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SALMOS – LXV – TEMPO DE BUSCAR E OBTER PERDÃO

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febrero 7, 2022 by Bortolato

Salmo 65

Há tempo para tudo nesta Terra. O autor do livro de Eclesiastes nos mostra que há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de derrubar e tempo de edificar; tempo de chorar e tempo de rir; tempo de prantear e tempo de saltar de riso; tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar pedras; tempo de buscar e tempo de perder; tempo de guardar e tempo de deitar fora; tempo de rasgar e tempo de coser; tempo de estar calado e tempo de falar; tempo de amar e tempo de aborrecer; tempo de guerra e tempo de paz.

Os tempos nos levam a observar as estações do ano. Assim há tempos de chuvas e tempos de estio. Os lavradores sabem quando chega o tempo de plantarem e o tempo de colherem.

Em Israel, lugar onde foram produzidos tanto o livro de Eclesiastes, como a maior parte dos Salmos, a Lei do Senhor até marcava os tempos de plantio e os períodos em que apareciam os primeiros frutos do campo.

Os israelitas plantavam, e logo que aparecessem os primeiros sinais de que seus plantios estavam surtindo efeito, eles tinham determinação da parte do Senhor de que deveriam tais frutos do campo serem oferecidos a Deus e fazerem parte da Festa de Pentecostes (Levítico 23:15-ss), cinquenta dias após a Páscoa (esta festa tinha sua data marcada no mês de Abibe, aos quatorze dias desse mês).

Quando chegava, porém, o sétimo mês daquele calendário judaico, o mês de Tisri (que mais ou menos coincide com o mês de outubro), um outro período de chuvas se iniciavam, e os fiéis sabiam que teriam de subir a Jerusalém, para participarem da Festa dos Tabernáculos, a qual era precedida de um procedimento todo especial – o dia Nacional da Expiação.

Esse dia era cumprido com a presença em massa do povo diante de uma cerimônia na qual o sacerdote da linhagem de Aarão havia sido escolhida para representar o povo, com seus pecados, perante o Senhor que os libertou da escravidão do Egito.

Pecados são práticas, gestos, atitudes, crimes, e até mesmo pensamentos que caem no desagrado de Deus. Podem manifestar-se de diversas maneiras, e todas estas têm um ponto crítico, onde o homem ultrapassa os lindes da boa vontade de Deus.

Somos uma raça decaída, que saiu do centro da santidade divina, todos sem exceção, ou melhor dizendo, todos exceto Jesus o Cristo, o qual na verdade é o Único Filho eterno de Deus, que preexistindo na forma de Deus, fez-Se homem exatamente por causa dos nossos pecados, com vistas a oferecer-Se a si mesmo como santo sacrifício vicário, plenamente satisfatório e agradável ao Seu Pai.

Não sobreviveríamos se não fosse a misericórdia do Senhor, que deixou este caminho para que fruíssemos do Seu perdão. É a única maneira pela qual podemos encontrá-lo, na qual Deus, que nos ama, fez com que os nossos pecados recaíssem sobre o corpo do Senhor Jesus.

No dia da Expiação Nacional acontecia aquela oportunidade anual para que pecadores pudessem apresentar-se diante de Deus, na esperança de serem perdoados.

Sacrifícios de sangue eram feitos em holocaustos e aquele sangue era trazido pelo Sacerdote aarônico para aquela Dependência especialíssima do Tabernáculo do deserto, que depois passou para o Templo – o lugar onde Deus fez Sua habitação, chamado de Lugar Santíssimo, ou Santo dos Santos.

Devido aos pecados trazerem como consequência o desagrado de Deus, poderia haver problemas decorrentes disso, tais como lavouras improdutivas, colheitas insuficientes surgirem nas terras do fiéis, mas uma vez perdoados os pecados, estes deixavam de ser a causa de longas estiagens, e coisas do tipo, segundo a aliança firmada com Yaweh no monte Sinai.

O salmista, no Salmo 65, sente-se amplamente abençoado por Deus por poder participar desse processo que ensejaria o perdão e a consequente restauração espiritual, que passa novamente a ensejar o acesso das suas orações até o Trono da Graça.

O Dia Nacional da Expiação era a bendita ocasião especial criada para que pecadores pudessem sentir que o Senhor os perdoaria:

Ó Tu que escutas a oração , a Ti virão todos os homens por causa de suas iniquidades. Se prevalecerem as nossas transgressões, Tu no-las perdoas” (versos 2, 3).

Assim os israelitas tinham o tempo determinado para virem a Jerusalém demonstrando arrependimento, com o intenso desejo de pedir perdão a Deus no tempo propício, e alcançá-lo, novamente restaurando a perfeita comunhão com o Altíssimo.

