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SALMOS – XIV – QUEM ME SOCORRERÁ?

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noviembre 14, 2020 by Bortolato

SALMOS – XIV – QUEM ME SOCORRERÁ?

Salmo 12

Socorro, Senhor! Este foi o brado que aflorou do profundo do coração do salmista. É uma queixa de que as pessoas fiéis a Deus e solidárias umas com as outras, em certo momento da vida são procuradas e já não mais as achamos.

As circunstâncias em que isso acontece são diversas, mas há momentos em que tal constatação provoca uma profunda dor na alma, em especial quando se descobre que alguns dos que antes pareciam ser grandes amigos, eram na verdade apenas bajuladores que, no momento mais crítico, se revelarão tais e quais pessoas que nos falaram com coração dissimulado.

No Salmo 12, verso 2, esta expressão é escrita originalmente como “um coração mais outro”, isto é, um coração que tem dois lados, duas faces, que às vezes se mostra de uma certa forma, mas em outros momentos são tão diferentes daquilo que pareciam ser, que chegam a ser outras pessoas, e irreconhecíveis.

Este Salmo foi supostamente escrito quando Saul perseguia Davi e àqueles que se posicionaram ao seu lado como clandestinos, que formavam um exército paralelo ao oficial.

Tudo indica que Davi, como um fiel guerreiro das tropas de Israel, tenha sido iludido por Saul e sua corte, quando estes diziam que o jovem belemita gozava de alta simpatia perante o rei.

Ordenou Saul aos seus servos: – Falai confidencialmente a Davi, dizendo: – “Eis que o rei tem afeição por ti, e todos os seus servos te amam; consente, pois, em ser genro do rei…” ( I Samuel 18:22-25)

Enganado, veio então Davi a enfrentar vários perigos em guerra contra os filisteus, a fim de poder agradar ao seu rei, e tão bem sucedido foi, que chegou a tornar-se genro de Saul, arriscando a própria vida durante aquelas campanhas militares.

Quando então, de repente, tudo isso mudou. Saul deu ordens para cercar a casa de Davi e este, apenas contando com a misericórdia de Mical, sua esposa, pôde escapar vivo. Aqueles mesmos que o elogiavam antes disso, passaram a ser-lhe emissários da morte, e inimigos vestidos de armaduras sob o comando real.

Davi buscou então auxílio dos sacerdotes de Nobe, uma pequena cidade que ficava no meio de sua rota de escape, e obteve pães e uma espada que lá era guardada como troféu de grande significância espiritual: a espada do gigante Golias, que morreu depois de uma simples pedrada na testa, vinda da funda do rapaz filho de Jessé.

Ao ficar sabendo disso, era de esperar-se que Saul tivesse um mínimo respeito para com aqueles sacerdotes, mas aquela foi a ocasião em que esse rei mostrou a profundidade da sua maldade, falta de lealdade e egocentrismo acima das pessoas que haviam sido colocadas ao seu lado como fiéis cooperadores da lavoura de Deus.

Não houve respeito nem para com os sacerdotes ungidos do Senhor Yaweh. Foi assim que Saul ordenou:

  • Volvei, e matai os sacerdotes do Senhor…” ( I Samuel 22:17)

Este ato foi muito grave transgressão não apenas contra os inocentes Davi e os sacerdotes do Senhor – mas também contra Deus, que ordenara tais servos Seus como Seus parceiros, santificados par o Seu serviço.

Saul, ungido rei de Israel pelas mãos do profeta Samuel e pela vontade permissiva do Deus Único e Verdadeiro, de repente volta-se contra o Senhor mais uma vez, e desta feita mostrando o seu desejo de matar a todos quantos pudessem representar alguma suposta ou possível ameaça à sua coroa.

Naquele momento a coroa de Saul se lhe mostrava mais valiosa do que os homens de Deus colocados a seu lado para abençoá-lo, e por conseguinte, do que a vontade e a Lei do Senhor.

A Lei do Senhor havia determinado claramente que os sacerdotes de Yaweh fossem usados com intenção de serem intercessores do povo, especialmente quando este pecasse. Ora, se alguém risca esses nomes do seu caderno e manda matar àqueles que oram a Deus pedindo perdão de pecados para quem assim o necessite, logo não haveria mais intercessão por perdão para quem assim agisse, pois não?

Cremos que foi nesse momento que a queda de Saul tornou-se irreversível, embora bem antes disso, dentro de seu coração duplo tudo já estivesse potencialmente assentado dessa forma lamentável.

Houve uma matança de sacerdotes na ocasião. Este fato levou Davi a ficar atônito. Ele já estava decepcionado com Saul, mas jamais esperava que a maldade deste tivesse alcançado tal nível – e ainda saber que houve quem fosse capaz de executar tamanho descalabro.

É quando o homem piedoso começa a pensar: como se poderia explicar que alguém assim ainda fosse um religioso capaz de oferecer sacrifícios a Yaweh, com o assentimento e a colaboração de outros sacerdotes… obedecendo a tantos ritos tais como sábados, festas de lua nova, Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos? E quanto ao Dia Nacional da Expiação? Isto não se trata apenas de um paradoxo, mas é, sim, muito contraditório. As pessoas podem, em um momento, parecer boas calmas, tranquilas e piedosas; e noutra ocasião, astutas predadoras, como fazem as serpentes.

