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SALMOS – XXI – DEUS É FASCINANTE!

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diciembre 13, 2020 by Bortolato

Salmo 19

Fascinação é o tipo do entusiasmo que nos atrai e enleva as nossas almas, fazendo-nos viver uma apaixonante viagem por um mundo que nem todos conhecem, nem o viram, isso porque ainda não o descobriram.

Um coração assim envolto, em um sentimento tão sublime, só deseja que mais e mais profundamente possa avançar neste sentido e superar as suas expectativas com coisas e detalhes sempre novos ou plenamente renovados, e assim satisfazer-se, preenchendo completamente os anelos que até então pareciam não existir no interior do ser que assim logra experimentá-lo.

Os poetas procuram encontrar inspiração em coisas deslumbrantes, a fim de dar asas a essa percepção, em tudo quanto possam servir-lhes para esse fim, e atentam para os nuances de um por do sol, ou até mesmo nas asas de uma borboleta, a qual voa para beijar belas flores que se lhe expõem na Natureza. Outras pessoas, dotadas de outro tipo de espírito, podem ver tais poetas com um outro olhar, porque estariam imbuídas de uma outra visão do Cosmos, da vida e de coisas mais pragmáticas, e têm aqueles como seres abobalhados, que vivem fora do seu planeta.

Os escritores poéticos às vezes se detêm a analisar extasiados para a beleza que encontram em outros tipos de enfoque, por exemplo, em uma bela mulher, uma digna representante do belo sexo.

Não apenas por contemplarem os dotes físicos das tais, mas também por se verem diante de excelentes qualidades éticas, psicológicas e virtudes espirituais que encantam a muitos pela sua mostra de sabedoria e sensibilidade, próprias daquelas que se sobressaem dentro desses valores universais.

O rei Salomão deixou-se levar pela atração que sentiu, não por uma ou duas dessas mulheres, mas por centenas destas, e no final de sua vida, cansado de tantas vaidades, chegou à conclusão de que, entre todas que conheceu, não achou nenhuma, porque o pecado também estava presente nos corações daquelas com quem viera a envolver-se.

Interessante, não? Sabemos que o rei Salomão se teria casado com setecentas mulheres, e ainda teve trezentas concubinas. Será que ele soltou essa frase em um momento em que sua potencialidade se exaurira?

O mais interessante sobre este fato que Salomão deduziu dentro de si é que ele também afirmou que… entre mil homens, ele encontrou um. Somente um, que lhe deixou realmente impressionado. Logicamente que não foi por causa dos dotes físicos do mesmo, claro, mas obviamente por causa das qualidades intrínsecas que o tal lhe demonstrou.

Quem seria este homem, a quem ele quis referir-se?

Uma análise investigativa feita a rigor em sua vida, leva a vermos que já como príncipe herdeiro do trono de Davi, ele teve contato com muitas pessoas que certamente o cercavam de cuidados e lisonjas muitas vezes falsas ou exageradas. Isto, portanto, não o deixava impressionado, pois inteligente como era, não lhe passou despercebido que certas atitudes não eram sinceras, e estas eram muitas.

Houve, contudo, uma pessoa que lhe marcou profundamente o seu caráter: o seu pai, o então rei Davi, o qual lhe havia prometido herdar a coroa. Com certeza Davi havia percebido desde cedo em Salomão um grande potencial para reinar, tendo em vista a sua enfocada valorização da sabedoria. Os irmãos dele, que também eram príncipes, podiam também ser virtuosos, mas talvez pelas facilidades em obterem e alcançarem outros alvos, deviam ser mais notáveis em outras áreas da vida.

Davi, porém, sentia no espírito que devia preparar Salomão para ser o seu sucessor.

Esta preferência não era bem vista por alguns de seus irmãos, ao menos por dois deles. Absalão, que era um destes, que não tolerou sequer esperar pela morte do próprio pai para tomar-lhe a coroa, não titubearia em ordenar a morte do irmão que era o preferido do rei, só para eliminar toda e qualquer concorrência. A rebelião e tentativa de usurpação do trono de Davi por Absalão deu-se perto do ano 979 A.C., em Israel, mas terminou com a morte do filho rebelde em uma batalha contra as forças militares do próprio pai.

