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II REIS – XXIII – QUANDO UM GOVERNO REALMENTE FUNCIONA

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agosto 10, 2018 by Bortolato


Contemplem-se os governos do mundo todo agora. Bem poucos estão em situação estável. Quando uma nação está bem economicamente, logo se vê que outras a incomodam, tentando tirar-lhe a paz. Outros países estão procurando sua paz, temendo imprevistos e armando-se até os dentes.

Por outro lado, os menos privilegiados clamam por ajuda, e, a bem da verdade, muitos realmente estão andando como se fossem uma nau indo a pique. Impossível ignorá-los. O mundo todo fica de olho sobre estes, e sobre os que poderiam estender-lhes a mão, oferecendo socorro.

Fazem encontros e mais encontros de líderes, no afã de encontrar uma saída para os problemas nacionais e internacionais. ONU, OTAN, Mercado Comum Europeu, Mercosul, e outras entidades mundiais e regionais parecem estender uma rede de comunicações que trabalha para que o mundo ache a sua paz.

Discussões não faltam em todos esses encontros, mas enquanto eles discutem, os problemas do mundo continuam. Os secretários da ONU vivem viajando de um país para outro, a fim de poderem por fim a problemas, voam para lá e para cá, por onde passam não cessam as guerras, e o que eles ganham? Talvez um prêmio Nobel da paz, por andarem onde não há paz…

A paz, essa tão cobiçada paz, que tantos ambicionam ter e não a têm, é algo que é regida por princípios. Se alguém pensa em encontrá-la, deve antes saber que não adianta um povo armar-se e dispor-se a lutar contra seus inimigos sob desculpa de que irão impor-se para depois, no final de um longo processo, instaurar a paz. Isto não funciona assim. Guerras são palmilhadas com muitas mortes, e isto gera ódio, ressentimentos e muitas lágrimas e angústias. Deixam feridas nas almas que fazem os homens carregarem-nas por longos anos. Luto e tristezas por atacado.

É certo que quando uma nação é ameaçada e atacada por outra, esta precisará defender-se, pois não lhe restará outra alternativa, mas uma pronta reação ao mesmo nível de intolerância também não é veículo da paz.

A paz deveria partir de dentro dos corações das pessoas, e uma vez externada, iniciar uma reação em cadeia, disseminando um espírito calmo, prudente, inteligente e abençoador.

Um estadista poderia ser um veículo de paz? Difícil para os homens, mas não impossível. Seria necessário que tais homens pudessem contar com a ajuda de Deus. Quer conhecer um caso? Então vamos lá.

Começemos por Yoweri Museveni, o presidente de Uganda, que durante um discurso comemorativo pelos 50 anos de independência do país, pediu perdão a Deus pelos pecados cometidos pela nação. O país se tornara independente da Inglaterra em 08 de outubro de 1962.

A iniciativa do presidente chamou a atenção dos órgãos de imprensa locais e internacionais, e segundo noticiado pelo site WND, a oração de Museveni abrangeu seus pecados pessoais, dos presidentes anteriores e da população como um todo.

O discurso do presidente incluiu ainda um pedido de perdão por escolhas religiosas e políticas e as dificuldades causadas por elas: “Confessamos esses pecados, que têm causado grandes impedimentos para nossa harmonia nacional e atrasos para nossa transformação política, social e econômica. Confessamos os pecados de idolatria e bruxaria que são abundantes em nosso país. Confessamos os pecados de derramamento de sangue inocente, pecados de hipocrisia política, desonestidade, intriga e traição”, orou Museveni.” (Trecho reportado por Tiago Chagas, para o Gospel+)

Assim é que se reinicia a história de um país. Mas vamos agora nos deter sobre um outro caso, bem mais antigo que o de Yoweri Museveni.

No ano 715 A.C., em Judá, um certo rei começou a reinar sobre a nação que, durante o tempo do reinado de seu pai e antecessor, o povo teve de suportar várias situações muito difíceis, ora diante da Síria, diante de seu reino irmão no Norte, Israel, e também da insurgente Assíria, países estes que trouxeram muitas tensões a Judá e a outros povos da região do Médio Oriente, em sua época.

O nome desse governante era conhecido por “rei Ezequias”, e sua história está bem comentada nas páginas da Bíblia, mormente em II Reis, capítulos 18 a 20, Isaías em seus capítulos 36 a 39, e II Crônicas capítulos 29 a 32.

Ezequias começou a reinar com seus vinte e cinco anos de idade, e reinou por vinte e nove anos em Jerusalém. Comparando-se com outros reis de Israel, até que viveu bastante, mas foi muito menos do que o tempo de vida dos patriarcas que vieram antes de si.

