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SALMOS – XXVI – DEIXE A GLÓRIA DE DEUS ENTRAR

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enero 16, 2021 by Bortolato

Salmo 24

Esta é a melhor receita para os dias difíceis que estão caindo como um denso véu sobre este mundo.

Não podemos negar que o mundo está caindo no caos. As evidências o comprovam.

Muitas coisas mudaram, e ainda estão mudando. Parece que as nações foram colocadas dentro de uma máquina de lavar que vai girando sem parar o seu cesto. Vai mudando a todo instante, com incrível rapidez, como que ao acaso, transpondo as posições de tudo que lhe foi colocado ali dentro.

Alguns anos antes de 2021 D.C. havia uma disputa ferrenha entre nações de ideologias diferentes; países entrado em guerra contra outros; uma cobiça desenfreada para alguns que queriam e ainda querem ser os maiores desta Terra. As pretensões e planos divergentes que há entre esquerda e direita ainda existem, mas uma peste perniciosa avassalou o globo terrestre, e agora os homens estão sentindo-se ameaçados, de pernas quebradas, e com desejos frustrados. Todos se preocupam agora, acima de tudo, em vencer a crise que uma peste impôs, difundindo medo e terror a grandes e pequenos.

Está na hora, e, pensando bem, já passou da hora em que todos terão que parar atividades que alimentavam sonhos até aqui, para fazerem uma reavaliação dos propósitos de seus corações e um novo arranjo entre suas prioridades.

A dor das perdas sofridas fazem as pessoas sentirem que a hora exige mudanças de atitude. É preciso urgentemente pensar em termos de realidade, considerando aquilo que é de fato o mais emergente, e o mais importante. É hora de colocarmos os bois à frente dos carros, porque muitos estão invertendo essas posições.

O que é mais importante? Ganhar o mundo? Um sucesso pessoal? Uma projeção que alavanque fortemente para cima na carreira da vida? Dinheiro? Fama? Negócios? Posses? O poder nas mãos?

Tudo isso tem figurado entre os grandes alvos deste mundo, mas nada disso é possível quando a população não tem saúde, e assim esses projetos ficaram rebaixados para um segundo plano, pelo menos até segunda ordem.

Esse terremoto causado pela peste chacoalhou os valores mais cobiçados, para deixar à mostra o que realmente lhes precede em importância.

É hora de pensarmos bem. Quem é que poderia reverter esse processo característico de um abatedouro de reses humanas? As indústrias farmacêuticas? Os fabricantes de vacinas? Estas prometem muito, mas na verdade há processos infecciosos em que o mundo sequer tomou a iniciativa de criar remédios para combatê-los através de específicos inventos farmacológicos.

Até hoje não deram a devida atenção para dar combate a algumas doenças, tais como a gripe espanhola, e o vírus ebola, não importa por qual motivo. Basta surgir um novo vírus assustador dessa forma, e o mundo fica todo perturbado, e a ciência dos homens, apavorada.

Vamos aqui dar uma sugestão para quem quiser se interessar, dentro desta ótica.

Acompanhem-nos os leitores, pois vamos dar um salto para fora desses esquemas viciados e trazer à luz alguns fatos que trouxeram problemas semelhantes.

O primeiro caso que podemos citar é a peste que matou 185.000 soldados assírios, os quais estavam prestes a invadir a cidade de Jerusalém, perto do ano 722 A.C. Aquela nação assíria estava invadindo e devastando a terra de Israel e Judá. Julgavam-se os donos do mundo, e chegaram até a desafiar… imaginem… ao Deus de Israel!

Tal como um cão que, amedrontado, coloca o seu rabo no meio de suas pernas e se retira, depois de ter sido assolado pela peste, o então rei Senaqueribe, da Assíria, teve que voltar para sua terra, desguarnecido de seu numeroso exército devastador, o qual jazia morto ao chão; engoliu em seco aquela tremenda perda sofrida, e daí teve de esquecer-se de querer conquistar o mundo. Isto aconteceu muito rápido, diríamos que em tempo recorde.

Alguns atribuíram o acontecido a uma terrível peste bubônica. O mais importante desta lição não é o vírus que atuou, mas o que de fato ocorreu, ocasionando tantas mortes. Um anjo do Senhor foi designado para ferir o orgulho daquela nação, e não houve remédio que o detivesse.

Um segundo fato relevante que merece nossa atenção nos revela como foi que uma outra peste avassaladora se deflagrou, mas foi detida e cessou seus efeitos letais. Espantoso, terrível, e uma realidade. Sumamente importante notá-lo, pois nos traz à luz o caminho para a cura das nações.

