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SALMOS – XLVI – LOUVOR DE GRATIDÃO

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febrero 15, 2022 by Bortolato

Salmo 66

Pelas ternas misericórdias do Senhor nos alcançarem quando em meio a tribulações, lutas e apertos desta vida. As Suas santas misericórdias são presentes do Céu a galardoar nossas almas ao sermos libertos de graves acidentes, de problemas na saúde, das perseguições de inimigos, angústias nunca antes vistas e em várias áreas da vida.

Podemos ser alcançados por gigantes armados e que blasfemam, olham para nós e nos consideram como se fôramos meros “bois de piranhas”, cuja carne já pode sentir seus dentes vorazes. Esta situação pode parecer muito dramática, mas… sempre é bom lembrar que com o Senhor ao nosso lado, não será dos valentes homens os louros da vitória. A Bíblia é um memorial escrito que atesta milagres e milagres que aconteceram, nos quais os gigantes apoquentadores foram surpreendentemente derrotados.

Supondo que sejamos todos de paz. Desta forma, logo nos vemos em situações nas quais nos vemos desarmados. Não procuramos nos armar, e por este fator, podem aparecer situações nas quais nos sentiremos ameaçados de sermos engolidos por inimigos. Basta ver os cristãos primitivos, que tiveram de enfrentar leões na arena do Coliseu. Imagine-se dentro daquela arena agora, enquanto as demais portas vão sendo fechadas, as grades ao redor estão se abrindo, para soltarem leões esfomeados.

Numa circunstância como esta, nossas cabeças não conseguiriam raciocinar normalmente, diante do tamanho da turbulência. Nossos olhos não veriam nenhuma rota de escape. Ficaríamos naturalmente ultra estressados, pois os nossos nervos não nos proporcionariam as forças exigidas para lutarmos e lograrmos dar aquele “pulo do gato”. Realmente não seríamos capazes de frustrar o furor do ataque. Sentir-nos-íamos como marinheiros em alto mar, colhidos por uma avassaladora tempestade, enquanto o barquinho de nossas vidas estaria fazendo água a bordo. Abraçaram-se uns aos outros, fraternalmente, como nunca antes. Era o momento de despedirem-se desta vida. Haja nervos, mas espere! Alguns cristãos não estavam chorando desesperados naquela arena, não! Eles estavam cantando hinos de louvor ao Deus que enviou o Seu Filho a este mundo para ser seu Salvador. Não pense que isto é uma fábula, porque foi fato concreto. O Coliseu ainda existe até hoje, para testemunhar deste ocorrido – e foi parcialmente destruído, porque o Evangelho de Cristo o destruiu. Para completar este capítulo da História, não podemos deixar de dizer que aqueles heróis cristãos do Coliseu receberam uma promoção de Deus, e passaram a dar graças a Ele, que os iluminou, os salvou do pecado e deste mundo imundo, e então gozam eternamene de grandes privilégios na presença dAquele a quem adoram profundamente, de verdade.

O Salmista, no Salmo 66, descreve esta circunstância com as seguintes palavras:

Pois Tu, ó Deus, nos provaste; acrisolaste-nos como se acrisola a prata. Tu nos deixaste cair na armadilha; oprimiste as nossas costas, fizeste que homens cavalgassem sobre a nossa cabeça; passamos pelo fogo e pela água.

Porém afinal nos trouxeste para um lugar espaçoso”. (Versos 10 a 12)

Depois que Israel passou por décadas a fio no Egito, sendo maltratado, humilhado, abatido como ovelhas em um matadouro, enfim chegou um dia em que depois de muitos agravos, o Faraó os deixou ir livres.

Deus tratou todo o povo egípcio de tal forma que este sentiu que deveria presentear aos seus ex-escravos de maneira adequadamente generosa, a fim de tentar compensá-los pelos sofrimentos por que passaram ali.

Quantos braceletes, colares, pingentes, pratos, talheres e muitos outros utensílios de ouro, prata e pedras preciosas, enriqueceram aos israelitas naquela saída para a liberdade.

