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XIII – I CRÔNICAS – AMBIÇÃO PELO PODER

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junio 1, 2019 by Bortolato

Ao ler este título, Vc por certo deve lembrar-se de alguém que conheceu, e que levava esse estigma, que é de uma pessoa um tanto ambiciosa. Pois é, isto é algo muito antigo na História Universal.

Este era o clima que por muitas vezes e em muitos lugares permeava entre os povos da antiguidade.

Reis havia que gostavam de perceber que detinham algum poder em suas mãos, e reis que queriam mais poder. A gente se pergunta então: – “Por quê?” – ou ainda: – “Para quê?”

Queriam porque valorizavam ter mais riquezas, e isto, afinal, é um alvo que está em muitos corações até o dia de hoje. Muitos querem ter em mãos os recursos necessários para cumprirem seus sonhos e aumentar o seu conforto, os prazeres, as honras, a vaidade pessoal até não mais poderem contar tantas conquistas.

Sim, e para tanto não poupam esforços e até perdem o senso moral, maquinando encetar guerras. Guerras em vários sentidos: guerra oculta (espionagem), guerra comercial, guerra fria, nuclear, guerra no espaço aéreo, em terra firme ou em alto mar – e com esta visão, armam-se até os dentes.

Infelizmente esse afã não se restringiu ao homens do passado. Hoje o mesmo se repete, variando apenas os meios, as armas e os veículos usados. Neste quesito, os homens continuam os mesmos. Continuam a ambicionar estender domínios e submetem outros debaixo de seus cetros o tanto quanto podem.

Assim como houve guerras entre gregos e troianos foi a rixa entre israelitas e filisteus. Estes últimos queriam expandir o seu território, e o seu alvo era eliminar ou diminuir ao máximo o povo de Israel, pois este havia-se estabelecido bem no seu caminho, rumo ao leste.

Não bastassem os filisteus, ainda havia outros reinos que odiavam ao povo de Deus, como o fazem até os dias de hoje contra cristãos. Os motivos desse ódio ia desde uma simples rixa entre irmãos, passando por disputas de terras, até chegarem a odiar sem motivo relevante.

No caso de Israel, os sírios, os reis da Mesopotâmia ao norte, os moabitas e amonitas ao leste do rio Jordão, os edomitas a sudeste, os amalequitas ao sul, estes dentre outros, muitas vezes forçaram Israel a guerrear, pois cobiçavam suas terras, suas messes e riquezas.

Lemos em I Crônicas, capítulos 18 e 19 uma interessante narrativa acerca de um certo rei Hadadezer, que reinava em Zoba, cidade então situada ao nordeste de Damasco, e ao sul de Hamate, na região da faixa de terra que fica entre os rios Orontes e Eufrates.

Hadadezer cobiçou tomar para si os domínios que estava submetidos ao rei Davi, e para tanto contou com a ajuda dos sírios de Damasco.

I Crônicas 18:4,5 diz que, em certa feita, Davi tomara de Hadadezer mil carros de guerra ao vencê-lo e ainda colocou guarnições militares na Síria.

Israel, no entanto, mantinha paz com reinos amigos, como era o caso de Toú, rei de Hamate.

Um episódio de pura malícia e belicosidade aconteceu de forma a insurgir no reinado de Davi, que dantes mantinha paz com Naás, rei dos amonitas enquanto este vivia. Mas vindo este a falecer, subiu ao trono seu filho Hanum, o qual não perdeu a oportunidade para tentar envergonhar ao rei de Israel, maltratando os mensageiros de Davi quando estes últimos tinham vindo para prestar condolências pela morte de Naás. Aquilo que bem poderia ter sido uma excelente oportunidade de manter-se um vínculo permanente de amizade e de paz, acabou se tornando em o pomo da discórdia.

Hanum então, a fim de armar-se contra Israel, fez aliança com a Mesopotâmia, com os siros de Maaca e de Zoba. Dividiram as tropas de forma a atacarem aos israelitas pela frente e por detrás, em uma estratégia militar muito bem feita, humanamente falando-se. Aconteceu, porém, que o Senhor dos Exércitos era por Davi e pelos seus.

