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SALMOS – LII – QUANDO CAI A FICHA

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agosto 2, 2021 by Bortolato

Salmo 51

Esta expressão vem do uso dos antigos pontos de telefone público, também chamados de “orelhões”. Em uma tentativa de estabelecer-se uma conversa, colocava-se uma ficha no aparelho, que ficava retida visivelmente no seu deck de entrada, discava-se um número, e esperava-se que alguém atendesse. Quando alguém atendia do outro lado da ligação, a ficha tinha que cair, para que a conversa não fosse interrompida. Às vezes, por algum motivo, a ficha não caía, e a conversa não podia ser realizada. Então a gente procurava dar um pequeno tranco no aparelho, a fim de que a ficha caísse. Quando a ficha caía para dentro do aparelho, então sim, podíamos ouvir a voz de quem queríamos ouvir.

Por vezes demoramos para reconhecer o que Deus quer falar conosco, até que “caia a ficha”, e então passamos a compreender o que Ele diz.

Reconheço que sou criado por Deus, a princípio para que eu fosse perfeito, mas a natureza primeira de minha raça foi corrompida, e como resultado disso, sou um pecador, o que faz meu espírito contrariado.

Há quem diga que isto não é assim, que não teve sua alma manchada pelo pecado, e outros que dizem que esse tal de “pecado” é coisa que não existe.

Houve época em que teólogos liberais, afeitos ao movimento modernista, achavam que a natureza humana era muito boa, sob o argumento de que Deus, quando faz algo, faz tudo perfeito. Quem dera que realmente isto fosse tão simples assim de se definir! Esta posição antropológica, porém, não pôde resistir ao tempo, com a chegada das duas Grandes Guerras do século XX. As atrocidades praticadas naqueles confrontos, os requintes de crueldade e as aberrações de mau comportamento que se expuseram ao mundo só clamavam que havia, sim, uma natureza perversa, má, muito má dentro dos corações dos homens.

Se todas as maldades que movem as ações dos homens pudessem ser vistas pelo mundo, fatalmente chegaríamos à conclusão de que pertencemos a uma raça decaída e pecadora, que não merece viver bem nesta Terra.

Tomo como espelho a biografia de um homem que em sua juventude fora visitado pelo Espírito de Deus de forma tal, que causou admiração tanto a seus correligionários quanto aos seus inimigos.

Este homem teve o privilégio de usufruir de uma fenomenal comunhão com Deus. Ele realmente foi um fenômeno, a tal ponto de acharem até que ele era capaz de ser totalmente sintonizado com o Altíssimo, e fazer somente coisas que faziam enaltecer a ação divina nesta Terra. Em outras palavras, um verdadeiro anjo em carne e ossos, representando o Reino dos Céus.

Tudo quanto fazia, prosperava, principalmente no tocante a defender o seu povo dos seus inimigos. Sua performance causou inveja, tanto da parte de pequenos como de grandes. Vencia a todos os que se levantavam contra ele. Guerreou várias guerras, e em todas foi muito bem sucedido. Tudo quanto empreendia, crescia, de modo que foi grande o seu sucesso. Os seus comandados, como que por osmose, também puderam experimentar e tirar proveito de parte de seu carisma, e assim partilharam da glória que obtiveram nas ações praticadas em consonância e juntos a ele.

Ele, sendo judeu, tinha conhecimento da Lei do Senhor, guia inerrante para o instruir e poder dar-se bem em tudo quanto fizesse. Apegou-se a esta, e amou-a porque a mesma continha, em seus escritos sagrados, preceitos que homens de Deus escreveram, deixando-lhe um legado de práticas como de cartas divinas que traçavam um caminho de justiça, como uma luz que brilhava e iluminava os seus passos em meio a constante escuridão de trevas que o pecado havia trazido a este mundo.

Ele era um justo, combativo, realmente um guerreiro ungido, com uma aura de pura santidade, da qual Deus lhe dotara como a nenhum outro de seu tempo.

O seu povo, sendo povo adotado por Deus para ser portador de uma Aliança mística sui generis, desfrutou de coisas que nenhum outro povo contemporâneo pôde usufruir.

Uma vez assim revestidos por Deus, outros povos idólatras os detestavam, e ambicionavam despojá-los das bênçãos que a terra lhes proporcionava, em matéria de fertilidade, colheitas abundantes e tempestivas. Em todo o tempo, no entanto, sob a ação dirigida por Deus através de Seu ungido, não houve ninguém que os pudesse vencer.

