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SALMOS – XCVIII – SONS DA CRIAÇÃO

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octubre 28, 2022 by Bortolato

Salmo 98

Já interpretou alguma vez os sons que se produzem na natureza? São mui diversos, e se produzem abundantemente em alguns lugares, onde são comumente esperados, mas em algumas vezes se fazem ouvir de maneira e em locais muito mais raros.

Certos astrônomos puderam captar os sons que o Universo produz. Sim, pois se ondas do mar rugem, ventos impetuosos e vulcões produzem verdadeiros estrondos, não podemos pensar que os astros tais como o Sol, que é uma estrela de quinta grandeza, seja mudo, principalmente quando acontecem explosões solares. Já pensou como não seriam ainda mais ruidosas as estrelas de grandeza superior? Pois note-se que o nosso Sol parece-se menor que uma bolinha de gude perto de uma bola de basquete, se comparado com estrelas de primeira grandeza.

E como será o ruído das tempestades que acontecem em Júpiter? E quanto ao restante do Universo?

Somem-se aos ruídos de cada cometa que vai rasgando o firmamento, deslocando-se como um louco, fazendo cumprir a sua rota…

Pois bem, astrônomos conseguiram captar o misto de sons que lhes apareceu em instrumentos acústicos adaptados para ouvir os sons deste Universo. Seria preciso ouvi-los, a fim de que se possa ter uma ideia melhor sobre os mesmos, mas sabe ao que os comparamos? Se você já os ouviu, o que lhe parece? Teriam captado um som semelhante ao de um trovão?

Não foi assim, podemos terminantemente dizer que não.

Bem, se aproximassem o tal aparelho para perto do Sol, ou um outro astro em que acontecem explosões nucleares, em alguns lugares presumimos que certamente o som será assustador, mas sabe qual tipo de som apareceu quando reuniram sons de diversos lugares, e fizeram um mix?

Na verdade parecia ser um som musical, como o de uma orquestra sinfônica. Sim, parecia ser um misto de violoncelos, violinos, órgãos, trombones, baixos de tuba em sopro contínuo, clarins, e talvez somados a outros mais indistinguíveis, mas o fato é que, assim como uma orquestra é dirigida por um maestro, o Universo parece insinuar-nos que há um Grande Maestro a regê-lo com Sua batuta.

Não precisamos, no entanto, de aparelhos de som para captarmos os sons mais comuns em nosso mundo natural.

Se formos a um lugar bem arborizado, onde as marcas de centros metropolitanos ficam mais distantes, e o verde das matas se faz presente ali, por certo que ouviremos pássaros cantando, cada uma à sua maneira.

Já chegou a indagar-se por que eles cantam?

O que os move a cantar? Alguns deles são tão pequeninos, mas conseguem emitir sons de bom volume, e de longo alcance.

Por que cantar quando existem tantos predadores que possam ouvi-los, localizá-los e causar-lhes o mal? Apesar disso eles sempre dão um jeito e não deixam de cantar…

Porque cantar faz parte de suas estruturas e predisposições biológicas. Eles cantam quando ficam alegres. Alegria de encontrar comida, água para beberem e se banharem, fazerem corte para formarem um casal, de encontrar ramos e palhas ou barro para fazer seus ninhos, terem uma família, portarem-se como noivos recém-casados, e então emitem cânticos que só os poetas sabem interpretar.

Eles cantam porque Deus lhes deu a capacidade de cantar. Ninguém lhes deu aulas ou frequentaram cursos de aptidão musical, não usam de partituras, não fazem vocalizos para educar suas vozes, e nem cobram cachês para soltar suas notas. Apenas recebem o sinal da batuta do Grande Maestro do Universo, e simplesmente cantam. Pronto! É simples, e só isso!

Pois foi em obediência à batuta do Senhor, que o escritor do Salmo 98 também sentiu que homens como ele também deveriam cantar, como uma resposta em louvor ao Criador que lhes deu tantas e tantas bênçãos. Cantar e cantar. Cantar canções conhecidas; cantar novas canções, inéditas, tornarem-se repentistas, gravando as letras que a inspiração lhes proporcionou fazer destas um veículo de adoração ao Deus que ama e concede alegrias aos que O amam.

Por quais motivos podemos e devemos cantar? Há muitos, mas o autor desse Salmo menciona alguns, suficientes para nos tornarmos cantores, que se somam ao som musical de nosso Universo.

Muitas pessoas sofreram e sofrem muito, porque não conhecem o Deus que começou a revelar-Se a um povo, como foi com Israel.

Israel pode contar uma vasta história, na qual houve manifestações de Yaweh em seu favor, que lhes proporcionou livramentos maravilhosos. O povo foi salvo de graves perdas e humilhações, de modo que entoar uma canção culminou-lhes como espontânea expressão de alegria…

Esse Salmo começa mencionando que Ele fez coisas gloriosas. Sua destra e Seu braço forte lhes trouxe milagrosas vitórias (verso 1).

Em um mundo onde havia abundância de injustiças, o Senhor lhes fez notória a Sua salvação.

O leitor por certo já sofreu alguma injustiça neste mundo, não é? Um builling, ou alguma perseguição, ou um mau juízo sobre sua pessoa, negócios mal resolvidos, etc. Pois quando Yaweh, o Senhor dos Exércitos, interveio na história de Israel, trouxe muitos e muitos livramentos àquele povo.

O Senhor passou a ser conhecido como o Deus da Salvação, que os salvou da escravidão dos egípcios (Êxodo, caps. 12 a 15), dos mesopotâmios (Juízes 3:7 a 11), dos moabitas, amonitas e amalequitas (Juízes 3:12 a 31), dos cananitas (Juízes 4:5), dos midianitas (Juízes caps. 6 a 8), dos filisteus e de outros povos (Juízes 13 a 16; I Samuel caps. 4 a II Samuel 8).

