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LEVÍTICO – X – COMO VIVER DE BEM COM DEUS

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enero 31, 2014 by Bortolato

LEVÍTICO  – X – COMO VIVER DE BEM COM DEUS

Qual o tipo de conduta que agrada a Deus?    Preceitos, normas, padrões?   Tudo isso se justifica?   Ele declarou aos hebreus que havia uma certa forma de aproximação, toda cheia de símbolos, metáforas, e encenações didáticas, mas usando de poder e vida reais, causando muita admiração, temor  e tremor.

Até o capítulo anterior, temos visto como deveria ser levada a vida cerimonial do povo de Deus no passado, sempre sendo justificado pelo sangue – o dos animais e aves, prefigurando simbolicamente ao sangue de Jesus, o Cristo, pois que nenhum homem ou mulher poderia justificar-se a si mesmo, e nem salvar-se a si, sem a intervenção milagrosa do Senhor, que nos salva dos nossos pecados.

A partir deste capítulo, veremos como deverão os homens, purificados e perdoados pelo Senhor, deveriam ser  e agir no seu dia a dia.

Esta seção tem um significado: – todos nós devemos ter uma vida de apresentação contínua e periódica perante o Senhor, trazendo em nossas mãos o sangue do Senhor Jesus, como nosso emblema e nosso escudo, para orarmos a Deus diante do Santuário, na presença de todo o Seu povo.

Este capítulo começa falando que todo animal sacrificado deveria sê-lo no arraial da Tenda da Congregação.   Logicamente que o texto fala de animais oferecidos ao Senhor.  Israel estava acampado em volta do arraial do Senhor, e com certeza não era proibido o abate de animais para a alimentação quotidiana do povo, fora do pátio do Tabernáculo.

Esses versículos de 1 a 4 do capítulo 17 de Levítico traz neles uma mensagem que o povo escolhido de Deus não se prestasse a fazer como os povos pagãos, que geralmente ofertavam a seus deuses os sacrifícios  em campo aberto.

Quando pagãos faziam oferendas em campo aberto, faziam-nas a demônios.   Esta palavra hebraica que assim os definem é seirim, que coincidentemente também pode ser traduzida por “bodes hirsutos”, i.e., de pelos longos, rijos e crespos.   Os egípcios adoravam ao bode, e com este animal, às forças demoníacas que atuavam por trás desse ídolo.   Gregos e romanos também cultuavam a bodes-demônios.  Heródoto descreveu a adoração ao bode no Egito.  Como os hebreus viveram no Egito por quatrocentos anos, com toda a certeza haviam trazido de lá os seus ídolos consigo, e, apegados a estes, os demônios que eram representados.   O Senhor ordenou, pois, que toda adoração em sacrifícios fosse feita perante Ele, que habitava na Tenda da Congregação, a fim de que nenhuma lembrança do passado, dos povos pagãos, fosse cultivada na memória do povo israelita, com a finalidade de não se misturarem religiões.    Só o Senhor deve ser adorado na forma e no lugar que bem Lhe apraz.    Afinal, foi Ele mesmo que indicou o caminho e a maneira de fazê-lo.

Isto nos incita hoje a evitarmos qualquer coisa que faça lembrar dos tempos de ignorância, em que vivíamos como pecadores desavisados, a fim de realmente nos convertermos das coisas espúrias  e nos achegarmos a Ele.

A proibição de comer-se sangue (versos 10-16) repete mais uma vez o que o Senhor já havia  dito, desde os tempos de Noé.   A razão teológica é que no sangue há vida, e comer carne com seu sangue sugere que o animal foi esquartejado enquanto ainda tinha vida (Gênesis 9:4).   Há ainda razões biológicas e químicas, dentre outras, que desaconselhavam a ingestão de sangue.

A boa notícia a respeito deste capítulo é que os que são lavados e perdoados pelo sangue de Cristo não precisam mais se locomoverem até a porta do Tabernáculo para serem contemplados pelo perdão de Deus!   Ele nos alcançará aonde estivermos buscando-O com o coração contrito.

Ao capítulo 18 de Levítico, intitulamos “Crente fiel a Javé, não O desaponte, não se deixe poluir!”   Esta seria uma extensão da assertiva mais genérica: “Sede santos, porque Eu sou santo”.

Todos anelam por ter um dia uma vida sexual abençoada por Deus.   E o Senhor não negará bem algum aos Seus servos fiéis.

Tudo, porém, tem um modo aprovado por Ele, e várias maneiras e vários caminhos desaprovados.   Quando temos sede, por exemplo, não convém bebermos água de enxurrada, e nem água do mar, e nem água estagnada.

Se Deus nos avisa que certos alimentos são nocivos à nossa saúde, ao mesmo tempo Ele nos aponta quais alimentos nos serão saudáveis.   O Antigo Testamento nos mostra em várias passagens que águas eram amargas (Êxodo 15:23), e alimentos eram contaminados de veneno (II Reis 4:38-40).   Toxidade, ameaçando-lhes a saúde física, e até mesmo a vida.

