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SALMOS – LXXIII – CONTRA A ARROGÂNCIA DOS ARROGANTES

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abril 29, 2022 by Bortolato

Salmo 73

Isto é um mistério que intriga a muitos. Por que, ou para que os arrogantes prosperam.

O que pensar quando se vê a prosperidade dos ímpios?

Até os bons são tentados a achar que a injustiça pode trazer recompensas que valem a pena, mas sempre é bom avaliar a relação custo X benefício.

Aqueles que receberam uma educação dentro dos princípios aprovados por Deus, em geral, pautam seus procedimentos de forma a sempre guardarem a sensatez, as virtudes morais e espirituais, as coisas que ficam bem, e agem com elegância, com seriedade, são ponderados, e jamais aceitam negligenciar a justiça. Para estes, os valores morais são vistos como inegociáveis.

Quando porém olham para as aberrações dos atos inescrupulosos de homens que não temem a Deus, que chegam a chocar aos bons; e se por acaso se fixam observando como os ímpios vivem arvorando bandeiras vitoriosas, e de forma até certo ponto duradoura, sentem-se perturbados e estarrecidos. Não se consegue compreender como Deus permite que tanta maldade logre êxito, chegando mesmo a abalar as convicções de pureza e integridade dos justos – aquilo que Deus propôs a todos os homens.

Este impacto do mal levanta um espectro que parece chegar para ficar, e finca seus pés ostensivamente, o que confunde àqueles que porventura pararem para ficar olhado detidamente para essa movimentação maldita.

Roubam, matam, enganam, oprimem aos mais fracos, praticam fraudes sem nenhuma vergonha, violência lhes é coisa que faz parte de seus currículos, passam a desfrutar do produto de suas atitudes infames, gloriando-se disso como que a exibir um troféu, proclamando que o crime compensa, e alegando que com eles está a força que não tem opositor à altura.

Esta é uma questão que realmente causa preocupação, nos faz pesar, e “esquenta” as nossas cabeças.

Não se sabe por que Deus permite que esses tais se estabeleçam assim, pois chegam até mesmo a ousarem lançar palavras que ofendem ao Senhor do Céu e da Terra.

Os desavisados, ao verem o progresso, a riqueza ostensiva desses malfeitores, em sua ignorância chegam a pensar que esses tais paladinos da injustiça estão certos, estão se dando bem com as suas atitudes, e até mesmo chegam a louvá-los, e a ambicionar a mesma sorte para si, impressionados com a imagem que lhes parece apetecível. Alguns conseguem imitá-los, e percorrem essa mesma carreira tenebrosa.

Mas, um momento! Esperem! Essas impressões foram um dia registradas no Livro de Salmos, no Salmo 73, da autoria de Asafe, e trazem uma elucidação importante para esta questão.

Asafe foi um dos cantores, músico e regente do coral de levitas formado desde a época do reinado de Davi em Israel. Fundou, na época, uma escola para compositores de Salmos (II Crônicas 29:30). Seus descendentes levaram avante os seus ensinos e práticas por várias gerações.

Não sabemos quando este Salmo foi produzido na mente, e nem quando foi escrito, mas, devido às constantes guerras e perturbações de ordem política, o seu povo contemporâneo sofreu muito, de modo que não é de admirar que um homem bom, justo , adorador de Yaweh, instruído na Lei do Senhor, tenha-se ressentido diante da empáfia da exposição da iniquidade que pôde presenciar à vista de seus olhos.

Ele, Asafe, meditou bastante sobre este assunto, e ao chegar a uma conclusão a respeito, achou por bem descrever como foi essa “viagem obscura” que veio a fazer, volvendo seus pensamentos até os limites entre a sensatez e a loucura.

Asafe diz que “seus pés quase resvalaram e faltou pouco para que se desviassem os seus passos”(v. 2).

Isto significa que ele veio a imaginar, por um momento, o poder usufruir dos caminhos da arrogância e da prosperidade dos perversos (verso 3).

Isto aconteceu porque ele se deteve a observar aquela aparência de sucesso pujante e absoluto que a vida material nos mostra com muita força neste mundo. Como Jesus mesmo falou, este mundo jaz no maligno, e a perversidade faz parte de seu jogo imundo.

Esses momentos em que o homem espiritual desce do patamar da excelência que Deus confere aos Seus, e chega à beira da ponte que conduz ao campo dos devassos, ao ver a pujança, a força material, o sucesso dos malfeitores, ele sente uma perigosa atração que o chama para sair de onde está para experimentar delícias proibidas.

Ele olha para os dias em que sente que tem que lutar bravamente, sem tréguas , contra as forças do mal (verso14) e vê que os participantes das trevas não têm que enfrentar as pressões oriundas daquelas mesmas forças, porque uma vez ali, não sofrem os ataques que os bons as sofrem.

Mas… de repente o salmista olha para o futuro, e vê que as coisas não permanecem assim como pretendem alguns que estas se apresentem. Dando um salto para os dias vindouros, lá mais à frente, a médio ou longo prazo, não se veem mais os tais que se ufanavam de serem os grandes espertos da vida, que obtiveram tantos altos lucros.

Aonde eles estão? Aonde foram parar? Não mais são vistos. O que lhes aconteceu, que desapareceram?

Podemos hoje mesmo responder a essas perguntas. Aliás, hoje temos a mídia, a internet, as redes sociais, e também a rádio tamanco, velha e sem censura, que podem nos informar, senão vejamos:

  • A polícia vive estourando depósitos de drogas, armas contrabandeadas, cativeiros de reféns, desmantelando quadrilhas e prendendo-os nas casas de detenção. Presos, sofrerão processos longos e responderão por seus crimes. Este quadro já não se nos mostra alvissareiro.

