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O CÂNTICO DA TRIBULAÇÃO

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julio 4, 2012 by Bortolato

Leiamos Mateus 26:26-30

 

“Enquanto comiam, tomou Jesus um pão, e, abençoando-o, partiu, e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei, isto é o meu corpo.  A seguir, tomou um cálice e , tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: – Bebei dele todos; porque isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados.   E digo-vos que, desta hora em diante, não beberei deste fruto da videira, até aquele dia em que hei de beber de novo, convosco no reino de meu Pai.

E, tendo cantado um hino, saíram para o monte das Oliveiras.”

 

 

 

Vamos observar  bem o que Jesus fez naquela ceia de Páscoa:

  1. Abençoou o pão e o partiu, e deu-o aos discípulos.
  2. Ofereceu também o vinho aos discípulos.
  3. Ceou com eles.
  4. Cantou com os discípulos.

Uma pessoa com depressão não faz isso.

Jesus sabia que aquela seria a última ceia com os seus amados discípulos.

Sabia também que seria traído por um deles.

Também sabia que todos os demais O abandonariam, e estaria só, para enfrentar todo o sofrimento que O esperava, e que sabemos que Ele o passou.

Ele sabia que teria de entregar-Se para ser humilhado, seviciado e crucificado diante de todos.

 

Apesar disso tudo, não Se deixou abater.   Não ficou prostrado, acabrunhado, rancoroso, com sentimento de ódio e nem de vingança.   Não fugiu da dor, e nem se acanhou diante dela.

Em vez disso, abençoou o pão, orando, e partiu-o, dando do mesmo aos seus discípulos, profetizando, com este ato, a morte que haveria de sofrer.

Comeu e bebeu com todos, em ato de comunhão com eles.   Uma pessoa que sabe que está para morrer nas mãos de seus inimigos, não tem ânimo para fazer tudo isso.

Ao final daquela Ceia, CANTOU um hino a Deus.

Que bênção é podermos cantar, em quaisquer circunstâncias!  Jesus o fez assim, sinalizando que nós devemos assim fazer também.

Quando estamos com motivos alegres em nossos corações, é fácil cantarmos pelas bênçãos recebidas.

Digo, porém, que Deus Se agrada de nosso louvor em toda e qualquer situação de nossas vidas.

 

POIS, QUE É O LOUVOR?

 

É um ato de abertura da nossa alma, que se abre e retira amor para fora, de lá do fundo do coração, extraindo e trazendo uma expressão de agrado que dirigimos a alguém, que, no nosso caso, é dirigido a Deus.

Quando, entretanto, estamos passando por uma tribulação, normalmente não temos ou não sentimos muita liberdade para abrir o nosso coração.   Não porque não haja amor suficiente para dedicar ao Senhor, mas porque nos fechamos diante de alguma dor.

Essa dor nos mostra que existe algo que nos traz desconforto ou insatisfação, de forma a não nos sentirmos à vontade para nos expressarmos.   É como se um espinho estivesse lá dentro de nós, atravessando o nosso coração, de modo que gostaríamos muito que esse espinho fosse removido com todo o cuidado para não nos machucar mais ainda.   Queremos louvar a Deus, sim, mas há um espinho ou mais atravessado, bloqueando o nosso louvor.

 

COMPARAÇÃO:

A)

Quando buscamos lá no fundo de nossas almas aquele  perfeito louvor, cheio de amor para dedicá-lo e entregá-lo ao Senhor, parece que estamos tirando do nosso baú uma flor ainda em forma de botão, ali escondida.

Quando conseguimos alcançá-lo lá do fundo, e vamos trazendo-o para fora, parece que esse botão vai imediatamente crescendo, a flor vai amadurecendo e desabrochando, numa pronta reação à medida que ele vai subindo de dentro para fora.

Quando o entregamos nas mãos do Senhor, já é uma grande flor, aberta, cheirosa, perfumada e muito bonita.

B)

Mas como muitas flores têm os seus espinhos, vamos ter que retirá-los juntamente com o galho que as acompanham naturalmente.    Sem que sequer tenhamos tido intenção de tocar nos espinhos, estes também saem do baú, juntamente com a flor.