Em este salto voltamos atrás para perto do ano 972 A.C., também no cenário da terra de Israel. Uma peste chegava a matar cerca de 70.000 habitantes daquela nação.

No seu trono se assentava o rei Davi, que foi o autor do Salmo 24, que comentaremos adiante. Ele pôde ver em dado momento, no qual as mortes estavam ceifando aceleradamente milhares de vidas, um anjo de Deus com uma espada na mão, acionando-a de sobre um monte, onde se localizava a eira de um jebuseu chamado Arauna. Realmente, o Senhor tem poder sobre a vida e sobre a morte, e não há quem O possa impedir de agir, mas para este caso houve uma rota de escape.

Sob a orientação do profeta Gade, Davi comprou aquele pedaço de terra onde viu que o anjo estava, e ali ofereceu sacrifícios agradáveis a Deus, suplicando-Lhe que cessasse a praga (II Samuel 24:25); Deus o ouviu, e a peste cessou.

Eis aí o grande segredo. Quem realmente pode fazer criar e cessar pestes é o Soberano, o Criador, que tem a vida de cada cidadão deste mundo em Suas mãos, e exerce o poder de disciplinar homens, quando acha que estes estão saindo dos trilhos de Sua vontade. Ele teve a paixão de criá-los, e tem também o poder de recolhê-los desta Terra. Ele é a Lei, e Ele é o Juiz.

Se desvencilharmos os acontecimentos do seu contexto histórico, poderá parecer que Deus é um déspota irado; mas a fim de esclarecermos este ponto, dentro deste mesmo assunto, citamos um outro fato que ocorreu em cerca de 594 A.C.

Foi quando Jerusalém estava ameaçada de ser capitulada pelo poder de babilônios. Os habitantes diziam que eram como a carne dentro de uma panela, com o fogo da guerra a cirandá-los. De fato a situação era amedrontadora, muito embora nem todos os cidadãos parecessem estar tão preocupados diante dessa iminência.

Só para colocar os pingos nos ii, o Senhor mandou o profeta Ezequiel dizer ao povo de Jerusalém:

Eu sei muito bem o que vocês estão pensando… vocês têm enchido Jerusalém de sangue e de cadáveres em ruas da cidade. Portanto, assim diz o Soberano, o Senhor Deus: De fato, esta cidade é uma panela, e os corpos que vocês jogaram nas ruas são a carne, mas vocês serão expulsos desta cidade…

Esta cidade não será uma panela para vocês, e nem vocês serão carne dentro dela; vocês serão castigados em toda a terra de Israel…” (Ezequiel 11: 6, 7 e 11, em paráfrase conforme a Bíblia Viva. O mesmo sentido da mensagem do texto se encontra também na Bílbia de Jerusalém, nas versões Almeida Revista e Corrigida, Almeida Revista e Atualizada e a Bíblia na Linguagem de Hoje. Para uma constatação do sentido original destas frases, uma exegese do original hebraico o confirmará da mesma forma).

Em outras palavras, se os homens pensam que as pestes e perseguições de inimigos são os grandes vilões que os matam sem uma piedade do Céu, o Senhor inverte a acusação, dizendo que os grandes malfeitores da humanidade são os seus próprios cidadãos que cometem crimes sem pudor e nenhuma piedade. Estes, sim, é que são os verdadeiros causadores de pestes neste mundo…

O profeta Jeremias, por esse mesmo tempo, profetizou (Jeremias 29:18):

Persegui-los-ei com a espada, com a fome e com a peste...”

Eis aí, pois, a razão de ser dessas doenças que se espalham pela Terra: o pecado. Homens fazem as coisas à sua moda e à sua maneira, esquecendo-se de que Deus é o Juiz Supremo, e, com toda certeza, julga a toda a humanidade. Ninguém pode escapar do Seu martelo, quando Ele julga. Temam-no todos os habitantes deste mundo, pois Ele não falha.

As pessoas muitas vezes queixam-se de terem sido desamparadas, mas isso fazem depois de se entregarem a práticas abomináveis, obtusos demais para compreenderem que a virtude está no Senhor, o Deus de Israel, que hoje é Deus de todos os povos que O adoram em espírito e em verdade (João 4:23,24)…

Como, então, nos suprirmos das atitudes corretas, que caiam no agrado do Grande Juiz do Universo, antes que caiamos da Sua graça?

O que estaria faltando para preenchermos essa grande lacuna? Pois vamos apontar aonde é gerada esta falha, desde o seu princípio mais anterior.