Assim também, quanto aos impulsos sexuais, Deus nos alerta que certas uniões são amargas e/ou venenosas, e por este motivo, devem ser evitadas.   Ele sabe melhor que ninguém quem será o cônjuge que melhor se nos harmonizaria, e tem um matrimônio certo, preparado para abençoar a cada um individualmente.

O desejo sexual é brotado desde a remota adolescência, ou, em alguns casos, da infância, carecendo de orientações apropriadas no tempo certo.

Os povos contemporâneos a Moisés e Josué não tiveram esses cuidados, pois que tão longe viviam dos caminhos de Jeová, que só se atinham a outros deuses.   Esses deuses do Egito e de Canaã eram em extremo e abusivamente licenciosos, de modo que seus costumes nesta área, além de serem reprovados diante de Deus, traziam sérios riscos à saúde do povo.   Apesar que coisas desse tipo sejam reportadas como atuais, ainda nos dias de hoje ninguém poderá negar que a AIDS e doenças venéreas tiveram sua origem com a prática de relações sexuais promíscuas, com animais.

Temos que considerar que com o surto das drogas o mundo tornou-se mais imoral, impaciente com o próximo, em muito mais  egoísta, desdenhando até a própria vida de quem quer que se interponha no caminho dos interesses de um povo loucamente alienado de Deus e do respeito mútuo.    Assim, as práticas egípcias e cananitas hoje são até mesmo tidas por uns  como coisas de impiedade primitiva, mas em muito já foram ultrapassadas em ousadia e impureza nos dias atuais.

Este capítulo parece condenar as atitudes de homens, devido ao fato de que a libido masculina ter sido a causa, a origem de muitos males, como se a feminina não o fosse.   O estilo do autor, aparentemente feminista, apenas se exprimiu assim por considerar que, devido ao porte, à força, e às circunstâncias violentas da época e local, estes fatores eram muito determinantes para que os representantes do sexo masculino se deixassem levar por muitas brutalidades.  Estes eram preparados para a guerra desde a infância, e as armas de infantaria daquela época eram sobremaneira um ensejo ao uso do vigor dos braços e pernas.   Os que bem se houvessem nesta área, não raro, acabavam tornando-se jactanciosos e desrespeitosos.

Por estes motivos, os homens nutriam a cultura da espada, da lança, da força, e da habilidade com armas de manejo pessoal, e por meio destas, impunham um almejado respeito e fama.   Muitas vezes, então, restava às mulheres apenas conformarem-se com a forma com que eram obrigadas a sujeitarem-se.

Logicamente este ponto de enfoque não  isenta as mulheres por completo, no tocante às loucuras e aventuras sexuais que se registraram na história, ou se ouvia falar, mas é por esta razão cultural que o capítulo 18 de Levítico dá ordens somente aos homens no tocante ao seu relacionamento com mulheres.

Em Levítico 18:16 há a proibição que se dirige a uniões matrimoniais e íntimas com parentes da mesma carne – isto aponta para a consanguinidade.   Tais uniões já foram comprovadamente perigosas no  tocante à perfeita saúde de filhos, segundo o atestam os biólogos, em seus estudos e publicações.

As expressões “descobrir a nudez”, sem dúvida alguma, significa manter relações sexuais.  Nos versos 14 e 16 trata-se, não de homossexualismo, mas de uma ligação tão íntima  que há entre casais (ambos uma só carne), que, se alguém adulterasse com a mulher de um tio ou de um irmão, equivaleria a desonrar ao seu cônjuge.   Por conseguinte, descobrir a nudez de uma mulher, era descobrir a nudez do próprio marido traído.

Esta seção, pois, reforça o mandamento que diz: “Não adulterarás”.

Muito embora não houvesse algum problema de consanguinidade em alguns casos (como por exemplo, o que está no verso 18), havia o grande senão da destruição dos sonhos e da pureza moral da mulher tomada, como era o caso de manter-se relações sexuais com duas irmãs, concomitantemente.    Observe-se os problemas havidos entre Raquel e Léia, para ver-se que tais casamentos traziam muitos conflitos dentro da tal família.

Como conclusão do capítulo, reafirmamos, Cristo é a solução.   Ele é o alvo, e a nossa grande bênção!   É Ele quem nos pode controlar, através do Seu Espírito, de modo a não errarmos.  O padrão do Senhor Jesus é bem mais rigoroso do que o da Lei de Moisés o foi, e a nossa justiça precisa superar em muito a dos fariseus, saduceus, e de mestres da Lei;  e a Sua solução está no novo nascimento.   Quem nasce na água e do Espírito é quem poderá ver o Reino de Deus, e poderá não somente cumprir a todos os mandamentos, mas também fazê-lo com muita alegria.   Quem tem sede, e nEle crer, que venha a Ele e beba. terá rios de águas vivas fluindo de seu interior (João 7.37-38), e esta promessa é eterna.


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