Esses espinhos eram aqueles que nos machucavam e entravavam o louvor.

Como foi que eles saíram?

Eles saíram de dentro de nós, porque então não estávamos nos importando com eles, porque a nossa atenção e o nosso foco se voltou para Jesus, o alvo de nosso louvor.  Desviamos o nosso foco, voltamo-nos para o Senhor, que tanto bem nos fez e nos faz, e merece todo o nosso louvor, independentemente do momento que estivermos vivendo.

Como muitas flores têm seus espinhos, vamos retirá-los juntamente com a flor, e no mesmo momento em que estaremos louvando a Deus, os espinhos que espinham  nossas almas também irão sair, e da melhor maneira, mais jeitosa e habilidosa de o fazermos, que é louvando-O.

Jesus acolhe o nosso louvor, e, como médico das nossas almas, Ele colhe as flores, e ao mesmo tempo, aceita-as com os nossos espinhos que vêm nelas acoplados.   Assim como tomamos uma flor do seu pé juntamente com sua haste, porque Ele é digno de nosso perfeito louvor e ao mesmo tempo é o nosso médico.   Ele é médico de médicos.

 

APLICAÇÃO:

 

A chave de tudo é a nossa fé.

Quando abrimos o nosso coração a Deus para louvá-lo, nós nos abrimos porque temos fé, pois o louvor é a voz da fé.

 

Se, fizermos o caminho inverso, e em vez de louvarmos a Deus, ficarmos a lamentar, olhando para o espinho da nossa carne (como o apóstolo Paulo disse que ele também tinha um), e para a ferida que foi provocada; e murmurarmos, resmungarmos, e reclamando, quem sabe, até praguejando, estaremos concentrando a nossa atenção para um fato, sim, mas aí é quando os espinhos soltam o seu veneno, e somos envenenados com a amargura.   Desviando o foco de Jesus para os espinhos, estes continuarão  ali por bom tempo, até que veremos que nada mudou, e que a ferida continua aberta, dentro de nossa alma.

 

O enfoque que quisermos dar e aplicar a cada caso, porém, é questão de opção!

 

Se quisermos, poderemos retirar todos os espinhos da alma à medida que louvamos a Deus.

 

 

  1. DAVI LOUVAVA A DEUS NA TRIBULAÇÃO:

 

 

 

Quando lemos o Salmo 119 que Davi escreveu, vemos que ele estava vivendo um momento de muita aflição.

Senão vejamos:

Leiamos no Salmo 119: 107, que ele estava aflito.

Leiamos no Salmo 119: 109, que estava em perigo de vida.

Leiamos no Salmo 119:  23, que príncipes o maldiziam.

Leiamos no Salmo 119:  95, que vieram espreitá-lo.

Leiamos no Salmo 119:  110 que armaram-lhe ciladas.

Leiamos no Salmo 119:   61, que ele já estava sentindo-se enlaçado.

 

Qual foi a sua reação?   Parar, chorar, e dizer a si mesmo que está tudo perdido, e quão infeliz ele era por isso?   Não.

 

 

O que fez Davi com relação a esta situação?

 

 

O mesmo Salmo 119:62 nos diz que ele levantou-se à noite para dar graças.

O Salmo 119:145 a147 diz que ele clamou a Deus e confiou em Deus!

 

Ele era músico, entre muitas das suas habilidades.

Como músico que era, afastou os demônios da vida de Saul, com auxílio de sua Harpa.

Vivia louvando ao Senhor junto às ovelhas de seu pai.   As ovelhas  cresciam e engordavam, de tanta paz que a música daquela harpa lhes trazia aos ouvidos.    Tão gostoso era ouvi-lo, que ele nem precisava chamá-las para junto de si, pois elas o ouviam tocar a harpa, e vinham logo se aproximando para ouvir melhor.

Chegou o dia em que viu um leão atacando uma ovelha do rebanho.

 

 

O que aconteceu?  

 

 

Davi lamentou a perda, e deixou o leão levar a ovelha? Não!  Ele não queria e não aceitava isso.    Aquela ovelha era de seu pai, e não do leão.