Aquilo, porém, não ficou assim. Faraó se arrependeu ao decorrer daqueles primeiros três dias após havê-los liberado, e foi atrás daquele povo, com seu exército de muitos carros de guerra e cavalos, a fim de puni-los exemplarmente e trazê-los de volta com violência revanchista – contra o Deus dos hebreus e Seu povo liberto.

Foi quando Deus fez acontecer algo e se notou mais uma maravilha decisiva: o Mar Vermelho ficou todo atrapalhado, revolvendo águas para cima e para os lados, para abrir o caminho para aquele povo perseguido. Foi um momento de grande feito e de grande decisão.

Quem tem fé, aceita adentrar pela rota que se abre pelas mãos de Deus. Os hebreus pareciam crer e ao mesmo tempo duvidar, mas ao notarem que o mar se abriu, e Moisés lhes repassou a ordem do Senhor, de entrarem por aquela passagem estupendamente milagrosa, eles não dispunham de outra opção plausível, e assim o fizeram. No dia seguinte que raiou, eles viram pela última vez os egípcios, ou melhor, os corpos dos tais, que boiavam nas águas e eram lançados na praia. Miriã cantou e dançou, dizendo que… só o Senhor é Deus!

Foi assim também que Davi se dirigiu ao encontro do gigante Golias, que vinha todo armado ao seu encontro. Era a hora do “vamos ver”. Vamos ver como é que fica a história, e Deus fez acontecer: o gigante foi atingido por uma única pedrada em sua testa, e foi ao chão, para ali mesmo morrer. Aquilo foi o sinal de Deus de que aquela batalha contra os filisteus seria vencida. E assim foi. Foi para marcar uma séria de vitórias a favor do povo de Deus. As mulheres outra vez cantavam e dançavam a cada vez que viam as tropas lideradas por Davi voltarem vitoriosas de batalha após batalha.

Os três amigos de Daniel tiveram que ter sua têmpera provada no fogo de uma fornalha real, extremamente incandescente, no reino de Babilônia, para serem participantes da glória de Deus que salva Seus filhos até dentro das chamas, e o mundo todo o ficou sabendo nos dias de hoje, pois tem acesso a esta história registrada na Bíblia.

São momentos de exultação, de alegria, de alívio, e de gratidão ao Deus que nos salva com Seu poder e que pode anular os efeitos do fogo das nossas tribulações. Para sermos ferramentas eficientes nas mãos de Deus, temos que ser aquecidos nesse fogo, a fim de que Ele, o grande Ferreiro, nos venha a amoldar com o Seu grande martelo. Dói, mas vale a pena!

Enquanto estamos vivos nesta Terra, não escaparemos da patrola do sofrimento esperando por nós aqui e ali, mas como disse Jesus:

  • No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; Eu venci o mundo.” (João 16:33)

Esta caminhada dos cristãos é de agonias e êxtases para os que creem. Dificuldades na vida todos as têm, mas quem tem a Jesus, o Messias, não ficará sem receber a compensação, se permanecer firme na fé. E quando esta compensação vem à tona, o peregrino sente-se como quem sai de uma prisão, de uma sentença de morte, para ser exaltado. Isto não é o bastante para alguém se alegrar?

Dias difíceis nos levam aos joelhos, à oração, de uma busca sincera, de corações abertos, sem interferências, sem presunções ilusórias, sem obstáculos à presença de Deus, que ouve aos Seus.

A um coração quebrantado e contrito, não desprezarás” (Salmo 51:17)

Então o Único Deus verdadeiro ouvirá a nossa oração e nos responderá, dos altos da Sua morada celestial, não nos ignorará, porque Ele é bom, e conhece as almas que, aflitas, buscam-No para encontrarem uma saída muitas vezes impossível, mas Ele é o Único Deus dos impossíveis, e não há nada difícil que Ele não possa fazer.

Esta resposta divina encherá os nossos corações com imensa alegria.

Ele é essencialmente o Deus de amor que assume a posição de Salvador de nossas almas.