Houve e há neste mundo governantes que, quando morrem, não deixam de si saudades, tal é o rastro de sofrimentos que deixam por seu caminho. Ezequias, com toda certeza, absolutamente, não era desse tipo, mas muito pelo contrário. A julgar-se pela sua fidelidade a Yaweh e à Sua Lei, fazendo com que esta fosse totalmente cumprida, fazendo plena justiça para o bem geral da nação e para cada cidadão individualmente, este foi um rei que os homens de bem gostariam muito que tivesse muito mais vida, muitos anos nesta Terra. Cinquenta e quatro anos de vida para alguém assim, realmente foram muito poucos.

Os cronistas que tentaram descrevê-lo, disseram que ele fez o que era correto diante do Senhor, conforme tudo o que Davi, seu antepassado, havia feito. E muitas outras coisas mais, porém vamos nos ater à seguinte afirmação, que sintetiza o conceito que ele deixou como um legado ao mundo:

Ele confiou no Senhor, Deus de Israel, de modo que não houve ninguém semelhante a ele entre todos os reis de Judá, nem antes e nem depois dele, porque se apegou ao Senhor, não se desviou de segui-Lo” (II Reis 18:3, 5, 6).

Este é um princípio muito claro, que se depreende da vida de Ezequias. Aliás, o mais importante de todos que se pode encontrar na Terra. Ele era amorosamente apegado ao Senhor Deus de Israel, e nada em sua vida o deteve de buscar continuamente a presença do Senhor. Ele amava a Yaweh, apaixonadamente. Alguns diriam que ele era um fanático, mas isto não passa de uma afirmação depreciativa. Se todos fossem “fanáticos”, como dizem, tal como Ezequias, muitas coisas seriam consertadas neste mundo…

Como já disséramos anteriormente, ele não viveu em brancas nuvens, sem passar por vales de angústia e sofrimento. Apesar dos problemas havidos, foi um rei que poderia dizer que teve muitos sucessos na vida. Se há alguém que pode ser comparado a Davi, em matéria de ser bem sucedido, este é Ezequias, pois que seguiu os bons exemplos de seu antepassado, mesmo tendo sofrido sérias ameaças em sua trajetória.

Vale dizer que os reis de Israel e de Judá eram muito mais influenciados por suas mães do que pelos seus pais, pelo simples fato de que os reis eram muito ocupados por seus deveres de ofício, que demandavam muitas decisões que tinham, muitas delas, repercussão nacional. A mãe de Ezequias é chamada de Abi, ou Abia, filha de Zacarias. Certamente, era uma mulher de coração louvável, ao ponto de conseguir dotá-lo de uma boa educação e de abrir os olhos de seu filho herdeiro do trono.

Uma questão cronológica nos leva a concluir que Ezequias chegou a ser co-regente com Acaz, seu pai, no trono desde 729 A.C., pois que a queda de Samaria ocorreu no sexto ano do seu reinado, isto é, em 722 A.C. No entanto, a invasão de Judá por Senaqueribe em 701 é apontada no décimo quarto ano de seu mandato (II Reis 18:13). Oficialmente, ele passou a reinar absoluto apenas em cerca de 715 A.C.

Isto significa que, juntamente com seu pai, Ezequias teve de amargar inconformado com uma sujeição abjeta ao rei da Assíria, pagando-lhe alto preço em prata e ouro, como forma de “indenização por danos morais e por conta de um distrato” em 701 A.C.

Ezequias teve de conviver com a corrupção idólatra de seu pai durante anos a fio. Os resultados catastróficos desse desvio da Lei do Senhor são contados no capítulo 17 do II Reis. Era um desencontro atrás do outro, e o filho co-regente avaliava isso dentro de seu coração. Ele sabia que um dia haveria de reinar no lugar de seu pai, e então teria muito trabalho a ser feito para corrigir tantos erros espirituais e políticos, mas enquanto seu progenitor ainda era vivo, ele lhe devia todo o respeito, e teve que suportar aquelas grosseiras falhas que podia bem detectar. Acaz infelizmente se corrompeu e perdeu o rumo de Deus, buscando ídolo após ídolo, ao ponto de queimar filhos no fogo, e Ezequias pôde sobreviver aos infanticídios, horrorizado com aquilo . Enquanto isso, o povo ia sofrendo juntamente com ele e o trono de Judá.

