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SALMOS – XXII – ORAÇÃO EM TEMPOS DE GUERRA

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diciembre 20, 2020 by Bortolato

Salmo 20

Essas guerras… qual o país que já não as enfrentou? E como verdadeiros militantes, quem não teve que lutar contra problemas que se erguem quais exércitos de inimigos que vêm com intenções de nos avassalar? E não raro tais batalhas da vida se estendem longamente durante anos, e então nos perguntamos:

  • Como será que isso vai acabar, e quando?

    O Salmo 20 é uma oração que invoca o Deus de Jacó para esses momentos.

Orar em tempos de guerra não somente é bom, mas também necessário ao extremo. É mais do que necessário; é imprescindível. Pedir a Deus a proteção, a Sua misericórdia obsequiosa, que nos salve de todo perigo, de toda dor, de todas as perdas de vida ou da integridade física para nós e para os nossos queridos, é o dever sacerdotal de todos os que creem no Senhor..

Lembramos da constante luta que Jacó teve de suportar, em Padã Harã, quando era um genro contratado a serviço de seu sogro Labão. O seu salário foi mudado por umas dez vezes, por um homem que não sustentava a palavra empenhada. Não fora o Senhor a impedir Labão de lhe fazer o mal, Jacó poderia ter sido despojado de tudo, até de suas duas mulheres e de seus próprios filhos (Gênesis 31:31). Como porém Deus interviu a seu favor, depois de tudo acertado com seu sogro, Jacó então vai ao encontro de Esaú, aquele seu irmão que havia planejado matá-lo um dia.

No caminho, Jacó pediu a um anjo que o encontrou no Vau de Jaboque, para que o abençoasse. O anjo não o atendia, parecendo esquivar-se do pedido, e queria retirar-se, mas Jacó o prendeu, agarrando-o com força junto a si, e lutaram até o amanhecer – quando então o anjo o abençoou.

A proximidade do encontro com Esaú foi a princípio um espectro ameaçador. Quatrocentos homens vieram com este para encontrar Jacó, que ficou atemorizado. Para o caso de que acontecesse um ataque com tentativa de genocído, ele fez um plano “B” para o escape de quem pudesse, dentre a sua família, lograr fugir vivo.

Quando ambos irmãos então se encontraram, porém, parecia até que um raio de luz do Céu cercou aquele local, fazendo brilhar o amor fraternal dentro dos corações. Eles se abraçaram, com seus corações constrangidos pelo amor, rompendo as barreiras da inimizade, e Jacó pôde sentir que a mão de Deus o estava protegendo. O desfecho foi muito feliz, mas o clima que o antecedeu era tenebroso.

As lutas de Jacó nos ensinam muitas coisas hoje, que podemos aplicar em nossos problemas de todos os dias.

Às vezes é melhor passarmos uma noite inteira clamando aos pés do Senhor, e nos apegarmos ao anjo que leva as nossas petições ao Trono da Graça, do que descansarmos preocupados. Quem luta com Deus uma noite pode ter de enfrentar cansado o dia seguinte, mas estará confiante de que tem o mais forte, mais terrível e maior guerreiro de todos os tempos ao seu lado, e assim vai à luta para obter a vitória.

Graças a Deus que nos dá a vitória em Seu Nome.

Este Salmo 20 é uma peça literária maravilhosa. As guerras que Davi teve de enfrentar, o forjaram assim como um lindo escudo de aço é gerado junto a uma fornalha; de outra forma nunca o seria, se não fossem esses problemas na vida do salmista. Assim também em nossas vidas. Louvemos a Deus pelas lutas, que são veículos que nos proporcionam as condições sine qua non de obtermos as vitórias.

Este Salmo é tido como uma oração escrita por Davi, quando este se preparava espiritualmente, antes de sair para uma batalha. Escrita por Davi, mas destinada ao regente do coro dos levitas, com finalidade de cantarem-na no momento em que o rei estaria apresentando seus sacrifícios e ofertas a Deus (conforme lemos em I Samuel 13:8-9 e 7:9, este era o costume dos reis antes de irem às guerras).

O povo então se aproximava do altar dos sacrifícios, o Salmo 20 era entoado e a vitória era certeira quando Deus ouvia e manifestava-Se haver aceito as ofertas apresentadas juntamente com as suas petições.

Após prestarem o seu culto de adoração ao Senhor, os espíritos dos homens e mulheres se viram cheios da certeza de que “O Senhor é por nós; quem será contra nós?”( Romanos 8:31)

Ó rei, que o Senhor te responda no dia da tribulação, o nome do Deus de Jacó te proteja”… (v. 1)

Guerras são tribulações; batalhas são tribulações; lutas armadas são tribulações, e os desentendimentos e maldades do coração geram tais tribulações.

Yaweh, o Deus de Jacó era invocado. No fim daquela luta com o anjo no Vau de Jaboque, Jacó recebera o nome Israel, que traduzido do hebraico, é “aquele que luta com Deus”.