Que ventura incomensurável é esta, quando transgressores, tendo vivido dias de consciência pesada, de lutas no seu interior que lhes faziam sentir um peso negativo que muito os oprimia, fazendo-os pensar que seus pecados jamais seriam perdoados. Dias de angústia, de dor na alma, dias em que a sensação de culpa do crente é torturadora, pelas circunstâncias à mercê das acusações do inimigo das nossas almas, que nunca perde a chance de lançar setas apoquentadoras.

O salmista bendiz ao sacerdote que arrisca a própria pele quando este ousa entrar na presença de Deus no Santo dos Santos, o que se renova de tempos em tempos. Ao contemplarem Aarão ou um seu descendente adentrar no Lugar Santíssimo e verem que ele consegue de lá sair como uma mulher que teve um parto feliz, trazendo as boas novas de perdão de Deus para toda a nação, sentem um grande alívio, gratidão, e louvam ao Senhor. É um risco, mas ao mesmo tempo um privilégio que traz alegria imensurável.

Sentir-se agraciado por Deus Criador, autor da vida e Senhor sobre a morte, é uma satisfação de fazer palpitar os corações. E Deus é Deus de perdão e de renovação, de recomeços didáticos, que nos ensinam melhor quem Ele é.

Dentro da cultura do Velho Testamento, um dos sinais do perdão de Deus era a regeneração da Terra, que passa a ser graciosamente frutífera.

Logo após o Dia Nacional da Expiação, isto é, duas semanas depois, os fiéis alegremente comemoravam a Festa dos Tabernáculos, já como os seus corações perdoados, e cheios de motivos para louvarem a Deus, que os perdoou e regenerou os seus espíritos, então já livres do medo e das maldições decorrentes do pecado, aquelas pessoas enchiam seus pulmões e suas bocas de palavras de gratidão e cânticos que enlevavam suas almas até as alturas onde o Senhor os recebia e os abençoava profundamente.

O sacerdote, por sua vez, figura muito admirada e reverenciada pelo povo de Deus, além de fazer o papel de intercessor pelo seu povo, ao mesmo tempo em que usufruía daquela bênção privativa e exclusiva daqueles pouquíssimos indivíduos que adentravam no Lugar Santíssimo, onde Deus habitava como um nobre Vizinho que os acolhia como filhos Seus, sentiam-se caminhando nas nuvens após receberem uma visitação assim tão poderosa, amorosa, e benfazeja dentro de seus espíritos. Ninguém que ali penetrasse obedecendo aos pré-requisitos estabelecidos pelo próprio Deus para aquelas oportunidades magníficas, saía daquele recinto da mesma maneira com que ali entrara. Pudera! Quem ousasse ali estar inadequadamente, provavelmente não lograria sair vivo! Até uma corda era amarrada em um dos pés do sacerdote escolhido para aquela missão, para que ninguém, nem mesmo o melhor deles, desafiasse aquele momento, ali entrando fora das qualificações exigidas, a qual servia para remover o sacerdote que não agiu como deveria! Quando o sinete sacerdotal cessasse de produzir os sons próprios da movimentação daqueles intercessores por certo tempo, a corda era puxada para fora. Aliás, o sacerdote Zacarias, pai de João Batista, quase foi puxado assim, devido ao tempo em que passou ali, conversando com o anjo Gabriel (Lucas 1:21).

Apesar das exigências predeterminadas para aquele momento todo especial do Dia Nacional da Expiação, os sacerdotes fiéis jamais se negariam a enfrentá-lo. Na verdade, ninguém que se disponha a colocar-se face a face com o Deus Todo Poderoso, Deus de maravilhas, deixa de receber uma porção da essência divina, ainda que esta seja mui pequenina em relação à dimensão dAquele que a dispensa com amor, paz, e alegria em perfeita harmonia com Quem é o único que tem o poder para dar uma eterna felicidade, que ultrapassa os lindes desta nossa vida efêmera – os que O adoram em espírito e em verdade.

A esses adoradores então se derrama um espírito de louvor tal que quando eles observam o rugir dos mares, cuja braveza é aplacada por um simples gesto do Senhor, eles encontram mais um motivo para exaltar ao nosso Criador.

Ao voltarem para suas casas, depois daquela oportunidade daquela Festa, os israelitas fiéis observavam também que Deus lhes abençoara suas terras, enviando-lhes chuvas abundantes e preenchendo os leitos dos rios com aquele precioso mineral líquido, que é sinal de vida abundante e fartura.