Anos mais tarde, um outro príncipe, Adonias, também tentaria ludibriar ao próprio rei Davi, seu pai, fazendo alianças com o general Joabe e o sacerdote Abiatar, ainda com a anuência de outros príncipes seus irmãos (I Reis 1:18,19), para por em prática um golpe de tomada do poder. Adonias também não pouparia a Salomão se tivesse logrado chegar ao poder da coroa de Israel. Por ser o filho mais velho de Davi, ele gozava de muitas liberdades que lhe subiram à cabeça, e calculou que teria também o condão de ser elevado ao trono, mesmo sem que o rei o consentisse.

Aconteceu, porém, que ao anunciar-se, no palácio real, que Adonias se autoproclamava rei no lugar de seu pai, isto pelo ano 971 A.C., Davi então já idoso, no final de sua vida, lançou mão de uma providência que não somente salvou a coroa prometida a Salomão, como também a própria vida deste e de todos quantos apoiavam a sua ascensão ao trono de então.

Enquanto Adonias se banqueteava naquela ocasião, contando estar tomando posse da coroa de Israel, Davi ordenou que Salomão desfilasse em Jerusalém sentado no cavalo do rei, e fosse anunciado ao povo todo da cidade, em pompas cerimoniais próprias de uma coroação, até com pública unção real, expedida por um sacerdote importante, que sobre Israel era levantado um novo rei. Trombetas foram tocadas, e o povo jubilou com altos brados. Acompanhado da maioria das pessoas importantes de Jerusalém, esta coroação, sim, não deixou dúvidas desde aquele momento sobre quem de fato passou a reinar em Israel no lugar de Davi.

Davi, pois, contrariou ao seu filho mais velho, a quem decerto amava e nele tinha prazer, para destinar a sua coroa a Salomão, por vários motivos, mas o principal era por sentir quem de fato seria o melhor rei para Israel, em todos os sentidos, mormente por ser Israel a nação debaixo da batuta do Senhor Yaweh, como o era nos tempos davídicos.

Esta ocorrência demonstrou a Salomão quem era o seu pai – um homem espiritual, de palavra, que não voltava atrás nas suas promessas, que abdicou do seu trono para fazer cumprir sua promessa, de fazê-lo rei em seu lugar. Isto tirou Salomão da lista negra de Adonias, que certamente o executaria assim que o pudesse, e elevou a quem de fato deveria ser elevado ao trono, fato importantíssimo dentro da História de um povo que foi chamado povo de Deus.

Assim era Davi. Este certamente era o homem que Salomão conheceu e concluiu: este era realmente um homem com H maiúsculo: um guerreiro, um vencedor, um conquistador, cumpridor de suas promessas, e acima de tudo, um verdadeiro adorador de Yaweh, o seu único e amado Deus – mas este acontecimento foi apenas uma faceta da pessoa que era Davi, uma pequena amostra, entre tantas outras qualidades, mormente as espirituais, as quais encantou ao filho de sua preferência, para fazê-lo herdar em suas múltiplas atribuições atinentes ao governo do povo de Deus. Foi um voto de extrema confiança que Davi depositou em Salomão, e isto foi realmente um fato digno de nota.

Davi também era um poeta, músico e cantor; e em seus escritos deixou em claro qual era o motivo que o fazia sentir-se apaixonado por um Alguém . Não ficou ele famoso como compositor de um poema dedicado a uma mulher que o tivesse encantado, mas a Alguém que o fazia realmente feliz, aliás, felicíssimo.

No Salmo 19 notamos uma verdadeira fascinação que alimentava o coração do salmista. Basta lermos os termos que ele emprega ali, para logo percebermos quem é que o deixava tão deslumbrado.

Davi olhava para o céu pelas noites e ficava maravilhado. Quantas luzes, tantas estrelas, planetas, e quem sabe se também não teria visto algum cometa. Quem em uma noite estrelada pôde contar o número dos focos de luz que são expostos ali? Quem se arriscaria a fazer uma contagem exata desse número?

Davi, porém, não se deixava levar à idolatria, que era muito comum entre os povos pagãos que adoravam os astros celestes. Ele sabia quem era o Criador daquilo tudo. Na Torah de Moisés estava escrito que este céu é apenas uma parte das obras que Deus fez e faz.

O firmamento, pois, é apenas uma testemunha de que, cada luzeiro que ali aparece, atesta tacitamente que foi criado pelo grande e único Deus, Yaweh. O primeiro capítulo da Bíblia o afirma, e não há quem prove o contrário.