Sua espada era justiceira, que traspassava aos que feriam aos do seu povo, debaixo da regência de seu paladino invencível.

Acontece, porém, que como o pecado afetou a natureza de toda a nossa raça humana, o homem a quem nos referimos também permitiu que em determinado dia viesse a aflorar em si mesmo o fruto de suas maldades.

Depois que fora elevado a rei sobre Israel, ele notou que podia desejar a quaisquer jovens de seu reino; estas sentiam-se lisonjedas por caírem em suas graças; casou-se com algumas e manteve outras como suas concubinas… mas como essa ideia de conquistador subiu à sua cabeça de forma tentadora, em dado momento esta o levou a ultrapassar os limites da pureza e da Lei que Deus lhe deu para seguir.

Um certo dia ele cobiçou uma mulher. Viu-a desde a sua sacada, como que por acaso, a banhar-se no terreno de seu vizinho. Mas aquela era a mulher errada, casada com um súdito de seu reino, um de seus fiéis companheiros de batalhas, um verdadeiro fruto proibido – porém isto não lhe representou nenhuma barreira. Ele lançou mão dos seus poderes políticos para conquistá-la, e com ela consumou o seu desejo, e adulterou.

Foi aí que então se iniciou uma longa série de desditas, uma peregrinação de lutas que o desgastaram, porque aquele seu pecado promoveu um start estranho e imprevisível para muitas amarguras se lhe seguirem depois disso.

Este homem, para quem ainda não identificou, foi o rei Davi. Para tentar esconder de todos aquilo que fez, facilitou as coisas para que o marido traído saísse do front de guerra para ir para sua casa, e mantivesse relações sexuais com a esposa, que àquela altura já sentia sintomas de gravidez do adultério.

Só que esse seu plano não deu certo, e como o plano “A” falhou, passou para o plano “B”, que colocou o citado marido da mulher em situação de extremo perigo, para deixá-lo entregue nas mãos dos inimigos. Assim morreu Urias, o heteu, o legítimo marido de Bate-Seba, a mulher-pivô desse triângulo amoroso.

Morto o marido, Davi então se viu livre para passar a possuir aquela cobiçada mulher, casando-se com ela e consolidando mais ainda aquela paixão que o levara à loucura e o fez pecar gravemente.

Tudo até certo ponto pareceu ser a concretização do crime perfeito, mas como diz um velho ditado, “o crime não compensa”.

Davi pensava que tudo aquilo tinha dado certo, no final das contas, mas ele esqueceu-se de que o Deus a quem ele servia não gostou nem um pouco do que ele fez, e rompeu com o silêncio, depois de um ano do ocorrido.

Chegada a hora mais propícia, o rei fora apanhado de surpresa pela exposição da verdade através de um profeta. Davi então percebeu que agiu como se fora um ímpio, e sentiu-se nas mãos de Quem estava lhe impondo a Justiça que não falha: o Senhor Yaweh, o Deus de Israel.

Ah, quando Deus intervém na História… muitas coisas podem mudar, e mudam!

Aí foi que não houve desculpas. O pecado foi revelado e embora não houvesse ninguém nesta Terra para acusar o infrator, julgá-lo e impor-lhe uma pena, Deus resolveu que o faria, sem esperar pelo Juízo Final, a fim de que o crime fosse colocado na balança da justiça da forma que Lhe aprouve. E não foi fácil.

Interessante notar que Deus não o apanhou em flagrante, no ato do pecado, mas esperou UM ANO, a fim de que a poeira baixasse, e houvesse tempo para que Davi pudesse arrepender-se e, por outro lado, não estivesse mais vivendo atento na expectativa de encobrir aquilo que fez, montado em sua trincheira de autodefesa.

Pois foi o que aconteceu. O profeta Gade expôs claramente a palavra que Deus lhe enviara, e a ficha caiu. A verdade caiu sobre a consciência do homem que pensava que podia fazer tudo quanto quisesse, achando que ele seria o tal “acima da lei”, ou acima de qualquer suspeita.

Foi um golpe do Céu sobre a cabeça daquele paladino da justiça. Ele se viu extremamente apertado. Seu coração ficou tão pequenino diante do Deus da Justiça, que ele não sabia o que dizer. Não tinha desculpas. Entenebrecido o seu senso de pureza pelo pecado concebido, ele fraquejou e deixou-se levar por uma paixão proibida, que no final levou à morte várias pessoas naquela trama, dentre as quais estavam Urias, e outros que juntamente com este o acompanharam para um fim traiçoeiro e injusto.