Falta ao mundo um reconhecimento de que Deus é Deus, santo, puro, moralmente diferente de todos os seres que Ele criou. Este é um axioma basilar e estrutural. A partir desta premissa é que se pode chegar a construir um mundo melhor, sem pestes, guerras, ou fome.

O salmista Davi, a propósito, escreve o Salmo 24, inicialmente prestando as declarações que devidamente enaltecem ao Senhor, o grande e legítimo Proprietário, o único Dono, a quem pertence este mundo e todo o Universo sideral:

Ao Senhor pertence a Terra, e tudo o que nela se contém; o mundo e os que nele habitam” (v.1)

Ele, Deus, deve ser reconhecido e aplaudido como o único Soberano.

Daí, insurge uma outra questão: – quem estaria apto ou à altura de coabitar com Ele? Pois que Ele não aceita lábios enganosos e mãos. Não Lhe serão válidos quaisquer louvores expressos apenas com a boca e/ou as mãos, quando ausentes dos corações.

A estes o salmista define assim, no verso 4:

Os limpos de mãos e puros de coração, que não entregam a sua alma à falsidade (à vaidade)…”

Limpos de mãos sãos os corretos no agir, que não prejudicam, não lesam não maltratam e não matam a outrem. Puros de coração são os que não permitem que seus pensamentos sejam poluídos pelas insinuações e construtos do pecado.

Aqueles que não entregam a sua alma à vaidade, ou seja, não se dão para idolatria, adoração a supostos deuses, enaltecendo a ídolos vãos, de vez que estes não são verdadeiramente deuses, como são vistos. Esta versão condiz com a Good News Translation, da American Bible Society e com a versão espanhola Dios Habla Hoy.

Aqueles que não se voltam para a mentira, e nem juram enganosamente.

Estes predicados são característicos de um controle sobre o comportamento ético, moral e espiritual em termos do Antigo Testamento. Tendem a ater-se mormente a preceitos legalistas, mas no verso 7 abre-se uma perspectiva revelacionista que nos remete aos tempos do Reino Messiânico sobre esta Terra, e assim projeta-se para além do período da nossa dispensação.

Os termos que se propõem a definir o homem que poderá entrar no Santuário de Deus estampam um perfil de perfeição absoluta. Seria normal que alguém que se envolve de todo para agradar a Deus anelasse por poder mostrar um padrão de santidade semelhante ao do Senhor; contudo, este desejo em pessoas que lutam contra as propensões da carne denota que há uma luta interior dentro de cada ser humano: querer sempre fazer o bem, mas ser surpreendido pelo mal que tenta nos arrastar (Romanos 7:18-25).

Não basta o homem querer ser perfeito em termos absolutos, uma vez que ninguém há que realmente agrade a Deus em um nível de 100%. Todos pecaram, e foram desvestidos da gloria do Senhor, mas… existe um bendito mas aqui.

Aqui entra um maravilhoso esplendor de glória rasgando as limitações, os lindes, as incapacidades e as imperfeições incrustradas na nossa carne. Cristo, o Messias!

O salmista dá um brado exultante, revelando que ele encontrou a resposta para esse binômio paradoxal que expõe a distância entre a Lei e a Graça de Deus, entre o inatingível padrão ideal divino e boa vontade do Senhor para com os homens:

  • Levantai ó portas, as vossas cabeças, levantai-vos ó portais eternos!”

Que os portais do Céu sejam abertos, e os portões da cidade de Deus sejam expandidos, a fim de estarem à altura de receberem a Ele, o Rei da Glória, porque Ele vem!

E quem é esse Rei da Glória?

Imaginamos o salmista cantando este salmo quando a Arca do Concerto foi levada da casa de Obede-Edom para a Tenda que lhe prepararam no monte Sião.

Davi ia à frente dos sacerdotes que carregavam a Arca, pulando e dançando, enquanto levitas tocavam trombetas, músicos executavam melodias e cantavam entusiasmados. O povo todo vibrava de alegria. A razão de todo esse reboliço espiritual era porque o desejo da alma do adorador estava sendo cumprido: o Senhor Yaweh vinha juntamente com aquele povo que acompanhava a cada passo aquela movimentação, que levava aquele objeto tão especial para dentro da cidade de Jerusalém. E isto é mesmo motivo de muita alegria porque significa que o Senhor se agrada em viver junto ao Seu povo, em um lugar determinado nesta Terra, bem perto de onde os Seus queridos moram e vivem.

A presença da Arca dentro da cidade de Jerusalém é um sinal muito forte de que Deus está ali, guardando e protegendo o Seu povo.