Então as noites se passam, e aquela escuridão que fornece um pano de fundo para revelar as estrelas começa a dar lugar a um brilho todo especial: a luz do Sol, anunciando um novo dia, isso todos os dias, continuamente, sem falhar. As nuvens podem encobri-lo, mas sempre deixam passar os raios de sua luz, o que vai fazendo toda a diferença entre as noites e os dias.

Assim Davi começa o seu poema de um admirador profundo do Senhor Yaweh, o Criador, que o inspirou e o deixou fascinado:

Os céus declaram a glória de Deus, e o firmamento anuncia a obra das Suas mãos.” (verso 1)

Olhemos para o céu! Obra maravilhosa que o Senhor Criador fez! Imagine como foi que tudo isso surgiu do nada… Antes que Deus dissesse: – “Haja luz!” – nenhuma matéria física havia… e daí, houve seis dias de duração não sabida, seis períodos de intenso trabalho – e é assim que hoje vemos cada pontinho de luz no firmamento (pontinho é o que se mostra aos nossos olhos, mas quem os vê assim nem sabe o tamanho que estes têm na realidade. São descomunais!)

Do céu pontilhado de estrelas, o salmista então passa a falar de sua admiração que o astro-rei o faz deter-se, e tece as suas impressões.

Como não amarmos o Sol? Pois Deus fez das noites um lugar para o mesmo se esconder, com sua luz, como se estivesse recolhendo para dentro de uma tenda – uma tenda toda especial, como que feita para o Sol descansar. Mas quem descansa, na verdade, somos nós, pois Deus fez assim para que nós possamos descansar do calor dos dias.

Como que interpretando uma prosopopeia em linguagem de libras do Sol, Davi vê neste astro um alegre personagem que nunca cessa de trazer-nos luz e calor, dia após dia. Na verdade esse luminar é também uma estrela, que pela sua proximidade deste mundo, é aquele que nos alegra com a sua força e poder de nos aquecer e iluminar os nossos dias. Já agradeceu a Deus pelos Sol?

Como um atleta brilhando ao percorrer firme e constantemente seu percurso de maratona por número de horas certas…. nisto se denota um bom motivo para louvarmos a Deus, que criou este Sol. Quem passa por um longo e tenebroso inverno, sabe o quanto é precioso o nascer do Sol em uma nova estação…

Dos versos 7 em diante, o salmista passa a tecer esses comentários que se atêm sobre as maravilhas da Criação, os quais lhe são provocados pela beleza que é peculiar da Criação, e que brotam junto ao seu coração de poeta e observador.

Pensando nas leis que regem este nosso sistema solar, trazendo tantos benefícios aos moradores da Terra, o salmista fica extremamente alegre, e exalta a sabedoria de Deus, que além do presente que Ele nos faz através das obras da Sua Criação, também nos traz a Sua revelação pessoal, através da Sua Palavra.

Uma associação então se faz na lembrança do salmista, porque ele passa das leis físicas do Universo, a fazer ligação com a Lei do Senhor que fora revelada ao Seu povo hebreu. São leis diferentes, mas convergentes, de cunho e de finalidades atidas ao convívio de Deus junto àqueles a quem Ele quis revelar-Se como Ele é.

Davi então passa a meditar e exclama com emoção, louvando a sabedoria divina, que estabeleceu também a Torah, que se constitui em uma segunda testemunha de Deus.

A Lei do Senhor é perfeita e restaura a alma; o testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos símplices”.

O que seria de uma nação, se não houvesse lei? Pois a lei indica a vertente que impulsiona o homem a cumprir todos os seus deveres e assim tornar-se em uma pessoa distinta. Davi, como servo do Senhor, e corregente com Ele, sabia muito bem como a Lei de Moisés trouxera luz para cada elemento do povo de Deus. Até os símplices acabam sendo sábios por meio da Lei, pois basta obedecê-la, mesmo sem poder compreendê-la totalmente, para ser recompensado por ela. Até mesmo os loucos serão bem sucedidos, obedecendo à Lei do Senhor.

O Salmo 23:3, 4 também atesta que aqueles que confiam na Palavra de Yaweh, são guiados pelas veredas da justiça por amor do Seu nome, e assim a Lei do Senhor transmite paz, levando-nos por caminhos isentos de pecados, dando força e conforto aos fiéis.