Receber livramentos do Senhor, entretanto, só para esta vida efêmera e limitada, na verdade seria como aceitarmos migalhas, quinquilharias diante das grandes bênçãos que Ele reserva aos que seguem ao Seu Filho Jesus.

Disse Jesus:

-”Em verdade em verdade vos digo: se alguém guardar a minha palavra, não verá a morte, eternamente”. (João 8:51)

-”Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”. (João 10:10)

O que fazer nessas horas difíceis, então? O salmista é testemunha de uma bênção que recebera quando foi até a Casa do Senhor Yaweh, mas não de mãos vazias.

Assim ele procedeu: ofereceu holocaustos de carneiros, novilhos, e cabritos (verso 11). Aqueles animais sacrificados tinham um condão epecial de chamar a atenção de Deus, não por serem portadores de dons especiais, inerentes a si mesmos, mas sim, por trazerem, dentro das condições especialmente enquadradas, que faziam com que Deus Se voltasse e olhasse para um futuro sacrifício de Seu Único Filho perfeito, sem pecado, sem quaisquer manchas que pudessem desagradá-lO.

Em rápidas palavras, o sangue daqueles animais tão bonitos, fortes, perfeitos, sem defeito e sem manchas na pelagem, traziam à luz dos olhos de Deus o sangue que seria derramado por Seu Filho perfeito, sem pecado, sem quaisquer manchas que pudessem desagradá-Lo.

Ao ofertar a Deus tais holocaustos, o Senhor aceitava o coração sincero do ofertante. Hoje, depois de Cristo, os olhos de Deus não mais se voltam para o futuro, mas para o ocorrido no passado, por cerca do ano 29 D.C., no monte Calvário, naquela cruz que foi ladeada por outras duas cruzes.

Esse termo holocausto tem origem grega que uniu “holos” (inteiro) com “kaustos” (queimar). O termo hebraico original é “olah” (trazido a Deus), sinônimo de “kalil”, que se traduz por “queima completa”. Isto porque tais ofertas de animais eram consumidas totalmente pelo fogo do altar, até tudo se resumir a cinzas.

Isto tem um sentido espiritual: que as nossas ofertas a Deus sejam as mais completas, perfeitas, dadas de todo o coração, e não objetivando nada em retorno. Não era este o caso das ofertas pacíficas, em hebraico “shelamin”, bem como ofertas votivas, “neder”, ou as voluntárias, “nedabah”, que destinavam apenas a gordura como oferta ao Senhor e as melhores partes para os sacerdotes, e as partes restantes para os ofertantes.

O Salmista dá o exemplo para o seguirmos, como em um convite a uma entrega total de nossas vidas, no altar de Deus. Lembramos que Deus exigiu de Abraão o sacrifício completo de seu filho Isaque, no altar do monte Moriá, apenas poupando o menino porque aquela atitude de Abraão, colocando-o completamente no altar, disposto a sacrificá-lo, como pedido, Lhe foi o suficiente.

Deixemos que seja queimada completamente a nossa carne com as inclinações que propendem para o mal, e isto será agradável a Deus, mais do que a carne de novilhos, bodes e carneiros.

Pois não Te comprazes em sacrifícios, do contrários eu Tos daria, e não Te agradas de holocaustos; sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; um coração compungido e contrito não desprezarás, ó Deus.” (Sl 51:16-17)

Que os nossos corações entregues totalmente nas mãos de Deus sejam unidos a uma fé abençoada de que o sangue de Jesus nos eleva ao acesso do Trono divino, com muitos brados de júbilo pela aceitação e salvação que nos redime de nossas culpas e de condenações. Louvado seja Deus, que não rejeita as nossas orações e nem aparta de nós a Sua doce graça (verso 20).

Sigamos esta receita em espírito e em verdade, e nós iremos vencer todo o mal.

Bendito seja o Senhor e Seu Filho Unigênito, pois graças a Ele temos paz que durará para toda a eternidade, desde que sejamos fieis até o fim.


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