Joabe era o general israelita que comandava aquela campanha, e este então dividiu suas tropas com Abisai, seu irmão, e organizaram-se em duas frentes de batalha, as quais chegaram a tanto assustar aos siros como aos amonitas, que estes dois exércitos debandaram, cada um para o seu lado.

Aquele encontro, porém, serviu apenas para esquentar a rixa. Os siros chamaram a si os seus patrícios que moravam dalém do rio para reforçarem o seu contingente, e vieram outra vez para invadir a Israel.

Ao sabê-lo, Davi ajuntou todo o seu exército e foi-lhe ao encontro, e travou-se a batalha. Desta vez a vitória israelita foi bem mais significativa, pois causou graves perdas aos siros, de modo que estes reconheceram a derrota e, mediante um acordo de servidão a Israel, foi então estabelecida a paz.

Durante o reinado de Davi, ele teve que enfrentar nada menos do que oito nações que se lhe indispuseram, e a todas elas venceu.

Quantas foram as baixas ocorridas, de ambas as partes? As vitórias israelitas confirmaram a aliança de Yaweh com o Seu povo, preparando assim a chegada da paz para o reinado de Salomão, que estava por despontar em breve, a seguir.

A questão que fica a nos importunar é: não teria sido muito melhor para todos se se contentassem em ficar quietos, dentro de suas terras? A cobiça falou mais alto, “a cobra fumou”, e o sangue escorreu até que bastasse para os ambiciosos de glórias.

Esta é a natureza ambiciosa do homem, afinal: conquistar, conquistar e conquistar mais, ter mais poder nas mãos, seja qual seja o custo. Não sossegam enquanto não fazem planos violentos contra seus supostos algozes.

Chegamos ao ponto em que se conclui: a quem de fato pertence a Terra? Não é esta uma propriedade que pertence a quem a fez?

Diz o salmista que a Terra é do Senhor Yaweh! Ela é dEle por direito, mas os homens não reconhecem isto. Pois bem, Ele um dia vai requerê-lo das mãos de quem for iludido, pensando ser o seu legítimo dono.

A quem pertencem a terra firme, os rios, os mares e tudo quanto neles há?

Melhor seria se todos os dominadores das terras entendessem que são meros mordomos, mas os mordomos infieis querem obter o direito de posse, e lançam mão de subterfúgios ilícitos com vistas a lograrem ser os usurpadores.

Ambicionar alvos maiores e melhores nesta vida não é algo errado em si. Os caminhos de Deus são promissores, e o dia de amanhã nos espera com contínuas novidades. Novidades abençoadas são tudo quanto os corações dos homens precisam para incentivar-lhes o ânimo para lutarem – e eles vão à luta com força.

Nada é mais monótono e desanimador do que desistirmos de tudo.

Existem, contudo, vários tipos de alvos, e neste mundo presume-se até uma escala e uma hierarquia entre estes, o que faz com que sempre exista também as lutas pelas suas respectivas conquistas.

O que é mais importante, afinal? Em outras palavras, se há várias escalas de valores que pintam as cores dos objetivos da vida, quais seriam os valores realmente mais altos e sublimes? Seriam os mais almejados? Certamente que seriam aqueles cujas recompensas parecessem as maiores e as melhores, mas há uma diferença entre os melhores e os mais cobiçados.

Na hora decisiva, de escolher-se o que é o melhor, em geral os homens não passam de meras crianças, que têm lá uma escala de valores aparentemente bem simples, mas que é adotada por muitos adultos.

Quando se promete a um pequenino uma bicicleta no final do ano letivo, ou no seu aniversário, condicionando a este conduzir-se bem nos seus estudos, certamente que isto lhe fará acesos os seus olhinhos, antecipando-lhe a felicidade, só pensando na possibilidade de possuir o seu objeto de desejo.