Após a morte de Acaz, então Ezequias, de posse da coroa, pôde demonstrar ao mundo como era o seu coração, ardentemente adorador do Deus a Quem Israel todo deveria sempre adorar, sem nunca cessar… e esta foi a felicidade do povo judeu que foi governado por Ezequias – foi um verdadeiro presente de amor a um povo que estava se perdendo por seus caminhos tortuosos. Amor do novel rei, e amor de Deus, que deu àquela gente um tão notável governante.

O nome Ezequias, em hebraico Hizquiya, ou Hizquiyahu, significa “Yaweh é minha força”. De fato, ele superou-se a si mesmo quando tudo dizia que era o seu fim, quando estava sentindo-se mui fraco, sem forças para resistir, pois recebeu novas forças oriundas da parte do Deus de sua vida, e foi vitorioso.

Então partimos de um outro princípio: o de um amor inflamado e intimamente ligado com o Senhor do Céu e da Terra. Este é um detalhe muito importante. É o principal dos mandamentos da Lei de Deus. (Deuteronômio 6:4,5). Um coração assim abençoado pelo Senhor, só pode ser seguido de muitas venturas, em que pesem as ameaças e as tribulações. Assim foi com Ezequias.

Podemos, ainda, apontar as atitudes que fez com que Ezequias tivesse tanto apreço diante do Senhor, de modo a ser abençoado com um governo levantado das cinzas para glória e riquezas extremas. Ele tomou nas mãos um país falido e arrasado por invasões estrangeiras, da humilhação de derrotas, o tornou em um reino rico e vitorioso.

Primeira atitude louvável:

No primeiro ano do seu reinado, logo no primeiro mês, ele abriu as portas da Casa do Senhor e as reparou. Seu pai as havia fechado para dar vazão a cultos idólatras que se espalharam por toda parte, oferecendo verdadeiras armadilhas espirituais aos imprudentes.

Foi um início, um start público para mostrar a todos que ele era profundamente comprometido com Yaweh, o Senhor dos Exércitos.

Ele sabia que seu pai guiou o povo por um caminho equivocado pela idolatria, abandonando ao Senhor Yaweh. Este equívoco o fez sofrer em saber que irmãos seus foram sacrificados vivos a ídolos.

Ele fez o povo lembrar-se de que Yaweh foi quem lhes deu muitas vitórias no passado, fazendo obras que deixaram o mundo boquiaberto. Que Yaweh foi quem os livrou de cativeiros, e lhes deu livramentos miraculosos – e que, portanto, todos deveriam voltar a trilhar os caminhos certeiros do Senhor.

Segunda atitude louvável:

Trouxe os sacerdotes e levitas, e apregoou-lhes um discurso exortando-os à santificação, ao expurgo de toda imundície espiritual. “Tirai do santuário a imundícia, porque nossos pais prevaricaram, fizeram o que era mau aos olhos do Senhor, deixaram-nO, desviaram o seu rosto do Tabernáculo do Senhor e Lhe voltaram as costas… Por isto é que veio grande ira do Senhor sobre Judá e Jerusalém, e os entregou ao espanto e aos assobios… eis que nossos pais caíram à espada e por isso nossos filhos e nossas filhas e nossas mulheres estiveram em cativeiro. Agora estou resolvido a fazer aliança com Yaweh, o Deus de Israel…” (II Reis 29:5-11)

O Senhor, o Santo de Israel, Justo Juiz, Grande Legislador, Único Deus verdadeiro, Salvador, não compartilha a Sua glória com outro deus, aliás há um antagonismo acentuado e bem definido, em que um não comporta dar lugar a outro.

Assim foram os cultos idólatras, tencionando encontrar uma brecha para entrar no meio do povo escolhido por Deus, enganosamente simulando uma certa tolerância inicial para com Yaweh, apenas como desculpa para penetrarem no meio de um povo santo, a fim de poluí-lo, excluir dos corações o verdadeiro Deus e, depois de haver poluído espiritualmente toda uma massa de gente, a faz um opróbrio para todas as nações vizinhas.

Muito bem fez Ezequias: que todo o mal infiltrado na terra de Israel fosse removido completamente. Com toda a razão, não há lugar para Yaweh e outro deus ao mesmo tempo, e é necessário excluir-se os intrusos para que haja a paz Shalom Adonai.