Não estaria Saul incorrendo em uma inversão de valores? Pois a religião de assassinos então é revestida de uma capa de exterioridade, quando homens servem a Deus e a si mesmos – a Deus apenas quando isto lhes convém.

Isto é um jogo perigoso, porque assim diz a Palavra de Deus: – “Não erreis, Deus não Se deixa escarnecer. Aquilo que o homem semear, isto ele também o ceifará”.

Ao testemunhar tamanha falsidade, e diante do seu desencanto, o salmista chega a pensar: – “Até mesmo o rei de Israel, que foi ungido pelas mãos do profeta? Os fiéis estão se corrompendo e depressa vão desaparecendo da Terra! Eles estão sumindo!”

A estupefação de Davi fica debatendo-se entre uma questão e outra, querendo saber a quem buscar agora… que tristeza! Que sentimento de desamparo! Que frustração! Confusão! Não há como não apresentarmos a nossa inconformação! Para onde iremos nós?

Este cogitar do coração do salmista, porém, embora cheio de incertezas, permanece assim enquanto seus olhos vasculham os homens sobre a face da Terra. Quando, no entanto, ele eleva o seu olhar para cima, de repente encontra o que mais ambicionava: a paz de Deus!

Davi encontrou confortante refúgio no Senhor, que é fiel, não mente, e as Suas Palavras sempre são verdadeiras. Yaweh não tem duplicidade de coração.

Às vezes e muitas vezes são estas, em que realmente não sentimos firmeza nas pessoas. De um modo geral, neste mundo, isso até é de esperar-se, mas pode acontecer que em algum momento não encontremos verdadeiros amigos solidários, mesmo no meio da congregação do povo de Deus. Ao surgirem apertos, pressões, ameaças e calamidades, os corações se revelarão como realmente são. Então, como se estivessem à espera em stand by, despontam controvérsias, conflitos, acusações sem base sólida, que por sua vez conduzem a desentendimentos; mas não precisamos nos perturbar, e nem discutir com ninguém. Há um consolo muito eficaz ao nosso alcance quando trocamos os ringues de luta pela Palavra de Deus.

Nesta Palavra temos a nossa solução e a nossa saída honrosa, sensata e mais gloriosa: a saída de Deus.

As bocas podem falar aquilo que lhes parece ser conveniente, assim como o papéis aceitam que neles se escrevam quaisquer coisas, sem reclamarem. Não há como impedi-lo. Assim falam os insensatos:

– Os lábios são nossos, quem nos impedirá?” (Salmo 12:4)

A propósito, Davi não tinha ainda a Revelação da Graça de Deus como a temos no Novo Testamento, mas o Espírito Santo revelava as verdades contidas na Torah, a Lei do Senhor, e isto só já bastava para que os Salmos fossem aflorando a cada circunstância adversa, confortando e consolando aquele que confia no Senhor. A unção espiritual que o Senhor depositava no coração de Davi vinha-lhe por vezes em forma de uma canção. O subtítulo deste Salmo sugere que foi composto para o cantor-mor entoá-lo ao som de seminite, o que entendemos ser uma harpa de oito cordas.

O contexto histórico em que viveu Davi serviu de cenário para a produção deste Salmo 12, o qual podemos aplicar em as mais diversas situações que se desenvolvem sobre toda a Terra. E isto serve perfeitamente como exemplo para qualquer cultura existente.

No final, Davi não se vê mais com dúvidas e apertos no seu coração, mas presenteado pelo Espírito de Yaweh, lhe sobrevém um sentimento de domínio de Deus sobre todos os problemas, o que lhe proporciona mansidão, certeza e fé em que as Palavras do Senhor serão como água no deserto, transformando a sequidão dos corações em um jardim regado, o Jardim de Deus.

O meu socorro vem do Senhor, que fez o Céu e a Terra.” (Salmo 121:2)

Isto leva a nos perguntarmos: onde estamos firmando a nossa segurança? Nos bens materiais? Na nossa cultura? Nas nossas habilidades? Na cordialidade dos amigos? No nosso status social? Nas promessas que nos vieram a fazer? Nos juramentos?

Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor”

Bendito o varão que confia no Senhor e cuja esperança é o Senhor”. (Jeremias 17: 5, 7)

Deus, o Senhor, é o Único que não falha com a Sua Palavra. Tudo aquilo que Ele fala, Ele cumpre. Ele não mente. Não faz promessas falsas, como candidatos a cargos políticos eletivos. Ele é íntegro, e puro. Nele podemos confiar, e o melhor disso tudo é que Ele nos convida a sermos participantes de Sua glória, Seu Reino do Céu, de venturas eternas.

Para sermos parte do povo que habitará com Ele no Céu e governará esta Terra com santidade, poder e autoridade Ele enviou o Seu Filho, Jesus, para ser o nosso Salvador. Jesus é a maior expressão do amor e da graça de Deus já manifestos neste mundo. Para termos acesso ao Pai, temos um só caminho: Jesus, que nos convida para sermos dEle. Ele diz:

  • Vem!”

Vamos pois a Ele, sem demora. Ele nos está esperando de braços abertos. Façamos isto agora!


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