A Lei do Talião era dura quanto a este detalhe. Os parentes dos assassinados poderiam voltar-se contra o assassino e matá-lo, vingando legalmente a morte de um dos seus. A mulher adúltera, por sua vez, teria que ser apedrejada para colocar-se um ponto final nesse drama, mas não foi assim que Deus o determinou.

Desde o Seu trono no Céu, o Senhor bateu o martelo, e resolveu decidir as coisas um pouco diferentes do que prescrevia a Lei. Ele mesmo ordenou a Lei, mas como o Legislador, Juiz e Supremo Rei dos Céus e da Terra, decidiu alterar a condução desse julgamento, finalizando-o com uma sentença específica para o caso específico do crime do seu servo, o rei Davi.

O castigo não lhe seria imediato, mas ministrado em parcelas, acrescidas de juros e correção monetária.

Aquele adultério e trama contra a vida de Urias lançou uma base para uma porção de outras contravenções de adultérios e crimes de morte que se sucederiam amargamente dentro da própria família do transgressor. O tempo diria como isto se sucederia.

Qual, no entanto, foi a reação de Davi diante daquela revelação trazida pelo profeta? Isto é que fez com que o Senhor não lhe ferisse de chaga fatal como sentença final.

Davi reconheceu. Reconheceu ser um pecador digno de morte, segundo a Lei, e escreveu o Salmo 51, no qual revela que o seu espírito fora completamente quebrantado, e colocou-se à mercê do pleno julgamento de Deus, mas, movido pela fé que nutria em seu coração, começou a clamar por misericórdia.

Dizem que se arrependimento matasse, muitos pecadores deste mundo já estariam mortos; e se, concomitantemente a Justiça divina fosse sempre bem rápida, os pecadores impenitentes já de há muito teriam sido completamente liquidados. Em suma, a humanidade inteira já teria sido exterminada, de forma que não sobraria um só pecador para contar a história.

Davi compreendeu bem que aquilo que ele fez feriu, antes de tudo, o coração de Deus. Antes de ferir os corações de Urias, de Bate-Seba e das famílias que ficaram enlutadas, o coração do Senhor se achava de nojo e extremamente entristecido com aqueles atos hediondos. Se tivesse compreendido isto antes de praticar o seu crime, e as consequências que aqueles poucos momentos de prazer lhe acarretariam, essa história teria tomado outro curso muito diferente.

Até então a espada de Davi havia matado a muitos, mas em condições de guerra, o que é muito diferente. Numa guerra existe um confronto entre duas ou mais partes. Homem contra homem, destruidor contra destruidor. Ambos os lados sabem que terão que se haver com quem está lhe opondo, para o tudo ou nada, matar ou morrer. Quem conseguir sobreviver, que se dê por feliz, pois não poderá haver omissão de ação, e nem falta de coragem e ousadia, pois os covardes são muito facilmente feridos e mortos antes de todos os demais.

Aquela situação que envolveu o adultério com Bate-Seba e o plano executado para levar a morte a Urias, porém, foi totalmente traiçoeiro. Não havia justificativa para matá-lo, muito pelo contrário, e sobretudo depois de possuir e macular a união matrimonial de um servo fiel.

Exposto tudo por Deus a Davi, este sentiu-se miseravelmente decaído. Sentiu o peso dos seus pecados que o perseguiu desde os primeiros anos de sua vida, como nunca antes. Antes, ele nem sequer pensava sobre este assunto, mas agora ele estava vendo a força negativa que oprimia a sua consciência.

Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe.” (51:6)

Pequei contra Ti, contra Ti somente, e fiz o que é mau perante os teus olhos, de maneira que serás tido por justo no Teu falar e puro no Teu julgar.” ( verso 4)

Desta maneira o pecador, reconhecendo seu estado lastimável, vendo que não tem condições de desfazer o mal que fez, coloca-se diante do Senhor, sujeito a receber até uma pena capital. Como o Senhor lhe disse que ele não morreria, restou a Davi, como a muitos pecadores, a chance de passar por uma revisão de tempos em tempos dentro de sua alma, abominando o fato de ter admitido agir daquela forma maligna, como agiu, e recolocando a justiça, a ética e a piedade novamente no seu devido lugar, acima dos desejos da carne.

Uma vez sabendo então que ainda não era chegado o seu dia final, Davi anima-se para orar pedindo por uma regeneração no seu interior, anelante por reviver os dias de plena comunhão com Deus.