O louvor revela a fé, e a fé, reciprocamente, alimenta o louvor.   Enquanto louvava, Davi estava carregando as baterias de seu espírito, porque Deus Se agradava de Seu louvor.

Ele mostrava Sua fé deleitando-se no louvor ao Senhor, a quem muito amou e passou a amar mais ainda.

Em consequência, Deus o enchia mais ainda de fé e coragem o seu coração.

Todo cheio de coragem e fé, foi até o leão e o matou.

 

Depois disso, ainda veio um urso.   O urso mal sabia que estava se metendo com rebanho errado.   Davi matou o urso também.

 

No meio da aflição, ele louvava a Deus!  Leiamos o Salmo 119:164:  Sete vezes ao dia, ele louvava a Deus – e isto naquela circunstância aflitiva.   Nas vitórias, muito mais, é o que nos fala o Salmo 18.

Quem louva a Deus nas tribulações, mostra como está o termômetro da fé.  É quente!

 

 

PAULO E SILAS

 

 

 

O Livro de Atos dos Apóstolos, capítulo 16 revela-nos algo muito significativo.   É outra passagem bíblica, com mais outro testemunho de fé e amor a Deus.

Pregavam Paulo e Silasem Filipos.   Encontraramalgumas mulheres que se interessaram pela palavra que lhes falara.   Escolheram uma clareira à beira do rio para orar e compartilhar a fé.   Estavam sempre reunindo-se ali.   Lidia se converteu e foi batizada ela e toda a sua casa.

Um dia, caminhavam os apóstolos, indo para o lugar de oração junto ao rio, e uma jovem, possuída por um espírito de adivinhação, por vários dias os seguiu aos gritos, revelando a todos quem eram eles, e perturbando-lhes a caminhada.

Paulo volta-se para ela, e expulsa aquele espírito imundo.

Os senhores da jovem, vendo isso, os agarrou e arrastou-os até os pretores, rasgaram-lhes as vestes e mandaram açoitá-los.

Depois de açoitados com varas, foram lançados no cárcere, onde lhes prenderam os pés num tronco.   Não era para eles se sentirem abandonados por Deus, e depressivos?

Começaram a conversar,  a falar de Jesus que lhes era e é tão maravilhoso.

O relógio já apontava para perto de meia-noite, e estavam orando.    A alegria do Espírito Santo lhes invadiu os seus corações.   Logo estavam cantando ao Senhor, em louvor, em alta voz.

Jesus lhes responde, então, sacudindo os alicerces da prisão, e abrem-se todas as portas, as cadeias de todos se soltam.

O carcereiro tentou suicidar-se, mas Paulo o impediu, bradando-lhe que não o fizesse, porque todos os presos estavam ainda ali.   O carcereiro percebeu que aquilo que aconteceu foi intervenção divina, e pediu a Paulo que lhe dissesse qual seria o plano de salvação para sua vida.    Paulo lhe explica, e o carcereiro, e com ele toda a sua casa, decidem-se e são batizados.

 

EPÍLOGO:

 

 

As tribulações têm atingido a todos indistintamente.

Não nos é possível fugir delas.   Importa até que no curso dessas muitas tribulações entremos no Reino de Deus.

É muito melhor encararmos as provas da vida com boa disposição de espírito, demonstrando fé nos nossos corações, do que passarmos a olhar e medirmos o tamanho das pedras e espinhos que Satanás tem lançado em nossos caminhos.

Há várias maneiras de louvarmos a Deus – através de orações, ou com nossos dízimos e ofertas, ou com nossas atitudes, mesmo ás vezes sem palavras.

A mais contagiante maneira de louvarmos a Deus  é através dos cânticos, com a nossa alma aberta para receber dEle e oferecer tudo a Ele .

Qual será a opção que V. quer escolher?  Sofrer ou confiar, louvar ou fechar-se?

Vamos louvar ao Senhor por tudo o que Ele faz, e por tudo o quanto Ele é, e sinta o gozo no espírito que Ele lhe dá.

Sentiu já essa alegria¿   Então faça mais uma coisa: solte-se, cante bem alto, e até pule, se essa bênção já estiver em seu espírito.

E olhe, que o Senhor tem muito mais para lhe dar…. isto é só o empurrão inicial.


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