Eis aí um grande motivo para enchermos os nossos corações de fé. Assim como Jacó foi ao encontro com Esaú, carregando em seu coração a fé que o Senhor o abençoara, a sua fé foi recompensada.

Não houve batalha em que o exército comandado por Davi tivesse de engolir uma só derrota. Queremos, pois, ir às lutas confiados em nós mesmos, ou antes pedirmos a bênção do Deus de Jacó?

Esse nome, Deus de Jacó (20:1), é sugestivo, pois que Jacó teve seus dias de angústias, mas orou, lutou, o Senhor lhe respondeu, foi abençoado, foi defendido, e foi vencedor.

Note-se que o Deus de Jacó é o mesmo Deus de Davi, e de todos que perseveram em Seus caminhos e lutam debaixo do olhar atento que nos observa desde os Céus, seja uma criança, um jovem, um neófito na fé, ou um ministro do Evangelho. A bênção do Deus de Jacó compreende proteção espiritual tal que nos conduz a um final feliz em nossas lutas.

Na Lei de Moisés era praxe que o povo de Deus se apresentasse diante de seus profetas e sacerdotes, a fim de poderem contar com as bênçãos do sucesso e serem vitoriosos (Êxodo 17:8-14).

Pode parecer estranho que Deus se incomode por um povo ao ponto de abençoá-lo no momento de partir para destruir o inimigo, mas o fato é que, desde que o pecado penetrou na raça humana, sempre houve quem se levantasse com propósitos torpes, ganância, ou sede de poder, sem piedade e respeito para com os mais fracos, mulheres, crianças, e os doentes. Buscavam saquear e maltratar inocentes, jogando a a sua balança da justiça no lixo. Resistir a estes, é da vontade do Senhor.

Existem vários motivos que levam os homens a armar uma guerra, mas podemos afirmar com segurança que dois destes são os mais frequentes.

Um deles é o motivo econômico. Nações e grupos armados fazem guerra porque almejam obterem riquezas, ficar abastados, e em um segundo momento, alcançarem o poder que subjuga aos demais. Este desejo de busca por um status privilegiado não é bom quando estão em jogo os valores éticos, e mormente os espirituais. Em outras palavras, não é nada digno maquinar-se uma escalada de ascensão, pisando sobre as cabeças dos outros, fazendo a balança da justiça ser corrompida, distorcida com parcialidade para prejuízo e desgraça dos desafortunados que se acharem no caminho desse sucesso malfadado.

Um segundo motivo para as guerras é o religioso. Quando ficamos sabendo que certas seitas apregoam que devem guerrear a fim de obrigar aos vizinhos a engolirem goela abaixo alguns valores julgados como “mores” espirituais, isto ainda adicionado de ameaça de aplicação de pena de morte aos considerados como infiéis, isto é muito perigoso e grave.

Foi desta forma que a Igreja que pregava a Reforma protestante foi perseguida, traída e massacrada na conhecida como “A noite de São Bartolomeu”, de 23 para 24 de agosto de 1572, em Paris, deflagrando a morte de dezenas de milhares de huguenotes.

Anabatistas também foram afogados por ordem de Fernando I, declarado rei da Hungria Croácia e da Boêmia ( pelo período de1526-1556 DC) e imperador do Sacro Império Romano (de 1556 a 1564 DC), como se esta medida fora o remédio eficaz para o movimento que considerava radical.

A Igreja de Cristo foi perseguida desde os seus primórdios; primeiramente pelos judeus, e depois pelos romanos. Embora a arena do Coliseu não tenha mais leões para devorarem os cristãos, outros tipos de medidas ainda hoje são adotadas para guerrearem contra a fé cristã.

Na Coreia do Norte atualmente se alguém é descoberto como abrigando a fé em Deus, esse tal será eliminado, simplesmente porque não admitem que ninguém tenha outro deus senão o seu ditador… e ai de quem ouse deixar de adorá-lo como o ser supremo daquela nação… chocante!

Apesar de tudo isso e mais ainda o que não trouxemos para este artigo, ainda que todo tipo de ameaças, de torturas, penas de morte, lesões corporais, e outros tipos de males, Cristo continua o mesmo, e nada pode impedir a fé e a esperança do grande Salvador do mundo, o Rei dos reis, e Senhor dos Senhores; e além dEle não há outro.

Jesus disse que quanto mais nos aproximarmos do tempo do fim, haverá guerras e rumores de guerras, e todos os habitantes da terra estarão ameaçados; as duas Grandes Guerras do século XX foram uma amostra disso.

Certa vez um colega de trabalho perguntou-me como eu estava. Desejando expressar-me com sinceridade, tive de responder que o coração estava em paz, mas adicionei que eu estava dentro de uma guerra. Não sei se fui bem compreendido, mas creio que em parte, o fui.

No Salmo 20 temos uma oração que o povo de Deus fazia, abençoando ao seu rei, Davi, quando este tinha que partir para os campos de batalha.