O Testemunho (verso 7) constante que lança, repete, e repisa conceitos sábios (estamos falando da Torah), alcança até ao homem simples, desde que este esteja com o coração e a mente dispostos a ouvi-los e assim escapar das astutas artimanhas de inimigos falazes. Muitas são as vozes deste mundo, e algumas até gritam, no afã de ganhar a credibilidade dos seus ouvintes, mas a Palavra de Deus é a última palavra, que põe limites aos tagarelas, e coloca um ponto de equilíbrio e sensatez nos corações. A paz do Senhor, então, passa a ser uma decorrência deste Seu testemunho fiel.

Os preceitos do Senhor (verso 8) são aquele elementos específicos da Lei, que como retos que são, além de conduzir-nos ao bem, trazem consigo a recompensa de uma consciência tranquila. Quando o homem que os observa percebe que ele escapou da iniquidade e passou para o time dos santos de Deus, abandonou o ódio para viver cheio de amor no coração, anda em retidão, o que o faz escapar de viver no erro, o seu coração exulta de uma alegria pura, limpa e santa.

O Mandamento do Senhor, o Decálogo, é excelente por nos trazer ordens que Deus deu ao Seu povo como bases estruturais de conduta que, uma vez obedecidas, levam a obtermos a luz que orienta os nossos corações para alcançarmos o caminho da vida. Em outras palavras, quanto mais obedecemos aos mandamentos do Senhor, mais claros ficam os nossos pensamentos e propósitos, confirmando-nos que estamos trilhando a vereda da vida.

E o Temor do Senhor, que mereceria um tratado ou dossiê cheio de detalhes, para nos fazer aptos à obediência da Sua Lei, é a atitude ideal para desenvolvermos uma vida espiritualmente sadia, de total dedicação a Deus, ajudando-nos a escapar de sermos enganados, e ficarmos livres de cairmos em laços perniciosos e degradantes.

Os Juízos do Senhor, isto é, Seus julgamentos, dizem respeito à vida social de acordo com as ordenanças divinas, o que faz o salmista concluir que esta é a maneira correta de vivermos em comunhão com Deus, com os irmãos, e com o próximo, sempre levando em conta uma justiça totalmente despoluída e verdadeira.

Esta meditação conduziu Davi a viajar pelo Universo, exaltando a perfeição do Criador através da Natureza, e fê-lo também pensar que ele, assim como cada ser humano, precisa orar para que haja uma purificação profunda de todos os nosso defeitos ocultos que possam nos fazer pecar gravemente.

Por este motivo, ele pede a Deus que o livre do orgulho, um pecado que levou anjos a rebelarem-se contra o Altíssimo. Foi por causa desse erro de autoavaliação que Satanás presunçosamente supervalorizou-se a si mesmo, e ambicionou ser igual a Deus. A soberba realmente precisa ser vencida, a fim de não nos permitirmos que seja criada barreira alguma entre um adorador e Aquele que merece toda a nossa adoração – e só assim é que poderemos estar mais perto, assimilar a Sua essência, e sermos semelhantes a Ele. Isto é algo muito lindo, por paradoxal que seja.

Imaginamos assim como a ligação entre Davi e o Senhor era tão intensa, harmoniosa, e cheia de nuances de amor. Não era para menos que ele escreveu este Salmo 19, maravilhado com a extensão da glória divina que se percebe através do céu, e que, apesar de toda esta exuberante grandeza patente no Universo, o Senhor desceu a esta Terra para lançar a Sua Palavra com o propósito de abençoar um povo necessitado dEle, dando-lhe diretrizes para uma vida feliz. Mais do que isto, Ele mostra estar interessado individualmente em mim e em você, na minha e na sua pessoa.

Hemos de entender, no entanto, que a maior felicidade doada por Deus ainda está por ser manifestada, em uma existência eterna, dom que nos faz lograr adquirirmos a eternidade em Seu Reino de luz. Um privilégio eterno na presença de Deus. Já pensou no que isto importa?

Esta vida eterna de felicidade e cheia de luz é uma promessa que nos é outorgada através do Filho de Deus, Jesus, o Cristo:

E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão” (João 10:28).

Jesus, pois, está nos aguardando ouvirmos o Seu chamado, que por diversas vezes nos diz:

  • Vinde a Mim, todos vós…” (Mateus 11:28 e versos seguintes)

  • Vinde após Mim, e vos farei pescadores de homens…” (Mateus 4:19)

Este é o caminho de Deus. Bem-aventurado o homem que ouve a Sua voz, faz esta decisão, e segue a Jesus, o Cristo, o Filho do Altíssimo, que doou sua própria vida para nos salvar da perdição eterna.

Sejamos um destes, que atendem ao Seu doce chamar.


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