  • Quanto aos que desagradam aos tribunais do crime, estes podem esperar, que a sentença mais usada por esses é a capital, para quem não andar estritamente dentro dos seus padrões corporativistas.

  • Quanto aos grandes e poderosos desta Terra, dê-se uma olhadela para os que viveram mais aqui. Alguns deles também já tiveram que se ver diante de Tribunais da lei, que os condenaram, e outros já se foram, julgados através das lutas contra a Polícia; viram-se também julgados e até mesmo por aqueles a quem um dia oprimiram, partes de um povo inconformado. Nicolai Ceasescu (1918-1989, presidente da Romênia condenado pelo seu próprio povo à morte), Adolf Hitler, Napoleão Bonaparte (1769-1821), Muammar al-Gaddafi (1942-2011), como os mais conhecidos nos dias de hoje, e outros tantos , uma lista sem fim em todos os tempos: Nero (37 a 68 DC.), Caio Júlio César (63 AC – 14 DC), Belsazar (rei da Babilônia que caiu nas mãos de Ciro, rei da Pérsia), o faraó do Êxodo, etc. A lista é longa.

Asafe pois olhou para alguns desses tais que fazem parte do rol dos opressores e então recebeu um “Click” em sua memória, e concluiu que esses mesmos não tiveram um final feliz. Ainda que tivessem deixado a impressão de grande sucesso, usando de subterfúgios escusos a fim de alcançarem seus ideais opressores, de seus atos imorais, temos que aceitar o fato de que um dia chega, no qual a sua vida termina, e então eles têm que prestar contas diante do Senhor do Céu e da Terra. Chegarão ante o Supremo Tribunal Celeste sem nenhuma veste, pois nada, nada, nada, absolutamente nada levarão desta vida para o além-túmulo. É quando as coisas mudam diametralmente.

O salmista então compreendeu que, estancar para ficar admirando o temporário sucesso dos maus, isto não faz nada senão distorcer-lhe a visão mais completa e exaustiva dos valores de que o homem dispõe nesta vida, aqueles dados pelas mãos de Deus. Isto leva a vendar os seus olhos para aquilo que realmente permanece para sempre.

Asafe olhou para o futuro desses ícones da impiedade, e viu que uma rampa escorregadia os espera à frente, onde eles pisarão e serão puxados cada vez mais para baixo, e no fim desta, lá está o inferno, um lago de fogo ardente para os queimar constante e dolorosamente, mas que não os consumirá de todo, sempre deixando um pouco, um resquício daqueles seres que um dia longínquo no passado fora uma ameaça a tantos quantos os puderam conhecer.

Graças a Deus, esta foi apenas uma parte da visão que Asafe pôde contemplar.

Ele então olha para cima – aliás, para onde todos nós não devemos nos escusar de fazê-lo, e fazê-lo sempre. Nunca deixar de olhar para o Altíssimo.

Um homem de Deus jamais deveria deter-se a olhar para baixo, a não ser que o faça com plena consciência e nojo daquilo que vê, sem deixar envolver-se, com vistas a alertar os viajores deste mundo sobre onde estão as virtudes desejáveis. Asafe, movido pelos clamores humanos, deixou por um momento de pousar o seu olhar para Quem ele tinha e tem no Céu, mas de repente pôde cair em si, e viu em Quem ele deveria sempre manter-se enfocado.

Nos versos 23 a 26 ele reconhece a grande verdade: não tem ninguém no Céu senão Yaweh, que o toma pela mão, guia-o com a Sua bondade e Sua Palavra, além que ser o alvo de nossa muita afeição, honras eternas, portador de recompensas excelentes, que ninguém neste mundo teria o condão de lhe dar. Quando porventura a mente e o corpo do salmista fraquejassem, ele sabia que Deus é a grande fonte de forças e poder libertador. O Senhor, afinal, é tudo quanto quaisquer de nós necessita.

Quanto aos ímpios, estes podem até ufanar-se de terem sido bem sucedidos em seus atos malfadados, mas olhe-se bem para a parte da História que o mundo não conhece e nem quer conhecer, pois terão que arcar com todos os males que tiverem causado me sua existência terrena. O dia chegará em que a balança da justiça de Deus os deterá e cessará a sua liberdade que tiveram para fazerem o mal, e aquilo que tiverem semeado é o que colherão.

Asafe, como podemos bem perceber, neste Salmo torna-se um referencial que representa a todos que vierem a coparticipar das cogitações de seu coração. Asafe, pois, acaba sendo como cada um de nós, que pondera e medita sobre essas coisas.

Volte, Asafe, aos seus afazeres e aos seus dias de louvor a Deus pela excelência divina, e por tudo quanto Ele opera. Que olhe para o Céu, para o mar, para as obras maravilhosas que as mãos de Deus fez e faz, e louve Àquele que é digno de ser buscado, seguido e louvado.

Que nos firmemos na fé que uma vez foi dada a santos neste mundo. O nosso galardão se aproxima.

Olhemos para Jesus, o Filho de Deus, para tudo que Ele fez, e prometeu que fará. Que nos identifiquemos com Ele, tanto no sofrer como no Seu poder, Sua ressurreição, e Sua glória.

Sejamos os benditos pecadores que se converteram de seus pecados, e foram salvos pela graça maravilhosa dada a todos os que creem no Filho de Deus. A nossa salvação está próxima de chegar.

Estejamos olhando para Cristo, que venceu e nos deixou o Caminho da vitória. Ele prometeu que voltará, e assim será. Ele tem a recompensa para todos que O amam, e colaboram com Deus para execução da vontade divina.

Abracemos o nosso grande Mestre, Jesus de Nazaré, o Filho do único Deus vivo.


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