Por este motivo o salmista se refere à Festa das colheitas do mês de Tisri, da seguinte forma:

Coroas o ano da Tua bondade e as Tuas pegadas destilam fartura, destilam sobre as pastagens do deserto e de júbilo se revestem os outeiros. Os campos cobrem-se de rebanhos e os vales vestem-se de espigas; exultam de alegria e cantam.” (Salmo 65:11-13)

Esta promessa não é muito clara em toda a Bíblia, mas não deixa de mostrar que Deus Se agrada quando Seus filhos estão bem encaminhados nas Suas santas sendas. Isto não implica necessariamente em sermos ricos ou pobres, mas sim, anuncia que os bons serão bem sucedidos, e recompensado o seu trabalho pela mão do Senhor, verão prosperar seus propósitos, quando estes lhes favorecer, como uma forma de bênçãos derramadas por Deus.

Fartura de bênçãos muitas vezes não são sinônimos de vida totalmente rendida à vontade de Deus, porque as pessoas costumam atribuir tais coisas à sua capacidade e eficiência pessoal no seu trabalho. Sabe-se de sobejo que há homens ricos que não são felizes, e não são imunes a stress e depressão.

Homens podem ser pobres materialmente, mas se estes têm o Senhor como seu Deus e andam segundo lhes delineia o coração divino, estes serão mais felizes do que os ricos que não são fiéis ao Altíssimo em todas as coisas.

O segredo da felicidade está nas mãos de Deus, e Ele mesmo Se encarrega de recompensar àqueles que O buscam, seguem-No, e têm prazer em louvá-Lo e amá-Lo com todo o seu querer.

Isto logicamente inclui aceitação do fato de que o pecado tem penetrado na alma de todos os seres humanos, e precisa receber o devido tratamento para que a nossa raça seja resgatada, recuperada e renovada pela ação do Espírito Santo de Deus.

Uma das principais atividades do Espírito Santo, se não a mais importante, é conduzir-nos a Jesus, o Cristo. Em João 16:8 encontramos que este Espírito do Senhor: (1) convencerá o mundo do pecado, porque muitos há que nem sequer estão conscientes do que é o pecado, e que este princípio maligno habita dentro dos mesmos; (2) convencerá da justiça – disse Jesus – “porque vou para o Pai, e não me vereis mais” (entende-se que Jesus está falando de sua morte vicária, que veio a cumprir toda a justiça que demanda sentença capital sobre pecadores, mas que recaiu sobre a cabeça do próprio Mestre divino; (3) convencerá também do Juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado (isto é, já está tomada a decisão que condena a ação de Satanás, batido o martelo, e o dia de cumprir a sua pena eterna já está chegando).

Quando ainda na cruz, Jesus intercedeu ao Pai, pedindo para que perdoasse os Seus algozes, que O estavam crucificando, e esta foi a razão porque este mundo ainda não foi destruído (Lucas 23:34).

Jesus assim, potencialmente intercedeu pedindo o perdão dos nossos pecados, que estava incluídos no mesmo pacote daquela hora. Precisamos estar concordes com Ele, e pedirmos que o Pai atenda também aos nossos pedidos de perdão.

Quem nunca fez isto, chegou a hora de fazê-lo. Ainda é tempo de nos arrependermos e pedirmos que Deus nos perdoe. Um dia esta porta hoje aberta será fechada.

Não devemos nos alheiar deste fato. Os alienados não poderão desfrutar das bênçãos celestes, porque negligenciam a atitude correta que devem ter perante Deus. Podem até tentar alegar que Deus não existe, que Deus nunca lhes apareceu antes para que nEle creiam, ou outras desculpas quaisquer, não dando importância devida para um fator tão importante, que determinará o lugar para onde iremos após deixarmos este corpo e comparecermos perante o Tribunal Celestial.

Nossa atitude precisa transcender em muito à dos céticos, ateístas e até pessoas tidas por religiosas, pois que estes fecham seus olhos para a dimensão que somente a fé pode alcançar. Jesus afirmou ser o único Caminho, a única Verdade e a única Vida, e que ninguém irá ao Pai a não ser por Ele.

As filosofias, neste ponto, podem até atrapalhar, pois que muitas destas desconsideram as realidades espirituais.

Jesus é realidade. Quem quiser deixar de lado suas ideias, suas opiniões e até convicções pessoais, e experimentar ir a Jesus, logo verá que estamos falando seriamente, e constatarão que até as religiões não ajudam, porque Ele não é um sonho, um mito, uma fábula, e nem uma ilusão. Ele é real, está vivo, e pode lhe surgir em sua vida, de maneira que lhe convencerá de toda a Verdade.

Experimente! Dê o primeiro passo na direção de Jesus!

Quando O encontrar, verá dissiparem-se todas as dúvidas, polêmicas e celeumas.

Faça isto logo, pois Ele quer encontrar-Se contigo.

Abrace-O, e diga-Lhe que eu também Lhe envio, mais uma vez, o meu abraço.

Paz, graça de Deus e misericórdia o cercará nesse encontro maravilhoso.

Seja feliz eternamente com Jesus.


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