Terceira atitude louvável:

Depois de haver sido reparada e santificada a Casa do Senhor, mandou trazer novilhos, carneiros, cordeiros e bodes para fazer ofertas pelo pecado, a fim de readquirir a confiança e o favor de Deus para o reino. Não fez economia de oferendas a Quem havia sido desprezado, pois estava com vistas a restabelecer uma relação de comunhão e de amor para com Deus. Reconheceu que o seu povo pecou, e ultrajou ao Deus que tantas bênçãos jamais vistas na Terra já havia dado a Israel. Não se conformou com isso, e tratou de buscar o perdão. Tal como Yoweri Museveni, que em Uganda fez confissão de pecados diante do Senhor, assim fez Ezequias. Isto é, realmente, um bom começo para a restauração de uma aliança com Deus, e a volta à felicidade.

Quarta atitude louvável:

Procurando trazer de volta aquele clima de louvor e adoração, que agrada ao único Deus, restabeleceu a ação de levitas que tocavam instrumentos musicais, címbalos, alaúdes e harpas, como era desde os tempos de Davi, que assim procederam em obediência à orientação de profetas tais como Gade.

Ezequias deu ordem a que, logo que se iniciassem os sacrificios – ofertas de ações de graças, holocaustos, ofertas pacíficas e libações – também começassem a cantar! Cânticos de louvores a Deus, acompanhados do som de trombetas. Assim que terminaram de oferecer os sacrifícios, prostraram-se e adoraram, com muita alegria de sentirem que estavam reavendo o contato com o Deus a Quem jamais deveriam ter abandonado. Ficaram muito alegres em poderem fazer isto. Foi uma glória.

O louvor a quem merece ser louvado é algo devido, e muito bem cabido. Omissões neste sentido só deixam espaços vazios para aparecerem oportunistas que não o mereceram. Portanto, não se cessem os louvores, a adoração sincera, o derramar de corações que se enchem de prazer diante de Deus.

Uma das maneiras mais poderosas de elevarmos louvores a Deus é através dos cânticos espirituais. Estes nos trazem libertação, dinamizam nossa fé, e solidificam nossa comunhão com o Altíssimo.

Quinta atitude louvável:

Esta foi uma marca indelével no governo de Ezequias: a celebração da Páscoa! E que celebração, foi aquela! Os sacerdotes e levitas estiveram longamente ocupados na purificação do Templo e a restauração dos cultos a Yaweh, de tal forma que deixaram passar uma data muito importante na história de Israel, e que também veio a ocupar um lugar impotante no seio da Igreja Neotestamentária. A da Páscoa!

Vendo não dar mais o tempo hábil para convidar todo o povo para o décimo quarto dia do mês primeiro, Ezequias não quis perder este evento naquele ano, e marcou a celebração para o segundo mês. Afinal, Judá já havia perdido muito tempo pecando e marcando passo, em vez de marchar ao lado do Senhor e buscar agradá-Lo em todas as determinações da Lei.

Então mensageiros foram percorrendo a Eretz Israel desde Berseba até Dã, isto é, por todo o território de Canaã, levando cartas do rei e de seus chefes, exortando a todos os de Israel e Judá para que se voltassem ao Senhor, todos quantos tinham prazer em fazer a vontade de Deus.

Os reis da Assíria já haviam invadido Israel Norte, mas alguns ainda haviam escapado do desterro compulsório a que foram submetidos. Oséias, o último rei do reino Norte já havia sido levado preso, a grande maioria daquele povo fora exilada e ficaram na terra apenas alguns remanescentes, mas estes puderam ser o público alvo do convite de Ezequias: um doce convite para voltarem a servir a Yaweh, o único Deus verdadeiro.

Os moradores daquela região setentrional de maneira geral zombaram daqueles arautos, mas alguns de Manassés, Aser e Zebulom se humilharam e vieram a Jerusalém, como muitos de seus antepassados o haviam feito. A receita deixada por Moisés era de que fossem sete dias de celebração, mas de alegria pelo retorno à Páscoa do Senhor, eles o fizeram por esse tempo e por mais sete dias.

Ezequias e seus chefes assistentes ofereceram dois mil novilhos e dezessete mil ovelhas à comunidade para os sacrifícios.

A alegria reinante naqueles dias foi de tal monta que só podia ser comparada com os dias de Páscoa do reinado de Salomão. Esta alegria os tomou de um entusiasmo tão grande, que os israelitas que estavam em Jerusalém naqueles dias chegaram à conclusão que também deveriam ir às cidades de Judá e assim foram e despedaçaram as colunas , os postes-ídolos, derrubaram os demais altares por todo Judá e Benjamin. Não satisfeitos, ainda foram também por Efraim e Manassés, até os destruírem completamente.