Por estranho que pareça esta atitude, Deus iria realmente abençoar um exército em detrimento de outro? Fazer com que os inimigos sejam atacados, mortos e totalmente vencidos, só para fazer prevalecer o Seu Nome e exaltar aos Seus escolhidos, enquanto outros são dizimados?

Acontece que Deus é justo, e o fiel de Sua balança da Justiça propende para o que é justo.

Quando alguns povos se erguiam em atitude de guerra contra o Israel de Deus, este podia até ver milagres que proporcionavam livramentos: trovões, raios, terremotos, chuvas de pedras e pagas já chegaram a acontecer.

Quando Israel era justo, e isto ocorria enquanto era fiel e temente ao Senhor Yaweh, sempre foi guardado e protegido contra os inimigos. Tanto isto é verdade, ao ponto de acontecer dos seus adversários, pretensos predadores prestes a agarrar a presa, chegarem a matar-se uns aos outros, de confusos que ficaram entre as suas próprias fileiras.

Exemplos disso foram os casos de Gideão (Juízes 7:19-22) e de Josafá (II Crônicas 20).

A Suprema balança da justiça está nas mãos de Deus, e o fiel desta é controlado por Ele, o Juiz dos vivos e dos mortos; Ele sabe julgar a cada um de nós segundo a justa justiça, e não há quem possa detê-Lo.

Quando Davi saía para guerrear, ele sabia que tinha que estar com a sua vida e a de Israel em ordem diante de Deus, e por isso seguia confiante; o resto são detalhes.

Muitas vezes Israel teve de enfrentar inimigos muito mais numerosos, bem mais do que aquele exército com que podia contar, mas quem se saía vencedor era o povo fiel ao Senhor. Muitos confiavam em carros de guerra e em cavalos treinados, mas Israel fiel fazia menção no Nome do Senhor, e era o vencedor.

Assim é que os exércitos de Deus voltavam triunfantes para as suas cidades: recebendo vivas de alegria e brados de louvor ao seu grande Protetor, o Senhor dos Exércitos. (v.5)

Este Salmo 20, por fim, tem que ser interpretado também como um Salmo messiânico. O rei Davi, com sua invencibilidade nos campos de guerra, prefigurou a chegada do Messias.

No tempo do fim, quando se haver levantado o reinado do homem da impiedade (II Tessalonicenses 2:3), este fará guerra contra os santos de Deus, e por breve período parecerá que os terá vencido.

Duas testemunhas do Senhor profetizarão contra esse reinado do mal, as quais farão cessar chuvas, farão surgir fogo contra os seu oponentes, cair pragas quantas vezes quiserem, e depois serão mortas, tendo os seus corpos expostos em via pública, mas então , depois de três dias e meio, ressuscitarão diante dos olhos de todos, e serão elevadas ao Céu (Apocalipse 11:1-14).

Por esse tempo surgirão pragas, terremotos, fogo e graves juízos de Deus; será um tempo em que a luta do bem contra o mal se agravará como nunca, mas a vitória final será do Cordeiro, o Rei dos Reis, que reinará para sempre e sempre, cujo domínio não terá fim. (Apocalipse 19 e 20).

As guerras que vemos hoje, em geral não se pronunciam declaradamente como um desmando de homens que se rebelam contra Deus, mas como tudo se revelará bem claro no final dos tempos, a justiça divina prevalecerá.

Livros serão abertos no Céu, e um julgamento final será procedido sobre cada alma que viveu sobre a face da Terra. Haverá uma segunda ressurreição dos mortos. O Livro da Vida será aberto, e quem não tiver o seu nome nele escrito, terá um triste fim, no lago de fogo e enxofre…

Como escapar desse destino tão triste e sofrido? Não bastassem as lágrimas que temos que verter nesta vida, os que forem julgados e condenados ainda terão um sofrimento sem fim…

Deus deixou-nos duas promessas que vão de encontro a este problema terrível.

A primeira está em II Crônicas 7:14:

Se o meu povo que se chama pelo Meu Nome, se humilhar, e orar , e buscar a Minha face, e se arrepender de seus maus caminhos, Eu o ouvirei do Céu, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra.”

Tal palavra se harmoniza com a de João Batista e de Jesus:

Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos Céus.” (Mateus 3:2 e 4: 19)

A segunda é para os que se arrependerem:

Vinde a mim, todos vós que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei; tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para vossas almas; porque o Meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Lucas 11:28,29)

E dou-lhes a Vida Eterna; e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão”. (João 10:28).

Eis o desafio, escrito com palavras resumidas, mas que retratam as promessas que há na Palavra de Deus, que os santos profetas, apóstolos e servos do Senhor escreveram. É verdadeiramente um testamento destinado a favorecer a tantos quantos crerem nEle.

Creia já no Senhor Jesus, siga- O e será salvo da ira vindoura.

Deus abençoe aos que decidirem abraçar esta fé maravilhosa e salvadora. Verão a glória de Deus.


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