Ele sentia-se sujo por dentro, e inconformado com esta condição, suplicou:

Purifica-me com hissopo, e ficarei limpo; lava-me e ficarei mais alvo que a neve”. (verso 7)

Esconde o rosto dos meus pecados, e apaga todas as minhas iniquidades” (verso 9)

Sentindo-se impotente para alcançar ter um coração justo perante Deus, o salmista avança um pouco mais e pede para ser regenerado, ou melhor, para ser totalmente recriado, e revestido de uma nova natureza, que não mais se deixaria corromper, mas que prossegue firmemente a caminho da fidelidade aos princípios que Deus passaria a colocar dentro de seu coração.

Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova dentro de mim um espírito inabalável”.

O pecado produziu também um outro sintoma na vida do homem pecador: matou a alegria que era firmada na esperança decorrente do fato de constantemente estar sendo guiado pela mão divina, o que por si só já lhe serve de garantia de poder viver na presença do Deus Vivo eternamente.

Não me repulses da Tua presença, nem me retires o Teu Santo Espírito”. (verso 11)

Restitui-me a alegria da Tua salvação e sustenta-me com espírito voluntário”. (verso 12)

Davi não deixa de lembrar-se de que o seu crime foi hediondo, mas até este, ele conseguiu expor diante do Grande Juiz.

Livra-me dos crimes de sangue, ó Deus, e a minha língua exaltará a Tua justiça”. (verso 14)

Um novo enfoque então Davi expressa em sua oração. Sua mente percebe que a situação dele não é fácil, e de comum solução.

Se um homem pecasse, este poderia trazer novilhos e bodes para apresentá-los como sacrifícios aceitáveis a Deus, mas no caso do seu crime de adultério e morte, não haveria animais, e sim, seres humanos que teriam que morrer – no caso, ele mesmo, o homem que deveria pagar pelas suas culpas. A Lei do Talião era clara: olho por olho, e dente por dente. Então elevou um clamor:

Abre, Senhor, os meus lábios e a minha boca manifestará os Teus louvores, pois não Te comprazes em sacrifícios; do contrário, eu tos daria, e não Te agradas de holocaustos. Sacrifícios agradáveis a Deus são espírito quebrantado, coração compungido e contrito, não desprezarás, ó Deus”.

Isto é patente! Um coração quebrantado não fica fechado, pois não consegue guardar segredos. Quando ele geme na presença de Deus, não está senão se expondo o tanto quanto poderia expor-se. Não há fingimento. Não brinca de religião. Seu arrependimento é profundo, e arranca expressões do fundo da sua alma. Quando chora, realmente chora. Não está representando, e nem enganando a si mesmo.

Depois de estampar o sofrimento de sua alma, em meio a tantas súplicas lançadas constantemente diante de Deus, o Altíssimo então lhe concede o perdão, que, ao descer do céu até o coração do homem pecador, este sente imediatamente que houve uma alteração poderosa dentro de seu espírito. Ele conhece esse tipo de visitação. É Deus! É o Senhor, cheio de misericórdias, que abre a porta da esperança para aquele que O buscou com fervor e perseverança.

Ao receber o perdão de Deus, o salmista realmente se alegra, derrama-se em sorrisos, canta com toda a alma, com o coração repleto de regozijo, transbordante de gratidão. Não há o que o possa impedir de extravasar o seu sentimento, porque o amor de Deus o preenche, e o seu caminhar passa a ser o de outra pessoa, agora transformada para todo o sempre. Ele é um novo homem, revestido do novo Aion, um novo ser, um espécime transformado em outro. A tristeza se vai embora, e uma alegria indizível toma conta de sua alma.

Aleluia!

Os sacrifícios que passam pois a ter de serem oferecidos, não lhe são mais penosos, mas um suave detalhe que Deus lhe acrescentou ao renovar-lhe as forças espirituais em um doce caminho aberto para a reconciliação.

Pois então vejamos: não há ninguém que não peque. O salário do pecado é a morte, mas se o pecador ainda não morreu, a vida continua, é ainda tempo para arrependimento e voltar para a vida. (I João 2:1)

O pecado é um fato que desastradamente açambarcou toda a humanidade. Todos foram contaminados. Por mais desgostoso e pior que isto possa ser, contaminou também a mim e ao leitor. Ninguém escapou desse vírus letal, que nos mata aos poucos, e devora os nossos sonhos de sermos perfeitos como o Pai Celeste o é – e se não formos perfeitos como Ele é, como poderemos conviver com Ele eternamente, nas plagas celestes, em companhia de santos anjos que Ele criou?

