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SALMOS – XV – REANIMANDO O CORAÇÃO

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noviembre 16, 2020 by Bortolato

Salmo 13

Em meio a lutas e reveses um homem se vê em situações difíceis e encontra apenas um canal veicular para se desabafar: Deus. E estes Canal tem sido muito depreciado pela sociedade, ao ponto de ser menosprezado e abandonado.

Não vê esse homem uma saída ou solução muito próximas, mas pelo contrário, a sua alma se vê relutando por causa das incertezas que se lhe mostram à frente como obstáculos a sua fé na vitória.

Olhando ao redor, não há companheiros fiéis em quantidade suficiente para lhe dar altas chances de ser bem sucedido, mas apenas alguns poucos se lhe solidarizam ao seu lado.

Ele pára para pensar que não tem um exército armado à altura dos desafios que tem ao seu redor. Ele tem inimigos poderosos, que não o pouparão se estes tiverem em suas mãos uma boa chance para liquidá-lo. Bastaria uma só. Nessas condições, sob perspectiva meramente humana, o seu futuro é humanamente incerto não oferece nenhuma garantia de sobrevivência.

Os homens, porém, são seres que procuram evitar situações desconfortáveis, e, mediante ameaças, a sua argúcia e sabedoria crescem, de forma a procurarem avidamente encontrar um caminho que se lhes apresente como uma saída estratégica para fugir do mal, e assim escapar de dores e transtornos.

O salmista então compôs este Salmo, capítulo 13, no qual ele fica meditando em suas condições que deseja que sejam passageiras. Ele tem pressa para ver-se livre dos tormentos que o cercaram na ocasião.

A sua natureza humana põe a descoberto a sua fragilidade. Ele se ressente ao vislumbrar que o seu quadro é clínico, como o de um doente que está repleto de dores insuportáveis e precisa ser curado com urgência.

Davi era um servo do Deus de Israel, o Senhor dos Senhores, o Deus que operou muitas maravilhas em favor de seu povo, desbancando as posições que outros deuses alcançaram, mostrando ser Ele, e somente Ele, o Único, o Deus que é muito maior, muito mais excelente, sábio e poderoso, do que os que se propunham ser deuses.

Davi então começa a sua oração, expondo sua fraqueza e estado de insegurança, abrindo o seu coração e deixando tudo à mostra, como um livro aberto diante do seu Deus.

Este Salmo 13 repete quatro vezes a expressão “… até quando…” em indagações que perquirem quando estaria para chegar uma nova e esperada estação em sua vida.

Cansado estava ele de ter que ora fugir, e ora ter que enfrentar um inimigo que se erguia a cada instante, sempre insistindo naquele jogo de terror, buscando aproveitar qualquer chance que tivesse para apanhá-lo, como um caçador em busca de sua presa.

Quando se alonga muito tal situação, produz stress que faz subir a pressão sanguínea, o coração bate bem rápido, proporcionando ao perseguido poder tomar alguma decisão imediata, e isso às vezes nem lhe dá tempo para fazer uma oração antes da emergência, como acontece em um incêndio que tem que ser apagado sem demora.

Tendo conseguido sair vivo desta situação estressante, depois de passado o perigo, uma pergunta aflorou à mente do salmista, e ele tornou a pensar: – “Até quando, Senhor?” Em outras palavras, Davi queria dizer: – “Por favor, não Te demores, meu Deus! Eu necessito que o Senhor interfira urgentemente nesta circunstância”…

Será que o leitor nunca se sentiu assim alguma vez?

Pensando bem que o Senhor, Deus acima de todos os deuses, que tudo pode, que é o Senhor dos Exércitos dos Céus, que opera sinais, prodígios e maravilhas, Ele pode, com apenas um clique de estalar dos dedos, transformar a nossa luta contínua em uma vitória cabal.

O espírito de um guerreiro não pode aceitar que sendo ele um servo fiel a Deus, seja vencido por inimigos vorazes, injustos e cruéis.

Davi, no caso, não faz o seu desabafo diante de Deus cair inócuo. Aquele que tem seu espírito em linha e contato com o Espírito de Deus, apesar de sua lamentação brotar dessa maneira de dentro de seu ser, ele pode sentir que o Senhor não o abandonou, apesar dos pesares.

No fundo de sua alma há aquela fé que remove montanhas. Ele sabe que pode confiar na graça de Deus. Ele não tinha ainda a revelação de Jesus, o grande exponencial da graça de Deus, mas podia sentir que Deus é bom – bom para ele, como também o é para nós, hoje, na Era da Igreja e da Sua graça.

Neste ponto da meditação do salmista surge então um cântico novo brotando de seu coração, subindo aos seus lábios, louvando Àquele que lhe tinha feito tanto bem.

É muito fácil ficarmos olhando apenas para os problemas da vida, e valorizarmos mais os gigantes que se erguem à nossa frente, do que lembrarmos de quantas vezes o Senhor já agiu e nos contemplou com Suas bênçãos de livramento, gravadas nas memórias do nosso passado.

Em apertos financeiros, em enfermidades, ou em circunstâncias de perigo em que nos foi dado escaparmos de morte iminente… quantas vezes? Uma? Duas? Três? Quantas? Dá para as contarmos? Se formos honestos e sinceros conosco mesmos, veremos que não.

Logo, o que é mais proveitoso fazermos? Chorarmos? Lamentarmos continuamente as nossas perdas? Reclamarmos? Murmurarmos? Ou apelarmos para uma atitude de fé, que crê que o Senhor nos dará o livramento de que necessitamos?

Façamos então como Davi, e cantemos um cântico de vitória. Acompanhemos as palavras deste Salmo, olhando para a chegada do Senhor que vem para transformar todas as situações que Lhe convêm mudar, e com isso, veremos a chegada das nossas bênçãos, outorgadas pela Sua mão.

Façamos assim, mesmo quando as lutas nos ameaçam com furor.


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