A operação limpeza pôde ser feita com grande saldo positivo para os adoradores de Yaweh, e a recuperação da pureza da fé e do amor a Deus. E tudo começou com uma sólida decisão de um rei de Judá…

Sexta atitude louvável:

Esta é uma bênção para todos quantos a praticam: foi estimulada a entrega de dízimos e ofertas, enquanto os sacerdotes e levitas rendiam graças e cantavam louvores no meio do povo, às portas do acampamento dos peregrinos de Jerusalém.

Com esta medida, todos os sacerdotes e levitas que moravam por toda Judá podiam ser sustentados, e dedicaram-se mais ao ensino da Lei do Senhor – o que já é outra bênção para o povo que busca a Deus de todo o seu coração.

Este movimento é às vezes criticado por alguns, que não alcançaram este entendimento, e julgam mal, achando que a entrega de dízimos e ofertas enriquece sacerdotes e empobrece o povo. Muito enganados estão. Se observarmos bem, desde que Ezequias ordenou que assim fosse feito, aqueles dízimos e ofertas alçadas começaram a superabundar cada vez mais. O que significa isto, senão que a prosperidade se fez notar no meio do povo?

Se os dez por cento daquilo que traziam tornava-se cada vez maior, logicamente é porque as colheitas, e o crescimento numérico do gado dos judeus e israelitas estava tornando-se cada vez maior também. Dez por cento continuaram a ser dez por cento, mas as consagrações de dízimos que eles traziam foram ficando cada vez maiores. Isto quer dizer que os restantes noventa por cento também cresceram.

Isto é um princípio e também o cumprimento da promessa mais tarde feita por Deus em Malaquias 3:10, dizendo: “provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, e vede se não derramarei sobre vós tantas bênçãos que não conseguireis guardá-las “ (Versão Almeida, século 21).

Com esta providência, tempos de prosperidade foram acrescentados ao povo. Este é o princípio: dar de boa vontade o que Deus nos dá, e muito mais o haveremos de receber. Negar-se a isto é retroceder, é o inverso da prosperidade.

Sétima atitude louvável:

O rei Ezequias também prontificou-se a não somente celebrar a Deus pelas semanas de Páscoa, como também contribuiu pessoalmente para os sacrifícios dos sábados, luas novas e outras festas fixas, tais como Pentecostes e Tabernáculos, como está escrito na Lei do Senhor.

Esta atitude nos mostra que Ezequias estava continuamente disposto a alegrar-se no Senhor, aproveitando cada oportunidade para realizar uma celebração.

Com isto, não cessavam as ocasiões em que todo o povo pôde alegrar-se, servindo a Deus todos os dias de suas vidas. Era como um follow up, perseguindo resultados e perseverando sempre.

Oitava atitude louvável:

Diz II Crônicas 32, que depois de toda esta fidelidade a Deus, veio um representante de Satanás para tentar desestabilizar a vida dos cidadãos do reino de Judá.

Foi uma ocasião terrível, um desafio muito grande para sua vida e a de seus compatriotas.

Ele poderia ter cedido a Senaqueribe, o rei da Assíria, assim como seu pai o havia feito, sujeitando-se a uma vergonhosa situação de vassalo daquela nação que não servia ao Senhor Yaweh, mas não aceitou derrota por antecipação, como que acovardando-se.

Antecipou-se, sim, apressando o seu povo a ajudá-lo a tapar as fontes de água que ficavam fora da cidade, a fim de que fosse dificultada qualquer ação militar de cerco contra Jerusalém.

Além disso, reconstruiu todo o muro que estava demolido, e levantou torres sobre o mesmo e fez um outro muro por fora. Fortificou o palácio, fabricou grande quantidade de armas e escudos.

Feito isto, ainda estabeleceu e reuniu todos os oficiais militares junto à porta da cidade, e pregou um sermão de encorajamento a todos, lembrando-os de que o Senhor é muito maior do que todo o exército da Assíria, o qual poderia ter alguma vantagem numérica, mas quem tem a Yaweh tem muito mais e nada precisa temer.

Se nos detivermos a apenas estas atitudes de Ezequias, já teremos um felicíssimo exemplo de fidelidade ao Senhor, que trouxe grande alegria e felicidade ao povo sobre o qual reinara, mas ele ainda mostrou muita fibra espiritual quando chegou o momento mais crítico de sua carreira de fé e amor a Deus. Isto se deu quando Senaqueribe tencionou invadir a Jerusalém. Detalharemos melhor este incidente ao comentarmos o capítulo 32 de II Crônicas, Isaías 36 a 39 e II Reis 18 a 20.

Meditemos, pois, no tema Fidelidade ao Senhor, através da vida de Ezequias. Quem quiser imitá-lo neste aspecto só terá a ganhar abundantemente.


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