No caminho percorrido para a cidade chegava-se à subida que dava para os portões da mesma. Davi pensa consigo: “esses portões são baixos demais para que por estes passe o grande Rei, o verdadeiro Rei de Israel, o Rei do Universo, que de tão grande que é, não há portais tão altos que possam comportar a Sua altura”.

O desejo do salmista, em última análise, é utópico. Ele queria que aqueles portões fossem reformados e alçados bem mais altos os seus umbrais. Mas por mais que estes sejam levantados, não estarão à altura do Rei da Glória. Em que pese toda essa impossibilidade, que isto seja manifesto, pois é o desejo de exaltar e glorificar a Quem de fato merece toda honra, toda glória e todo o louvor.

Que se abram bem e totalmente esses portões, ainda que construídos em medidas inferiores às ideais (ou: infinitas), porque Ele vai passar e entrar na cidade.

Isto tem um sentido todo especial. Que os nossos corações se abram por completo para recebermos o grande Rei da Glória. Aliás, o espaço que dispomos para Lhe oferecer, para entrar o Seu Espírito para dentro de nós, é muito acanhado para conter tamanho presente do Céu, mas mesmo assim Ele tem enorme prazer em nos ver alegres e felizes ao sentirmos que somos contemplados com a Sua graciosa presença. E Ele nos acompanha na nossa caminhada que há de culminar para dentro de todo o nosso ser.

Afinal, quem é esse Rei da Glória?

O livro de Apocalipse nos mostra (Apoc. 19:11-16) quem Ele é. O Seu nome é “A Palavra de Deus”, título que o apóstolo João atribuiu a Jesus, o Cristo (conforme I João 1:1-4).

Ele é o Rei dos Reis, o Senhor dos Senhores (Apoc 19:16).

Jesus é o Rei da Glória, Rei dos Reis, Senhor dos Senhores. O Messias prometido que virá em breve a este mundo para reinar sobre todos os povos. Que todos O adorem, que todos tenham o máximo prazer em abrir os seus corações para deixar que Ele entre.

Sim, pois em Seu Reino que não terá fim, lobos e cordeiros, leopardos e cabritos, vacas e ursas, leões e bezerros pastarão juntos, em paz, no monte do Senhor. Ali nem mesmo lagartos outrora venenosos causarão mal a quem quer que os toque. (Isaías 11:6-9)

Não haverá guerras entre reinos e nações durante o governo milenial do Messias.

Ninguém poderá dizer que não tem condições de nEle crer, porque todos O verão, e Ele reinará com justiça e amor estendidos indistintamente a todos.

Hoje é tempo de abrirmos os nossos corações para que entre o Rei Jesus, pois Ele, como um gentleman mui bem educado, espera a nossa resposta positiva aos Seus apelos junto às nossas almas. Seu Reino é de amor, e, por conseguinte, onde não há lugar para a rebelião.

Quem quiser hoje receber ao Cristo, irá reinar com Ele em Seu reino de amor e paz – sentimentos que são acrescentados a quem aceitá-Lo como seu Rei.

É muito comovente quando lembramos que Ele, como o Rei do Universo, veio a este mundo na forma de carne, mas sem ser dominado por esta, deixou ser esmagado o Seu ego no monte Getsêmani, permitiu ser seviciado na fortaleza Antonia e crucificado no monte Calvário, com a grande motivação de salvar-nos dos nossos pecados.

A cada passo que Ele dava em direção à Cruz Ele nos visualizava, e era uma vitória de Seu sangue sobre a nossa natureza carnal que é viciada pela rebelião contra Deus. Cada gota do Seu sangue demarcava o caminho da nossa vitória, da Sua glória e da nossa redenção.

Resta-nos agora irmos ao Seu encontro, de braços e corações abertos, em espírito unidos a Ele, certos em estarmos assim definindo o nosso glorioso futuro em Seu Reino vindouro.

Ele vem. Não tardará, e tem uma recompensa a dar a cada um. Sejamos um com Ele, plenamente de acordo com a Sua santa vontade, e estejamos bem certos de que a Sua glória nos espera no dia da eternidade que está para nascer em breve.

Não permitamos que este mundo nos embarace ou atrapalhe nesta gloriosa e santa senda do Senhor.

Levantemos bem alto os portões dos nossos corações, para que entre o Rei da Glória! – e que possamos abraçá-Lo gostosamente.

Que convite irrecusável! Façamos isto agora mesmo! Deixemos assim a glória de Deus entrar em nossas vidas e brilhemos para sempre, como espelhos refletores do brilho que Ele dispensa sobre nós e nos faz Seus retransmissores!


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