Cada livramento era motivo de festa, porque o Senhor despontou como o Grande Juiz, Libertador, General do maior dos Exércitos, Provedor e abençoador.

O Senhor fez notória a Sua salvação, manifestou a Sua justiça perante os olhos das nações” (v. 2)

Isto não é motivo para haver celebração? Por isso, o salmista escreve:

Celebrai com júbilo ao Senhor. Todos os moradores da Terra dai brados de alegria, regozijai-vos e cantai louvores.”(verso 4)

Os salmos são de uma inspiração poética incomum.

O autor deste Salmo 98 incita o povo a cantar louvores ao Senhor. Talvez como um levita, seguramente como um músico, ele se entusiasmou e escreveu para cantarmos acompanhados de instrumentos musicais, que no seu caso poderiam ser harpas, liras, trombetas, cornetas, buzinas, ou outros, a fim de que haja um misto de sons que traduzam essa alegria que corações gratos a Deus são naturalmente impelidos a adorá-Lo, ao se posicionarem diante dEle com sincera voluntariedade.

No calor do som dos instrumentos musicais o salmista lembra-se de que não bastam as vozes dos adoradores, nem as dos sons instrumentais que as acompanham. Ele então abre bem os seus braços e convida a Natureza toda a acompanhá-lo.

Que ruja o mar também em louvor; que os rios emitam sons que se assemelhem com o bater de palmas; que até mesmo as montanhas sejam solicitadas a louvar a Deus, apesar de sua aparente mudez física, que estas mostrem a glória dAquele que as criou!

Podem povos e homens querer mostrar suas injustiças como que a ignorar que têm o Grande Juiz que os vê, contempla, espera o tempo certo para intervir, e fiquem todos certos de uma coisa: – Ele virá para julgar a Terra com justiça; ao mundo todo, sem esquecer-Se de usar de sabedoria, equidade, e estabelecer a verdade, e a ordem da qual este mundo necessita.

Quando falamos que Deus haverá de vir para julgar este mundo, nos sentimos movidos a dar um salto a partir da data da escrita desse Salmo, e chegarmos ao livro de Apocalipse.

Entre o evento da composição desse Salmo e o tempo do fim, porém, há um acontecimento que não podemos deixar de mencionar: a vinda do Messias.

Quem é este Messias? Os judeus ainda O esperam, mas eles mesmos O verão e perceberão que não há outro senão Jesus de Nazaré, o Cristo.

Pois Jesus já veio, mas voltará, conforme nos prometeu. Veio pela primeira vez para nos salvar dos nossos pecados, e conduzir-nos a Deus.

Ele veio como um Servo Sofredor, como profetizou Isaías (caps. 42, 49, 50 e 52:13 a 53:12). Sofreu muito com a finalidade de colocar-Se no nosso lugar, e pagou caro pelos nossos pecados. Derramou o Seu bendito sangue na Fortaleza Antonia, e foi sangrando pelo caminho, rumo ao Calvário, onde ali depôs a sua vida em nosso favor.

Sofreu aquela que seria a nossa morte, a fim de que pudéssemos ter acesso ao Caminho que nos conduz à presença de Deus para nosso eterno gozo.

Se há um povo que pode e deve cantar em louvores ao Senhor, esse povo é a Ekklesia de Cristo, pois recebe o dom da salvação e da vida eterna.

Este povo é tirado do mundo para ser Seu eternamente.

Para sermos participantes desse povo, precisamos ser discípulos de Cristo, aceitando-O como nosso Senhor e vivendo a vida que só Ele pode nos proporcionar termos, tornando-nos semelhantes ao glorioso Filho de Deus.

Viver é louvar. Louvando a Deus constantemente, começando aqui neste mundo, e indo além, para a eternidade.

Como gostaria de ter sido santo, puro e totalmente imaculado, desde o dia em que nasci até vir a chegar a cruzar o rio da morte, nesta posição permanecendo até o fim da vida aqui, mas isto não foi assim. Lamento muito, mas não foi.

Esta é a razão por que como homens fomos separados e vedados da presença gloriosa de Deus em nosso viver.

Somos todos pertencentes a uma raça decaída da santidade divina, e não há quem possa dizer que não cometeu pecados, e que portanto necessita de perdão e da graça de Deus.

Somos responsáveis por todos os atos e atitudes que assumimos, e nenhum de nós tem em seu currículo o timbre de impecável, mas ainda assim existe uma solução para este problema que pesa sobre as nossas cabeças.

Jesus tornou-se responsável por nossos pecados, quando tomou aquela cruz em Seus ombros, estendeu Seus braços e foi crucificado. Ele jamais pecou, e por isto mesmo foi a única pessoa capaz de nos remir das nossas culpas, assumindo o nosso lugar.

Jesus ainda hoje abre os Seus braços para nos convidar a ouvir as Suas Palavras, aceitá-las e aplicá-las em nosso viver diário. Sim, isto não é discurso de retórica poética, é uma realidade, porque Ele ressuscitou e até hoje nos espera, fazendo-Se abrir o único caminho que nos leva ao Pai, e sendo o nosso Grande Amigo Redentor.

Vamos a Ele. Por que O deixaríamos esperando mais?

Oremos ao Pai, usando o nome de Jesus. Ele nos ouvirá, e nos aceitará. Vamos a Ele por meio deste caminho que nos abriu: Jesus.

Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por meio dEle. (João 14:6)


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