Há, contudo, um porém. Nem todas as crianças têm paciência para esforçar-se durante um ano, com vistas a obterem aquilo que mais desejam. Algumas até se esquecem da promessa feita por seus pais, e preferem divertir-se, esquecendo-se da condição de terem de estudar…

Assim também são as promessas de Deus: visam à nossa vitória cabal, e não somente nesta vida material. Transcencem aos dias de vida sobre esta Terra – assim, alguns acreditam, e outros não. Uns lutam com todas as forças para serem considerados aprovados diante do Senhor desta vida e do além-túmulo. Outros não, pois inventam desculpas para justificar suas atitudes de displicência espiritual, não aquilatando sobre o que virá depois… e a escala das recompensas de Deus, sendo distorcida aos olhos humanos, dirige os atrativos só para esta vida transitória.

Assim, vem logo a pergunta: qual o maior valor sob a ótica de Deus para cada um de nós?

A resposta encontra-se no evangelho de S. Mateus, capítulo 6, verso 33:

Buscai em primeiro lugar (em grego: prôton) o reino de Deus e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”.

S. Lucas, no seu evangelho, emprega o termo “antes de tudo” (em grego: plên)

Claro está que as coisas pertinentes ao Reino de Deus estão de longe acima dos demais valores. E que coisas seriam estas?

Antes de tudo, será necessário que tenhamos acesso à chave do Reino de Deus, para ali adentrarmos. Aonde encontraremos esta chave?

Está junto à pessoa de Jesus, o Cristo! Ele detém nas mãos as chaves da morte e do inferno, com poderes para arrancar dali quem Ele quiser (Apocalipse 1:17-18).

E quem serão os privilegiados que terão a graça de entrar e participar do Reino de Deus?

Temos de considerar que Jesus veio para buscar e salvar aqueles que se haviam perdido (Lucas 19:10), mas nem todos O acolheram em seus corações.

O apóstolo João diz no seu evangelho (João 1:11,12):

Veio para o que era Seu, e os Seus não O receberam. Mas a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem em Seu nome.”

Ser filho de Deus! É receber a cédula de identidade de cidadão do Reino do Céu, onde todos os filhos desse Reino poderão viver para sempre!

A fim de que sejamos adicionados no rol dos futuros participantes desse Reino, precisamos ser submetidos ao processo denominado de “nascer de novo”, pois se alguém não nascer novamente, da água do batismo de arrependimento e da ação do Espírito Santo a inspirar e direcionar o seu novo modo de vida, com a escala de valores de Jesus, não poderá ver o Reino de Deus.

Por quê? Pois no Reino de Deus há amor, onde não cabe o ódio; há alegria, onde não mora a tristeza; há paz, onde não há lugar para a belicosidade.

Esta deveria ser a mais diigentemente procurada ambição.

Daí a necessidade de avaliarmos bem as nossas decisões; temos em mãos dois caminhos: um é aquele que promete satisfazer todos os desejos dos homens, que tem uma aparência muito atraente, mas na realidade é tudo apenas fachada.

O outro é aquele que nos leva a considerar que temos que assumir mudanças profundas e sérias; mudanças de hábitos, de atitudes, de visão do futuro, que não se importa com o sofrer um pouco aqui e ali, com vistas a recebermos uma premiação melhor lá adiante – no Seu Reino de amor e luz.

Isto nos move a pensar e pensemos muito bem: o que é realmente melhor? Qual a importância disso tudo? A importância do que vemos aqui, e do que não vemos, mas que sem dúvida receberemos na ocasião apropriada?

Por que causa estamos guerreando hoje?

Jesus nos convida a deixarmos algumas coisas para um segundo plano, e segui-Lo antes de tudo, e em primeiro lugar.

Pronto? Aceita? Então é agora o momento certo.

Venha a Ele com o coração sincero, em oração. Reconheça seus erros, suas tendências para o mal, seus pecados, e peça-lhe para abrir-lhe a porta da Sua graça. O sangue do Senhor Jesus nos garante completa remissão e perdão.

Será um momento e tanto. Eletrizante espiritualmente, e só o porvir é que mostrará o quanto isto terá sido bom para Vc e todos quantos O encontrarem.

Faça isto, receba nossos abraços, e goze a paz do céu que Jesus nos dá.


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