Espere! Ainda não concluímos essa história. Há uma esperança que ainda nos resta. Algo com que o inferno não contava, para a frustração de todos os nossos inimigos espirituais. Existe, sim, um saída. Vamos a ela.

O que, pois, nos leva a uma grande esperança é que Jesus, o Cristo, o Filho de Deus, veio um dia a este mundo para fazer somente o nosso bem, e desfazer as obras do diabo. Enfermidades são consequência desse estado decaído de nossa raça, mas Ele, Jesus, veio para tomar todas estas sobre si, e levá-las para uma cruz, onde foi sacrificado como se fosse uma ovelha – a fim de salvar-nos da sentença condenatória que pesa sobre os pecadores que somos todos nós.

Isto faz uma virada diametral na direção das nossas vidas, e passa a escrever uma outra história, a história do pecador que foi alcançado pela graça maravilhosa de Jesus, o Cristo, que passou de uma de horror para uma de excelentes expectativas para o nosso futuro.

O que nos faz ficar admirados é que TODOS os pecadores então passaram a ser convidados a participar desse programa de redenção, e usufruir dessa enorme graça de Deus. O ladrão da cruz que estava ao lado de Jesus foi presenteado com esse perdão de pecados nos últimos momentos de sua vida. Saulo de Tarso, que perseguia a igreja, chegando até a participar do apedrejamento de Estêvão, foi também agraciado pelo Senhor, e por Sua misericórdia. Davi também recebeu essa dádiva extremamente generosa de Deus.

É a misericórdia de Deus que nos leva a podermos ser salvos. Um espírito assassino com foi o do rei Davi recebeu esta graça. E por que não Vc e eu? É Deus quem nos justifica, e por isso não há como alguém impedi-lo. Como condenar àqueles a quem o Senhor absolveu? Eu não merecia? Nem Vc? Nem o rei Davi? Nem Saulo de Tarso? Nem o ladrão da cruz? Com toda certeza, mas isto não encerra a questão. A graça de Deus é cheia de misericórdias. Ele quis nos presentear com esta Sua graça. Somos tomados e arrebatados por ela, como que por uma onda do mar que nos envolve, e nos leva por onde sequer esperamos que nos leve, para a nossa maior ventura.

Portanto, se há um arrependimento real em nossos espíritos, podemos ser, também nós, um dos abençoados pela graça de Cristo, o Senhor.

Como se processa esta salvação?

Há que haver um momento de start, quando tudo se inicia. Um ponto crítico no qual somos inseridos, no qual sentiremos a nossa absoluta e total incapacidade para alcançarmos os méritos que nos possam facultar a receber essa graça.

Isto nos faz sentirmos impotentes e tristemente fadados a um julgamento no qual sofreremos as acusações de todos os pecados que viemos a praticar, ou mesmo até os que não colocamos em prática, mas chegamos a maquinar dentro de nossas mentes. Quem sente esta perspectiva pode até sentir também que as chamas do inferno se lhe achegam por perto, ansiosas para lhe abocanhar…

Temos, contudo, a esperança de sermos maravilhosamente defendidos por um grande Advogado perante o Pai, Jesus, o Cristo, nosso Salvador.

Que Jesus, o Cristo, seja também o nosso Senhor, que pelo Seu Santo Espírito nos faça vivermos a alegria da nossa salvação eterna.

O start dessa bendita luz que nos faz lançar fora o medo da condenação nos é facultado através de uma vida de oração. Oremos a Ele com os nossos corações quebrantados e contritos. Um coração contrito não será desprezado por Deus.

Aqui segue um tipo de oração que serve para acionarmos esse start da graça de Deus:

Senhor Jesus, abro agora a porta do meu coração e da minha vida para o Senhor entrar. Increve o meu nome no Teu Livro da Vida, pois quero ser totalmente Teu. Sê Tu o meu Salvador, perdoa os meus pecados, dá-me a alegria da Tua eterna salvação, ensina-me e ajuda-me a ser-Te fiel sob quaisquer circunstâncias e até o fim. Amém”.

Espere pela resposta. Esta é apenas uma oração inicial, que abre as portas para uma vida toda cheia de orações ao Pai. As demais orações deverão ser dirigidas pelo Espírito Santo de Deus. Vamos assim chegar lá, ao nosso lar celestial.


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