreender. O seu segredo? era a fidelidade ao Senhor Yaweh, que, diga-se de passagem, foi sempre muito constante e regular. Deus o recompensou com vitória sobre seus inimigos, ao ponto de os amonitas lhe prestarem tributos anuais por três anos seguidos. Os livros dos Reis e de Crônicas são muito constantes e insistentes em afirmar que o sucesso de um rei e de seu povo é a fidelidade ao Senhor Yaweh.

Como um governante, diremos que Jotão fez aquilo que deveria ter sido feito, não deixando nada a desejar perante o seu povo. Teve sucesso no que empreendeu, e ganhou a simpatia do povo.

O povo, porém, sempre ambiciona mais e mais, insaciavelmente, e se esquece das benfeitorias recebidas, de modo que o reinado de Jotão não lhes ganhou uma nota de excelência. Apesar da piedade de seu rei, o povo continuava pecando na idolatria, não fazendo conta do bom testemunho de seu governante…

Neste ponto, Jotão deixa uma marca que nos faz acender uma luz. Ele era um rei de Judá, e Jesus também é assim apontado, quando O chamam de … Leão da Tribo de Judá.

Jesus, o Cristo, tendo vindo a este mundo para ser o seu Salvador, deixou para os Seus discípulos uma palavra que os deixou quase que sonhando acordados: Ele é o Messias, o Filho do Deus Vivo.

Jesus viveu uma vida impoluta, e além disso, veio fazendo tantos milagres, sinais e prodígios que deixava o povo perplexo com o Seu poder. Somente Deus é que poderia fazer tantas e tão maravilhosas obras, tais e quais as que Ele fez, como provas de que Ele realmente era um com o Pai. Ninguém mais foi tão impactante quanto o Senhor Jesus, nesta Terra. Apontem-me alguém maior do que Ele, que fez tudo quanto fez, e mesmo não tendo sido aceito, dividiu a História em duas partes: antes e depois dEle…

Apesar de tudo quanto fez, o povo de Israel ficava dividido quando ouvia as vozes dos fariseus, saduceus e helenistas, os quais tentaram, por pura demagogia, desqualificar aquilo que o Senhor Jesus fazia, que era muito bom.

Por este motivo, e por outras variáveis que surgiram no decorrer do ministério terreno de Jesus, de um modo geral Ele não foi bem aceito, mesmo entre Seu povo, e até dentre os de Sua própria casa.

Este fator negativo, porém, não deteve a marcha firme e constante do Mestre em direção ao Seu maior desafio que teve de enfrentar nesta vida: o momento da cruz.

É extremamente inconcebível que um paradoxo como este tivesse de acontecer para que Deus realizasse o Seu propósito de remissão de nossos pecados, nossa redenção e glorificação…

Apesar disso, a cruz não saiu dos planos divinos, mesmo quando Jesus suplicava ao Pai que passasse de Si aquele cálice.

Ocorre que Jesus veio como um Servo Sofredor a serviço do Pai, mas não deixou de ser um Rei, o Rei dos Reis, o Rei do Universo. Seus sofrimentos e humilhações nunca chegaram a sequer arranhar a realidade de que Ele é Rei – muito pelo contrário, só vieram a abrilhantar mais ainda a Sua doçura, Suas qualidades divinas de perfeição, força, tenacidade, e nobreza de sentimentos.

Tal como Jotão, e mais do que este, Jesus era pio, amor, o grande defensor de Seu povo. Sua morte foi a maior demonstração de altruísmo estendido aos homens, a inexpugnável dedicação ao Deus Pai, conciliando a mais perfeita justiça com o mais profundo amor às Suas criaturas.

Sua grande paixão pelo Seu povo é algo mui atraente, contagiante e apaixonante. Não há ninguém igual a Ele. Basta a menção de Seu nome, para despertar sentimentos de imensa gratidão, e desejo de melhor conhecê-Lo. Sua beleza moral e espiritual é grande de nos fazer arrepiar…

Onde já se ouviu falar que um Rei como Ele condoeu-Se da situação de homens pecadores, verdadeiras causas perdidas, ao ponto de abdicar de Sua própria vida por amor aos que nEle creem, não Se importando com as condições em que estes se encontrassem?

Pense bem: Jesus não usou coroa senão de espinhos em Sua cabeça, para que nós, os que nEle crermos, pudéssemos um dia usar coroas de justiça, de glória e de vida abundante. Ele NUNCA deixou de ser Rei, mas veio para que nos voltássemos para Deus, e que de Deus recebêssemos tais favores, como filhos do Deus Altíssimo, filhos do Rei da Glória.

Tais verdades nos impulsionam a nos prostrarmos, adorarmos Àquele que tudo fez em nosso favor, ao Rei que deixou da Sua glória para nos vir cercar de um carinhoso cuidado paterno que nos envolve, e nos deixa exultantes e extasiados.

Essas demonstrações de Deus para conosco nos constrange, e nos faz sentir que muitas vezes viemos a fracassar no sentido de sermos perfeitos, tal como Ele é perfeito. Parece que a natureza humana é tão contaminada com o pecado, que não reunimos os méritos suficientes para merecermos a Sua mão estendida para nos ajudar a sermos transformados – mas jamais poderíamos pensar sequer em deixar de agarrá-la. Nossa melhor e mais deslumbrante opção é pegar em Sua mão, e deixarmos que Ele nos levante, acenda a Sua luz sobre nós, nos iluminando, e conduzindo por um voo que nos direciona para a maior e mais ambicionada felicidade.

Não é preciso ter medo do que Ele irá fazer, e nem dos caminhos por onde Ele nos levará, porque sabemos que, seja por onde for, se crermos, será a mais excitante aventura da realização da nossa mais importante vocação: a de vivermos junto dEle para sempre, como os filhos do Seu Reino. E apesar de lutas, será glória sobre glória, alegrias sobre alegrias, motivos aos milhares para O louvarmos e Lhe agradecermos por esta tão bendita viagem ao Seu Lar.

Precisamos a cada momento tomar decisões – mas que cada uma destas seja para dEle nos aproximarmos, e O seguirmos pelas Suas veredas.

Sejam abençoadas as suas decisões, que sempre lhe tragam para mais perto do Pai. Abraços. Um dia haveremos de lá nos encontrar…


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